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˖࣪ ❛ O TERCEIRO ATAQUE
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ELES SE REUNIRAM na sala com os outros, enquanto todos ficavam parados sob a luz bruxuleante da sala, apontando suas lanternas para ela.

— Como luzes de Natal. — sussurrou Nancy.

Robin franziu a testa. — Luzes de Natal?

Nem todos sabiam o que havia acontecido com as luzes e o Outro Lado, as perguntas eram normais nesta ocasião.

— Sim, quando Will estava do Outro Lado. — ela respondeu. — As luzes ganharam vida.

Max rapidamente moveu a mão em direção à caixa da fita cassete.

— Vecna ​​​​está aqui. — murmurou Jules. — Nesta casa, mas do Outro Lado.

Nancy olhou para ela: — Você disse que já esteve aqui antes, foi quando se perdeu? — ela assentiu. — E você viu algo estranho ou fora do comum?

— Considerando que eu estava do Outro Lado, acho que não vi nada mais fora do comum do que isso. — ela falou.

O lustre parou de acender e eles voltaram o olhar para ele.

— Acho que acabou de sair.

Max olhou em volta um pouco assustada. — Ele nos ouviu?

— Ele nos viu? — Steve acrescentou.

A ruiva colocou os fones de ouvido e apertou o play na música, enquanto ouvia os meninos do mesmo jeito.

— Eu não acho que ele possa nos ouvir. — respondeu Jules. — Talvez.

Nancy começou a bolar um plano rápido e depois desligou a lanterna.

— Esperem. — todos olharam para ela. — Apaguem as lanternas e se separem.

Eles fizeram o que ela pediu, enquanto Jules franziu a testa ao ver como todos estavam seguindo o mesmo caminho, mesmo que ela tivesse dito para eles se separarem.

Steve os observou sair. — Mas não conseguiremos ver nada se desligarmos as... Lanternas. — eles já tinham ido embora — Caramba.

Eles se dispersaram e por um lado vamos nos concentrar no que Jules estava fazendo. Ela caminhava lentamente, enquanto tentava ver algo além da escuridão que os cercava porque as lanternas estavam apagadas.

Ela sentiu algo subindo por sua perna e olhou para baixo, vendo aranhas.

— Merda. — Jules sussurrou, dando um passo para trás e balançando a perna até que caíssem no chão.

Ela fez uma cara de nojo e continuou andando na direção oposta. Algo parecia incrivelmente estranho na casa e ainda mais com a presença de Jules nela.

— Ei! — eles ouviram Robin, correram até lá rapidamente e a viram com a lanterna levantada, mas depois disso a luz sumiu. — Bom, eu consegui.

Steve franziu a testa quando sua lanterna acendeu, e então a luz foi para a lanterna de Jules.

A morena largou a dela no chão rapidamente, ganhando olhares confusos dos outros.

— Isso me queimou. — ela também murmurou, confusa.

Jules ergueu a lanterna novamente e então a luz voltou para Steve, que rapidamente começou a se mover ao mesmo tempo que Vecna.

— Está se movendo!

Foram até a escada e subiram, até quase chegar ao topo a luz se apagou novamente.

— Merda, eu perdi. — queixou-se Harrington.

— Na verdade não. — respondeu Max, passando por eles até subir os últimos degraus e abrir a porta que dava para o sótão.

Eles se entreolharam e suspiraram pois não tinham escolha a não ser subir, se quisessem respostas teriam que fazer um esforço.

Eles continuaram subindo, até que Dustin, que estava no final, falou, um tanto assustado.

— Pessoal... — ele chamou. — E se ele nos levar para uma armadilha?

— Eu vou proteger você, rolinhos. — ,Jules falou, forçando-o a continuar subindo.

Chegaram ao sótão e viram a pequena lâmpada acesa, caminharam até lá mas quanto mais se aproximavam, mais as lanternas acendiam.

Jules gemeu ao sentir o dela queimar novamente e teve que agarrá-lo com a manga do moletom.

— Ok, o que está acontecendo? — Steve perguntou.

Eles se entreolharam sem ter a resposta para aquela pergunta, enquanto ainda cercavam o holofote por baixo, com expressões confusas.

De repente, eles acenderam ainda mais, a ponto de começarem a explodir. Os pequenos cacos de vidro foram jogados fora, então eles tiveram que se cobrir quando isso aconteceu.

Jules agarrou Max e Dustin, fazendo-os dar um passo para trás, já que se esperava que os holofotes sobre eles finalmente explodissem.

Assim como aconteceu.

Eles estavam no carro, indo ver Eddie, enquanto levavam cerveja e comida para ele.

Jules estava atrás com Steve e Dustin, comendo batatas fritas entre os três.

— Pegue, Harrington. — ela falou.

Ele abriu a boca e ela jogou uma batata nele, que acabou caindo ali mesmo.

Os três comemoraram enquanto riam.

Robin, por outro lado, estava passando por uma situação bastante estressante.

— Não me leve a mal, mas posso ficar no carro? Isso será absolutamente horrível. — Robin falou com Nancy.

A mais velha olhou para ela por alguns segundos e depois voltou o olhar para a estrada: — Vai ficar tudo bem.

