Ativo e Passivo (Capítulo Bônus) - Parte 02
Desamarro o cadarço do short preto e com medo de desperta-lo, trago só metade do cacete semi duro para fora. Sua pica ainda está envolvida pela pele do prepúcio, só aparecendo a ponta da cabeça, mas só a pontinha mesmo. Aproveito que não é sempre que posso mamar nele daquele jeito, pois geralmente está duro feito pedra quando dou uma provocada, como está cabe quase todo na boca. Demora um pouco para ficar bem duro, quem disse que tenho pressa?
Braz se espreguiça languido demonstrando que o acordei e solta:
− Puta que pariu... Túlio... Que tesão. Posso?
Esse "posso" traduzido no momento significa: deixa eu gozar na tua boca?
− U-hum. ¬– Respondo sem parar o boquete. Significa: goza, filho da puta.
Eu não curto engolir esperma como o Braz, mas não posso negar isso para um macho gostoso como ele. Aproveito quando ele arqueia o corpo, tiro seu short e me deleito nas suas bolas, lambendo até o períneo, enchendo a língua de pelos e chupando sem frescura, terminando com ele fodendo minha boca com certa força, segurando minha cabeça no lugar até ter certeza que derramou cada gota de porra lá dentro.
− Ah, safado. – Diz ele satisfeito ainda sentindo espasmos pós-gozada, pulando da cama para mijar.
− E eu? – Grito deitado na cama de pau duro.
− Espera só uns trinta minutos... — Ele grita de lá dando risada. Mas volta em seguida me empurrando de costas para a cama e investindo com vontade, deixando claro que vai me devolver o prazer oral.
Esse é o macho que não faz pela metade, Braz é foda no boquete, mama com vontade mesmo, chega a puxar o couro da minha pica com o dente que dá medo. Finaliza me levando ao orgasmo só batendo a língua no meu frênulo, enquanto torcia meus mamilos até ficarem vermelhos. Quando gozo lambe tudo que ejaculei na minha barriga e me beija logo em seguida.
− Humf. – Tento protestar quando ele deita o corpo pesado sobre o meu e me beija com bafo do meu sêmen.
− Nunca deixa essa frescura de lado. Eu te amo, chato.
− Eu também. Ei, vai trabalhar a tarde? Quer ajuda?
− Já me matei na semana de natal e semana passada, hoje quero descansar.
− Tá, escovar os dentes. Nós dois.
Ele me sacaneia e me beija ainda mais enfiando a língua na minha boca. No fim damos risadas juntos.
− Ih, quem será no celular? – Meu celular toca e Braz levanta para me alcançar. O número é de um cliente da contabilidade de Camilo. Tento explicar que não trabalho mais com Camilo, mas o cara disse que precisa que seja emitido um aviso indenizado para um funcionário.
− André, hoje é domingo, amanhã o povo da contabilidade volta. Tem dez dias para acertar no caso de aviso indenizado.
− Ah, Túlio que besteira você fez saindo de lá, cara não é mais como antes. A funcionária, foi dispensada dia vinte e quatro, sábado passado. Liguei para o Júnior que disse que ia mandar pelo e-mail, estou olhando todos os dias e nada. Nada que se peça é na hora. Porra.
Reviro os olhos, Braz saiu até de perto e está no banho. Poderia ajudar sim, emitir um aviso em branco e ele coleta a assinatura na sua colaboradora, mas não o farei. Não sou pago para prestar serviços para o Camilo.
− Cara, desculpa, mas não tenho como te ajudar. Tenta esse número daqui. Monique.
− Ela não trabalha mais lá. Encontrei ela perto do porto faz um mês, saiu fora. Porra Túlio, você sempre dava um jeito.
"Dava", eu penso.
Braz volta para o quarto só de toalha na cintura e com outra seca o cabelo, me encara sério e não diz nada. André tem uma franquia de uma cafeteria no centro, cansei que tomar café lá, até mesmo com o Braz. Só que ele não se esforça para compreender que sou ex funcionário do Camilo e não posso e nem vou fazer nada. Demora até eu explicar que a empresa pode homologar até dia três de janeiro e ele deve ficar calmo.
− Porra, saco. – Largo meu celular na cama irritado.
− Nem atende se tocar outra vez. Ei, ei, não precisa desligar, seus filhos estão na Bahia, a Iraci pode te ligar.
− Liga no convencional. Quero namorar mais.
− Banho e café. A Itália vai passar o dia com o filho e o Bombonzinho. ¬– Braz fala sorrindo e de castigo, puxo um tufo de pelos da barriga dele. – Ai, ciumento.
− Ele é bem bonitinho, toma tenência. Agora é até casado.
− É. Mas não me enrola. Levanta e faz um café para nós. No almoço hoje quero comer uma Punheta de Bacalhau.
Essa vez sou eu quem ri feito louco, só que Braz é diferente de mim, sem se estressar ri junto.
− Sério isso? Eu vou dar risada quando você pedir isso no restaurante.
