Capítulo 2 (editado)
Laura Miller
Senti minha pele se arrepiar com o olhar assombrosamente poderoso daquele homem, um olhar intenso, penetrante que queria ver além de mim, queria ver através da minha alma.
Ele era lindo, possuía olhos castanhos claros, intensos, que conforme a luz do sol era refletida eles se tornavam quase um tom de verde. Cabelos negros e bagunçados de uma maneira sexy.
O homem era alto, sua presença era marcante do tipo que nunca passava despercebido, e o terno que estava vestindo não fez um bom trabalho para esconder seus músculos bem construídos, porém nada dele era exagerado tudo vinha embrulhado num belo pacote na medida certa. Seu olhar me avaliou e de repente eu me senti nua.
Eu vestida com uma bonita camisa de seda na cor pérola e uma saia lápis azul marinho, para completar o visual calçava saltos pretos.
Meu cabelo liso em um comprimento médio estava livremente solto pelos meus ombros, a maquiagem era mínima, eu realmente usava apenas o essencial.
Eu continuei tentando manter minha aparência o mais profissional possível, não queria que todos ali testemunhasse meu abalo repentino diante a visão daquele homem que aparentemente era meu chefe.
Não, estava ali para passar uma imagem séria, para mostrar que eu era competente e merecia aquele emprego. Eu estou nessa empresa para oferecer o meu melhor quanto proficional.
- Meu nome é Raul Storini, sou o CEO dessa empresa – sua voz grave me tirou de meus estúpidos devaneios - Eu vou ser direto, espero competência e um bom desempenho de vocês, caso contrario ... – ele deixou a frase morrer sem termina-la, mas todos nos estávamos cientes do que aconteceria.
Tivemos uma breve conversa, que pra mim pareceu durar horas, aquele homem quando olhava em minha direção parecia querer me devorar, esses olhares estavam me deixando encabulada, completamente sem jeito e Raul não se preocupava em disfarça-los, querendo me proteger finjo que não estou nenhum pouco afetada, mantenho minha expressão impassível e fria, deixando claro o meu desprezo por seu comportamento imoral.
Fomos apresentados para alguns funcionários que trabalhavam no mesmo departamento que os novos contratados, conhecemos um pouco mais do espaço físico da empresa e conhecemos também nossos monitores.
Como ainda éramos uma espécie de "estagiários" em período de experiência, tínhamos que ter alguma pessoa para nos ajudar na adaptação e no ritmo de trabalho da empresa, e em mais algumas coisas que não tão importantes.
Heloisa foi designada a ser minha "monitora", e não parecia nada feliz com isso, ela parecia se incomodar com a minha presença como se eu fosse uma ameaça.
Não sei por que ela estava se sentido assim já que era uma mulher realmente muito bonita, possuía cabelos longos e louros, olhos acinzentados que a deixava com um olhar marcante, alta, magra e vestida com roupas que com toda a certeza eram de caríssimas grifes, parecia ter saído de uma revista de modelos.
Aparentemente era muito simpática, mais meu sexto sentido feminino me disse que comigo as coisas não seriam nada fáceis, tentaria manter nossa convivência em um nível profissional ignorando toda a hostilidade direcionada a mim sem nenhum motivo racional.
Entrei no meu cubículo, vulgo escritório, tudo era tão monótono com suas paredes brancas e móveis em um tom forte de cinza, sem mais objetos de decoração,sem cores alegres, era um lugar sem vida. não que me importasse muito para essas coisas, meu principal objetivo era trabalhar ali e ser bem sucedida na minha carreira, mas ajudaria na parte criativa um lugar mais agradável, mais acolhedor.
Liguei meu computador e comecei a checar meus e-mails, não encontrando nada de muito relevante nele, que tenha utilidade ou alguma informação.
Assusto-me quando ouço a porta abrir inesperadamente de maneira bruta, elevo meus olhos para frente e dou de cara com Heloisa com os braços cruzados, nariz impinado me olhando com um ar de superioridade.
- Mal chegou e já está fazendo corpo mole senhorita Miller? – perguntou sendo sarcástica, acusando-me sem nenhum fundamento.
- Muito pelo Contrário senhorita Henderson, eu estava apenas aproveitando meu tempo enquanto não me atribuíram nenhuma utilidade- respondi de maneira formal e educada, deixando-a sem argumentos.
