026
˖࣪ ❛ CAPTURADOS
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ELES REALMENTE COMEÇARAM a sair de lá, enquanto Robin e Erica começaram a pedir explicações. Ambas queriam saber o que tinham acabado de ver e por que Jules reagiu daquela forma.
— Só direi que é muito ruim.
— O fim da raça humana é muito ruim. — acrescentou Dustin.
— Como vocês sabem disso? — exclamou Robin.
— Steve... — todos olharam para Erica. — Onde está seu amigo russo?
Eles trouxeram o olhar para o chão e então compartilharam um olhar, ao mesmo tempo em que um alarme incrivelmente irritante começou a soar e as luzes piscaram em vermelho.
— Merda. — o homem mais velho murmurou, foi até a porta e deu uma olhada lá fora, depois fechou-a rapidamente.
— Rápido!
Eles começaram a subir as escadas correndo, abriram a porta novamente e entraram na sala onde os cientistas guardavam qualquer tipo de arma que quisessem usar para abrir o portal.
Jules sentiu sua dor se intensificar, mas não era hora de parar, eles não podiam se deixar pegar.
Os guardas russos entraram na mesma sala e tiveram que sair de lá. Eles desceram as escadas e no processo Dustin empurrou um dos homens uniformizados para fora do caminho.
Jules gemeu, mas ainda assim se esforçou para continuar.
Agora sem saída, ficaram parados ao lado da máquina e praticamente ao lado do portal.
— Eu não posso estar aqui! — a morena se fez ouvir, finalmente deixando os amigos saberem que isso a afetou.
Ela cerrou os punhos, sentindo as dores ainda mais fortes.
Todos olharam para os lenços na entrada do Outro Lado, assim que começaram a cortar mais rápido e acelerar seu procedimento para abrir completamente, foi aí que Dustin entendeu o que estava acontecendo com sua melhor amiga.
Se Jules se aproximasse, o portal se abriria novamente mais rápido.
— Puta merda! Vamos! — eles desceram as escadas, empurrando outro homem uniformizado pelo caminho.
Robin encontrou um quarto e eles correram para lá. Eles fecharam a porta atrás deles e Steve pressionou-se contra ela assim que os guardas russos mostraram que pretendiam entrar e não serem muito amigáveis.
— Robin! Me ajude! — exclamou o mais velho.
A loira foi ajudá-lo, usando a força para manter os homens atrás da porta.
Os outros começaram a olhar em volta, tentando encontrar uma saída.
Erica encontrou a abertura para a ventilação e rapidamente acenou para que se aproximassem.
— Por aqui! — Dustin se aproximou dela. — Rápido! Deve ir!
Jules ia se aproximar deles, mas assim que ouviu as palavras de Steve ela parou completamente.
— Pessoal, saiam daqui!
Dustin negou: — Vocês têm que vir!
— Não! Peça ajuda, ok? — ele exclamou.
Dustin acenou com a cabeça e entrou, depois disso Jules fechou a entrada de ventilação.
— Julie! — exclamou Robin. — Vá embora!
Assim que não resistiram mais, os guardas venceram e abriram a porta, jogando-os no chão.
Eles rapidamente sacaram suas armas e apontaram para eles, então um homem uniformizado notou a presença de Jules e pegou seu braço sem nenhuma delicadeza, apertando-a com força.
Pegaram os outros dois da mesma forma, e começaram a fazê-los andar, até separá-los.
— Não! Ei! — Jules se sacudiu tentando se libertar — Não machuque eles! — ela pediu, observando enquanto eles levavam Steve de um lado e Robin do outro.
Fizeram a morena passar pelo quarto onde estava a arma, fazendo-a parar, fechando os olhos ao sentir mais tontura.
— Ande. — exigiu um deles, com um sotaque terrível que Jules quase não conseguiu entender.
— Espere um minuto. — ela sussurrou, sentindo como tudo estava girando. Mesmo que o guarda não se importasse, ela precisava se acalmar.
Outro alarme começou a soar, os médicos ali começaram a apertar muito os botões, enquanto murmuravam entre si confusos.
Jules abriu lentamente os olhos e a última coisa que conseguiu ver antes de ser empurrada novamente foi o portal se abrindo a uma velocidade incrível, pelo menos muito mais rápido do que haviam conseguido até agora ao colocar o líquido verde na arma.
