Sentimentos a Descoberto - Parte 01
Por Braz...
Durante trinta dias apostei todas as minhas fichas nesse momento em que meu homem voltaria para meus braços. Lembro-me com certo sentimentalismo como me doeu sair daquela cama onde passamos a nossa última noite abraçados, sem eu lhe dizer qualquer palavra ou ao menos adeus. Só Deus sabe o quanto me doía ignorar cada chamada dele e depois passar horas de cada madrugada a me revirar pela culpa ou pela dor. Culpa por forçar Túlio a aceitar sua nova realidade, sendo que a mesma coisa me aconteceu há uns dez anos atrás, e dor pela saudade de sua pessoa.
Enquanto eu finalizava uma compra de vinhos oriundos do sul da África, ele me liga. Sem ser indelicado, passo a ser mais objetivo com o importador a fim de me livrar dele o mais rápido possível, pois queria ir logo para casa para tomar um banho antes de recebê-lo. Mas o encontro num banco velho do parque em frente ao meu condomínio, algo que me faz atravessar a rua sem olhar para os lados para lhe abraçar.
Estou agora abraçando seu corpo que me parece mais fino que da última vez que lhe tive em meus braços. Minha boca sente além do sabor da sua, o salgado das suas lágrimas. Hoje ele está sendo mais macho que eu por se permitir chorar enquanto ainda me seguro.
Quando nossas bocas se afastam, vejo nos olhos claros dele o quanto carentes estão. Orgulha-me saber que sua carência é por meu ser, pois ele aperta-me com posse.
- Acho que deixei a chave na ignição. – Odeio-me por interromper o momento maravilhoso.
- Vai lá guardar o carro que te espero.
- Tenho duas vagas, vamos subir e conversamos mais a vontade.
Alguns minutos após nós estamos no elevador onde tenho vontade de fazer uma loucura, mas me seguro por pelo menos uns três minutos a mais.
- O que você acha de um banho de banheira?
- Gay demais. – Sua resposta faz-nos rir como dois moleques, como se fosse a melhor piada dos últimos tempos.
- Então vai ser de chuveiro mesmo, vem.
Túlio nunca deixa de me olhar com aquela cara de assustado e isso me enche de um tesão quase animal. No banheiro meio que perco a paciência para tirar sua roupa e quase a arranco. O mesmo acontece com a vontade de fodê-lo ali, que controlo dolorosamente, já que meu pau não entende e fica ereto o tempo inteiro. Sorrio quando percebo que não sou apenas eu naquela situação.
- Podemos pedir algo? Está com fome?
- Sim, quero você. – Túlio me surpreende com sua total falta de compostura e claro que saciarei sua fome. Ele é o tipo de amante que odeia ser tratado com termos pejorativos, como já tive alguns que gostavam de ser chamados de formas femininas ou alguns termos que no início tentei usar com Túlio e ele ficava irritado, então fica mais fácil para ambos chamarmos um ao outro de meu homem.
Na cama ele quer ficar por cima e eu lhe permito, não negarei mais nada, hoje ele merece, pois me provou ser merecedor. Deitado sobre meu corpo, beijamo-nos quase de forma desesperada pela reciprocidade do que sentimos. Ele me devora, chupa minha língua ao ponto de doer, meu lábio inferior é mastigado e suas mãos apertam meu peito com força a puxarem meus pelos daquele jeito que ele tanto gosta. Dou uma reclamadinha para fazê-lo sorrir satisfeito, pois gosto dessa tara dele. Ele brinca mais e puxa mais, gemendo enquanto nosso beijo abafa os sons manhosos que ele faz.
Ele custa a deixar minha boca. Querendo mais opções, sua boca quente suga-me um dos bicos rígidos do meu peito.
- Au. – Reclamo quando ele morde e ainda mais quando ele o abandona e busca o outro onde se sacia.
Sua boca desce a buscar o que ele mais quer, deixo-o muito a vontade para me explorar do jeito que bem entende. E delicioso demais senti-lo descer beijando e mordendo meu abdômen sempre a puxar com as duas mãos os meus pelos.
Fecho os olhos para ir ao paraíso. Sua chupada é sempre voraz e cheia de fome, meu homem dos olhos verdes nunca se satisfaz com pouco e assim abocanha mais que a cabeça do pau daquela forma desesperada, segurando ele erguido e chupando de olhos fechados para apreciá-lo apenas com seu paladar como uma iguaria única.
