Adorável rotina
Por Braz...
No início de um caso, relacionamento ou namoro, sempre imaginamos que sexo bom é o amor propriamente dito. Claro, tudo é absolutamente delicioso. Sexo é delicioso quando o parceiro é exatamente aquele que nos complementa. Eu tive muita sorte de ter sido fisgado pelo cara mais interessante que conheci: o Túlio.
Longe de ser algo perfeito, onde o bafo matinal cheira a rosas, aonde chegamos aos quarenta sem nunca brocharmos ou com o mesmo corpo sarado e firme que tínhamos até uns trinta anos. Mas perfeito justamente por coisas que vão acontecendo naturalmente, como olhar o Túlio aos trinta e sete anos com uma calvície que chega quase no meio da cabeça e achar ele sexy, claro que ele mantém raspado na maquina zero, porque não ama muito essa característica. Eu por outro lado adoro meus grisalhos da cabeça, mas quando ele acha um pentelho branco em baixo, tira tanto sarro que me dá vontade de afogar ele na banheira.
Em resumo, eu estou mais que satisfeito e acho que aquele cabeçudo também. Perfeito pra mim, eu penso enquanto olho ele dormindo, pleno vinte e cinco de fevereiro, tampado com o edredom até o pescoço e os pés de fora, completamente congelados. Nem deveria comentar que ontem rolou um pequeno estresses entre nós dois... Mas vou comentar sim, pois já passou.
Flashback (Dez horas antes)...
— Ei Túlio, quase terminando aí? O quê...
Entro na sala e ele rindo com a Letícia, que é auxiliar administrativo e digitadora no faturamento.
— Terminei, vamos... — Ele me olha ainda rindo com alguma memória que compartilhou com minha funcionária e eu olho sério para ele se "situar" que estou ali em pé e com pressa. — Tchau, querida.
— Até amanhã, credo Túlio, você não presta.
Quando fecho a porta atrás do Túlio, não falo nada, mas ele conhece bem a minha cara séria que traduz que morro de ciúmes dele com mulheres. Vai que ele tem uma recaída. Penso um milhão de vezes antes de falar qualquer coisa, pois eu tenho quarenta e passou faz tempo a idade da "criancice".
— Não vai comentar qual era a graça?
Túlio fica vermelho feito uma pimenta malagueta (amo) e não fala. Entra no carro e bate a porta com força.
Ele não fala e eu não insisto, mas porque ficou vermelho? Raiva, só pode. Sou maduro o suficiente para sacar que fiz uma pequena cena e ele ficou puto... Mas espera lá! Eu pedi para ele terminar suas declarações que tinha que mandar até dia vinte e quatro e me avisar assim que terminasse, pois nós íamos pros Ingleses com meus pais, mas não ele estava rindo com a Letícia.
— Tá com essa cara por quê?
— Eu? — Ele dá um riso irritado. — Vai começar com essa merda de ciúmes outra vez? Sabe do que eu tava rindo?
Não respondo.
Aquilo meio que acabou com o clima "quase sempre perfeito" que temos. Quando chegamos na garagem de casa, ele sai primeiro e quando abro a porta do meu lado, ele está prostrado de forma que quando saio, seu corpo me impede de ir adiante. Então ele aperta minha cintura e me beija. Um beijo de Túlio, um beijo que só o Túlio sabe dar quando toma a iniciativa: violento.
Meu lábio inferior é sugado e mordido por sua boca bonita e meu peito amassado com força por suas mãos possessivas. Sinto ele arfar enquanto a gente se beija e quando abro meus olhos flagro seus olhos verdes me olhando apaixonados.
— Ah seu burro, larga mão de ser assim. Ei, não fica me batendo que odeio.
E assim voltamos ser Braz e Túlio. Ele xinga e toma tapa no rabo, claro que ele começou com essa de me beliscar e se não fosse amor o que nos "gruda", já tínhamos nos socado.
— Seu alemão reinento.
— Português... nem preciso completar...
Beijo ele outra vez com vontade de morder e castigar, mas é ele que faz isso.
— Eu estava rindo com a Letícia, pois nascemos no mesmo dia e nosso pai se chama Pedro.
Era isso então.
— Eu tinha te pedido para dar uma apressada para sairmos às cinco. O pai já foi pra Floripa.
Túlio me larga e se afasta indo destrancar a porta e de lá me responde:
— Toda vida apressado. Porra, você mesmo me cobrou tanto que eu fosse mais "light", agora fica me apressando. Não começa com isso...
— Ah, nem quero mais ir lá pros Ingleses. Foda-se.
— Foda-se mesmo. Nem sei porque a gente tá discutindo. Tô maluco pra tomar banho e deitar pelado na cama com o ar condicionado no dezesseis. E nem se encosta em mim que tá quente demais, tô suando.
Nem respondo, querem ver uma coisa?
Meu corpo é peludo, então sinto um calor absurdo no verão, suo muito mais que o Túlio e logicamente tomo banho frio.
— Tá louco... Essa água tá gelada. — Ele reclama toda vida, leram isso? Todos esses anos e a mesma reclamação pra tomar banho junto no verão.
