Capítulo 5.

Iai meu povo e minha pova, tudo bom?

Esse é um dos meus capítulos favoritos, está cheio de intenção/gritaria e pancada dos meus taekook.

Eu espero que gostem dele, e cometem bastante por favor, com isso você incentiva uma autora e torna o dia dela mais feliz.

Muito obrigada.

Saímos de lá quando os gritos de terror dentro da taberna não passavam de um passado fantasmas reverberando na minha cabeça em constância, no entanto Jeongguk não saiu como eu esperei, sequer apareceu depois daquilo tudo.

Pensei em entrar, mas eu não tinha certeza se tinha psicológico suficiente para encarar o que quer que Jeongguk tenha feito lá dentro, então esperei do lado de fora até que minhas juntas estivessem duras de frio, segundos depois quem saiu fora Juwon com a maior cara de assustado e ele me parecia muito sóbrio para quem estava caído de bêbado a alguns minutos atrás.

Esperei até que ele viesse até mim.

— Tae, você tá bem? Te fizeram algo? — me questionou, os olhos meio arregalados a expressão cuja eu não conseguia decifrar.

— Eu estou bem, não graças você. — respondi, Juwon levantou o rosto para olhar em meus olhos.

— Eu sinto muito, tenho baixa intolerância a álcool, mas eu juro que não bebi tanto a ponto de cair assim, deve ter sido alguma coisa que Conan colocou no meu copo. — sibilou, custei a acreditar, mas eu concordei lentamente.

— Podemos ir embora? Estou com frio.

— Sim, claro, vamos. — ele me estendeu a mão. — Precisamos andar um pouco até estar próximo o suficiente da casa.

Olhei os dedos vermelhos que para mim naquele momento significava calor, mas ignorei sua mão estendida e passei por ele direto.

— Porque precisamos caminhar? Você não pode fazer... Aquilo que você faz? — me referia a atravessar de um lugar para o outro feito um fantasmas.

Ele piscou inúmeras vezes antes de responder.

— É complicado. 

E quando estávamos próximos o suficiente, num segundo era o beco escuro e gelado da taberna no seguinte estávamos dentro da casa, num impacto brutal do frio da rua com o quente do interior da casa.

Me afastei desorientado, perdido no meu próprio espaço tempo, Juwon segurou meus dedos mas eu o afastei.

A casa estava vazia...

— Jeongguk... Ele-

— Não sei, ele saiu da taberna depois de... — Juwon gruniu transtornado com a lembrança que pareceu sufoca-lo.

— Não o vi passar por mim. — sussurrei.

— Jeongguk tem outras formas de se locomover sem precisar passar diante dos seus olhos. — ele me respondeu quase como se odiasse muito aquela condição do irmão. — Não duvido que ele tenha atravessado da taberna direto até o quarto.

— O que ele fez lá dentro? — fui ousado o bastante para perguntar, minhas pernas ainda estavam um pouco bambas então arrastei-as até estar sentado no sofá.

— Um massacre, Jeongguk é assim, não à motivos para matar tantas pessoas, mesmo assim ele o fez e está provavelmente tomando um cházinho em seu quarto enquanto lembra das cabeças que ele decepou. — meu estômago se revirou completamente, achei que vomitaria.

Sufoquei resquício de qualquer sentimento que estivesse se apossando de mim, algo no meu interior acusou com letras neon que não acreditava, "ele não seria capaz" foi oque a voz sussurrou mesmo eu não conhecendo dois terços dele.

— E-eu vou para o quarto.

— Taehyung, me perdoe, eu não sabia que-

— Estou indo para o quarto. — rugi as palavras antes de subir os degraus da escada, jurei ouvir Juwon sibilar alguma coisa do lado de baixo.

Não me importei.

O corredor para o meu quarto parecia dois metros mais longe da porta, a porta a frente do meu parecia intocado mas o som do chuveiro do lado de dentro denunciava a presença de alguém do outro lado, a saliva parecia densa, mas me forcei a entrar.

Antes de dormir ouvi passos em frente a minha porta, uma sombra nas frestas, mas nada de fato bateu ali.

*🌙*

Dia seguinte, minha cabeça ainda estava latejando incomumente, eu não sabia explicar direito o amargo entalado na garganta e muito menos a sensação ruim depois que levantei da cama, não tive o trabalho de descer para o café da manhã, então fiquei deitado o dia inteiro.

A casa foi a única que pareceu se importar com o meu bem estar, meu almoço apareceu sobre a escrivaninha quando senti um leve cutucão nas costas, quase agradeci, mas não sabia se soaria estranho mesmo assim estendi a mão para dar duas palminhas na parede em um sinal de agradecimento a casa.

