Capítulo 28
"O final e apenas o começo de uma nova jornada com diferentes personagens e a continuação de uma história de amor que promete muito mais do que felizes para sempre dos contos de fadas, é o amor verdadeiro, mesmo que às vezes não é o suficiente para superar as diferenças ainda existe e se manifesta quando e onde ninguém jamais sonharia imaginar."
Laura Miller
A semana movimentada antecedente as nossas tão merecidas férias finalmente chegou ao fim, a apresentação da proposta publicitaria fora um sucesso e contrato foi assinado conseguindo assim ganhar a confiança de mais um cliente para Storini Mídia. Raul ficou mais ficou mais do que satisfeito e eu não poderia ficar mais orgulhosa de mim mesma por realizar meu trabalho de maneira eficiente e eficaz, mais uma vez provando que sou muito mais do que a namorada do chefe.
Pensamentos feministas a aparte chegamos no aeroporto por volta da seis da manhã para pegar o jatinho particular que já nos aguardava e seguir nosso destino até a França. Alguns dias antes da viagem Raul se mostrava tão animado, mas agora parecia-me um pouco nervoso. Quando meus pais souberam de nós, adoram a noticia de que eu estava em um relacionamento sério e depois de conversarem pelo o Skype com Raul, o aprovaram e deram seu consentimento para nosso namoro, parecia que ainda era uma adolescente que morava com os pais e precisasse de sua permissão.
Papai e mamãe aproveitaram a deixa e resolveram nos fazer uma visita que estendeu-se por cinco dias que deixaram minha vida um pouco mais corrida, no entanto, eu estava morrendo de saudade deles e não pude reclamar em nada de sua vinda, que foi mais do que bem vinda. Meu pai e Raul deram-se super bem, quando foram apresentados pessoalmente fiquei um pouco apreensiva de meu pai considerar sua aprovação, porém, aconteceu tudo ao contrario do que eu tinha previsto, meu pai foi receptivo com seu genro e os dois até ficaram de segredinhos pelos cantos do apartamento e quando e eu e minha mão perguntávamos o que tanto conversavam eles desconversavam, achei aquilo um pouco estranho mais resolvi ignorar quando Raul me garantiu que tudo estava bem entre eles e que o que falavam longe dos demais eram coisas irrelevantes.
Deixei esses pensamentos de lado, e pensei no lugar lindo onde iriamos ficar por trinta dias. Ele tinha sugerido ficarmos em Paris, mas discordei queria ficar em lugar tranquilo e ao mesmo tempo romântico sem a movimentação de uma das cidades mais famosas do mundo, e então tivemos a ideia de alugar um chalé em uma cidade mais calma com vista para os alpes franceses.
O chalé era pequeno e aconchegante, tinha uma cozinha pequena mais bem equipada e uma sala de estar com uma lareira e na suíte tinha uma enorme banheira de hidromassagem, mesmo com a insistência de Raul para ficarmos em um lugar mais luxuoso eu afirmei a ele que não era necessário o importante era curtir as férias juntos que o lugar escolhido era maravilhoso e o proprietário cobrava um preço justo por ele.
- Você está bem?- perguntei a ele que olhava fixamente para um lugar que eu não conseguia identificar.
- É claro, por que não estaria? – respondeu evasivo.
- Não sei, você está estranho desde que chegou ao aeroporto, muito calado e pensativo – disse.
- Desculpe por isso, é que eu estou ansioso para ter você só pra mim, sem dividi-la com mais ninguém- disse abraçando-me mando todas as minhas inseguranças sem fundamento embora.
- Eu também mal posso esperar- disse antes de carinhosamente iniciar um beijo.
- Je t'aime ( eu te amo)
- Amo você.
Continuamos nos beijando e trocando carinhos enquanto conversávamos e riamos um para o outro, foi tão gratificante e relaxante que nem me lembro de quando eu caí no sono nos braços de Raul.
(...)
- Acorde meu amor – senti seus lábios por toda parte, testa, queijo, na ponte de meu nariz, mandíbula e finalmente nos meus lábios- Nos já chegamos ao nosso destino agora temos mais uma breve viagem de carro até o chalé.
- Hummm- resmunguei negando-me a abrir meus olhos.
- Vamos sua preguiçosa, você esteve dormindo por mais de quatro horas seguidas.- continuou distribuindo seus tentadores beijos.
- Eu apenas aproveitei a oportunidade, porque sei que dormir é o que menos vou fazer durante nossa estadia – sorri atrevida, ainda de olhos fechados.
