Capítulo 23

Juro...

... que eu me vi protagonizando a novela das nove. 

Braz teve namorada, tem um filho e eu nem sabia disso. Só sei de uma coisa, vou colocá-lo contra a parede, digo, vou extrair essa história e também tranquilizá-lo agora que obtive através do Carlinho parte da resolução de uma das coisa mais bizarra que já me aconteceu.

Será que a Kelly teria coragem pra tanto, sendo capaz de investigar o telefone do meu pai e para ele telefonar? Ou envolveu outra pessoa? Ou será que não poderia ter sido essa ex-namorada do Braz? Por que tem gente se metendo? Por que eu permito isso?

Pelo resto de tarde, após conferir meus novos móveis recém montados, busco a concentração de toda forma. Venço o dia como se fosse uma luta mano a mano com um leão africano faminto. Estou exausto e ainda sentarei para conversar com Braz depois dois meses e pouco desse tempo confuso que ele me pediu. 

— Braz eu estou na área de vendas, você tá atendendo alguém?

— Não, amor. Sobe. — Quando chego à sua sala, olho em volta tendo aquela sensação gostosa de ser levado aos primeiros encontros e novamente pergunto: onde está o mais importante dali? Na janela olhando para fora, de certo admirando os últimos raios de sol... 

— Braz? — Quase não o reconheço. Ele deve ter perdido vários quilos, nem sei, olheiras, barba por fazer e usando jeans no trabalho. Pra mim isso o torna quase irreconhecível.

— Oi anjo. — Ele se aproxima. Ah, seu cheiro gostoso é o mesmo. Que vontade de abraçá-lo, mas ambos parecemos travados. Fecho com cuidado a porta e na mesma hora ele me agarra. Que beijo, que saudade! O sabor da sua boca, a barba mal feita me arranha, meus olhos molham, sinto-o gemer como um rosnado tão desesperado que me faz soluçar. 

— Braz, volta pra mim ou me mata.

Ele me aperta de volta contra seu peito que está bem mais magro, mesmo assim esfrego meu rosto nele querendo ficar impregnado por seu cheiro. Não consigo parar de chorar e ele nada me diz, só me conduz ao sofá para sentar ao seu lado.

— Túlio se acalma. — ele me traz um copo de água, senta de novo ao meu lado e segura minha mão enquanto eu a bebo. Estou tremendo e ele tem no olhar um misto de preocupação e sofrimento que dói em mim. — Está preparado?

— Para o que?

— Saber do meu filho? 

— Porque não me falou sobre ele? Eu mesmo sou pai e essa é uma alegria tão grande, Braz, não seria motivo para o fim de uma relação. Você disse que me amava.

— Amo. Túlio, eu e você temos uma relação onde sempre te respeitei, juro que nunca te traí. Mas tem coisas no meu passado que estão mortas e enterradas, junto com meu filho. Eu perdi o Miguel, Túlio, faz seis anos. Ei para de chorar, eu levei dois meses para me preparar, sentar na sua frente e falar sobre ele.

— Braz — vejo um rosto torturado e absurdamente triste. Me sinto tão culpado.

— Se não falei é porque tive meus motivos. Eu acho que exigi demais de você. Você ainda está apavorado, tem dois filhos que são sua vida e eu já perdi um. Mesmo que ele tenha vindo de uma relação totalmente instável, eu quase morri quando o ex namorado da... dela... se matou com eles dois dentro do carro. 

Além do choro silencioso de ambos, eu tenho dor na garganta, dói demais ouvir isso. Fez sentido o porquê de seu medo e até do afastamento. O grande homem permite que eu o abrace e descarrega seu choro como um menino ou apenas um grande homem adulto que também pode e deve chorar. Não queria estar sob sua pele, pois creio que não há outra dor que doa mais do que a perda de alguém. Senti isso quando cessou a vida de minha mãe e nem em pesadelo posso imaginar a perda de um filho. Ele já sentiu e teve medo que eu passasse por algo similar. O silêncio vem quando Braz fica calmo e me aperta. Respira. Suspira.

