Ativo - O estoque


Por Braz...

...

Sou Braz Joaquim de Ativo e Passivo e digamos que me coube o ser Ativo.

Ora pois, mas que absurdo citar isso. Em oito anos de relacionamento, versatilidade é a palavra chave para tudo ser perfeito, e não só na cama.

Questão de preferência ou do meu jeito de ser, um tanto mais dominador, eu diria que combina com a pessoa ativa da relação. Porém, passou e muito da hora de mudar esses conceitos, afinal, eu e Túlio somos parceiros conviventes e não tem nada que não tenhamos testado ou discutido.

Tirando traição que não aceito, praticamente testamos tudo. E a razão dessa minha fidelidade ronca do meu lado.

Ah quem dirá: "esse casal é perfeito!" ou talvez: "não existe um casal assim!", então sugiro que me aponte onde é perfeito ou não, após ler o capítulo até o final.

— Amor... que horas são?

— Seis.

— Mas que caralho! Esse celular não despertou porque? Saco!

Pronto, levantou e foi pisando duro pro banheiro e eu quase me mijando, preciso esperar a noiva mal humorada desocupar. Nem mesmo o beijo pedido, ele quis me dar, alegando que eu estava com bafo. Lógico que larguei os pés no peito.

— Tá, você tem certeza que não acorda igual?

— Não enche o saco.

Quando me retruca nesse tom de malcriação, ferve o meu sangue.

— Nem fala comigo, seu grosso. — Devolvo.

Quando sento-me à mesa, esse bipolar tá todo virado em sorriso.

— Braz, quando vamos fechar os mercados pra fazer a contagem do Estoque?

— Nunca. — Não vou facilitar. Filho da mãe interesseiro!

— E como que vou gerar o Bloco H no SPED? Preciso do Estoque contado até dia trinta e um de dezembro. Tem que fechar.

— Haha, tem? — Meu riso é de pura irritação. —Túlio, como que vou fechar as portas nessa época? Entende meu lado. Semana entre natal e ano novo, nem em sonho que eu fecho.

— Todo ano a mesma coisa.

— Sou eu quem diz isso. Se já sabe, porque pede. Quanto que cada uma das lojas fatura num único dia desses? Você sabe. E nem adianta estreitar esses olhos verdes que não caio nesse golpe, alemão ruim. Espera, e aquela contagem não serviu pra nada?

— Faz um ano e meio, já deve estar "furado" o estoque.

— Vocês contadores só inventam moda.

— Claro, vocês empresários não fazem as coisas direito. Depois, você me contratou pra organizar tudo e me deu liberdade.

— Ah meu senhor, esse gajo me tira toda e qualquer paciência. Cadê a Itália?

— Tinha ginecologista.

— Tinha o que?

— Tu não ouviu?

Sim, sim, sim. Isso é uma manhã nossa, entre muitas.

Lembro que foi o assunto Estoque que nos juntou há muitos anos atrás. E vamos combinar que Túlio parecia ter fogo no rabo. Eu saía da casa dele destruído, caindo aos pedaços. Nunca trepei tanto quanto naquela época. Me dá tesão de lembrar de como ele ficava puto quando eu falava sacanagem no seu ouvido. Todo coradinho me dando esporro.

Culpa desse Estoque que estou amarrado num laço apertado e junto com ele vou me testando. Pensar em ficar sem esse cara, nem passa pela cabeça. E o ciúmes que tenho quando ele circula por um ambiente e flagro o olhar de alguém naquela bunda... eu ainda enlouqueço.

Também dou uma olhada enquanto ele caminha, a calça social deixando sua raba bem feita ainda mais bonita. Porra, que tesão. Quando fico desse jeito em plena manhã, hora de sair para o trabalho, lembro que é por um motivo: duas semanas sem transar. É até bom evitar beijar o Túlio ou olhar demais para ele. Não gosto de chegar atrasado.

O safado deve estar percebendo o que faz comigo, não sei não. Eu ando com o alerta ligado desde que casei. O bicho é malvado, mas muito malvado. Ele coloca o cinto e chega pertinho, olha nos meus olhos e quando me distraio, rouba-me um beijo e mais outro, depois outros beijos curtos. E quase colado na minha boca, diz que foi um idiota quando me negou o beijo mais cedo.

— A gente podia fazer... agora, bem rápido... — Perco o bom senso e ele só sorri de canto. — Túlio pega aqui...

— O quê? Sai! Não. Só de noite. Vamos logo, eu tenho horário na Exatoria hoje, não posso atrasar a rotina do trabalho.

— Tá negando fogo?

Ele não me responde, algo que seria bem mais seguro, só me olha, ajeita os óculos e ergue uma sobrancelha. Não ri. Não me enche de desaforos e não tem chilique. Isso é válido para as horas que correm nesse dia em específico.

Trabalhando no mesmo ambiente, torna-se inevitável encontrar os olhos verdes e nesses conterem uma mensagem enigmática. Confesso que houve um momento em que pensei em nos trancar em minha sala e pegar ele de jeito. Mas não o fiz. Meu escorpiano gosta de jogar e mesmo com minha preguiça taurina, entro da brincadeira e não entro para perder.

