Capítulo 24

Sejam bem vindes, aqueles que me esperaram e aos novatos.


Como sempre digo...

Boa leitura.

Retalhos de luz e sombra da manhã mancham a pele de jeongguk, ele estava inteiro deitado sobre mim, as asas calmamente descansando cobrindo parcialmente seu corpo nu e as protuberâncias das cicatrizes.

Eu tentava respirar o mais lentamente possível, tinha medo de acorda-lo em qualquer mínimo movimento e a contar pelas horas que ele passou chorando noite anterior, ele merecia um bom descanso.

Jeongguk estava com os olhos levemente inchados e vermelhos, e eu durei algum tempo o observando até as linhas de sol deslizar livre pelo seu corpo, tonalizando as asas, e eu suspirei tamanha era a beleza, mesmo com aquela bagunça.

Ele se moveu e eu prendi a respiração em resposta, meus olhos estavam arregalados, eu não sabia como reagir depois dos acontecimentos de ontem, as imagens de seus olhos negros porém tristes e fragilizados dentro daquele corpo nu e forte não saíam da minha cabeça, eu não me atrevi pensar tanto sobre pois eu nunca chegaria a uma resposta.

Seus gritos ainda retornavam a minha cabeça além da dor escrusiante que senti no peito antes de correr para seu quarto.

Jeongguk retornava seus sentidos aos poucos, abrindo os olhos inchados enquanto eu observava com atenção, depois de desperto jeongguk levantou o rosto o suficiente para olhar nos meus olhos, eu apenas o encarei e esperei que ele levantasse ou esboçasse alguma reação quanto a minha presença ali, mas diferente do que imaginei, seus olhos violetas brilhantes calmos piscaram algumas vezes antes de jeongguk deitar a cabeça sobre meu peito, exatamente como havia dormido a noite inteira.

— Bom dia. — ele sussurrou se eu não estivesse perto não teria ouvido uma palavra.

Não respondi no entanto, movi minha mão para toca-lo mas fui impedido antes que podesse, Jeongguk acabou vendo a marca vermelha e levemente roxa contornando meu braço, a sensação dos seus dedos me apertando quase se fizeram presente.

Repuxei antes que ele podesse fazer algo, mas de surpresa Jeongguk agarrou-o, beijando cada uma das manchas roxas com carinho, havia arrependimento e culpa em cada gesto, nos seus olhos então esse sentimento se tornava palpável.

Cada beijo era dissolvido em carinho enquanto seus olhos estavam presos aos meus ainda espantado, as manchas foram sumindo uma após a outra, um beijo seguido de uma cicatrização. Jeongguk fez o mesmo na outra mão até que no lugar de marcas, havia carinho e uma pele perfeitamente lisa.

Pisquei repetidas vezes, buscando forças para não olhar tanto, jeongguk ainda estava nu, mas isso parecia não encômoda-lo.

— Senti seu cheiro a noite inteira, por um momento achei que já estava ficando louco. — ele sussurrou.

— Se eu perguntar o que aconteceu ontem, você vai me responder? — ele ponderou, suspirou e enfim me olhou nos olhos.

— As vezes... Tenho graves pesadelos, docinho. — ele murmurou com o rosto abatido e cansado.

Acariciei suas bochechas de forma que eu sentisse a maciez absoluta da mandíbula, Jeongguk fechou os olhos e respirando fundo ele segurou minha mão e beijou demoradamente minha palma.

— Posso saber? — perguntei na esperança de colher algum fraguimento do sonho, mas ele negou.

— Sinto muito, ainda não é a hora.

— Por que as vezes parece que você sabe de muitas coisas, jeongguk? — pontuei. — Por que não me conta.

— Ainda não é a hora. — suspirei pesadamente, ele sorriu e minhas bochechas imediatamente reagiram.

— Eu estou pelado. — desviei o olhar.

— Se você não tivesse contado, eu nunca saberia. — Jeongguk soltou um riso gostoso, apesar de parecer que aquele pesadelo havia consumido todas as suas forças, ele riu como se não houvesse acontecido nada.

Jeongguk levantou, eu não me atrevi a olha-lo, mas pela minha visão periférica eu conseguia capitar grande parte da sua pele nua, ele olhou por cima do ombro e caminhou até a gaveta perto da cama, jeongguk era poderoso, ele conseguia mover montanhas se quisesse e ter poderes significava fazer um par de roupas aparecer vestido em seu corpo em um estalar de dedos.

Mas ele preferiu escolher peça por peça e vesti-las calmamente e lentamente.

Eu podia ouvir meu coração batendo no corpo inteiro sobressaindo ao som das peças de roupa deslizando sobre a pele dele, não ousei respirar e por mais nervoso que eu estivesse Jeongguk não se importou com a minha presença.

Goo pulou de um sofá para o outro até cair manço em meu colo, ele acariciou sua cabeça em minha barriga como um gatinho pedindo carinho e o pequeno dragão foi responsável pela minha distração nos minutos seguidos.