— Te amo, alemão... tanto — sussurra perto da minha orelha e beija meu rosto — Não tô pronto pra falar de detalhes...

— Não precisava se afastar, amor. Acredito que deva ser terrível a sua dor, mas eu poderia ter te aliviado, sabe, fiquei pensando em outras coisas, até que você tinha outra pessoa...

— Ainda não me conhece? — ele dá um pequeno riso e me olha nos olhos, meu Braz está muito triste e repete — Não me conhece ainda? Duvida que eu só quero você?

— Eu...

— Se eu me afastei, bom, primeiro porque quando toco nesse assunto, eu desabo, não consigo falar. Um dia eu acho que vou conseguir, tá? E depois, porque pensei que podia te acontecer o mesmo. Olha, sobre o Miguel, meu filho é isso... tô fazendo psicoterapia outra vez, tava pesado e minha família não mora aqui, você sabe.

— Eu vou respeitar isso. Mas não acredito que a Ira poderia tentar prejudicar nós dois.

— Por que não? O ex da mãe do meu filho, era meu amigo, igual ao Raul. O cara nunca aceitou o fim do namoro deles, encheu o saco um tempão. Quando transamos, foi estranho porque éramos amigos também e eu já tinha comentado com ela, inclusive, sobre minha aceitação. Minha família tentou me forçar a casar e então abri o jogo aos vinte e dois anos. Sou gay. Fingi muito no passado, me forçando a manter em segredo aquilo que era de verdade. Isso era um inferno. Continuou sendo um inferno por um tempo até ela ter o menino... entendeu? 

— Entendi.

Braz seca meu rosto e beija minha boca de leve, após fungar. Me grudo no seu corpo, aperto tanto que o faço reclamar e rir. Redescobri o que é paz no calor dos seus braços, no aperto, no seu cheiro, seu coração calmo e o simples ato de respirar.

— Fica comigo.

Seu pedido é só o que eu queria ouvir. Mesmo contra a sua vontade, eu ficaria ali porque nos pertencemos. 

E obviamente que não teve clima pra "furunfar" naquele primeiro reencontro. Fim. 

E segue a história que deve esquentar, porque estivemos de "dieta" e não somos muito tranquilos quando o assunto é sexo. 

O que não falta é tempero. Porém, há temperos que estragam o sabor de algumas coisas...


Dois dias depois...

— Oi Kelly.

— Bom dia Túlio. Que cara de preocupado.

— Impressão sua. Hoje tem reunião com todos os funcionários e o seu Camilo. Você avisou a Bianca e o Fernando que estão de férias?

— Sim, avisei, mas o Fernando tá viajando. 

— Sem problemas.

— O seu pai melhorou da pressão?

As minhas têmporas pulsam, minha espinha gela e dói meu estômago. Respondo a ela um "aham" e enquanto me encaminho para a sala onde trabalho, penso em como dividirei com Braz as informações sobre o Carlinho e a suspeita quase confirmada sobre a Kelly, já que nunca lhe contei sobre o fato do meu pai ter estado internado com pressão alta. Não quis constrangê-la e menos ainda, deixá-la alerta sobre o que já juntei de informações. 

Meu patrão fala as mesmas ladainhas de sempre e cobra a integração de seu filho nos setores, mesmo que o guri passe a reunião toda mexendo no celular e com o olhar perdido, quando não está suspirando seu tédio. Seu Camilo não tem vivido nossa rotina e Mauro bate de frente com o velho em algum momento, sobra pra eu, escutar a chuva de indignação de ambos quando tento me concentrar no trabalho que naquela altura era ajudar no setor contábil com parte de nossa carteira de clientes e ficar responsável pelo societário na íntegra, além de gerenciar, correr atrás de clientes velhos e novos, fazer as cobranças dos inadimplentes e desarmar todas as bombas que jogam no meu colo.

Ave Maria cheia de graça... clamar por um final de semana é pouco. Porém feliz eu estava com meu amor outra vez. Fiz minha parte e o deixei sossegado até que quisesse falar mais sobre seu filho e com isso, alguns dias depois, o clima estava leve e querendo esquentar, se é que me fiz compreender.