− Brasileiro é muito malicioso, é só uma saladinha de bacalhau. Tem bacalhau no freezer eu mesmo sei fazer... – Então ele chega pertinho e fica beijando minha bochecha, fala mais rouco e eu arrepio por inteiro. – Você prepara as torradinhas com azeite de oliva, eu abro um vinho branco, você faz um pouco de agrião e eu... a punheta.
Não conseguimos ficar sérios durante o almoço e quando a Itália chega a noite ele grita:
− Ora pois, dona Itália, perdeste a punheta no almoço.
Itália tem uma veia cômica pior que a do Braz, sabe o que é a punheta e se lastima de brincadeira:
− Porco dio! Perdi de ver dois príncipes na punheta. – Dona Itália não fala italiano fluente, mas sabe falar palavrões e xingar pessoas em italiano, essa expressão até eu que descendo de alemães entendo que não é coisa boa, mas fico calado e vermelho olhando desinteressado para a TV. – Patron, a chente pem que podia assar um "mareco", fritar salsichon e comer chucruts.
Braz se aproxima de mim rindo e me entrega um copo de um aperitivo com butiá. Então caio na risada com a tentativa da dona Itália tirar sarro das minhas origens, claro que meu pai fala parecido com isso.
− Wundebar!!! – Eu falo minimamente algumas palavras em alemão, porque em casa só o pai falava e trabalhava na roça o dia todo, a mãe que passava mais tempo comigo fora criada na cidade, logo não aprendi muito.
− Braz, está dando cachaça para esse alemão, cuidado com a pressão alta dele.
− Estou bem, dona Itália.
− Estava até rindo, achei que estava bêbado.
Fico pensando que tipo de impressão passo as pessoas. Já me chamaram de frio, de grosso, chato e teimoso. Para ser bem sincero, nem ligo.
*
Por Braz Joaquim
Que ano, esse 2016. Terminei com meu Túlio no início do ano e olha para nós agora, casados. Casados mesmo.
Conversei esses dias com Chicão que está abobado com o Bombonzinho, todo derretido com aquele miúdo e descobri pretendem adotar uma criança. Nobre. Tomara que tenham sorte e não demore, pois como se o processo já não fosse moroso, vivemos em uma sociedade involutiva em todos os aspectos que envolvem a união entre pessoas do mesmo sexo. Assunto exaustivo.
Tive uns encontros com Carlinho antes de começar a sair com Túlio que agarrei e não soltei mais desde aquela tarde. Ele me excita, irrita, preocupa e deixa maluco de tesão. Agora são quase sete anos e tem coisas que estão mais lentas, mas no balanço geral a vida ao lado dele é mais do que satisfatória, estou feliz que dá até medo de falar demais.
Não consigo nos ver numa rotina maçante, porque ele é tipo um garoto, todo dia me traz uma situação diferente.
Logo que fomos morar juntos, enchia meu saco que precisava ligar o ar quente, depois tinha tosse seca e reclamava que era do ar.
Foi trabalhar comigo e atormentou minhas operadoras de caixa para passar cada sabor de tang separado, isso me perturbando de noite em casa que a culpa das funcionárias digitarem o 10X e passarem tudo por um único código era minha que não chamava a atenção delas.
Depois uma vendedora gostosa que ficou encantada com ele, bastou eu chama-lo para nos explicar sobre o tal do Difal na entrada de um de seus itens que ela se arreganhou toda. Ele jura que não, mas eu o vi olhar o peitão siliconado dela.
Fomos em um evento da Acats em Florianópolis e um contador conhecido que estava presente, o cantou na minha frente.
Depois teve o jantar na casa do Chicão, por aqueles dias que ele tomou um tiro perto do ombro. Itália esteve cuidando do filho e nos convidou para a sopa do genro, dessa vez eu jurei de pé junto que não tinha olhado para bunda do Carlinho, porque não olhei mesmo, mas não adiantou, passou um dia inteiro bicudo e jurando que não sente ciúmes.
Para apenas um aninho, creio eu que foi muita coisa. Até parece que tudo o que passamos em 2016, foi mais intenso do que tudo que já havia ocorrido nos outros cinco primeiros.
Agora casados. Às vezes quase não dá para acreditar, que acordo ao lado dele, trabalhamos juntos e depois voltamos para cá. E daí que isso enjoa? Tem muito casal que constitui empresa e aprende conciliar, claro que fica quase impossível separar.
Como meu contador me diz geralmente no final de uma situação que termina bem: "bacana, fechou com lucro". É como sinto nossa relação.
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Este foi um pequeno bônus para mostrar que existe algo depois do felizes para sempre e como é perfeito. A perfeição na nossa vida real é isso, crescer e aprender, viver, amar e mais um "bucado" de coisas. Não nascemos prontos e nem mesmo podemos ter a grande pretensão de nos acharmos maduros, pois que graça teria? Viver e aprender é o que torna a nossa vida estimulante e prazerosa.
Eu amei escrever e compartilhar a saga deste casal. É fictícia, mas que acabou tendo muito de mim, pois coloquei muitos sentimentos e espero que tenha conseguido divertir e emocionar vocês.
E claro que não posso deixar de agradecer de todo meu coração a quem acompanhou, votou e comentou, mesmo quem só leu bem "quietinho", kkk, Obrigado!!!
Amo vocês!!!!
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