Se tinha uma coisa que eu me negava a fazer nessa vida, era descer de nível para responder pessoas arrogantes. A educação era a melhor resposta para eles.
- Já que está com tempo sobrando, quero que você analise algumas contas pra mim e se tiver algo errado ou estranho nelas peço que me informe, ou tente resolver melhor, e não tome nenhuma decisão sem pedir minha permissão- Heloisa mais uma vez quis me mostrar que era superior, porém eu não me abalaria com a suas visíveis tentaivas de me rebaixar.
- Sim senhora – como diz o velho e bom ditado "manda quem pode, obedece quem tem juízo"
Coloquei meus óculos e comecei desenvolver minha "tarefa" do dia, e pelo que pude perceber das minhas primeiras horas nesse lugar, é que seria difícil suportar Heloisa, com toda sua arrogância e frieza.
O tempo passou de pressa até a hora do almoço, eu tive a ideia marcar de me encontrar com Vivian, pois ela estava trabalhar aqui por perto. Pelo menos com ela eu conseguira me acalmar e esquecer aquela mulher ridicula.
Peguei minha bolça, organizei meus papeis na mesa e sai da sala dando um suspiro de alivio. Segui pelo corredor extenso e apertei o botão do elevador e aguardei até que ele parasse no meu andar.
Quando as portas se abriram encontrei o homem que possuía os olhos misteriosos, com o qual me fitaram intensamente. Respirei fundo, entrei no elevador, era uma ilusão o que minha mente estava criando é claro que ele não estava interssado em mim. Se esse era o motivo do ódio de Heloisa, ela estava equivocada.
Afinal ele era apenas o meu chefe, e eu poderia fazer isso, teria apenas ignora-lo com fiz mais cedo, não porque ele era um homem bonito que eu teria que ficar me esquivando dele, eu não tenho essas inseguranças bobas, aliás eu sou apenas mais uma funcionária, uma mulher comum. Aposto que não tenho nada de defierente do que ele já tinha visto por Nova Iorque.
Quanto mais eu tentava me convencer com todos esses argumentos, menos eu acreditava em mim mesma.
As portas se fecharam e o elevador se pôs em movimentos, concentrei-me na minha respiração e fitei um ponto fixo na porta de metal, tentando não chamar atenção para meu nervosismo sem fundamento.
Finalmente chegamos ao térreo sem algum dano, mesmo que minha respiração ainda esteja levemente acelerada e que pareça que meu coração vá sair pela minha garganta eu sobrevivi.
Meu celular toca e o atendo enquanto caminho fora daquela caixa de metal, escutando um plano mirabolante de Vivian para nosso almoço e de como ela achou um restaurante incrível que fica ali por perto e a comida parecia ser ótima, porque vários novos colegas de trabalho tinha indicado.
Pelo menos uma de nós tinha se dado bem e comseguido fazer amizades ao invés de animizades.
Porém, eu não consigo prestar atenção em quase nada que minha amiga fala, porque simplesmente o homem que supostamente é meu chefe passa muito perto de mim com se ele não tivesse outras espaço suficiente naquela enorme sala que era entrada do prédio e percebo também que ele deixa algo cair na minha bolsa, cuja estava aberta, e sai rapidamente como se aquele fato nunca tivesse acontecido.
Minha pele se arrepia quando minha mente reprisa aquele breve momento, eu ainda sinto seu perfume amadeirado no ar. Ele cheirava a pecado, a encrenca e que estava completamente fora dos limites para mim.
- Laura você ainda está ai? – a voz da minha amiga me tirou do devaneio impuro, sinto minhas bochechas queimarem.
- Sim... Desculpa é que me distrai – falo o mais naturalmente que consigo, não quero contar a Vivian o que aconteceu e como eu estou atraída pelo meu chefe arrogante e egocêntrico.
Encontrei Vivian no restaurante, ocupando uma mesa esperando pacientemente por mim. O restaurante era decorado com cores claras e frias, que trazia uma tranquilidade ao espaço e eu me senti imediantamente confortável e segura naquele local.
Aproximei-me da mesa e sentei em frente da minha amiga chamando sua atenção.
- E aí gostou do lugar? – perguntou sorridente
- Claro que sim, sinceramente gostei muito daqui, me senti acolhida e tranquila – confessei – Afinal que tipo de refeição eles servem aqui?
