Capitulo 11 - Vencemos?
"- Xeque-mate. - Diz ele com um sorriso triunfante." - Gostaria de dizer suas últimas palavras?
- Cuidado com sua retaguarda. - Uma voz masculina sussurra no ouvido do templário. Viro a cabeça assustada para tentar ver quem disse aquilo, porém tudo que eu consigo ver é a ponta de uma hidden blade aparecendo no peito do templário.
As mãos que antes seguravam meus braços com força vão afrouxando cada vez mais, até que elas largam totalmente meu braço, e o templário cai morto no chão. Olho para cima para ver quem o matou, e vejo um homem de capuz, que não reconheço de imediato ainda com a hidden blade ativada. Ele recolhe à arma e tira o capuz.
Henri.
- Uma mãozinha aí? - Diz ele em tom zombeteiro.
- Não precisava. Eu tinha tudo sob-controle. - Digo enquanto me levanto.
- Percebi. Até porque você nem estava a ponto de levar chumbo. - Diz com ironia.
- Ok, ok. Só dessa vez. MAS, eu fico com o mais feio. - Ele olha para os dois templários indignados a nossa frente, em uma falsa dúvida em distinguir o "mais feio".
- Como quiser. - Responde. Aceno afirmativamente com a cabeça ativando minhas Hidden blades e corro na direção do homem da direita, que assume uma postura séria. Invisto em em seu peito, porém ele defende facilmente com sua espada. Penso em atacar sua perna, para sua defesa vacilar, porém, eu precisaria rolar para fazê-lo, e minha perna não permitiria isso nessas condições. O homem começa a atacar repetidamente, fazendo-me recuar alguns passos.
As Hidden blades suportam os ataques com facilidade, porém eu não sei se eu suportaria por muito tempo. Meus braços estão recebendo muito impacto.
Tenho que acabar logo com isso.
Me defendo de mais alguns golpes, até que percebo uma brecha. Meus músculos com certeza vão reclamar, mas essa pode ser a única chance que eu vou ter. Assim que ele tenta dar o golpe final em minha cabeça, vejo a chance perfeita para me abaixar, e rasgar sua coxa com a hidden blade, fazendo sua defesa vacilar.
"Perfeito"
O homem recua alguns passos para trás, porém ele se recupera mais rápido do que eu esperava, não dando tempo para eu o golpear algum ponto vital.
Vou ter que partir para o plano B.
Começo uma sequência de golpes horizontais, de forma que ele se defenda com facilidade. Continuo atacando ele até sua defesa ser automática. Assim que ele percebe meu plano, se prepara para atacar, porém tarde demais. Antes que ele possa fazer algo, ataco sua cabeça. O homem dá um gemido de surpresa e cai no chão assim que retiro a lâmina dele.
Olho para o lado para ver como Henri estava, o que não era uma situação muito boa: ele havia recebido um tiro no braço direito, e estava com dificuldade em manejar sua espada. Ele estava lutando praticamente apenas com sua hidden blade.
Procuro o Tomahawk que havia deixado cair e corro em sua direção para pegá-lo. Assim que eu o pego, corro em direção do oponente de Henri, que se vira abruptamente para se defender de meu golpe, com sucesso. Invisto mais algumas vezes, porém ele é rápido demais, e acaba ferindo o meu braço. Felizmente, foi apenas um ferimento superficial, o que não me impediu de continuar atacando.
O homem lutava contra mim e Henri juntos com facilidade. Ele se defendia de todos as nossas investidas, e ainda atacava! Porém, ele cometeu o grave erro de me atacar na hora errada, o que o levou ao seu fracasso. Viro meu corpo para o lado, desviando de seu golpe, fazendo com que seu braço ficasse todo esticado. Sem perder tempo, golpeio o seu braço com toda minha força com o Tomahawk, o que fez ele cambalear um pouco, mas não cai.
Ele recua alguns passos, assustado. Seu braço sangrando como uma cachoeira. Ele se vira para Henri e tenta golpeá-lo com a espada, porém Henri se defende, com a outra mão, ele desfere um duro golpe no ombro de Henri, que cambaleia para trás, com os olhos arregalados.