Ela tinha que sair de lá.
Ela estava colocando todos em perigo apenas por sua presença.
E ela sabia disso, ela sabia disso mais do que ninguém.
Eles a levaram para um quarto, jogaram-na no chão e então o que parecia ser o general se aproximou dela, curvando-se e franzindo a testa.
— Onde estão seus pais? — ele perguntou, com um tom levemente zombeteiro e cínico.
Jules olhou para ele, mas permaneceu em silêncio. Amarraram-lhe os pulsos e depois deixaram-na ali, sozinha num quarto, entregue à sua sorte.
Ela se pressionou contra a parede e puxou as pernas em direção a ela, enquanto olhava para todos os lados, tentando descobrir como sair dali.
— Que cheiro é esse? — ela falou consigo mesma, fazendo uma cara de desgosto.
Ela teve que ficar ali por muito tempo, pelo menos pareceu uma eternidade, até que a porta se abriu e ela franziu a testa.
— Acima.
Nem deram tempo para ela se levantar, pegaram-na novamente pelo braço e obrigaram-na a andar por um corredor. A certa altura, ela desviou o olhar e viu alguns guardas arrastando alguém.
Alguém com uniforme de marinheiro.
— Steve... — ela sussurro surpresa, mas graças a isso recebeu um empurrão mais forte por trás.
Harrington parecia inconsciente, então ela teve que desistir de tentar ligar para ele, até que a viu sendo levada para o mesmo quarto que ele.
Eles jogaram os dois no chão e a de olhos castanhos se aproximou do mais velho, preocupado.
— Steve? — ela o chamou e então um nó se formou em sua garganta ao ver seu rosto espancado.
Outra porta se abriu e eles entraram carregando a loira. Eles jogaram Robin no chão e ela reclamou de dor, então viu Jules e soltou um suspiro, um pouco mais calmo.
O mesmo homem de antes fez sua presença conhecida na sala e Robin voltou seu olhar para ele.
— O que fizeram com ele? — perguntou ela, referindo-se a Harrington. — O que fizeram com ele? — ela repetiu mais alto, mas recebeu um tapa em resposta.
— Não! — exclamou a morena, aproximando-se da garota.
O general voltou seu olhar para Jules e pareceu pensar rapidamente em algo em sua cabeça.
Ele pediu algo em russo e eles assentiram, pegando Robin e Steve, colocando-os cada um em uma cadeira, amarrando-os completamente.
Depois disso ele pediu outra coisa novamente e alguém agarrou Jules por trás, segurando seus braços.
— Solte-me! — Jules disse, chutando.
— Não a machuque! — exclamou a loira, vendo como começaram a levá-la embora.
Jules lutou o máximo que pôde, mas o guarda ainda não a soltou, carregando-a nos braços até a mesma sala de antes.
— Deixe me ir!
Eles a jogaram no chão e depois disso muitos mais deles se aproximaram.
— Você tem uma visita.
Jules franziu a testa, então viu um homem chegar de uniforme, com presilhas no avental, ele claramente tinha aparência de médico.
Mas a morena sabia que não seria algo comum.
Eles a sentaram em uma cadeira, amarrando-a, mas desta vez ela estava sozinha. Depois disso, tiraram seu chapéu de marinheiro.
— Me devolva, seu merda! — ela exclamou.
Todos se entreolharam e começaram a sorrir como se gostassem do sofrimento de uma simples adolescente.
Eles jogaram o chapéu no chão, a poucos metros de distância, e depois disso Jules sentiu uma picada no braço direito. Ela olhou para lá e viu como o sangue foi tirado, ela franziu a testa, mas permaneceu imóvel.
Ela soltou um gemido assim que a agulha saiu de sua pele e quando pensou que estava tudo acabado, agarraram seu pescoço e introduziram um líquido azul em uma única punção. Ela praguejou algumas vezes por causa da dor e então seus olhos começaram a ficar mais pesados.
— Jules...
Ela franziu a testa, mas não se encolheu, nem se preocupou em olhar para cima.
Os guardas estavam saindo da sala, sem perceber que a morena já começava a perder a consciência.
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