Mudar-se de residência quando há essa possibilidade, é algo que ajuda muita. Em minha linda casa que eu adorava ficaram tantas lembranças mistas, mas no apartamento estou tão renovado que volto a correr na praia de manhã e a noite faço boxe na academia que fica na sala comercial do próprio prédio. Ao lado desta há uma imobiliária, onde deixo meu cartão de visita e nesta, eu faço amizade com o casal de proprietários, que além de vizinhos, tornam-se amigos, com quem passo conversar direto. E por incrível que pareça, ambos lidam com tranquilidade absurda com o fato de eu comentar que o "grandão" é meu namorado. 

— Ei, Túlio Eu tenho uma curiosidade. — cá, eu juro que me arrependo de aceitar o convite deles para tomar uma cuia de chimarrão antes de ir para o trabalho. Estava demorando, penso, achando que não pode vir uma pergunta muuuito invasiva. — Posso te perguntar uma coisa?

— Aham... mas...

— Tu é o que na relação?

— Como assim?

— Tem dois, ativo e passivo... tu é o que?

— Gente, isso não se pergunta. — sua esposa Berê o corta para meu alívio e eu justifico o que ela disse até que ele assuma que "acha" que é bi, porque se amarra em bunda masculina. 

Eu tive uns dez mini choques com sua confissão esquisita e disse que sua pergunta invade a minha intimidade, que então não é legal perguntar isso. Mas bem que eu queria dizer que sou... já deu para entender minha preferência #orgulhodeserpassivo. 

Que se dane, adoro ser exatamente assim. E só de pensar nesses dias que voltamos, que ainda estamos só nos beijos, o tesão que dá e o Braz não me pega de jeito, então até o final da tarde, estou pegando fogo. O rosto esquenta, fico ereto no elevador e não seguro até me encontrar com ele mais tarde. Me atiro no sofá mesmo e coloco o pau para fora, o aperto, subo e desço o prepúcio, logo ele tá grosso, grandão e molhado na ponta. A outra mão desce pro saco que tá pesado, tanto tesão que logo vem uma gozada pra aliviar minha alma e a carência de não dividir com ele o momento. Preciso transar, quero ser fodido com força, mesmo que doa, mesmo que eu solte alguns gritos vergonhosos, mesmo que seja cavalgando seu quadril que ele adora tanto. 

Passo correndo sob o chuveiro, falo cinco minutos com meu amor ao telefone e desço para a academia, no início com preguiça e por fim, passa voando a minha horinha. Banhado de suor, leve como uma pena, agora é só tomar um banho e implorar para que o cansaço me derrube porque meu encontro com ele será na noite de sexta, pois ele fez uma pequena viagem, por isso quatro dias sem nos vermos. Não tenho coragem de entrar no elevador no estado em que estou e subo cinco andares de escada correndo quase derrubando o vizinho que descia distraído e tem que se agarrar em mim para não cair. É o Eliseu, o cara legal que mora no sétimo andar.

— Nossa, me desculpa. — Fico envergonhado.

— Desculpa, eu. — Ele parece menos encabulado que eu quando me solta e comenta para não sair sem assunto. — Escada é bom para exercitar as pernas... gordo às vezes acha que isso ajuda perder peso.

— É muito bom. Na verdade, eu tô suado e até com nojo de mim.

— Que exagero Túlio" Nojo? Olha esse peitoral. — ele passa a mão no meu peito e eu gelo, estranho o gesto atirado e o corto na secura, dizendo um "até logo". Me senti culpado, achando que dei liberdade demasiada ao rapaz e que deveria ter dito que sou comprometido antes que ouse mais. Deus do céu, nem quero pensar numa cena dessas na frente do urso ciumento. 

Mas enquanto meu encontro de sexta não chega, eu relaxo um pouco porque saudade já não me define.

— Bom dia, Carlinho. Tudo em paz? Como estão as vendas?