— Braz... — A voz dele me arrepia. — Acho que não vai dar tempo de almoçar com você, agendei às dez e meia com o fiscal. Me espera em casa?

— Sem problemas. — Respondo sem dar muita importância.

Seus olhos parecem meio decepcionados, pois ele tá todo acostumado a ser beijado ou ter-me implorando por um selinho rápido ou recebendo meu olhar sobre seu corpo, quando não economizo na malícia. Hoje eu jogo. Ele odeia isso.

— Se quiser pode almoçar sozinho que me viro.

Eita, reina! Gosto disso! Momento em que ele começa a entrar em desespero e apela.

— Tudo bem, garotão. Faz como achar melhor. Vai usar o carro da empresa?

— Vou. — Ele responde seco e sai da sala. Seu perfume ficou em meus sentidos, está mexendo e bagunçando com tudo o que organizei. Pensa que não notei, olhos verdes, mas sei que trocou de fragrância depois de tantos anos. Foi parecido com um jogo novo de sedução. 


Sem um beijo de despedida, eu volto para casa sozinho e almoço preocupado. Não que seja a primeira vez, mas o vazio que ele faz naqueles minutos, torna a casa gelada e sem vida. Itália estranha e dá risada quando comento que estou com saudade.

— Seu Braz, umas horas longe é bom. Assim a pessoa dá mais valor pra outra quando fica junto.

— Sei... mas não o Túlio. Porque ele é malvado. — Passo a mão na cabeça, significando nervosismo e ela nota, me deixando quieto. Foda-se, eu ligo pra ele. — Amor...

— Fala, Braz. Olha, estou dirigindo. Já chego aí.

Merda, sorrio feito uma besta.

— Credo, vocês parecem ter uns vinte anos. Nem parece que são dois velhos meio gagás.

Itália é minha empregada ou inimiga?

Ele chega cinco minutos depois e comenta que não almoçou. Sigo-o até nosso quarto e ele fala sem me olhar na cara.

— Só vou tomar um banho. Não dá tempo. — Ele me responde irritado quando tira a roupa na minha frente e vai pro banheiro. Deve ter sacado minha expressão de tarado.

— Eu falei alguma coisa? — Engrosso. — Toma banho rápido que também vou passar debaixo do chuveiro. Só esse percurso do mercado até em casa, me deixou suado. 

Ele quer, eu sei. Eu quero, mas não facilito. Lembro que a peste está só brincando comigo.

— Entra aí...

— Não. Pode tomar teu banho e almoça.

Deixo meu corpo desabar na cama e abro meus braços, fecho os olhos e o chuveiro fecha... Túlio deve estar secando-se. Uma onda de calor passa por meu corpo, estranho porque me arrepio. Algo toca meu peito, são os botões da camisa sendo abertos. Meus olhos abrem. Ele me sorri, estica-me a mão e ao levantar-me, dá-me as costas.

— Já desocupei o chuveiro, pode ir.

A toalha cai, ele baixa, junta e a coloca sobre uma poltrona, vestindo uma cueca. A vermelha. Exato a cor que me tenta.

— Túlio. Termina...

Ele entende, se aproxima, abre o último botão e tira a minha camisa, a cheira e sorri.

— Hum, que cheiro gostoso do teu corpo?

— Tá provocando.

Seu riso quase me leva a perder a cabeça, mas estou firme. Passo por ele, muito puto. Utilizo-me do mesmo ardil e ali tiro o resto da roupa. Ele termina abotoar a sua camisa e me grita antes que eu abra o chuveiro.

— Vê se tira os pentelhos do sabonete.

Túlio só reclama disso quando quer me irritar. Vou pegar esse careca com força essa noite. Pra mim, chega!

...

— Tudo certo, hoje de tarde? — Pergunto durante a janta.

— Sim.

— Demorou pra voltar.

— Fui pagar o IPVA do meu carro. Ei, agora vai me controlar?

— Chato. E fiquei com saudade hoje de meio dia. — Foda-se, eu me entrego.

— É seu Túlio, teve alguém chorando na hora do almoço. — Itália larga a frase só pra ver a peste rindo.

— Nem liga Túlio, é mentira.

Ah, o que essa mulher foi falar. Agora aguenta esse cara tirando sarrinho até a hora de apagar a luz. Não demonstro irritação e ele sossega, então o aceito nos meus braços. Ouço os suspiros dele, os bocejos e sinto seus dedos coçando os pelos do meu peito.

— Me beija... — Ele sussurra. Eu o faço, mas com fome. Túlio geme baixo, amassa meu peito e enlaça meu pescoço. Faz força para que eu fique por cima do seu corpo, arreganha as pernas para que eu me encaixe e me prende com elas.

— Tô preso. — Sorrio ao beijá-lo.

— Só meu!

Ele é assim, possessivo mesmo. E mostra além disso, belisca meus mamilos rijos, torcendo-os enquanto chupa minha língua. Louco de tesão, me faz sentir sua rola dura, quando arqueia o quadril projetando-o contra o meu.