- Como você pode ter tanta certeza que ficará acordada por tanto tempo, pequena menina impertinente? – seus lábios roçavam nos meus a cada palavra dita.
- A coisa mais obvia possível, somos turistas então temos a obrigação de explorar novos lugares! – respondi inocentemente.
- Pois penso eu que o motivo de sua insônia será outra totalmente diferente – disse.
- Sério? – fingiu não saber a verdadeira razão – E qual seria? – continuei insistindo no fingimento – Por favo me diga por que eu não consigo pensar em mais nada diferente disso.
- Pois eu tenho uma forma mais eficiente do que falar – provocou arrogante.
Olhei diretamente nos seus olhos e fiz sua melhor cara de inocente antes de dizer – E qual seria?
- Eu sou o tipo de homem que faz em vez de falar- beijou-me demorada e apaixonadamente, acariciando cada canto de sua boca, buscando alcançar as profundezas da minha alma e fazer morada definitiva em minha cabeça e coração e tudo o que eu pude fazer foi retribuir com a mesma intensidade – Então eu vou dar a você uma amostra grátis do que acontecerá nos próximos dias- disse convicto de tudo que aconteceria nos próximos dias.
...
Demoramos tempo considerado desnecessário para desembarcar, as coisas entre nó começaram a pegar fogo e Raul avisou o piloto e toda sua equipe que levaria um pouco mais de tempo do que o habitual para deixarmos o avião. A partir do seu aviso não perdemos tempo e nos agarramos um nos braços do outro, e nos entregamos a paixão que consumia e queimava dentro de nós.
Quando finalmente saímos do avião foi impossível não me sentir consciente de que todas as pessoas a nossa volta sabiam exatamente o que estávamos fazendo dentro do avião, senti minhas bochechas queimarem quando alguém dirigia a palavra a mim e Raul parecia divertir-se como sempre com o meu constrangimento. Ele pelo contrario, parecia muito confortável com a situação, amando mostrar a todos a quem eu pertenço, marcando seu território.
Era bem tarde da noite na França, quando conseguimos finalmente deixar o aeroporto e seguir viagem rumo ao nosso destino final. Estar na França com Raul é maravilhoso, mas uma coisa era certa, se acostumar com a mudança de fuso horário demoraria pelo menos uns três dias, era noite aqui, acho que até madrugada eu tinha dormido a maior parte do voo com toda certeza ficaria com sono na metade do dia. Pensando melhor não acho que será um problema real, porque assim que chegar ao nosso chalé não teria tempo para outra coisa a não ser Raul.
Um dia e meio depois
Como era esperado ficamos no chalé por quase dois dias, fodendo igual aos coelhos, saindo da cama apenas para nos alimentar e limpar a sujeira do nosso corpo antes de recomeçarmos mais uma vez a nos sujar.
Eu estava em estado constante de êxtase e também exausta tudo que desejava no momento era pelo menos oito horas seguidas de sono, tão cansada que talvez meu corpo se animaria com a proposta de hibernar como os ursos. Raul insistiu e insistiu até que me irritei a ponto de aceitar sair do chalé para começar nossa exploração turística pelas redondezas, ele estava tão animado e acelerado que nem parecia ter feito nenhum esforço físico a algumas horas atrás.
Vais entender, não era ele a pessoa que rejeitou a ideia de dividir nossos tempos juntos com os passeios?
Deixei essas perguntas bobas no fundo da minha mente e comecei a me arrumar, decidindo assim a aproveitar o momento com meu homem, que não poderia estar melhor, com ninguém nos atrapalhando ou interrompendo, sem as obrigações e obstáculos do dia a dia se torna possível imaginar como seria nossa convivência no futuro, que quem sabe poderíamos estar até casados? Ou apenas morando juntos?
Tomei um banho rápido e coloquei uma bata de azul de manga cumprida, para combinar com meus olhos, na parte de baixo optei por uma leggin preta, já que iriamos provavelmente andar bastante, o tecido flexível seria muito mais confortável e apropriado para longas caminhadas. Nos pés calcei uma bota rasteira de cano alto também preta e completei meu look com um casaco, ainda era começo do outona, mas já podia sentir o ambiente mais úmido e clima mais gelado, então não arriscaria sair sem casaco e passar frio. Na maquiagem preferi apenas o básico, nada o que fugisse do natural.