— Ai, graças a Deus tá indo bem. Aquela pessoa veio aqui sabia? Fiquei morrendo de medo. Acho que vou denunciar porque pediu mais dez mil reais bem no dia que eu tava juntando pra pagar os boletos e minhas duas funcionárias. Mas, aí tenho medo... — Percebo que o Carlinho está muito chateado. Logo desvia do assunto para a questão de sua loja, também pede alguns documentos para cadastro bancário juntamente com um balanço assinado pelo contador. — Túlio, não comenta nada com a Kelly, por favor. 

— Tá. — não sei até quando devo concordar com isso.

Cada dia é pura emoção, sério. Exceto na quinta à noite... foi o dia em que precisei do abraço da Ira e ouvir as risadas da Rafa e do Edu. Jantei com eles naquela noite e mais tarde, enquanto ela lavava a louça e eu secava, viajei na mente.

— Terra chamando Túlio. Eu disse que fiquei feliz que vocês dois voltaram a se falar.

— Eu também. 

— Não fique se enrolando, entendeu, se tu ama corre atrás, derrube montanhas e parta o mar no meio, mas demonstra que ama, meu querido. Se ficar se enrolando e pensando demais, quando seus filhos estiverem na faculdade e você com impotência, ruim do joelho, caduco, mijando fora do vaso o Braz não vai estar lá em seu voto de celibato te esperando para concluir essa saga de amor.

— Nossa. Tá aprendendo com quem a ser "delicada" assim?

— Uns anos de relacionamento contigo mesmo... ah, sábado à noite leva eles para dormirem lá porque vou ter um encontro. "Jantar romântico". — ela faz aspas mesmo.

— Olha isso!

— Viu só. Ai ai... estamos nos entendendo bem. A menina dele tem a mesma idade da Rafa e no ano que vem, vamos tentar colocá-las na mesma turma. Planos, planos... Estamos fazendo meia dúzia de planos, vamos ver se dá certo.

— Vai dar certo porque você merece ser muito feliz.

 — Só se for pra ser, entendeu? No momento tudo é delicioso.

— Ele ganhou na loteria.

— Bobo...

E sem suportar mais um segundo, penso em provocar o homem porque subo pelas paredes na quinta e com saudades à beira do insuportável. Ele me atende no segundo toque como se estivesse esperando minha ligação.

— Oi vida do Braz.

— Oi amor, já voltou de viagem, né? Quero ficar juntinho.

— Que dengo exagerado. Se tivesse voltado do de viagem, tava em casa vendo a novela.

— Não ia querer me encontrar?

— Não. — ele diz e começa a rir do outro lado. — Vou começar a obedecer religiosamente os dias estipulados pela senhorita? Pode impor o que quiser que vou cumprir e te fazer correr atrás também. Só me liga porque quer pau.

— Seu grosso, não te liguei para oferecer minha bunda. Poxa, precisa ser assim?

— Aham, precisa. Tu é uma delícia, mas é a pessoa mais cheia de manha e que consegue me tirar da razão. Vai ter mais castigo? Vai sim. Me irrita pra ver.

— Porra eu estou ligando e sou tratado desse jeito. Preciso do teu abraço, sabia?

— Precisa de pau. — Ele ri alto do outro lado. Eu sofrendo e ele fica rindo da minha cara. 

— Sabia que te amo?

— Não sabia não. 

— Amanhã à noite vou te buscar no mercado.

— Quem disse que quero te ver? — ele tá todo engraçadinho e merece uma "acordada".

— Tenho um vizinho aqui no prédio que fica todo sorridente quando me vê.

— Te encho de tapa se descobrir alguma bobeira.

Depois de uns xingamentos e quase um quase sexo por telefone mesmo, eu preciso me masturbar outra vez e tentar dormir um pouco.

Finalmente na sexta eu converso com sua secretária ao telefone, já que ele não respondeu as doze mensagens que enviei.

— Seu Braz tava um fel nessas últimas semanas até o seu Crésio expulsar ele daqui. — Comenta Jessica dando uma risada. — Semana que vem tomara que volte mais calmo, senão vou pedir demissão e um emprego na contabilidade. Eu sou formada em Administração, já deu de atender telefone e aguentar o chefe que andava soltando os cachorros em todo mundo ultimamente. Será que posso comentar uma coisa?