Juwon não deu sinal de vida pelas próximas horas e muito menos eu fiz questão de procura-lo, mas algum tempo depois o silêncio da casa irrompeu meus ouvidos, decidi sair, no corredor que havia meu quarto havia mais outros muito que eu não sabia se estava vazio ou não, mesmo não tendo ninguém ao meu redor eu me ocupei em procurar, abrir porta em porta, não tinha nada de muito especial, nada que chamasse a minha atenção como eu estava esperando que chamasse.

Desci as escadas, uma sala parecida com a que Jeongguk me expulsou brilhou diante dos meus olhos, diferente daquela, essa não tinha portas para ser invadida e movido pela curiosidade eu apenas atravessei a divisória a caminho de uma mesa, nela estava estendido mapas e mais mapas.

Algumas folhas com letras escritas e outras impressas, algo que parecia ser cartas e em todas as coisas espalhadas ali eu não conseguia indentificar dois terços delas, para o meu total desapontamento. 

Sentei-me na poltrona estofada em couro preto, a sensação espessa entre minha pele e o couro quase me lembrou que eu não deveria estar fazendo aquilo, me ocupei em estender um dos mapas da mesa mas o som de passos vibrando pelos corredores por pouco não me fez entrar em desespero em vez disso, deitei o pergaminho de volta na longa mesa de madeira negra.

Não me senti nem um pouco surpreso quando foi Jeongguk quem atravessou o batente, ele segurava um copo de cristal com um líquido âmbar brilhando nas luzes amareladas da casa, o observei caminhar como se já soubesse que eu estava ali mesmo antes de entrar.

— Você. — sibilei.

— Eu. — ele respondeu simples, ergui uma sombrancelha, ele parou no meio da sala e fez uma reverência exagerada para mim. — Permita-me apresentar, sou o Grande Jeon Jeongguk.

O encarei deslizando meus olhos dos seus pés a sua cabeça e ele pareceu apreciar em como fiquei tão atento ao seu corpo.

— Ah é? E o que à de tão grande em você? — havia sido uma pergunta estúpida, sabia disso, mas só notei quando ele estava olhando para mim com a expressão que diga algo mais além do que malícia.

— Terei um imenso prazer em mostrá-lo. — ronronou, um repuxado ferino nos cantos dos lábios.

Mas eu me ocupei em demonstra-lo minha total aversão a aquele tipo de costume.

— Porco. — ele apenas riu, até mesmo a risada era contida e elegante.

— O que está fazendo no meu escritório, pequena raposa? — revirei os olhos para aquele apelido, sentado no que julguei ser sua cadeira, joguei meus pés cruzados sobre a mesa.

Jeongguk repuxou o canto dos lábios a mesmo maneira que cruzou os braços, ele sentou no ar, literalmente, aquele homem ficou a minha frente sentando em algo que parecia um acento invisível, o calcanhar direito apoiado no joelho esquerdo.

Parecia um verdadeiro rei, algo muito mais poderoso e soberano que um simples padeiro poderia estar provocando-o tanto, como se fosse o dono do mundo, mas por mais incrível que soasse medo era a última coisa que lampejava na minha mente, como se algo estúpido sussurrasse ao pé do meu ouvido que ele não me faria mal algum.

— Desta vêz, como pode ver, aqui não à portas para serem invadidas. — respondi.

— De certo, você tem razão, mas ainda sim possui um dono. — ele disse. A mesma expressão fria salpicada com diversão latente.

— Não vejo seu nome.

— Eu daria a mesma resposta, se tivesse 12 anos.

Gargalhei, retirando as pernas da mesa, senti-o atento em todos os meus movimentos como um gavião, os olhos violetas vívidos e vidrados, frios mas cheio de estrelas.

— Eu apenas estava entendiado, achei esse lugar e entrei.

— Você é um grande curioso ou um grande mal educado, eu não recomendo sair entrando em todas as portas que vir abertas. — ele murmurou as palavras. — Faz de você uma presa fácil.

Juntei as sobrancelhas.

— Estou em perigo aqui? — questionei. — Você é perigoso?

Foi a sua vez de demonstrar uma completa confusão falsa no olhar, nas sobrancelhas juntas e no bico pequeno nós lábios.

— Depende de como vê a história, se contada pela chapelzinho, o lobo sempre será o vilão. — Jeongguk murmurou, o rosto sem apresentar qualquer alteração.

O avaliei, posicionando os cotovelos sob a mesa de madeira polida e as mãos abaixo do queixo.