Jeongguk murmurou algo e quando percebi ele estava deitado novamente sobre a cama, desta vez totalmente vestido, tinha o semblante cansado mas me olhava com um breve sorriso no canto dos lábios.

— Obrigado, por ter ficado. — Goo deitou a cabeça sobre meu peito.

— Eu senti que deveria. — Jeongguk deu um sorriso triste tocou na parte inferior da minha panturrilha depositando carinho ali.

— Quero levar você em um lugar hoje. — afirmou levantando a perna cuja fazia o carinho e a colocando sobre seu quadril.

Parecíamos um casal monótono e despreocupados, Jeongguk estava de olhos fechados e respira lentamente enquanto eu torcia os dedos dos pés.

— Onde? — perguntei, Goo afundou debaixo da minha camisa.

Ele se demorou na fala, formulando de forma lenta o que diria e mesmo depois de muitos silêncio ele apenas murmurou enquanto fazia massagem no meu pé.

— Você confia em mim?

Minha boca se moveu sozinha na resposta.

— Sim. — Ele sorriu

.

Nas horas que se seguiram eu orei para alguns deuses que aquele plano maluco de Jeongguk não fosse uma forma de vingança por o irritar tanto as vezes.

Caminhavamos no meio da floresta após uma chuva, as folhas molhadas viraram polpa vegetal na sola dos meus sapatos e por mais raro que fosse eu estava com medo do escuro, Jeongguk se movia a frente como um gato e a escuridão não o atrapalhava, a minha visão humana me permitia enxergar apenas a camisa branca social que ele usava um palmo a minha frente e vez ou outra ele diminuía os passos para que eu o acompanhasse.

— É agora que você vai me matar? — perguntei depois de um tempo de caminhada, menosprezando os sapos cantores e o cheiro de terra molhada ardendo no nariz.

Jeongguk riu, uma risada que teve efeito no meu estômago.

— Acredito que se eu quisesse fazer isso, não perderíamos todo esse tempo. — me segurei em um galho de árvore, ouvindo os sussurros do vento na orelha.

— Pode até não ser sua intenção, mas acho que você esquece que eu não sou um brutamonte com super força igual a você. — suspirei o ar que pude equilibrando o corpo nas perna levemente dormentes.

Jeongguk estava usando branco e era raro de se ver, fazia as tatuagens agora a mostra ficarem ainda mais aparentes, ele se manteve de braços cruzados enquanto eu tentava recuperar o fôlego.

Até que ele sorriu, um movimento mínimo no canto da boca quase imperceptível na escuridão, mas eu o vi e assim que vi, tive vontade de fugir pela floresta.

— Olha... Tem um jeito de chegarmos rápido-

— Nem pensar!

— Mas eu nem disse nada.

— Você quer voar!

— Sim. — ele respondeu pomposo.

— Não. — respondi como se fosse o óbvio.

— Sim. — e ele respondeu mais óbvio ainda.

— Nem pensar, Jeongguk, você e doido. — tentei me esquivar caminhando para qualquer direção, certamente a direção contrária de onde ele estava me levando.

— Então você quer ir andando, nessa escuridão? — foi como uma injeção, eu olhei ao redor e então para Jeongguk.

— Sim. — no mesmo ritmo que fui, retornei e continuei, Jeongguk foi obrigado a apenas me seguir.

Na jornada eu quase me arrependi de minha escolha e amaldiçoei o gênio forte e bruto que meu pai me deixou como herança, estava suando, as gotas fazendo um pequeno poço nas minhas têmporas e o frio as congelando me fazendo tremer dos pés a cabeça.

Relutei durante o caminho quando Jeongguk sequer tinha a respiração desregulada, o rosto seco e limpo como se estivesse apenas caminhando, ele estava perfeito enquanto eu me enojava das roupas grudadas pelo corpo.

Jeongguk estava sorrindo diabólicamente no entanto e quanto mais nós aproximavamos no lugar, mais suado eu me sentia.

— Eu... Odeio... Você... — tentei dizer de forma que toda a minha indignação se propusesse sobre os meus resfôlegos de tortura, mas tudo o que saiu de mim, fora gemidos e murmúrios.

— Chegamos. — olhei a diante e por um momento eu pensei que ele estivesse de brincadeira.

Não havia um lugar, era como ter dado voltas pela floresta e chegar num mesmo lugar.

Meu semblante alarmado fez o rir.

— Calma, meu doce, a floresta costuma nós enganar. — ele se aproximou, lento, tampou meus ouvidos com as mãos e tocou levemente num toque quase dormente nós meus lábios aos seus, se não tivesse de olhos abertos, não o sentiria.

Mas foi o suficiente para um susto e por mal costume me afastei minimamente, no entanto foi como um estralo nós ouvidos e uma explosão na vista.

Jeongguk ergueu uma cortina de folhas e era como um paraíso escondido, tinha um rio, flores de todas as cores, árvores repleta de frutos e nada precisava da luz da lua para ter seu próprio brilho, era mágico, tão mágico.

