Conversa de Travesseiro entre Braz e Túlio - Parte 02
— Assim... ai que gostoso...mete o dedo bem socado...
— Olhos verdes... — Braz me "obedece" e se ajoelha na minha frente. Sem frescura, como sempre, ele abocanha faminto a cabeça do meu pau que ficou parcialmente encoberta pela pele do prepúcio e dá cada mamada puxa meu "courinho" por sobre toda a glande. Então brinca de chupar essa pelezinha até eu reclamar e afastar mais minhas pernas querendo o dedo dele bem fundo no meu rabo.
Filho da puta... Ele saca e me faz implorar.
— Caralho... Para de ficar me torturando...
Ele me bate na bunda e eu me seguro, porque sinto vontade de socar ele até parar com aquele risinho idiota.
Aí o que faz o Braz? Chupa o dedo maior e mais grosso e insere lentamente no meu rabo... Ai como arde, como é gostoso...
Não consigo manter o corpo parado e quando me mexo um pouco pra sentir aquele toque naquele lugar dentro, acertando minha próstata, mordo meu braço pra não gritar e dou uma gozada forte...e melhor de tudo, bem na cara do Braz.
— Nem vem me beijar assim... hummm. — Adianta nada, falar com esse cabeçudo que ele nem me ouve direito.
Na cama ele me empurra todo bruto pra eu ficar de quatro e mete a língua com força e dá-me aqueles detestáveis tapas só pra rir de mim.
— Porra, quase não pisca esse cuzinho..
— Vai se fuder... Ai... Não bate, fica vermelho.
— Sim, mas tem alguém além do teu macho que vai ver?
— Mas eu odeio... au... Braz...
Me obedecendo ele não bate na minha bunda com a mão, mas com seu cacete no meu rego vulgarmente aberto...Sinto que está duro, ouço-o rasgar o plástico do preservativo e viro o pescoço estranhando.
— Vai por capa?
— É né... Vou comer essa bunda gulosa, mas depois vou por meu alemão pra mamar...
Minha cara esquenta e ele diz que adora quando fico vermelho.
Quando ele me pega pela cintura e pra me comer gostoso, seguro meus gemidos com medo de ser ouvido pelo meu filho, mesmo que o quarto não fique exatamente do lado. Sempre é tão perfeito com ele. Sempre fico quente e ainda sinto-me tímido quando ele me expõe com seus comentários obscenos...
— Aperta meu pau dentro de você... — Eu aperto e ele pede mais e mais. Então levo um safanão no rabo e o aperto involuntariamente, fazendo ele apertar meu quadril com força, puxando minha pele até doer um pouco. Braz sai de dentro e me vira de frente, sentando no meu peito e arrancando o preservativo, jogando-o em qualquer canto. Bate uma "manola" violenta e goza na minha cara. Típica vingancinha idiota que ele diz que aprendeu comigo. Puto safado.
— Costume esse... — Reclamo e ele dá risada. Enquanto lavo minha cara, ele mija, mas quando voltamos pro quarto eu decido que vou por meu urso pra mamar... Ideia dele.
— Me chupa... — Eu sei que se falar todo mandão, ele vai me judiar, então tendo esse professor que é ele mesmo, uso aquela manha e ele chupa-me com vontade e sendo o tarado que é, engole minha porra toda.
— Seu sem vergonha. — Ele diz e lambe a ponta do meu pau com aquela sensibilidade pós-orgasmo e me beija depois, mesmo eu reclamando. — Fresco.
Meia hora depois estamos limpos (de novo) e deito em seu peito cabeludo pra fazer "rolinhos" com seus pelos.
— Braz, eu fico tão sem jeito com o que o meu pai fez, me sinto culpado.
— Só o que me falta. Esquece isso. Faz que nem o Carlinho. Tem parte da família que nem lembra que ele existe. Lembra que ele nos contou que a mãe dele veio e...
— O PM disse que foi encenação dela.
— Que seja. É teu pai, mas se um homem tem coragem de dizer que se você morasse perto ia pagar um caboclo pra te matar, olha Túlio... Não teria laço de sangue que me fariam perdoar isso. Depois, você achar que é culpado por isso, é burrice.
— Não sou burro.
— Claro que não é. Mas nem olha pra trás, você fala do passado com tristeza então é porque tá na hora de não olhar mais pra lá. Olha pra nós dois, seus filhos e o que tem em volta. Olha meu pai, que é machista pra caralho, não me aporrinha por isso... Ele gosta de você...
— É... Mas o meu nos odeia.
— Esquece. Olha pra essas crianças adotivas que conhecemos. Recebem tanto amor de quem os criam, que não querem nem saber quem "cedeu" matéria genética pra eles existirem. Amor, meu Túlio. Isso que é bom. Ah e mais uma coisa... Sua filha com doze anos...
— Ah... Rafa... — Lembro de como ela me defendeu contra meu próprio pai. — Minha filha, ela me surpreende.
— Não é sobre isso que eu tô falando.
— Não?
— Ela é uma moça bonita, caramba que mulata! Vai se preparando pra lidar com os gaviões que pousarem no terreiro, meu alemão...
— Gavião morto, você quer dizer.
Braz ri alto.
— Sim ela tem 12 anos, logo começam as paquerinhas, paizão.
— Credo, ela quem nem fale em namorar antes dos 18. Ou 21, 23, porque tem faculdade e tudo mais. Ei para de rir...