Eu o Braz, o que faço?
— Não coloca quente demais, senão você sai suando do banho.
Meu banho é isso. Consiste em esfregar a bucha vegetal com bastante sabonete, em movimentos bem vigorosos, o meu corpo inteiro. Canelas, coxas, barriga, peito, cara e depois a virilha cabeluda, meu saco e o parque de diversão do Túlio. Lavo minha cabeça duas vezes e tiro toda espuma, passo um condicionador e fim. Todo esse processo leva no máximo, quando demoro, uns dez minutos.
Me seco e coloco uma cueca e uma bermuda, ligo o ar frio e saio do quarto sem camisa mesmo. Vou para a cozinha e peço a Itália que nos faça o jantar, pois mudamos de ideia e não vamos ficar fora no feriadão.
— Que foi seu Braz? Porque o alemão azedo tá com aquela cara? Não tá comparecendo?
— Itália esqueceu que sou seu patrão? — Falo e caio na risada com ela.
— Vai te catar...Dio mio. Lá do meu quarto dá pra saber quando o Túlio vai acordar feliz ou mal humorado.
— Itália! — Essa mulher me mata.
— Me diz que tô mentindo. É isso?
— Itália, Itália... — Me recupero do ataque de riso enquanto pego água do filtro.
— Braz, porra a toalha em cima da cama...
Túlio chega dando esporro e dirige-se a lavação com a minha toalha e a dele no ombro. Como eu previ, ele está vermelho e suado, deve ter colocado na temperatura "Pelar frango".
— Seu Túlio, seu Braz pediu pra eu fazer a janta, quer comer o que?
Os olhos dele brilham e ele sorri pra ela.
— Crianção. Precisa esse beiço todo? — Provoco.
— Não enche... Quero aquele negócio com camarão e molho branco.
Ela dando "barda" pra ele, só o que me falta. O Túlio e a Itália discutindo a janta e eu sobro naquela cozinha.
Vou pra sala e sem muita vontade sento no sofá pra brincar com o controle, enquanto as duas Marias estão falando de molho branco. Sem demora ele vem chegando. Odeio dar razão a minha empregada, mas eu não superei uma brochada minha com o Túlio e notei que ele se sentiu meio penalizado quando aconteceu e ficou mais doce comigo. Eu já senti que ficamos meio estranhos.
Ele me olha com aquela cara de pidão, um sorriso de canto de boca e senta no meu colo. Beijo o braço dele que se arrepia todo, me levando a acariciar seu mamilo durinho com o polegar.
Não é lugar pra esse tipo de coisa, estando a empregada de quase sessenta anos na cozinha e podendo "pintar" a qualquer momento na sala. Mas não dá pra segurar muito. Meu pau fica ereto na hora com o beijo, pela sensação da dureza do seu biquinho arrepiado e o som abafado dos primeiros gemidos dele.
— Aqui não, né... — Ele protesta estando totalmente cheio de razão.
Eu estico o pescoço para procurar movimentação na cozinha e escuto a Itália falando sozinha, como sempre faz.
— Amor... Aqui, pega nele... — Coloco a cabeça do meu pênis pra fora da bermuda e puxo a mão dele, que fica todo exaltado.
— Não, né...
— Fala baixo, quer que ela perceba.
— Não vou transar na sala, tá louco?
— Só brinca com a cabecinha... — Ele faz essa pequena travessura, mas se torce todo pra olhar na direção da cozinha. Enquanto me beija fica passando o polegar no furinho da minha vara onde lambuza fácil. Porra, oh tesão. — Passa a pontinha da língua?
— Quê? Ai, aqui não... — Ele tenta levantar e eu seguro ele com força.
— Túlio, olha... chupa só um pouquinho. — Desço minha bermuda e cueca abaixo das bolas e ele arregala os olhos.
— Tá louco, me solta. Cara, cadê o respeito com a...
Dou-lhe um beijo faminto e um apertão no pau dele que o faz lutar ainda mais pra sair do meu colo.
— Braz na cama... Lá eu faço.
— Aqui... desce e me chupa.
Típica travessura de adolescentes. Túlio olha pra cozinha, se ajoelha na minha frente e mama apressado. De sacanagem eu relaxo e maltrato ele.
— Engole tudo. Chupa mais forte, assim... sssss. Cara que tesão. — Tenho que controlar o riso ao ver o quanto ele chupa rápido, acelera a punheta, lambe atrás da cabeça e me engole...
Ele não está preocupado com meu prazer, quer é se "livrar" do meu tesão e eu não tenho pressa nenhuma pra gozar. Ele percebe e para:
— Braz...Goza amor... — Ele sussurra e eu finjo que não ouço.
— O que é, Túlio?
— Ai, fala baixo, merda.
Túlio ama fazer sexo oral em mim e por isso que não desistiu, percebo até que ele tá se masturbando por cima da bermuda.
— Vem aqui do lado... — Ele obedece, fica de quatro no sofá e cai de boca outra vez. Dou uma gemida mais alta só de sacanagem.
