07. seven

O garoto me deixou no terraço do seu prédio e eu desativei meu traje, desci pela escada de emergência e entrei em seu quarto.

Amanhã era sábado e meus pais ja sabiam que eu dormiria aqui, na verdade eu já tinha uma parte do guarda roupa do garoto totalmente minha

Abri a porta do mesmo e peguei uma blusa velha dele branca e nas minhas coisas um shorts de moletom levinho.

— você começa a se trocar sem nem fechar a cortina, ja pensou tem outra pessoa descendo ou pior o vizinho começa a te bisbilhotar – ele disse entrando no quarto, fechando a janela e logo em seguida a cortina

— é um corpo normal né – disse e tirei a roupa que eu estava, o garoto se deitou na cama de costas — você não vai ligar se eu não tomar um banho antes de dormir né?

— você nunca toma, fedida – ele disse virando o rosto para mim e eu o olhei indignada

— você ta me chamando de fedida na cara dura? Eu não acredito – coloquei a blusa do menino — Put your head on my shoulder hold me in your arms, baby – cantarolei baixinho enquanto terminava de me trocar

E assim que terminei me joguei em cima do garoto deitado na cama, fazendo ele soltar um gemido de desconforto

— pronto, agora além de fedida sou gorda? – joguei minha cabeça no seu ombro

— sim – dei um tapa no menino que pegou na bunda

— e ainda desbundada, por que tudo ficou pra você? Cheiroso, corpinho que amém é só meu e uma bunda dessa

— você ganhou na loteria, eu sei – ele brincou e eu ri

— esse prêmio da loteria foi ruim demais – senti o garoto mexendo a cabeça e virei a minha o olhando

— vai monstro do lago ness, sai de cima que diferente de você eu tomo banho – ele me empurrou para o lado esquerdo me fazendo cair na cama e se levantou

— eu vou terminar com você – cruzei os braços — só me maltrata

— mas não é você que diz que a gente não namora? – ele disse enquanto pegava uma roupa no armário

— não fala mais comigo hoje – me virei de costas e me cobri ouvi a risada abafada do menino e fiquei olhando pra parede — saco de vida sem celular

Escutei a porta se fechando e me levantei saindo do quarto e indo até a cozinha

— May, você me acha fedida? – perguntei para a mulher que estava sentada no sofá assistindo TV

— não querida, te acho extremamente cheirosa, por que a pergunta?

— o seu sobrinho falou que eu sou fedida e me chamou do monstro do lago ness – ela riu

— eu deixo ele de castigo, pode deixar comigo – assenti com a cabeça e fui até a cozinha — tem comida tailandesa no forno

— hm, que delícia – caminhei até o fogão e abri o forno tirando a comida de dentro, coloquei em um prato que já estava em cima de mesa e esquentei no microondas

Assim que o eletro apitou eu tirei de lá e comi, enquanto olhava o jornal na TV

— May, o que acha de fazermos um bolo de carne que realmente dê certo dessa vez – a mulher deu uma breve olhada para mim

— acho ótimo, podemos chamar seus pais também – assenti e assim que terminei de comer ouvi a porta do banheiro

— você jantou sem mim? – Peter disse aparecendo na cozinha

— você chamou a Maya de fedida e de monstro do lago ness, Peter? – o garoto me olhou e depois olhou pra tia — você acha que isso é jeito de tratar uma mulher

— não tia – ele murmurou

— a louça é sua, boa sorte – sorri vitoriosa para o menino assim que ele me olhou de volta

— você me paga

— lava direito, ta benzinho? – dei um beijo em sua bochecha e coloquei o prato na pia

Andei até o sofá e sentei ao lado da May que mudou o canal e agora assistia um filme

Fui até o quarto de Peter e me deitei na cama

— dorme não – ele cutucou minha cintura — tenho uma coisa pra você

— o que? – me virei para o garoto que andou até a escrivaninha, abriu uma gaveta e tirou uma caixinha de lá

— não é pra chorar

— ta me chamando de chorona? Peter você tirou o dia pra me ofender – cruzei os braços e me sentei na cama

— eu sei o quanto você queria isso – ele se sentou ao meu lado — você ja ta chorando

— não to – limpei meu olho, já que eu realmente estava com ele cheio de lágrima

— fecha o olho e me estica a mão direita – fiz o que ele pediu e senti um negócio no meu pulso, depois senti o menino segurando a minha mão

— Peter? – disse ainda de olhos fechados — eu não acredito

— pode abrir – abri meu olho devagar e olhei minha mão, tinha uma pulseira vermelha e um anel

— não vou chorar, não vou chorar – abanei meu rosto numa tentativa falha de que secasse as lágrimas — o fio vermelho

— eu espero que você conheça a história

— você ta me chamando de burra agora? – o olhei e o menino sorrio

— não – pulei no colo dele, dando um abraço no mesmo e depois dei vários beijos em seu rosto

— Tia May – gritei e ela apareceu na porta — olha, olha

Me levantei indo até ela dando pulinhos

— você mexeu na minha carteira denovo, Peter? – o garoto negou e ela olhou pra minha mão — é lindo

A mulher me acompanhou nos pulinhos e depois foi para o seu quarto

— fechando a porta com a minha aliança – ouvi a risada do Peter — colocando a mão na boca com a minha aliança

Me deitei ao seu lado e me virei para o garoto, passei a mão no rosto dele

— ai ai, passando a mão no rosto do meu namorado com a minha aliança – ele riu

— eu te amo, loirinha – passou a mão no meu rosto — passando a mão no rosto da minha namorada com a minha aliança

— só é legal quando eu faço – ri e dei um beijo nele — eu te amo muito










um capítulo bem fofinho pra vocês 🥰

Peter e maya = meu tudo

Caso alguem aqui não conheça a história do fio vermelho ou akai ito

" Akai Ito ou "Fio vermelho do destino" é uma lenda de origem chinesa e, de acordo com este mito, no momento do nascimento, os deuses amarram uma corda vermelha invisível nos tornozelos dos homens e mulheres que estão predestinados a ser "alma gêmea". ... O fio pode esticar ou emaranhar-se, mas nunca irá partir." – tirado do google

capítulo não revisado

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