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˖࣪ ❛ OS TRÊS ESPIÕES
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OS TRÊS ESTAVAM escondidos entre uma planta próxima às cercas do STARCOURT, observando as pessoas subindo as escadas rolantes ou saindo das lojas.

Eles estavam em um trabalho de espionagem, enquanto Robin permanecia na sorveteria, trabalhando e em parte tentando decifrar o código.

Steve era quem estava com o binóculo, enquanto Jules e Dustin estavam um de cada lado, esperando sua vez.

O que aconteceu ontem fez Jules acordar hoje com um humor melhor, além disso, seu melhor amigo havia prometido guardar segredo e ela confiava nele mais do que tudo.

— Você vê alguma coisa? — perguntou Dustin.

— Acho que ainda não sei muito bem o que procuro.

Jules respondeu: — Russos maus.

— Sim, exato. Não sei como é um russo mal.

— Alto, loiro, ele não sorri. — Dustin respondeu desta vez. — Ele também está procurando fones de ouvido, camuflagem, bolsas esportivas.

— Claro, bolsas esportiva.  — disse o homem mais velho, então seus olhos focaram em alguma coisa. — Você deve estar brincando.

— O que? O que você vê? — Julie perguntou, procurando com os olhos.

— Anna Jacobi está conversando com aquele cabeça-dura, Mark Lewinsky.

Dustin e Jules se entreolharam, franzindo a testa.

— Se você não vai se concentrar, me dê o binóculo. — ele falou.

Steve nem prestou atenção neles.

— Oh meu Deus, o que aconteceu com os padrões? Lewinsky nunca saiu do banco.

Jules revirou os olhos: — Você é o pior espião da história, sabia disso? — ela pegou o binóculo à força.

— Além disso, não sei por que você está olhando para as outras garotas. Você tem uma perfeita na sua frente. — Dustin falou.

Jules ignorou a conversa, concentrando-se em encontrar um russo malvado.

Bem, ela também não sabia como faria isso.

— Sério, se você falar Robin de novo...

Dustin o interrompeu. — Robin.

— Não.

— Robin, Robin, Robin.

Steve balançou a cabeça. — Pare! Não, não.

— Robin, Robin...

— Não, amigo, ela não é meu tipo. — ele o interrompeu. — Ela nem está... Na faixa do meu tipo, ok?

— Qual é o seu tipo? As feias?

Jules lançou um olhar feio para Dustin e bateu na cabeça dele.

— Para sua informação, ela ainda está na escola. E é raro. Ela é uma esquisita e hiperativa. Não gosto que ela seja hiperativa. E ela fez teatro, isso é uma imagem ruim.

A morena franziu a testa. — Eu estava planejando fazer teatro.

Steve olhou para ela: — Sim, é por isso que não gosto de você.

— Mentiroso. — ela murmurou, retornando à sua posição de espião.

Dustin olhou para ele. — Desde que você saiu do ensino médio, ou seja, você já é adulto, não acha que é hora de superar conceitos primitivos como popularidade?

— Conceitos primitivos? Você aprendeu essa merda no acampamento dos sabe-nada?

— Chama-se Know-Where. São coisas que aprendi com a vida. — Steve sorriu sarcasticamente. — E em vez de sair com alguém porque vai fazer você parecer legal, por que você não sai com alguém com quem você gosta de estar, como Suzie e eu?

Jules sorriu ternamente, de longe dava para perceber o quanto Dustin gostava de Suzie.

— Ah, Suzie. Sim, ela é a 'mais bonita que Phoebe Cates'. Aquela Suzie. — agora foi a vez de Jules bater na cabeça dele, fazendo-o olhar para ela do jeito errado. — Vamos ver, como você conseguiu aquela namorada linda? — Steve fingiu pensar. — ​​Ah, sim. Com meu conselho.

Dustin revirou os olhos quando Jules lhe entregou o binóculo.

— É assim que funciona, Henderson. Eu te dou conselhos e você os segue. Não o contrário, ok, idiota?

Jules riu. — Você segue o próprio conselho? — Steve se virou para olhar para ela: — Então você quer que eu pare de tirar sarro de você, mas você não coopera.

— Por que temos que dividir o crédito com ela? — Harrington perguntou a Dustin.

Jules sorriu zombeteiramente enquanto eles esperavam por um longo tempo que algum russo malvado aparecesse.

— Alvo à vista. — disse Dustin, fazendo com que ambos prestassem atenção. — Na frente do Sam Goody's.