Posso sentir minha glande sensível bater no céu de sua boca, no macio da garganta e ser acarinhado pela língua que a circula e tenta entrar pelo pequeno orifício. Gemo de puro tesão, quando sua mão agora não tão fria, sobe e desce meu prepúcio e sua sucção é tão faminta que faz todo meu corpo se contorcer.
Mas Túlio me abandona porque quer mais. Quer-me em seu cu apertado, que deve estar ainda mais fechado depois de um mês de abstinência. Sim estou certo, ele monta em meu quadril e esfrega minha rola em seu ânus, onde sinto o áspero de alguns pentelhos que o circulam.
- Assim vai se machucar, deixa eu te penetrar com mais carinho.
- Não. – Ele está excitadíssimo, não posso controla-lo. – Onde tem o lubrificante?
- No banheiro.
Não consigo crer na cena que se desenrola, Túlio sai andando pelado e volta em seguida com o K.Y., permitindo-me analisar seu belo cacete branco muito duro que me dá fome, a mesma fome que ele sente por mim.
Preciso saciar meu apetite por aquele corpo que acaba de subir na cama e sentar em meu colo.
Ele prepara-se um pouco com os próprios dedos e faz uma cara de sofrimento, tornando-se uma visão sexy que morde o lábio inferior e franze a testa, expressando sem palavras o significado de dor e prazer. Meu cacete é comprimido de forma quase dolorosa para entrar nele, lentamente vai se moldando e preenchendo o túnel quentinho. Aquele lugar que pertence só a mim.
- Braz... – Ele me deixa louco quando geme assim. Sua cara sofrida e safada me deixa mais e mais excitado. Seu pau volta a ficar duro e seu lubrificante não demora a formar a gotícula saborosa que me nego provar afim de não acelerar ainda mais a vontade de gozar. Minha mão o masturba subindo bem lentamente a pele de modo a esconder a glande rosada e babada e depois descobri-la algumas vezes. Ele geme alto e passa a rebolar vigorosamente e com ritmo, então sobe e desce seu corpo sem controlar agora qualquer gemido. A visão é absurdamente erótica.
Ele me olha dentro de meus olhos onde parece por vezes se perder, onde eu quero que ele se perca como faz comigo.
Seu mastro empinado torna-se cheio de veias salientes, a cabeça fica levemente arroxeada, os mamilos claros formam dois biquinhos duríssimos que meus polegares petulantes circulam bem de leve até Túlio abrir a boca e fechar os olhos me pedindo mais.
- Dá seu peito na minha boca. – Ele faz imediatamente, dando-me seu peito firme de macho de forma que eu reveze e não deixe nenhum de seus mamilos com vontade.
Quando minha boca despede-se contrariada de seus bicos ele me surpreende me encarando e sorrindo, passando a esfregar seus mamilos nos meus.
- Que tesão, meu machão. – Ele diz todo safado, seu pau estando melado lambuza minha barriga enquanto ele fricciona seu bico duro contra o meu. Então ele se empina todo tesudo e volta a sentar e remexer no meu cacete. – Braz me faz gozar...
- Olhos verdes... Goza pra mim... – Passo a punhetar seu pau e ele fecha seus lindos olhos. Assumo o controle das metidas observando suas expressões, seus sussurros chamando meu nome e finalmente ele vem a mim. Posso sentir seu cú apertar repetidas vezes meu pau, sinto os jorros quentes em minha barriga enquanto ainda o masturbo. Isso é demais para um homem apaixonado... Meu orgasmo é tanto ou mais forte que o dele que me sacode as estruturas.
Sexo. Não tem mais importância como o chamamos na cama, pois será o complemento que tornará nosso relacionamento algo mais saboroso. O que realmente me importa é nosso amanhã quando teremos que nos expor e onde realmente vou sentir a intensidade da palavra amor dita por ele.
Por hoje deixo-o se acalmar e tomar o folego que precisa, eu mesmo encontro-me exausto.
- Você foi mau, Braz. – Ele diz com a bochecha esmagada contra o meu peito. – Meu mês pareceu ter sessenta dias.
- Imagina o que senti em cinco meses.
- Nós transamos nesses cinco meses.
- Teu rabo então estava sentindo minha falta, não é? – Já me irrito com ele que tenho vontade de sufoca-lo com o travesseiro.
- Te fode. – Ele me responde todo exaltado e levanta indo para o chuveiro resmungando todo irritadinho. – Eu abro meu coração e você caga nele.
- Alto lá, opá. – Também sou esquentado às vezes, levanto e vou para o chuveiro onde a discussão não termina. – Já se arrependeu?
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