— Não suporto que o olhar triste de Eddie piore de novo. Sério, não posso mais.

Steve falou com a boca cheia: — Pelo menos ele pode beber para se sentir melhor.

— Minha mãe faz isso. — respondeu Max.

Jules viu o olhar que ela recebeu quando disse isso e se inclinou no assento, aproximando-se e dando um beijo na bochecha da ruiva.

Max se virou para olhar para ela com um pequeno sorriso e uma carranca, ela não esperava por isso.

Ninguém no carro esperava por isso, mas Jules estava de bom humor para perceber.

— Por que não praticamos? — Robin voltou com o mesmo assunto. — Olá, Eddie. Primeiro as boas notícias. Trouxemos junk food e as cervejas que você pediu. Ah, e encontramos Vecna, mas a má notícia é que ele está em outra dimensão alternativa, escura e assustador. E o portal está fechado, então não podemos acessá-lo, então você está ferrado.

Eles viram o quanto a loira estava ficando chateada e decidiram intervir.

Lucas falou: — Talvez não devêssemos colocar dessa forma.

— Estamos um passo mais perto de Vecna. — disse Nancy. — Isso deve ser dito. É isso que importa.

Steve falou novamente, com a boca cheia pela segunda vez.

— Viu, Robin? Ver o lado positivo faz a diferença. — então ele foca seu olhar em Jules. — Preparada, Walker?

Jules abriu a boca e ele jogou a batata, que também caiu exatamente onde deveria.

Eles comemoraram novamente, agora era a vez de Dustin.

Mas eles pararam assim que Nancy parou o carro.

Havia policiais, pessoas intrometidas tentando passar e uma ambulância.

Isso não significava nada de bom.

Eles desceram rapidamente do carro e seguiram Nancy, que começou a guiá-los sabe-se lá para onde. Eles foram para trás da van do noticiário e ficaram escondidos.

Eles começaram a ouvir o delegado, que comentava um terceiro ataque no lago. A princípio todos ficaram com medo de que fosse Eddie, mas isso mudou assim que ele disse o nome.

Patrick McKinney.

Eles trouxeram o olhar para Lucas, que olhava para o chão confuso.

Então eles sentiram interferência no rádio de Dustin e ele rapidamente o tirou de sua mochila.

Dustin, você está me ouvindo?

O de boné apertou o botão para falar: — Eddie, pelo amor de Deus. Você está bem?

Não, amigo. Estou longe de estar bem. — ele respondeu.

Jules se aproximou: — Onde você está?

Dustin repetiu a pergunta.

— Onde você está?

Em Skull Rock. Você sabe onde é? — Dustin assentiu: — É perto de Cornwallis e...

— Garrett. — ele interrompeu o homem mais velho. — Sim, eu sei. Eu sei onde é.

Jules correu para o carro e eles tiveram que segui-la, enquanto a preocupação deles com Eddie e sua segurança crescia cada vez mais.

Eles pegaram o que precisavam e começaram a caminhar, enquanto se preparavam para o que Steve disse ser uma longa caminhada.

E parecia ser isso, mas de tanto conversar já perderam a noção de quão longe estavam caminhando.

— Eu juro, este não é o caminho certo. — Steve falou com Dustin.

— É o Norte. Tenho certeza, vi no mapa. — Dustin mostrou a ele.

Jules revirou os olhos, colocou as duas mãos nos bolsos e continuou andando.

— Você sabia que o rock Calavera é um lugar muito popular para beijar? — perguntou o mais velho.

— Sim e? — falou a morena.

— Sim, bem, não era popular até que eu o tornasse popular. — ele respondeu. — Eu praticamente o inventei. E não é por aqui.

Jules acenou com a cabeça: — Com licença, alteza.

Steve começou a se desviar do caminho e Dustin revirou os olhos enquanto começava a chamá-lo.

— Steve! Onde você está indo?

— Pare de reclamar. — ele falou e gesticulou para eles. — Vamos, vamos. Confie em mim.

A morena bufou, mas sem protestar começou a segui-lo, também desviando.

Os outros reclamaram, mas seguiram em frente, até cruzarem alguns arbustos e lá estava, a própria Pedra da Caveira.

— Pum, pum, pum! — Steve exclamou, fazendo Jules rir. — Aí está ele, Henderson. Na sua cara, amigo. Na sua cara estúpida e arrogante.

Dustin olhou para a bússola com a testa franzida.

— Não faz sentido. — ele murmurou.

— E mesmo que você esteja vendo, você não admite. — respondeu Steve. — Você não admite que estava errado, seu idiota.

Eles sentiram um estrondo atrás deles e se viraram, vendo Eddie, que havia saltado de uma pequena pedra para o chão.

— Eu concordo. — ele falou.

Jules sorriu e se aproximou, pegando-o de surpresa ao abraçá-lo.

— Sentimos sua falta. — Jules murmurou.

Eddie demorou um pouco para responder, mas respondeu: — Olá, morena. — ele deu um tapinha na cabeça dela.

Aí Dustin também apareceu para abraçá-lo. — Eddie, eu não desisti de você.

— Eu também, meu amigo.

Os outros chegaram naquele momento, cumprimentando-o também.

Bem, pelo menos eles eliminaram uma preocupação.

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