(Pré) Dia dos Namorados - Parte 01


Dedico a malvadinha da AllanaCPrado ... vê se ficou legal, hehehe... só falta o outro se vingar agora

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Túlio...


Depois de sete anos de relacionamento não quer dizer que nada mais aconteça para abalar as estruturas, mesmo que sejam "pequenas" as discussões, essas ficam tensas com nossa truculência adicionada. Braz nem reclama mais, sabe como sou e me retruca ou ignora para que eu perceba o quanto preciso ser mais maleável. Observo essa mesma característica em minha filha Rafaela, a quem sempre tive o maior cuidado para não proteger demais, tornando-a abusada. Ela deu uma acalmada, digamos assim, mas se lhe perguntarem, ela dirá nada mais que aquilo que pensa. Assim eu sou.

No feriadão de 1º de maio, fiquei com meus filhos naqueles momentos que não me canso de repetir, momentos preciosos e ricos. Braz e Edu às vezes parecem pai e filho e tão diferente do meu jeito irritado, Braz é tolerante às pequenas "tiradas" do meu garoto.

— Tio Braz, o senhor que é mais velho pode me dizer o que o senhor acha...

— Edu, meu querido... Senhor? Ora pois, haha. Não né. Já não basta esse alemão me jogando na cara que 41 anos é velho, agora você, meu amigo, meu companheiro de futebol das quartas-feiras, assim você mata o velho.

— Tio, eu não disse que você é velho, é só porque eu respeito. O pai tem quase quarenta também.

Braz dá aquela risada alta. 

Rindo da minha cara e me olhando. 

Não vou me irritar. O Edu tá aqui, mas espera ficarmos sozinho... O foda disso é quando ficarmos sozinhos e Braz começar a tirar sarro, dos meus 37. Nem vou tocar no assunto... 

Enfim, mês de maio passa e estou escondendo há um mês os "brinquedos" e a cada transada que a gente dá, eu fico me coçando de vontade de adicionar algo. Como se precisasse...Não sei se vou aguentar esperar o dia 12 de junho pra usar cada um deles no Braz e o mais foda: meu medo de ele usar os piores em meu corpo só de vingança.


— Amor — Começo a conversa enquanto a gente enrola aqueles cinco minutos pela manhã — vai trabalhar à tarde também?

— Lógico, mas domingo fico com você, ahhh — Meu macho se espreguiça, boceja, coça o peito peludo e me olha todo abobado. — Porquê?

— Nada não, só perguntei.

— Túlio, fala meu alemão dos olhos verdes.

— Posso perguntar uma coisa?

— Para de suspense, homem, sou taurino e não gosto desse sabor de desconfiança... — Na verdade ele não me parece irritado.

— Já foi num sex shop?

Ele faz ar de riso e levanta da cama e eu me seguro pra não estressar logo cedo.

— Ei Túlio, fala o que você quer... Quer ir a tarde num sex shop, a gente vai. Não é possível que está todo tímido pra falar desse assunto. Chega a ser engraçado, hahaha.

— Pois então... — Chego perto bem lentamente e sorrindo. Eu sorrindo, por Braz é interpretado como PERIGO e logo fica sério. — Eu fui lá... e trouxe umas coisas pra usar em você.

Um sorriso que me lembra o Gato de Cheshire aparece na cara do Braz. E também traduzo como: PERIGO.

— Opa... — Ele esfrega as mãos e senta na cama. — Mostra aí. Comprou aqueles prendedores de mamilos? Aquilo é bom, cara.

"Merda!" Comprei isso, mas ele parece gostar de um pouco de dor. Se ele se empolgar com a vela, eu desisto da brincadeira.

— Mas eu que vou usar em você.

Braz fica tão animado que uma ereção indiscreta faz uma tenda na frente da cueca branca, única peça que ele usou pra dormir.

— Mostra rápido aí que hoje é sábado e preciso me mandar mais cedo. Mas de noite a gente brinca. Vê lá, não vai me maltratar muito.

— Não vou te mostrar, mas vou propor... Tem vela sabia?

— Oh! Ui, Túlio isso até me arrepia... é uma delícia.

— Tem alguma coisa que você não curte?

— Acho que não.

Como esse cara me irrita. Praticamente estragou a brincadeira pra mim. Mas que se foda, vou usar mesmo assim e sei que vou arrancar aquele sorrisinho da cara dele.

— Amor, vou trabalhar contigo até o meio dia. Tem umas coisas que deixei o Davi incumbido de fazer e me preocupo em sobrecarregar o menino. Danado é esperto, aprende bem rápido.

— Você quem sabe, eu tenho que ir pra filial dois, porque tem degustação de vinhos e queijos, aí gosto de acompanhar.

— Sei. E beber vinho. Aposto que a degustadora é a aquela peituda loira que esteve na matriz.

— Ah, amor, não se preocupa com a Ieda. O que ela gosta, você deixou de gostar faz tempo. E depois, seu alemão reinento... — Braz chega muito perto e dá uma pegada no meu saco e tudo que ali embaixo está "adormecido" e massageia. — eu gosto dessas "coisas" aqui, muito...

A gente evita beijo na boca logo que acorda, mas meu pescoço não é poupado e recebe aqueles beijos, arranhões da barba cheia e mordidas dolorosas que por nada, eu pediria pra ele parar. Me arrepio muito, enquanto ainda bocejo e enlaço meu homem gostoso pelo pescoço pra sentir por inteiro seu corpo quente e peludo colado no meu.