Colocava meus acessórios quando os braços do meu amado namorado me rodearam, beijando-me minha nuca.
- Você está linda – disse encarando pelo espelho situado a nossa frente.
- Obrigada – sorri docemente, eu adorava quando ele me elogiava soava tão diferente das outras pessoas quando o fazia - Você tão bem não está de se jogar fora! – o medi descaradamente desde as pontas dos dedos cobertas por suas botas até seu lindo cabelo revolto, castanho.
- Querida, temo que se você continuar me olhando desse jeito nós não conseguiremos sair de casa pela próxima semana- sussurrou pausadamente enquanto distribuía beijos pela minha nuca.
- Ahh, nada disso agora eu já me produzi toda, não mudarei de ideia nem por um decreto- fiz uma mini birra – Alias foi o senhor que ficou insistindo para nós sairmos e agora eu digo que nós vamos sair!
- Tudo bem meu amor, não precisa se exaltar, eu não tenho culpa se eu não consigo me cansar de ter você nua debaixo de mim – defendeu-se fazendo-me derreter igual geleia.
- Então vamos logo antes você dê um jeito de me convencer do contrario e eu mesma te ataque! – caímos na gargalhada.
- Sim vamos, alias, já perdemos tempo de mais – disse com um ar misterioso, senti que não era sobre o nosso passeio que ele estava se referindo.
...
Fomos a Paris para ir as compras e almoçar em dos restaurantes famosos por sua boa culinária, depois das duas horas da tarde resolvemos pegar a estrada e voltar para a região dos Alpes pois Raul queria ver a vista do alto das montanhas antes de nós finalmente irmos para casa.
Contratamos um guia turístico que nos explicou tudo pelo caminho, o tipo de vegetação que na região inverno rigoroso atraia muitas pessoas para esquiar, movimentando a economia da região. Eu mal prestava atenção nas palavras que ele dizia, estava completamente encantada com a paisagem do lugar, Raul que mantinha toda a conversa fazendo perguntas e dando atenção ao homem que caminhava a nossa frente.
Depois de mais ou menos meia hora mais tarde alcançamos uma altura razoável que nos privilegiava com uma bela visão do horizonte e da cidade abaixo, resolvemos que seria o suficiente por hoje, pois logo escureceria. Admirando a vista e totalmente perdida no tempo e espeço nem percebi o que se passava a minha volta.
Voltei a realidade quando Raul chamou minha atenção, parando na minha frente segurando intimamente as minhas mãos.
- Espero que tenha gostado do passeio – disse com voz levemente tremula.
- Eu mais que gostei, eu adorei – sorri docemente – Eu gostaria de qualquer lugar desde que você estivesse comigo – disse.
Olhei para os lados e notei que o guia que nos acompanhava não estava por perto abri minha boca para perguntar a Raul, porém o mesmo me interrompeu beijando levemente os meus lábios.
- Eu nunca conheci mulher mais incrível e honesta que você- começou dizer afastando dos meus lábios para fitar meus olhos – Nunca fui capaz de experimentar sentimentos reais- confessou emocionado- Quando te vi pela primeira vez sabia que minha vida nunca mais seria a mesma, você me transformou, tornou-me um homem melhor, mais humano. Eu acho que te amei desde dali quando os meus olhos encontraram os seus pela primeira vez, mesmo com tantos obstáculos e todas as vezes que eu a machuquei de alguma forma, quero que você tenha a certeza que passarei o resto das nossas vidas me redimindo por isso.
Meu coração batia acelerado em meu peito e as borboletas voavam freneticamente no meu estomago.
- Eu não quero passar um minuto a mais longe de você meu amor – afagou suavemente meu rosto- Eu te amo mais do que poderia imaginar então- ele ajoelhou-se na minha frente e sacou uma caixinha preta de veludo do bolso que abrigava um lindo anel de diamante rodeado por delicadas safiras azuis- Você Laura Miller me daria a honra de ser o seu marido? – seus olhos brilhavam – Quer se casar comigo?
Uma lagrima solitária escorreu pelo meu rosto, e um sorriso sincero se abriu.
- É claro que eu aceito- respondi emocionado, não sabia se chorava ou se sorria.
Raul levantou-se e colocou o anel no dedo onde ele pertencia, e logo depois me tomou em seus braços, beijando-me ternamente.
- Eu sou o homem mais feliz do mundo- declarou.
- E eu a mulher – disse
- Eu te amo
- Eu amo você.
Fim
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