Eu fico puto quando Braz ri da minha cara. Me irrita tanto que sinto vontade de dar uma joelhada no saco dele.
— Tá, você acha que uma menina de 14 ou 15 anos tem maturidade pra namorar?
— Túlio, isso é saudável, cara. Quer o que? Que com 18 ela conheça o primeiro amor, como nos anos 60 e case, sem nunca ter conhecido ou beijado outras pessoas? Essa idade é pra isso, namorar, dar uns beijinhos...
— Com 18 até poderia.
— Ai, amor. Vai se iludindo...
— Tá, ela tem 12 anos, isso não é idade pra pensar em namoro.
— Não. Você tá certo! Com uns 30 fica melhor né.
— Tá sendo sarcástico?
— Nunca.
Detesto quando o Braz faz esse tipo de coisa.
— Ah Braz, gosto tanto da minha vida com você.
Ele dá um riso que demonstra que ficou feliz.
— Claro, vai ter sorte assim lá na casa do cacete... Um chato e birrento que nem você arrumar um cara calmo como eu.
— Vai tomar no cu.
Fico puto com essas brincadeiras e não é a primeira vez que abro as portas do meu coração e Braz pensa que é uma latrina. Viro de costas chateado com a brincadeira dele. E sinto imediatamente o peito largo, peludo e quente dele "grudando" nas minhas costas. Uma cafungada perto da orelha e muitos beijos no meu ombro e pescoço me fazem amolecer e perdoar na hora.
— Te amo tanto, Túlio. Fico feliz que divida seus filhos comigo.
Eu apenas rio, pois quem fica feliz sou em ter um cara que não apenas aceita meus filhos na nossa vida, mas faz questão que estejam sempre presentes.
Na manhã seguinte é domingo e meu filho, vem me abraçar quando levanta. Depois faz o mesmo com o Braz e senta entre nós.
— Pai, posso perguntar uma coisa? — Braz se afoga com o suco e dona Itália, chega a se interromper. — Porque o vô disse que ia matar o pai? Só porque o pai casou com o tio Braz?
Eu sinto aquele nó na garganta, pelo peso da pergunta do Edu.
— É que nem todo mundo não aceita muito essas coisas Edu. — Braz responde no meu lugar. — Você ainda é criança e tá formando opinião. Seu vô não aceita. É opinião de um homem de mais de 60 anos, difícil de mudar.
Eduardo tem apenas 8 anos e um assunto desse é tenso para uma criança. Não sei 100%, o que seus colegas lhe dizem e se o maltratam por isso. Por seu pai estar unido a outro macho.
— Filho, os seus colegas sabem?
Ele balança os ombros, num gesto que a maioria das crianças usam e depois responde.
— Tem uns amigos que sabem, mas se chamarem palavrão pra você, eu bato neles... quem nem a Rafa.
— Mas alguém já chamou?
— Não sei. — Edu tem um semblante muito leve e descontraído e se com certeza contaria se alguma coisa o perturbasse.
Fico mais calmo com essa conversa e de certa forma agradeço por haverem alguns professores que abordam o tema de gêneros na escola. Que se foda esse discurso de bosta de político homofóbico. Também sou contra ensinar para as crianças no que consiste o homossexualidade, quando o foco é o sexo. Mas acho que não tem idade pra começar a ensinar o respeito pelo próximo e que dois caras ou duas mulheres, podem sentir afinidade um pelo outro e terem uma vida normal juntos. E que embora a gente faça sexo, como fodem os héteros, não é apenas isso que defini a homossexualidade . Eu, Túlio, nunca quis um rótulo, mas tirei minha máscara há tempo e hoje assumo que sou gay. Enfim, o pai do Edu e da Rafa é gay.
Não vejo nada de diferente em mim diante do cara que me atende no caixa da lotérica, ele tem uma aliança e eu também. Ele é educado comigo e eu retribuo e assim a gente leva a vida.
Chego na minha sala onde trabalho na matriz dos mercados do Braz e ele vem me trazer um extrato pra declarar o IR... Mas me olha rindo e tranca a porta da minha sala.
Eu podia expulsar ele da minha sala, brigar com ele ou baixar a cabeça e trabalhar, mas adivinhem o que faço?
Levanto e vou até ele, abraço apertado e ganho um beijo de me tirar o folego e uma cheirada no pescoço.
— Olhos verdes...
Ele sussurra apaixonado, mas eu apenas sorrio e o aperto ainda mais. Aperto esse homem enorme que é meu companheiro, minha vida, meu amante e meu amigo. Quem sabe se um dia alguém ler minha vida com ele nessas linhas, não venha a ter mais carinho por nós? Somos carentes desse amor e aceitação.
Não tenho como voltar no passado pra gritar que aceitava-me e nem sei se seria bom isso, porque hoje em dia tem um sabor especial.
— Não bate, Braz... — Falo entredentes, porque isso irrita de verdade... Odeio esses tapas na bunda. Mas não seria o Braz se não fizesse, não é verdade?
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Outro momento que anexo a este Livro não Contábil. Para as amadas (danadas) lizmaia , BeyMello que me sopraram a ideia de sacanear o Túlio, soniafreiitas obrigado por divulgar minha história, sua linda...eu I love you-lhes, hehehe.
Abraços de partir as costelas a todos e obrigado pelo carinho e seu apoio.
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