Consigo até ouvir uma pequena risada de satisfação do templário, quando Henri cai no chão. Seguro o Tomahawk com raiva, e corro na direção do templário. Quando chego perto dele, salto em sua direção para que o impacto do golpe seja mais forte, pronta para cravar o machado em suas costas. Porém ele se vira antes que eu consiga acertá-lo, e se defende de meu golpe. Abaixo-me quando ele tenta golpear a minha cabeça, e com a Hidden blade, corto sua cintura, e logo em seguida cravo-a em seu peito.
Assim que o homem cai, vou até Henri para ver sua situação.
- Quem aqui precisa de ajuda? - Digo em um tom brincalhão. Mais para ver se ele estava vivo.
- Ha-ha-ha. Muito engraçado. - Responde ele com ironia, ainda deitado - Isso é só o começo, minha cara. Vou voltar pro campo e ajudar os outros. Me dê cobertura. - Diz ele enquanto se levanta com dificuldade.
- Certo. Ainda acha que pode continuar?
- Um assassino luta até o fim. - Ele se vira para descer. Pego o meu arco no chão, e embainho o Tomahawk. Henri começa a descer da arquibancada. Ele havia estancado o sangue de seu braço de uma maneira improvisada, utilizando a barra de sua blusa como curativo.
Olho em volta para ter certeza que não havia mais nenhum templário chegando perto e posiciono uma flecha no arco. Sigo Henri com os olhos até ele chegar no campo e eu o perder de vista no meio da batalha. Atiro em mais alguns homens, até que percebo que não tenho muito mais o que fazer aqui em cima, afinal, praticamente todos os templários que estavam com armas perigosas já estavam mortos. Resolvo descer e lutar lá embaixo, no campo.
Coloco o arco nas costas e desço, porém me arrependo no mesmo instante. O cheiro de sangue aqui embaixo é muito mais intenso do que lá em cima, o que me obriga a respirar com a boca. Diversas vezes tropeço em algum corpo ou arma caídos. Rolar para se desviar está fora de questão. Ao menos que eu queira acabar em cima de algum corpo.
Procuro algum oponente no meio da confusão, algum que esteja sozinho, o que foi um pouco difícil, já que praticamente todos estavam lutando em grupos. Acabo encontrando um no canto do campo. O meu oponente é um homem uns 20 centímetros maior do que eu. Ele segurava uma espada grande e aparentemente pesada, e no coldre havia uma pistola semi automática. Seu terno, que aparentemente já fora branco algum dia, estava totalmente ensanguentado, porém tenho a impressão de que não é o sangue dele. Ando até ele e paro em sua frente.
Eu não digo nada, assim como ele, e invisto em seu peito, mas como já é de imaginar, ele se defende com facilidade em um único movimento. O que me deixa surpresa é o fato de ele manejar essa espada apenas com uma mão, digo, essa espada deve ter ao menos uns 5 quilos.
Como se ele tivesse feito isso a vida inteira, ele dá um passo para trás, levando o braço que segurava a espada ao lado do corpo e velozmente corta o ar como em um arco. A espada a poucos centímetros de minha cintura.
Não havia tempo para me abaixar, para pular, ou desviar. Tudo o que consegui fazer foi colocar o Tomahawk na frente, o que fez com que faíscas saíssem na hora do choque. O peso do impacto me fez cambalear, apesar da dificuldade me mantenho em pé .
- Huhuhu - Diz ele divertido. - Você é boa. Conseguiu se defender do meu golpe.. Porém me pergunto.. Você conseguiria suportar outro?
- Não sei.. Tente se tiver coragem. - Sei que não conseguiria suportar, principalmente se ele acrescentasse mais força no golpe. Porém, eu tenho um plano. Bem, não é bem um plano, é mais uma ideia, uma ideia que pode dar certo.
Nem é preciso pedir outra vez, ele faz exatamente o que fez anteriormente. Porém, no momento que ele dá o passo para trás, ativo a hidden blade, e com a mão esquerda, seguro o Tomahawk com força.
Essa é a hora de usar o que Teçá me ensinou em seu treino.
Assim que a espada chega perto da minha cintura, aparo o golpe com a hidden blade, como da outra vez. Como previsto, ele usou mais força no golpe, o que fez minha mão ir junto com a espada, e bater com força em minha cintura. Mas antes que eu caísse, jogo o machado acima da cabeça e o lanço com força no peito do templário.
Tudo que eu pude ver antes de as coisas ficarem embaçadas foi o Tomahawk indo na direção do peito do templário.
Então tudo escurece e eu caio no chão.
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