— Hã?

— Dá pra saber certinho quando brigam porque ele fica seco ou quando tudo tá legal porque chega assobiando e brincando com todo mundo...

— É...

— Mas agora tá mais de boa. Ah, tenho que bater o ponto senão depois o RH surta porque dá muita hora extra. Xauzinho, Túlio.

Gente, não precisa mesmo dar liberdade, tem umas pessoas que invadem


— Alô, Braz.

— Calma, eu já sai de casa.

— Ah, você não disse que chegava em quinze minutos?

— Não. Vê se fecha as pernas e se acalma.

— Precisa engrossar comigo?

— Larga de ser manhoso, rapaz. Daqui a pouco chego. 

De repente parece que nada nos aconteceu, que nunca nos separamos, parecíamos temperados com pólvora e hoje está tão igual. Quando desligamos dou um pequeno riso, meu Braz vai subir e vou poder abraça-lo, beijar e...

Nossa, esse macho é um tesão" Dá um troço quando ele entra e olha em volta, meu novo lar com a mobília incompleta, a cara séria de bravo que eu sei que só é pose e o olhar que me deixa quente. Braz aceita meu abraço, aperta minha cintura com a mesma maneira possessiva e dá o mesmo tapa que me irrita.

— Costume esse...

— Igual a tua chatolice. Deus do céu... alemão como tu é manhoso, antes de começar a reunião com meus funcionários do ADM, eu te mandei mensagem explicando que te ligava. Tinha necessidade de tecer um drama tão grande e ligar pra Jéssica?

— Devo ser insuportável.

— É bem chato. Nossa" — ele senta no meu sofá e mira no rack recém montado sem uma TV. — Vem. 

Ah, o colo dele. O beijo e os apertões em minha coxa. Tudo meu.

— Vou te mimar ursão.

— Deve.

— Por que tá falando assim?

Levanto do seu colo contrariado, pois é meu lugar preferido, mas tenho que fazer justiça ao status de namorado. Ele ainda tem o olhar perdido em algo lá de trás e quando me olha, sorri.

— Fui um burro, né? — Ele me pergunta.

— Não, jamais diz isso. É um homem como qualquer outro que ama e sofre. Quem sabe você fica mais forte agora. Mas não briga comigo.

— Quero um banho e uma massagem, café na cama amanhã e vou fazer muito dengo. — Ele me faz levantar a cabeça para olhá-lo.

— Ei grande, Braz e dengo não combinam.

Meu banheiro é bonito, não é grande, nem cheio de luxo ou mesmo tem banheira como o banheiro da sua suíte, mas é onde vou cuidar dele com o dengo que sempre me deu. Ele me permite tirar seu moletom cinza escuro, sua camiseta de manga curta, abrir os botões de seu jeans, que tão raramente ele usa. Me abaixo para desamarrar os cadarços e retirar seus tênis, meias e a calça.

Abro o chuveiro, me volto para terminar de despi-lo, me deparando com uma figura com a barba por fazer, umas olheiras, parece ainda mais peludo por ter emagrecido, mas sem deixar de ter aquele toque selvagem e dominador tão seu.

Quando estamos sob o chuveiro, ele baixa seu rosto, me beija de leve e vira-se para eu esfregar suas costas. Uso a bucha vegetal com muito sabonete líquido de erva doce que ele mesmo pede para eu comprar, por ser o que mais gosta. Encho-o de espuma, costas, bunda e pernas, depois ele se vira e não resisto mirar o olhar sobre o pau. Lavo com vontade seus braços, axilas, peito e ignoro o sexo, me ajoelhando em sua frente para lavar os pés, canelas e coxas.

— Seu mal intencionado, tu só pensa naquilo. — Braz dá uma risada meio rouca. — Deixou o "garoto" ali para sobremesa?

— Fica quieto que estou cuidando de você. — Esse cara é irritante. — Depois, não fiz nada para você ficar de pau duro, está assim porque sua cabeça é cheia de malícia.