— Está querendo dizer que-

— Não estou querendo que interprete nada, não devo satisfações e muito menos me importo do que pensam de mim.

— Grosso. — Jeongguk abriu um novo sorriso malicioso e enigmático.

— Pode tirar as próprias conclusões. — revirei os olhos outra vez.

— Seu verme. — uma risada.

Ele levantou esticando a pernas, levantando-se da cadeira invisível ou quimérica. Caminhou até estar na minha frente, imponente e equilibrado, os movimentos fluidos e elegantes em uma dança bonita que ele fazia questão de mostrar.

Ele era estupidamente bonito.

— Posso ouvir oque você pensa. — pisquei.

— Como?

— Sou estupidamente bonito, embora eu não goste dessa palavra, prefiro arrebatadoramente belo. — arregalei os olhos ignorando seu alto irrelevante de ego inflamado.

— Como faz isso? — coloquei as mãos na cabeça, como se podesse impedir que sua intrusão fosse muito além em minha mente.

— Posso fazer várias coisas. — respondeu trivial.

— Diga-me, o que você é? Um demônio? Tipo Hades, dizem que Hades podia ler mentes.

— Primeiro, Hades era um deus, segundo, eu sou muito melhor que Hades. — respondeu. — Mas eu estou em pouco interesse de explicar a você.

Revirei os olhos jurando que dá próxima vez ele ficariam virados para trás. Mesmo assim permaneci sentado o olhando de baixo, sua postura era irredutível, encantador. Jeongguk sorriu sem os dentes como se soubesse exatamente o que eu estava pensando, teria que tomar cuidado com os meus segredos adiante.

— Vou sair. — falei me erguendo da cadeira.

Mas sua voz cortou as minhas ações.

— O que estava lendo nas minhas coisas? — minhas bochechas automaticamente tomaram cor, eu me sentei novamente como se podesse esconder aquilo. — Eu disse algo errado?

O olhei a tempo de vê-lo esboçar confusão e uma pitada fraca de preocupação.

— Eu não li nada. — respondi.

— Você mente.

— Não, eu não minto. — mas ele era insistente, estupidamente insistente.

— Estava com o rosto enfiado nos meus pergaminhos, como não leu nada? — segurei o rugido de raiva que se alastrou pela minha garganta como fogo.

— Eu não li Jeongguk, confia em mim, eu não li.

— Porque deveria confiar?

— Porque eu não sei! Satisfeito? Eu não sei ler! Seu verme estúpido! — Jeongguk juntou as sobrancelhas no que pareceu pela primeira vez uma sombra gelada e distante de arrependimento, mesmo assim ela brilhava mais intensa nos seus olhos.

— Eu não imaginava.

— Claro que não. — suspirei erguendo o corpo da cadeira para que podesse ir embora dali rapidamente, estava prestes a sair quando a voz dele retinindo pelos cantos da sala chamou minha atenção de volta.

— Posso ajudar você. — foi minha vez de rir.

— Não, não pode.

— Sim, eu posso. — se ele notou a minhas inúmeras reviradas de olho, fingiu não notar, apenas entornou sua mesa e sentou-se como um deus absoluto em seu trono.

— Não, obrigada. — eu iria sair.

— Você entrou pela segunda vez em uma das minhas salas sem permissão, bisbilhotou meus documentos pessoais e me insultou, seu castigo será aprender a ler. — sibilou ele, sem se dá ao trabalho de olhar na minha direção.

— Não. — falei simples.

— Nunca obrigo ninguém a nada, você é meu primeiro caso a parte, pequena raposa. — ele piscou para mim antes de reunir um punhado de papel e me deixar plantado na sala.

Caminhei para fora a tempo de vê-lo no último degrau da escada acima.

— Me lembre de fazer um mapa da casa especificando onde posso e não posso entrar! — ouvi sua risada ao longe, mas ele não se deu ao trabalho de olhar em minha direção.

Me encostei no batente da sala emburrado, cruzei os braços.

— Quem ele pensa que é? — estalei a língua do céu da boca.

Mas com toda certeza, eu não iria fazer oque ele queria que eu fizesse, nem que eu precisasse sumir.

Iai? O que acharam? Me conteeeem!!!

Ansiosos pro próximo?

Então, queria dizer que eu postei uma Oneshot de 4 pequenos capítulos, ela está muito gostosa de ler, sério, confia na autora.

O nome dela é: Sol e Lua

É taekook viu? Uma história sobre o sol e a lua e a traição do lírio. Vão lá! Depois me digam.

Até próxima. ♥️

Era desse jeito que o Jeongguk tava sentado, só que com as duas mãos nos bolsos.

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