° Capítulo 07 °


Oii pessoas, paciência com essa autora que some do nada rsr...




Talvez fosse o cansaço ou poucas noites mal dormidas, era um argumento a ser sustentado para a boas horas de sono que Bastet desfrutou, como evidências no braço havia linhas marcadas pelo lençol. Ela afastou a coberta para por os pés no piso de madeira com intuito de um banho frio.

Com os cabelos secos ela entrou na cozinha ouvindo os cochichos de antemão, desde que levantara sua sensível audição sinalizou a presença de duas pessoas na casa, não precisa de muito pra saber. Desse modo, sentou entre Azila, que filtrava o café, e Malu que passava manteiga nas torradas, um bom dia saiu em uníssono das duas humanas, já que Malu e Azila desenvolveram uma bela amizade há pouco tempo, era um pouco divertido para Bastes pois nunca imaginaram uma cena tão incomum acontecer.

— Ouvi os vocês falando de lá do quarto — Bastet disse, cortando o silêncio.

— Não queríamos acordá-los — Malu replicou, a felina lançou um olhar surpresa pela resposta. — Nem vem, Mason não sabe ser discreto.

— Não foi um encontro as escondidas — esclareceu, aceitando a xícara de café de sua serva.

— Ah então rolou alguma coisa — Malu falaou maliciosa. — Já estava passando da hora.

Com os olhos arregalados Azila olhou para Malu sabendo que estava se aventurando em caminhos desconhecidos. Bastet fitou sua serva com humor, ela sabia que Azila, assim como muitos, não tinha conhecimento de sua vida em certos pontos e passar desse limite seria brincar com perigo iminente. bebeu mais um gol de café sem responder de imediato.

— Não me amole Maria Luísa. — disse. — O que eu lhe ensinei? não ser precipitada.

A mais nova riu e nem deixou se abater apesar do pouco convívio, na visão dela, era como se fosse amigas há anos e com a deusa não era muito diferente. Desde que olhara para a pequena bebê em desenvolvimento soube que sua imortalidade havia acrescido algo diferente.

Agora a garota que estava na sua frente era uma mulher que experimentara as fases da vida até então, ela sentia um certo orgulho materno com isso, viu ela aprender os primeiros passos, andar de bicicleta e seus desenhos na paredes, ainda desejava que ela fosse além.

— Concordo com você — Mason interveio, escorado na soleira da porta encarando as três mulheres.

Malu se entreolharam esboçando sorrisinhos cúmplices, que a deusa preferiu não indagar já sabendo o motivo óbvio, desse modo indicou para Mason sentar ao seu lado, mas o humano negou por conta dos compromissos naquela manhã.

— Posso ir com você — Malu sugeriu, deixando a torrada pela metade. — Já estou de saída mesmo.

Mason assentiu esperando Malu buscar sua pasta na sala, o que acontecia com frequência pelo a deusa lembrava. A garota destinava boas horas na prateleira da deusa, sempre se maravilhando com relíquias que poucos olhos humanos poderiam presenciar, assim as duas conversavam sobre o tempo antigo, é claro que Bastet  apreciava esse momentos, havia tanta coisa pra ensiná-la.

Com uma breve despedida Mason beijou a testa da deusa enquanto a abraçava de leve, ela não evitou sentir uma sensação agradável.

— Hoje à noite um milk shake? — ele inquiriu com expectativa.

— Eu escolho o filme — respondeu confirmando.

Após levamos até a porta voltou para cozinha vendo Azila organizar alguns utensílios, seria um dia calmo se ela evitasse o Egito por um tempo, presumindo o possível caos depois de tudo. Não sentia remorso e muito menos compaixão.

— Somos só nos duas agora — disse divagando, pois a serva sempre foi tanto reclusa.

— Bem, Tarden me chamou para um passeio no Nilo — Azila contou receosa. — Se a senhora permitir é claro.

Os lábios rosados se entreabriram por segundos quando ouviu o nome do garoto, ela ponderou que certamente ele estivesse um pouco magoado por não estender o convite a ela como costumeiro. Apesar de suas travessuras Tarden sempre adorou a presença das duas, fora com elas que ele conheceu o Cairo pelo primeira vez e dali em diante soube cada ruela esquina da cidade.

A felina comprimiu a boca e deu um sorriso consentindo, pelo menos ele estaria coma alguém de confiança.

— Pode ir, Azila — ela disse levantando-se seguindo para os fundos.

O portal foi aberto em muita dificuldade a deusa observou sua serva entra e desparecer entre as pequenas partículas brilhantes. Bastet adentrou novamente na casa se encostando na pia enquanto seu olhar se perdia nas gotas que caiam da torneira, era mórbidos, porém uma fuga para impedir que que sua mente vagasse n ponto crucial.

— Vocês quase me convenceram que eram uma família feliz.

Ela virou o encontrando sentando no mesmo lugar onde estava não fazia muito tem, o sorriso sempre exibindo uma ironia conhecida. Hades acenou e seu aproximou dela com rapidez incomparável.
— Como não senti sua presença? — ela questionou, excluindo perguntas fúteis de como ela havia entrado.