- Vegetariana, e segundo os comentários a comida é ótima.
Chamamos o garçom e fizemos nossos pedidos e iniciamos uma conversa agradável, nada que era muito importante apenas uma conversa entra garotas.
Nossos pratos chegaram rapidamente, o que provou que as pessoas que trabalhavam ali se preocupavam e agradar a clientela com intenção de mantê-la. Experimentei a comida que era espetacular e pra melhorar ainda tinha baixa caloria, fiz uma nota metal de que esse restaurante iria para lista de meus favoritos.
Além da comida ser boa, era saúdavel e te ajudava a manter a dieta.
- Você parece animada, como foi sua manhã de trabalho? – pergunto interessada em sua resposta.
- Não poderia ser melhor, todos no escritório são simpáticos e receptíveis eu realmente adorei, todos são amigos e o clima entre as pessoas é incrível! – Vi respondeu com um enorme sorriso no rosto, ela tinha cursado direito na mesma universidade que eu- E a sua manhã como foi?
- Não foi nada agradável o CEO da é arrogante se acha a ultima bolacha do pacote – disse enquanto involuntariamente um flash de seus olhos misteriosos passavam pela minha mente, - E de quebra eu tenho uma "monitora" que mais parece querer me ferrar do que me ajudar, ela é uma vaca mandona- desabafei. Vivian fazia uma careta de desagrado que no fundo era muito engraçada.
- Poxa, acho que você está muito ferrada, a pior coisa é ter alguém mandão no trabalho que te monitore o tempo todo - disse - Juro que não queria estar na sua pele.
- Vi nem eu queria estar na minha pele, mais fazer o que se é com esse emprego que eu vou pagar minhas contas. vou ter que chupar esse limão por algum tempo até eu encontrara algo melhor. – eu estavaum pouco chateada, já que a realidade não era nada daquilo que idealizei por anos da minha vida.
Bem vinda ao verdadeiro mundo dos adultos minha querida. Pensei comigo mesma.
- Não fica assim, vai dar tudo certo você vai ver – ela tentou convencer-me que as coisas melhorariam, porém no fundo eu tinha a sensação que as coisas poiariam com o tempo, meu sexto sentido dificilmente falhava.
Noto que faltam poucos minutos para voltar ao meu expediente, pago minha conta me despeço de Vi com abraço e seguimos em direções opostas.
Chego e meu prédio que tinha um grande potencial de se tornar meu inferno particular e peguei o elevador, agora vazio (agradeço mentalmente por isso). Entro na minha sala sem graça e procuro meu batom na bolsa e vejo aquele pequeno papel que onde havia uma única e simples palavra: Minha.
Raul Storini
Meus pensamentos me traem constantemente durante o dia, minha concentração evapora me deixando irritado por não conseguir acabar um trabalho que antes era tão simples de ser concluído.
Fecho meus olhos e minha mente viaja para as lembranças daquela mulher que está me assombrado durante as ultimas horas, imagino seu corpo que é coberto por roupas sérias e elegantes, imagino sua voz chamando-me.
Minha mente cria pensamentos sujos, que me fazem duro em segundos.
- Droga! – exclamo nervoso, isso era muito vergonhoso no ambiente de trabalho.
Ouço alguém bater insistentemente na porta, abro meus olhos e mando a pessoa entrar.
Heloisa entra em minha sala exibindo um grande sorriso forçado e tentando parecer mais sexy do que realmente é, o que não funcionamuito bem para ela.
- Raul, vim perguntar se você gostaria de tomar um drink comigo? – ela pergunta, na verdade acabei me dando conta que o dia chegara ao fim.
Heloisa era uma amiga da minha família, a conheço desde criança. Sempre frequentávamos os mesmo colégios os mesmos círculos sociais e vivemos uma breve paixão adolescente , a qual ela parece não superar até o presente momento.
Quero deixar claro que a parte de paixão era unilateral, pra mim era um relacionamentepuramente físico, sem esperaças de um final feliz. Não era o conto de fadas que ela acreditava ser. Pra mim ela era um corpo quente, fácil e sempre disponível.
- Não Heloisa, não estou a fim de sair em plena segunda feira para beber - respondo de imediato para não dar brecha a nenhum argumento que ela possa usar.