Minha ereção é inevitável, mas só no banho que nos masturbamos e aos beijos quase agressivos, um após o outro, gozamos. Ele sempre me excita, uma excitação misturada com sentimentos que nos permite amar sem pressa ou hora marcada. Já estamos casados mesmo, então temos todo o tempo e assim nos resta acharmos algo de diferente pra incrementar o que já é maravilhoso.

No caso, terei uns brinquedos para algo diferente e divertido com o Braz. Meu lado mal de escorpiano é esse, esse desejo de sacanear. Mas o Braz é pior e tenho certeza que se ele se "vingar" das pequenas maldades que vou fazer hoje, vou socar ele.

Eu confesso que minha criatividade é uma merda. Sou muito travado com essas coisas e fico todo errado em imaginar como começo tudo isso. Braz é quem me conduz na maioria, tá 100%, das vezes e eu não sei o que faço primeiro. Sei sim, tenho que me preparar pra ganhar aquele pau grosso, gostoso e bem duro. Puta merda, passei a manhã longe dele e cada vez que penso na brincadeira de logo mais, fico desconfortável na cadeira do escritório.

Davi se despede de mim com um sorriso largo ao meio dia.

— Já comprou presente pro seu Braz?

— Ah... — Minha cara fica quente, sem dúvida corei no tom mais bordô que existe. — É, sim. Não dá pra deixar esfriar né.

— Então, hoje o Adri tá de folga e me levou café na cama. Logo ele que não é romântico. É um pouquinho só.

— E o casório?

— Tenho que me programar um dia aqui, pra folgar junto com ele. Por causa do horário do cartório.

— Mas... não acredito! Combina com o cara e só me avisa. Só o que me falta, rapaz.

— Ahhh, brigado Túlio. Vou ver certinho com ele. Aí o dia que a gente casar, vamos fazer um jantarzinho em casa. Vocês vão?

— Com certeza, só marcar que vamos sim. Agora também vou embora que hoje... tem coisa, entende...

Davi chegou na empresa fazem poucos dias, mas me deixou bastante satisfeito com sua forma de trabalhar e principalmente a organização, a qual ele trata como um transtorno compulsivo. Muito tranquilo de lidar, muito simples e bom de conversar. Digamos que é o primeiro cara gay, depois do Braz que consigo falar algumas coisas fora do âmbito profissional.

Chega de assunto profissional! Desliga Túlio.

Tenho cobrado de mim esse desligamento do trabalho quando saio da empresa, porque o Braz cansou de fazer isso desde que me conheceu quando eu ainda era funcionário da contabilidade do seu Camilo.

A tarde passa lenta e gostosa, hoje dia de 10 de junho em Itajaí tivemos céu azul e um clima frio que sugere paixão. Mesmo que eu não seja disso, me sinto romântico e tento pensar o que o Braz faria. Esse macho que consegue criar um momento doce e erótico ao mesmo tempo, apenas me abraçando enquanto tomamos uma taça de vinho tinto.

Vinho! Vou abrir um vinho daqueles tintos que marcam a taça de tão encorpados. 

Caralho, eu não consigo ser natural. Porra, começo cada pensamento com um palavrão, isso indica nervosismo. Braz já dançou e fez até strip pra mim, ai que merda, eu penso nele e quase surto. Faço aquela preparação duas vezes durante a tarde de tão nervoso. Tomo mais de um banho e mantenho o quarto trancado, porque a Itália está passando roupa justo hoje e eu disse que não dava pra entrar.

Ela devia ficar aborrecida, mas o que ela faz me irrita mais... Ela me olha rindo como se tivesse sacado que estou preparando algo e me pede se pode ir dormir na casa do Francisco.

— Ah sim, claro. — Merda de novo. Preciso gaguejar? — Bem tranquilo.

— Vai com calma, Túlio. Não vai se quebrar no meio.

Com a maior cara de pau, Itália me solta essa frase e se despede por volta das dezessete horas. Agora que vou ter um treco. Braz falou que às cinco estava saindo... Tadinho. Esse cara é foda! Diferente de muito empresário que coloca outras pessoas pra administrar, ele fica a frente de tudo e cuida com carinho de cada detalhe da empresa. Mas eu não devo pensar em: empresário, empresa, administração e contabilidade agora. Sobre nossa grande cama, disponho os itens e acho tudo tão estranho. Quando precisei disso? Dá a maior vontade de enfiar no lixo antes que ele volte e dê aquele sorriso sacana.

— Sim. Pelo jeito é hoje que meu "olhos verdes" acaba com o urso dele!

—Porra, que susto!

— Susto? Eu te disse que às cinco eu chegava. Porra, esse consolo preto aqui tem uns vinte e cinco, né? Comprou tudo isso pra me judiar?

— Nem tudo é pra você!

Ele ri demais pro meu gosto e eu não gosto disso. Ele tinha que ficar assustado e preocupado.

— Vou fazer uma chuca, porque tô sacando que esse "negrão" vai me rasgar. Essa "ruindade" escorpiana tá explícita na sua cara.

Eu fico sem graça quando o Braz age com naturalidade demais, sou ainda muito reservado com o assunto da higiene e preparação para o sexo anal e ele "arrota" a palavra chuca que me deixa vermelho.

— Posso te dar banho?

— Quem sou eu pra recusar alguma coisa desse macho lindo que é só do Braz?! Quero banho, beijo e uma mamada.

— Calma!

— Nada, anda! — Ele me ordena com aqueles tapas. Hoje eu me vingo disso com aquele chicote.

— Braz... Posso usar vela derretida em você? — Óbvio que tenho medo disso e ele também.

— Opá! Vela, ui que delícia!

— Como assim, delícia?

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