【 PRÓLOGO 】

˖࣪ ❛ HAWKINS
— PRÓLOGO —

Hawkins, Indiana 1981

A MULHER PEGOU as chaves do carro e ela e sua filhinha fecharam as portas e entraram na grande casa nova que haviam comprado. Jules sentiu um arrepio percorrer sua espinha quando pisou na grama sob seus pés.

Embora a princípio ela tenha ficado chateada porque sua mãe a tirou de casa para se mudar para uma pequena cidade. No fundo, a castanha sabia que era a melhor decisão.

— Jul, querida! — ela ouve o grito de sua mãe de dentro de casa.

Ela pegou sua mochila com força, enquanto fechava os olhos. Um zumbido começou a ser ouvido em seus ouvidos, era além de irritante.

— Estou indo! — ela exclamou.

Ela deu o primeiro passo e um farfalhar atrás dela a assustou. Virou-se lentamente e começou a se preocupar com a ideia de morar quase no meio da floresta. Ela estreitou os olhos pequenos e engoliu em seco.

Ela correu para dentro de casa, aquilo a assustou demais. Entrou e fechou a porta, começou a observar tudo detalhadamente.

O lugar era meio antigo, mas era bonito e aconchegante.

— Mãe? — ela perguntou, entrando na cozinha, mas não havia ninguém lá. Ela franziu a testa e foi para a sala de jantar — Mamãe? — ela foi até a escada e subiu. — Não tem graça... Cadê você?

Ela começou a respirar mais rápido, até que um grito a assustou novamente, fazendo com que sua mochila caísse no chão.

— Jules! Se apresse!

Ela desceu as escadas correndo, seguindo a voz que a conduziu até a cozinha. Entrou batendo a porta e lá estava a mãe dela, procurando algo na bolsa.

A mulher virou-se para vê-la e sorriu. — Já escolheu seu quarto?

Jules sentiu seu estômago revirar, nenhum som saindo de sua boca, mas então ela se lembrou das palavras do terapeuta.

É normal ter certos episódios depois do que você viveu, Jules.

Ignorou o que aconteceu momentos antes e colocou um sorriso em seu rosto, marcando suas covinhas. Ela se aproximou e se sentou.

— Ainda não. — ela murmurou. — Onde você foi? — ela perguntou curiosa.

— O que você está falando? Eu estava aqui o tempo todo.

Sua mãe tinha um sorriso misturado com confusão.

Enquanto Jules... Ela manteve os olhos baixos, os punhos cerrados e mordeu o lábio inferior com força.

— Sim, eu sei. — respondeu ela. — Foi só uma brincadeira.

Por que a cidade parecia tão estranha? Por que ela se sentia tão estranha?

Desde o momento em que passaram pela placa de boas-vindas, ela sentiu como se tivesse chegado em casa, mas não um lar caloroso e acolhedor, era outro tipo de lar.

Foi sua criação.

Mas achou que ainda era muito cedo para elas saberem a história completa.

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