- Raul você precisa se divertir mais- ela resmunga sentando-se na minha mesa fazendo falsa cara de decepção- Você não faz outra coisa a não ser trabalhar!
- Olha Heloisa, eu já disse que não vou, não estou a fim – repito com veemência em minha decisão, mesmo que a magoe, eu odiava esse joguinhos tolos dela – Tive um dia estressante e quero descansar.
Levantou-se emburrada, mas muito orgulhosa para me responder de maneira educada e foi embora da minha sala.
Superei aliviado, não estava com cabeça para sair com ela e escuta-la falando sobre coisas fúteis tentando reatar um relacionamento que nunca existiu e se depender de mim nunca voltará a existir.
Arrumo minhas coisas, decidindo finalmente terminar meu dia de trabalho, apago as luzes e caminho em silencio em direção à saída do prédio, um longo caminho a se percorrer pra quem quer encontrar descanso.
Andando de um lado para outro na calçada em frente ao prédio, estava o objeto do meu desejo, falando ao telefone em um perfeito francês toda exaltada, realmente parecia muito nervosa.
- Cesser de troubler ma vie, parce que vous n'avez pas pas partie (pare de atrapalhar minha vida, você já não faz parte dela) – falava com uma certa autoridade, sem deixar seu tom de voz vacila. Fazendo-me deseja-la ainda mais, pensando em palavras sujas em francês sendo sussurradas no meu ouvido.
Ela continuou falando, até que se deu por cansada , virou- se e começou a caminhar em uma direção que supus que era para sua casa, porém não pude me controlar e a chamei.
- Senhorita Miller, não sabia que falava um francês fluente – fiz um comentário e ela corou ao se dar conta de que eu a tinha visto e entendido completamente o que ela estava conversando.
- Isso deve ser porque você não me conhece – ele não se deixou abater, mesmo quando seu corpo a traia.
- Ainda – provoquei e a vi estremecer- Não tinha essa informação no seu currículo.
- Não estava incluído no meu currículo que sou fluente, mais sim que eu sabia uma língua estrangeira- rebateu- Agora se suas perguntas chegaram ao fim eu preciso ir para casa- deu as costas para mim pronta para se afastar, porém foi uma falha tentativa de se afastar.
Segurando seu braço eu falei no seu ouvido.
- Sou um cavalheiro senhorita Miller, então por isso estou lhe oferecendo uma carona– minha voz era baixa e rouca - Não posso deixar você voltar desacompanhada, as ruas de Nova Iorque podem ser muito perigosas.
- Eu agradeço senhor Storini, mas minha casa não é muito longe e eu posso andar até lá sem nenhum problema. Não sei se o senhor já notou, eu já sou uma garota crescida, sei muito bem cuidar de mim mesma.
- Sim senhorita Miller já percebi que você é uma garota crescida, eu apenas estou te oferecendo uma carona. Sei que é perfeitamente capaz de cuidar de si mesma, mas isso não te livra do perigo.- devolvi suas palavras com duplo sentido.
Sem dar tempo para Laura pensar, coloquei minha mão na parte baixa das suas costas e a guiei até meu carro ela não se impressionou com meu mercedes bez preto.
Abri a porta do carro e ela entrou, dei a volta no carro e sentei-me no banco do motorista, Laura me passou seu endereço que realmente não era muito longe de onde estávamos. A tensão no carro durante o caminho era palpável e angustiante. De tal ponto que poderia ser cortada com uma faca.
Estacionei em frente de um edifício pequeno, o local onde ela morava.
- Obrigado pela carona – ela agradeceu rapidamente sem olhar em meus olhos.
Laura estava prestes a abrir a porta quando a impendi, segurando seu cotovelo, ela virou-se e me encarou sem entender minha atitude, sem dar chance a qualquer questionamento, tomei sua boca com a minha.
Um beijo ardente, voraz, daquele tipo muito esperado para acontecer , no inicio pareceu surpresa, não conseguindo resistir por muito tempo Laura relaxou em meus braços e correspondeu ao meu beijo com a mesma fome, deixando bem claro pra mim o seu desejo. Separei nossos lábios e disse:
- O prazer foi meu
Aquilo seria apenas o começo de nossa aventura.
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Oi pessoal, consegui editar mais um capítulo e vou tentar revisar todos até o fim do ano.
bjs e não se esqueçam de comentar e dar o seu voto!
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