— Dê-me isso. — Steve falou, pegando o binóculo dele. — Bolsa de Esportes.

Os três se entreolharam, um tanto surpresos por ele ter encontrado as características exatas.

— Russo malvado.

Eles rapidamente começaram a se mover e a segui-lo por todo o shopping, antes de perdê-lo de vista.

— Vá mais devagar. — disse Dustin a Steve.

— O perdemos.

Jules tentou agarrar seu uniforme. — Você está tão perto. — ela sussurrou.

Um homem colidiu com o mais velho, chamando a atenção de algumas pessoas, 'o russo' se virou e eles rapidamente tiveram que se esconder.

Steve ficou de costas em frente à vitrine de uma loja, Dustin pegou o telefone e fingiu uma ligação.

Enquanto Jules começou a olhar para uma planta como se estivesse realmente interessada.

Assim que ele continuou andando, eles rapidamente também o fizeram, então ficaram para trás após um anúncio, primeiro Jules mostrou a cabeça, depois Dustin mostrou a cabeça acima de Jules e finalmente Harrington mostrou a cabeça acima da de Dustin.

Eles o viram entrar em um clube de Zumba, onde havia várias mulheres prontas para dançar, usando roupas incrivelmente coloridas.

Da bolsa esportiva tiro um rádio.

— Quem está pronto para suar?

Os três espiões franziram a testa ao mesmo tempo.

O suposto russo tirou o casaco, revelando uma figura musculosa que associavam a roupas de dança.

— Vamos mexer essas coxas! Sim!

Jules olhou para cima, onde Dustin compartilhou o olhar dela e então os dois olharam para Steve, que estava completamente sem palavras.

Eles deixaram o cargo e um tanto desanimados voltaram para a sorveteria.

— Oi, Robin. Você não vai acreditar no que eles que pensavam que ele era russo.

Jules franziu a testa. — Você também pensou isso.

— Não, não fui eu.

— Sim, você fez isso. — disse Dustin.

Eles pararam de conversar assim que perceberam que a loira havia fugido, seguindo-a com o olhar.

— Robin? — Jules perguntou.

Eles correram e começaram a segui-la, encontraram-na parada na fonte, enquanto olhavam para todos os lados.

— Robin. — Steve a chamou. — O que você pensa que está fazendo?

Ela olhou para eles e sorriu: — Eu descobri.

— O que você decifrou?

— Decifrei o código.

As coisas estavam indo na linha.

A chuva dificultou um pouco o trabalho dos espiões, mas eles não desistiram.

Os quatro estavam deitados no chão, observando a suposta 'cota de malha', que segundo a loira tinha a ver com o código e o gato prateado.

Jules vestia uma longa capa de chuva verde, mas ainda sentia cada centímetro de sua pele ficando molhado.

— Procure Imperial Panda e Kaufman Shoes. — disse Robin a Dustin.

— Ele está com aquele cara que assobia, às dez. — ele respondeu.

Todos olharam para lá, vendo o homem que vinha deixar algumas caixas.

— O que você acha que está aí? — perguntou o mais velho.

— Armas, bombas? — Dustin dava opções.

— Talvez armas químicas. — disse Jules acima do barulho da água atingindo o chão.

— Tanto faz, eles estão armados até os dentes.

Eles viram como abriram algumas portas automáticas, apertando um botão que mudou para luz verde.

— Ei, o que há? — Robin perguntou.

— São apenas mais caixas.

Steve franziu a testa.

— Deixe-me ver.

— Não, estou vendo. — Dustin estremeceu. — Deixe-os!

Os binóculos atingiram o cimento, fazendo um barulho incrivelmente alto, chamando a atenção dos guardas.

— Abaixem-se!

Os três caíram, mas Jules quis continuar assistindo.

— Walker, para baixo. — Steve sussurrou, agarrando seu casaco e fazendo-a se esconder.

A respiração deles era difícil de medo de serem descobertos.

Eles rapidamente tiveram que sair dali, levantaram-se e caminharam o mais longe possível.

Jules tirou o capuz e balançou levemente o cabelo molhado, a respiração ainda difícil.

— Acho que encontramos seus russos. — Robin falou.

Um beco sem saída.

Enquanto continuavam andando, Jules sentiu uma insolação por trás, fazendo-a parar.

Ela ficou parada, franzindo a testa.

Ela sentiu.

Ele estava de volta.

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