— O que esse alemão ruim quer do urso dele? Fala... pede...

— Você... todo...

Olha a timidez que nem convence mais, mas ainda assim me deixa duro feito rocha.

— Meu alemão quer a rola do papai? Quer? Quer esse pau todinho dentro? Hum?

— Uhum.

A preguiça do ser humano é tão grande que ele tenta por a cueca pro lado, querendo que eu me foda pra meter assim. Quer pau? Vai ter que batalhar por ele.

Consigo sair de cima do seu corpo e me viro de barriga pra cima, desço a samba canção até abaixo do saco e ele resmunga que está meio cansado.

— Vem chupar teu homem. Anda!

Isso sempre irrita o meu carequinha e já que é pra eu provocar ele, acendo a luz perto do painel da cama só para ver a ação toda. Ele parece contrariado quando desaba o corpo no meio das minhas pernas, começa sem vontade só com a ponta da língua desde a base até a cabeça, sentindo ali o buraquinho, depois começa a chupar gostoso, fazendo ruído, engolindo a cabeça, raspando o dente e sorvendo com força. Pede uma bronca!

— Mama isso direito! Vira a bunda pra cá.

Ele se contorce na cama e oferece o rabão bem na minha cara. Desço a cueca e de cara, a bunda branquela aparece, ainda escondendo seu rego peludo e o cuzinho delicioso.

— Hum...

Ele mia quando minha língua força sem dó. Até a chupada melhora, ele me engole e chupa mais forte, baba muito no meu cacete e rebola quando circulo seu ânus com o dedo. Um jeito de implorar sem palavras.

— Gostoso?

— Sim... mete o dedo... soca dois dedos com força...

Um bicho que precisa de uns castigos para obedecer, esse é o Túlio. Eu até o obedeço, mas ele não. Começa a gemer e larga minha rola, fica de quatro e geme igual a um putão, empurra a bunda na minha direção para que meus dedos entrem bem no fundo.

— Parou de chupar porque? Engole essa pica.

— Tá bem duro... Braz, coloca ele. — Ah safado impertinente.

Retiro meus dedos e forço a cabeça dele contra minha pélvis, ali o bezerrão encontra o brinquedinho que tanto gosta e o engole até sua garganta me acariciar, me arrancando uns gemidos mais altos.

Com dois dedos no rabo e minha boca chupando sua glande inchada, involuntariamente, Túlio rebola muito, geme muito e me excita muito.

— Senta nele, vem.

— Eu tô cansado, amor.

— Vai desobedecer? Olha que você fica sem isso... — Ele vem e ganha outra ordem. — De costas pra mim. Quero ver meu pau entrando e saindo desse cuzinho.

Lindo que fica quando bravo. Ele senta como mandei, reclama um pouco e começa a mexer.

— Caralho, mexe assim, tesão do papai. Rebola. Porra, que rabo gostoso. Rebola mais, quica.

— Não.

Malcriado, na hora apanha na bunda, desço pelo menos três tapas bem fortes e ele geme alto, arranha minhas coxas e resolve obedecer.

— Amor, me pega de quatro...

Ele morre de tesão nessa posição, meu passivo se empina todo, abre a bunda com as duas mãos, indecente... faz tempo. Pior que nessa posição dá pra ver a cabeça do pau sumindo lentamente dentro dele e cada centímetro sendo engolido.

Filho da puta, assim ele rebola por conta própria, fode meu pau com sua bunda, empurra-se com vontade contra meu quadril. Se arrepia inteiro e sem pedir, mas por merecer, me debruço sobre suas costas e sinto-me totalmente dentro. Beijo-lhe a nuca e os ombros até me cansar e ele torcer o pescoço para me oferecer a boca, minha tentação.

— Fode com força, me fode. Não para agora...

Queria prolongar mais um pouco, mas duas semanas são descarregadas no seu buraquinho apertado. Gozo muito, mas muito... Abraço novamente suas costas e agora sinto seu suor, talvez o meu, porque eu suo muito quando a gente transa.

— Espera, quero ver a porra escorrendo. Vai, continua se masturba gostoso e goza que quero ver esse rabinho abrindo e fechando.

— Amor... hmm... mete o dedo só um pouquinho... por favor.

Ele adora sentir algo dentro do rabo quando vai gozar, Túlio é muito sensível nessa região, um devasso. No fim, sinto as pequenas contrações quando ele goza, fora que o corpo fica inquieto e ele geme muito alto.

— Bom? — Pergunto pertinho da orelha e ele se arrepia.

— Sim, delícia... Amor, ainda estou com tesão.

— Haha, safado. Quer mais pica?

— Uhum...

— Tá acabadinho de cansado, mas não baixa a moral.

— Vai me dar ou vai negar fogo?

Eu poderia comentar que daqui por diante foram páginas policiais, pois dá vontade de sufocar esse bandido.

*****


Gente que safadeza, sou inocente demais pra ler isso, me socorre senhor! haha Bora ligar o ar condicionado haha... 

Seria isso, terão mais, é claro em postagens esporádicas...

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