— Porr... — Ele pensa em protestar, mas forço sua nuca e o faço chupar meu pau outra vez enquanto procuro o botão dele, descendo seu short até o meio das coxas. — Humm.
Ele tenta protestar de boca cheia, mas eu lhe seguro a cabeça no lugar e assim impeço de ele soltar meu cacete que parece uma barra de ferro. Com a outra mão livre, chupo meu indicador e meto no cuzinho dele, que geme abafado e meio alto. Sinto que ele se masturba e quando se aproxima do próprio gozo sua chupada fica meio dolorosa e desesperada.
— Que delícia... Mama, vou gozar na tua boca, não para. Ahhh, tesão... engole toda minha pica.
Ele não aprecia muito quando ejaculo em sua boca, mas deixa. Geralmente ele cospe, mas quando gozou, sem querer "tomou" meu leite.
Túlio fica destruído quando goza e cai assim de bruços no sofá e com a cabeça nas minhas coxas. Lhe subo a bermuda e depois a minha e ficamos com aquela expressão de que nada aconteceu por ali, mas não precisa de muita esperteza pra notar que rolou safadeza.
— Ai... que sono... ahh — Túlio boceja enquanto lhe massageio o ombro com uma de minhas mãos. — Que cheiro bom de comida...Meu Deus... você ficou louco?
Sim, ele me dando esporro em voz baixa. Tô no céu. Esse carequinha tá esgotado mesmo.
— Ei seus dois safados, vão lavar a mão que a comida tá pronta.
Túlio arregala seus olhos verdes claros que lembra um gato assustado.
— Tá vendo? Porra, Braz... Ela viu.
— E dai?
— Não acredito... imagina a vergonha. Braz isso é falta de respeito com uma mulher nessa idade.
— Velha é teu passado. — Itália grita lá da cozinha para o Túlio.
— Porra, dá pra ouvir daí? Eu falei baixo. — Ele reclama quando fica de pé.
— Ouvir? Eu escuto tudinho perfeitamente, seus safados. Não tem cama, pra essas coisas?
Não resisto e caio na risada e Túlio (vermelho) janta conosco em silêncio. Depois até peço desculpas a Itália.
— Cara mia... — Digo quando ela ri da minha safadeza com o Túlio.
— Seu sem vergonha, coitado do Túlio, olha como ele fica. Já não basta ouvir vocês de madrugada?
— É o Braz... — Túlio tenta me acusar.
— Não, eu conheço a voz do seu Braz... Tem que fazer se tem vontade, daqui a pouco vão estar velhos, o pinto nem vai levantar mais, vão ficar se peidando...
Itália é uma boca suja e deixa a mim, Braz Joaquim sem graça às vezes.
— É. Isso aconteceu com o Braz já...
Vou matar o Túlio.
— Que nojo heim seu Braz...
— Não foi isso, Itália. Eu brochei, foi isso.
— Ah bom... — Ela dá uma risada e levanta da mesa e então se volta pro Túlio.
— Então, por isso que tu tava com cara de cu? Ei, não fica vermelho, tenho um filho gay, esqueceu? Sei muito bem o que dois machos fazem...
— A Itália é uma mulher cabeça aberta. — Falo quando me recupero da minha incomum timidez.
— Tem que ser... Oras, então só ama um filho quando faz tudo do jeito que a gente quer? Eu só tenho o Francisco e não foi fácil criar ele e não deixar ele se misturar com as más companhias... Sem o pai presente...
— A senhora ficou muito chocada quando aquele cara de dois metros contou que era gay...
Ela interrompe o Túlio e responde:
— Madona mia, non. Me lembro que dei uma surra nele quando chegou com cigarro na boca, mas isso não. E também não vou mentir que achei bonito no começo. Mas mudei com o tempo, porque não queria que ele saísse de perto de mim. E hoje mesmo, quer saber? Ele é feliz com o miudinho dele. E eu sou feliz porque fiz dele um homem de bem. Se gosta de pinto, como diz meu genro: "poblema" dele.
Depois da janta e conversas (claro, aquela gozada na boca dele), caímos na cama e dia vinte e cinco, hoje, ele está enrolado na coberta como num dia frio. Levanto pra dar uma mijada e quando volto pra cama ele se "cola" em mim, afundando o rosto no meu peito peludo e dando aquele risinho arrogante dele.
— Amor, te amo. — Ele sussurra e eu me derreto.
— Te amo mais.
— Braz, posso te dizer uma coisa sobre ontem?
— Olha lá... Se for malcriado comigo te dou uns três tapas no rabo.
— Nada. Deixa eu dormir. Só me abraça.
Eu disse, não foi? Quando ele vem com muita frescura na hora de deitar é porque vai grudar em mim de madrugada. Esse é o meu Túlio.
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Mais um momento, esse escrevi há pouco, como se eu fosse a mosquinha na casa deles que vi a cena e acabei de narrar. hehe.
A imagem que representa o Túlio é do ator Jude Law, não consigo pensar nesse bofe de outra maneira.
Espero que gostem. Todo carinho e todos abraços a vocês! ♥
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