— Ah tá, hahaha...

Continuo ajoelhado a sua frente e faço tanta espuma quanto é possível nos seus pelos acima do pau, massageio os dois testículos ao mesmo tempo, um em cada mão com meus dedos polegares fazendo movimentos circulares sem pressa até encher de espuma e ele gemer baixo. Agora sim cuidarei de lavar com delicadeza o "garoto" do meu namorado que não pode ser negligenciado. Despejo mais sabonete na palma da mão e começo lavar pela base do pau muito duro, subindo e descendo lento o prepúcio moreno dele.

Desço aquela pele como se fosse cena de câmera lenta, surge sua glande gorda e avermelhada, fico ainda mais lascivo, brinco subindo a pele para escondê-la e depois desço como se fosse um ritual. Concentro meus polegares naquela reentrância logo abaixo da cabeça, esfregando-os a partir do freio dando várias voltas completas, sempre agindo "despretensiosamente".

Braz solta um gemido, seu corpo treme forte e ele acaba ejaculando basicamente em meu queixo e parte em meu peito.

— Estava com o tesão acumulado? Hum... — Levanto-me e nos beijamos, ele recupera devagar o próprio controle, depois disso me aperta com força e mordisca meu pescoço, sussurrando em meu ouvido.

— Coisa gostosa você, meu olhos verdes.

— Eu nem sou. — respondo e sem motivo ele me dá um detestável tapa na bunda. — O que foi que eu fiz?

— Termina logo o banho e continua a me mimar na cama...

Adoro massagear seus pés, hoje me dedico sem pressa a cada dedo ganha com carinho, um beijinho e cada centímetro do seu pezão bonito leva a mesma massagem dedicada. Depois, conforme a sequência que usei no banho, subo pelas canelas, joelhos e coxas que ganham minha atenção.

A baba da minha boca quase escorre de inveja de minhas mãos. E finalmente o grande membro, só meu. Suas pernas afastam e eu vejo no enorme saco as bolas inchadas que sobem e descem, seu pau logo fica muito duro e grosso. O largo ajeitado para o lado e meu olhar sobre todo ele é carente.

Lambo o membro duro deixando-o babado, fecho os olhos para degustar o líquido que desprende do orifício, enfiando ali minha língua com certa força, ouvindo Braz gemer deliciado.

— Vira, amor. — peço quase tonto de prazer.

— Não vai comer meu rabo...

— Não me dê ideias, hoje vou deixar quieto.

Braz apenas ri e vira-se de bruços, deixando-me mexer na sua bunda firme. Massageio do jeito que sempre tive vontade de fazer. Meus dedos só tocaram ali por acidente duas ou três vezes, hoje posso confirmar que não difere do resto do corpo no que se refere aos pelos. Aperto as nádegas com força afastando e encarando a intimidade escondida em seu rego peludo. Lá está seu furinho, fechadinho e enrugado. Não resisto em cuspir nele e circular com a ponta do dedo.

— Falta de respeito com seu namorado, seu putinho.

Vingo-me a altura da ofensa e bato nele. Diferente de mim, Braz dá uma risada.

— Delícia, bate mais forte. — Não o deixo querendo e bato em sua bunda máscula com mais força. — Até ia te deixar me comer, mas como me agrediu não ganha.

— Sério? Vou fingir que acredito.

Meu pau está no limite pra gozar. Não gosto da ideia de meter nele, mas pelo menos me esfregar, eu vou. Encaixo meu pau no seu rego como faz comigo e bato uma punheta diferente, juntando e apertando suas nádegas. Estou louco de tesão, louco... "Fodo" Braz com fúria e desespero, gemendo alto e esguichando meu sêmen acumulado por suas costas.

— Melhor eu não terminar com você nunca mais ou meu rabo vai sofrer as consequências.

— Teu rabo continua virgem, nem fiz nada.

— Meu rabo não é virgem. 

— Quê?

Não sei se amei ou odiei a confissão.


***


Oi pessoal querido. Mais um capítulo entregue♥

ótima semana a todos♥ fiquem bem =^.^=

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