Hades sempre encontra um caminho.

— Ocultismo, princesa — vangloriou-se.

Não estava nem um pouco afim dos deus joguinhos bobos, respirou fundo andando em direção da sala, contudo as mãos o deus se fechou em torna da sua cintura fazendo a deusa relembrar do seu toque na naquela noite.

— Não me irrite hoje, Hades — ela proferiu impaciente.

— prefiro o seu sorriso —  o deus murmurou, mas ela não deu importância, era só mais um jogo.

Até quando ele insistiria nisso? Bastet não compreendia sua obsessão no ocorrido, apesar de que uma traição poderia ferir os mais insensível. deuses tinha uma vasta lista de relações extraconjugais, Zeus era prova simbólica, não seria o último ato na imortalidade além que Perséfone já havia feito anteriormente, o que mudava agora?

Afastando as mãos do deus com agressividade ela rumou para o sala, com ele ao seu encalço. Suspirou fundo para não se entregar a raiva, ela não cederia seu bom dia para ele.

— Acha mesmo que e seduzir vai fazer eu falar? — ela virou encarando os olhos amarelados. — Já teve sua diversão, seu problema é com eles.

ele negou com a cabeça,  o semblante amistoso se tornou sério levando Bastet a presumir que o havia afetado.

— Você está mais envolvida do que pensa.

—  Não comece com seus jogos — ela replicou. — Você dois me usaram.

Hades riu de escárnio se sentando diante dela, a sala aparentava ser minúscula com os dois ali se observando. Nenhuma ruga ou sinal que ousassem evidenciar seus anos centenários, parecia mais um homem de 30 anos com muitas experiencias para relatar.

—  As escolhas que vocês fizeram não foram influenciadas por mim — argumentou com sinceridade.

— e suas? — Hades inquiriu, arqueando a sobrancelhas espessas.

Bastet supôs que a pergunta conteria um sarcasmo ou um deboche sutil, no entanto a pergunta buscava apenas uma resposta, sem jogos, sem mentira. Ela se esquivou dos olhos inquisitivos do deus, afinal que diferença faria sua resposta agora, uma montanha de areia pode se desfeita, mas nunca se tornaria a mesma novamente.

— Você protegeu Anúbis — ele tornou a falar, vendo que ela não responderia.

— Família sempre — repetiu as palavras do deus Rá.

— Vocês egípcios são um tanto... cômicos — Hades ponderou com uma risadinha, a deusa rolar os olhos com a afronta.— Esse é o motivo para você proteger tanto o garoto.

A menção de Tarden despertou um alarme interne fazendo as íris claras fitarem o deus.

— Protegeria até de você — ela silabou séria com instinto materno se aflorando.

Como esperado o deus não se intimidou, Hades esticou as pernas e andou até a prateleira pegando um livro qualquer folheando, permitindo que Bastet ponderasse o que quiser. Ela permaneceu onde estava o analisando, seria trabalhoso desferir um golpe para matá-lo, mas não impossível e era o que seu lado que nutria a raiva implorando, o fim dos problemas e noites em claros, por que relutava tanto?

Todos os deuses tinha uma falha seja ínfima ou estrondosa, mas ela evita qualquer tipo que ousasse cruzar seus caminho liquidando tudo que poderia sucumbir seus primorosos planos, seus orgulho crescia com isso. Agora as palavras de Sekhmet faziam ainda mais sentido.

— Minhas escolhas foram influenciadas por ela — Hades interrompeu seus devaneios.

Era óbvio nesse triângulo amoroso, Perséfone tinha uma certo poder na ação de ambos, os dois a amavam e a felina se sentiu incômoda com isso.
— Diga Perséfone. — Bastet replicou petulante.

— Perséfone nunca teve uma influencia soberana — ele falou com um sorriso de lado. — Você teve.

Levantou-se com os olhos fixos neles e sem raciocinar seus pés a levaram até ele, um lado queria crer nele veemente almejando que talvez aquele encontro poderia se um início de amizade se tudo fosse diferente, porém a deusa sabia que seria utópico quando era relacionado a ele, tratou de reprimir falsas esperanças.

Inesperadamente ele a puxou para um abraço apoiando sua cabeça no seu ombro, seu corpo permaneceu estático até o momento que o cheiro viciante invadiu suas narinas trazendo a lembrança dos lábios contra os seus.

— Antes que você me xingue — Hades sussurrou contra seu corpo. — Saiba que tudo seria diferente sem sua presença, se eles estão vivos é por sua causa.

— Você... — ela engoliu seco para não soar abatida. — Está mentindo.

Foi o que sua mente conseguiu formular, nada do que sucedera foi em torno dela, era uma observadora em ambos lados, nada mais.

— Não tente se enganar — ele afastou seu corpo para vislumbrar o rosto da felina. — É por isso que nada cairá sobre você.

— Por quê? — Bastet inquiriu não convencida.

Ele se aproximou mais uma vez até que seus lábios estivessem próximo bastante da orelha da deusa causando um leve tremor.

— Não estou preparado para dizer as palavras, mas sei que você é inteligente para deduzir.

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