Capítulo 18 - Explodindo o senado

- Sofrerem? O que você quer dizer com isso?

- Quando teremos outra chance para fazer isso? - Ele coloca sua mão livre dentro da jaqueta, e dela tira uma banana de explosivos.

- Mas só um cacho? Não seria necessário mais?

- Pensou que isso seria tudo? - Pergunta Henri com um falso desapontamento. Ele olha para o teto do elevador e dá umas batidas, fazendo-o sair. Ele enfia a mão lá dentro e pega uma mala preta grande. Com um cuidado exagerado ele a coloca no chão do elevador.

- O que tem aí? - Pergunto curiosa.

- Nitroglicerina. - Responde com um sorriso. Não consigo evitar sorrir também. Estou com raiva desse lugar. Principalmente daquela sala. Explodir tudo até que não é uma má ideia. Porém, uma ideia desconfortável passa pela minha cabeça.

Henri prevê minha pergunta e responde antes delas se forme em meus lábios:

- Não se preocupe, assim que meus colegas derrotarem aquele guarda-costas bombado, eles vão sair daqui.

Quando finalmente chegamos na cobertura, vejo que um helicóptero estava esperando por nós. Já pronto para a decolagem.

- Você acha que consegue andar sozinha até o helicóptero? - Henri me pergunta. Sinto que minhas forças estão voltando aos poucos. Acho que com mais um pouco de esforço eu consigo ficar de pé sozinha.

- Acho que sim.. Mas pera ai! Você é que vai explodir isso aqui? Não basta ter feito o plano que deu parcialmente errado e a diversão fica com você?

- Bem... Ambos sabemos que você não está em condições de fazer isso. Principalmente porque assim que você acender o dinamite, vai ter que sair correndo..

- ...você está vendo algum ferimento em minha perna? Não? Então, acho que com um pouco de esforço eu consigo correr. Eu quero explodir isso aqui. Estou com raiva daqui. Muita raiva.

- Tá bom.. Como dizem: nunca contrarie uma mulher com raiva. - Diz Henri levantando as mãos em sinal de derrota. - Aqui. Os fósforos e o dinamite. Basta acender esse fiozinho e sair correndo até o helicóptero.

- Ok.- Começo a andar um pouco cambaleante, tentando ignorar a dor o máximo que consigo. Quando chego no centro da cobertura, me abaixo e abro com muito cuidado a mala. Vou retirando um a um os frascos de nitroglicerina, colocando-os perto do dinamite, e acendo o fio. Me levanto rapidamente, pronta para correr, porém isso me causou náusea e caio no chão. Olho para o explosivo: está quase na metade.

Não quero morrer ainda.

Me levanto novamente, não contendo um grito de dor e saio correndo aos tropeços. Quando estou quase chegando no helicóptero, escuto o barulho ensurdecedor da explosão logo atrás de mim, e logo em seguida sinto o calor do fogo chegando em minhas costas, já começando a me empurrar. Falta pouco para chegar no helicóptero. Dou um pulo o mais alto que consigo, e deixo o calor me impulsionar.

Caio com um baque no chão metálico do helicóptero, que sem hesitar levanta voo.

Henri me levanta com cuidado e me coloca sentada no banco. Olho para ele sorridente.

Ele estava sorrindo também.

- Puxa! Você conseguiu! Destruímos o senado!

- E o melhor. Meu aparelho "localizador" conseguiu entrar em todo o sistema do Senado. Temos todas as informações que precisamos. - A voz de Alex surge dos auto-falantes do helicóptero. - Sorte a nossa que eles tomaram o "cuidado" de olhar na bota.

- Alex? Não me diga que você.. Também sabe pilotar helicópteros..

- Sei.. Porque? - A voz surge dos auto-falantes novamente, e logo em seguida, a cabeça de Alex surge no banco do piloto e me encara inocentemente.

- Não importa. Agora você precisa descansar. Já estamos quase chegando na irmandade. - Diz Henri nos interrompendo.

Abro a boca para protestar, porém, me sinto cansada. Henri estava certo, um descanso não me faria mal. Com um gemido de dor, me encosto na parede do helicóptero e fecho os olhos, me recordando das últimas horas.

🔻🔻🔻

Sinto alguém passar o braço em volta de minha cintura, e logo depois colocando meu braço no ombro dele.

Abro os olhos para ver quem era, vendo Alex tentando me levantar. As dores pareciam ter aumentado 10 vezes mais. Todas estavam latejando, deixando meu corpo um pouco dormente. Respiro fundo e me levanto com um gemido.

Descemos do helicóptero devagar e andamos até o elevador, que se abre mostrando 5 assassinos usando jalecos brancos e máscaras. Provavelmente os enfermeiros. Alex me leva até eles, que por sua vez já começam a me dar diversas injeções anestésicas por todo o corpo.

Não aguento muito tempo e acabo dormindo.

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