— É desses tipo de plantas que tiramos as tintas brilhantes para o nosso festival, há apenas uma pequena parcela delas, encontrei esse jardim que tudo brilha e resolvi o manter escondido. — Jeongguk riu. — Sei que é clássico, o mocinho levar a mocinha para um asseio em um ponto que ele gosta de visitar.

— Eu não sou uma mocinha.  — reclamei.

Jeongguk riu outra vez me empurrando pelo ombro para atravessar a cortina, de dentro era ainda mais lindo.

Purifiquei minha visão com aquelas árvores luminosas, as flores ao redor em roxo neon, um azul turquesa brilhava no rio e meus olhos maravilhados refletiam como um espelho.

— Jeongguk...

— É o meu lugar favorito. — disse, como se proferisse um segredo antigo. Me demorei no seu rosto pacífico iluminado pelas luzes naturais e a respiração calma.

— Acho que passou a ser o meu. — murmurei sorrindo.

— Ainda tá com calor? Você pode tomar banho no rio, se quiser tirar a roupa, eu juro que não vou olhar... Muito. — meu sorriso morreu na hora.

— Você é insuportável. — no entanto ele ria gostoso. — Mas, vou sim tomar banho, essa água parece incrível.

E lentamente enquanto desabotoava os botões da minha camisa e a deslizava sobre o ombro e me tornei um show específico para Jeongguk, este que parecia não esperar que eu realmente tomasse banho despido... Completamente despido.

Jeongguk piscava mais do que o normal, enquanto eu pendurava minhas roupas para secar em um galho, minha cueca em especial, ficou sobre uma pedra.

Eu não olhei para trás enquanto caminhava em direção o rio, parte minha estava morrendo de vergonha enquanto a outra adorava aquilo, eu podia senti-lo queimar minhas costas com o olhar e quando me atrevi a olhar sobre o ombro, ele sequer havia se movido, parecia uma estátua boquiaberto encarando minha roupa íntima sobe a pedra.

“puta merda" foi o que eu imaginei que estivesse repetindo na sua cabeça como um pane repetido.

A água no entanto confortava meu coração, quente e aconchegante, era como mergulhar em plumas macias e esbranquiçadas, brilhante curando o meu coração.

As pequenas ondas me ultrapassando denunciava que eu não era mais a única pessoa na água e a sensação quente do seu corpo atrás do meu me tornaba alguém quase irreconhecível.

Ele me olhou esguio, passou seu braço pela minha cintura e o toque molhado e ao mesmo tempo fervente arrepiou cada pelo do meu corpo em um instantâneo e equipado pavor.

Eu não podia, mas tinha quase certeza que ele estava tão nu quanto a mim, tocando com um deslize languido pelo corpo até abaixo do umbigo, os dedos brincando com a meu corpo e sanidade.

— O que está fazendo? — perguntei, quando de um simples toque passou a um beijo doce no ombro.

— O que você esta fazendo? — eu sabia que estava se referindo a minha falta de roupa e de vergonha.

— N-não sei.

— Por que faz isso, Tae, Por que me tortura tanto? — eu não tive coragem de olha-lo.

— Jeongguk...

— Mas pensando bem, não me importo de ser seu escravo, estou posto de joelhos para você, docinho. — ele falou baixinho, estava bêbado e ofegante. — Principalmente agora que conheci o mais puro êxtase da crueldade... Que não obstante, se chama amor.

Não percebi, mas estava de olhos fechados e tão ofegante quanto ele estava.

Amor... Era cruel, porque me comia por dentro feito um animal e eu o desejava tanto, que estava quase me tornando o próprio.

Minhas pernas quase não foram capazes de obedecer minhas ordens quando saí da água com o corpo já refrescado mas quente como o inferno, recuperei minhas roupas e as vesti rapidamente, ainda não me sentia pronto para tanto por mais tentador que me fosse.

Na verdade, eu estava tão, tão confuso.

— Me perdoe se o assustei. — Jeongguk falou, ele estava vestido com a calça da qual usava anteriormente sem camisa.

— Não assustou. — respondi sincero. — Mas estou confuso.

— Podemos conversar? — hesitei, mas resolvi que já estava na hora.

— Tenho medo, Jeongguk. — sussurrei. — Não somos iguais, você teria que viver com um grande fardo.

— O fardo do amor? Acho que sou capaz de aguenta-lo, docinho.

— Jeongguk... Não somos iguais... — eram lágrimas nós meus olhos, minha voz embargou e quando menos esperei eu me sentia vulnerável.

Eu estava tão apaixonado que não era capaz de raciocínar.

Jeongguk antecipou minhas palavras, estava próximo tocando meus lábios com as pontas dos dedos e os sussuros fez promessa no meu ouvido, num tom apaixonante tão vulnerável quanto eu.

— Doce, não somos iguais, mas somos um para o outro, quero que me toque, do jeito que preferir. — ele pousou os dedos na parte inferior da minha coxa, um arrepio se alastrou por ali. — Sou seu brinquedo, seu escravo, seu amante e se preferir posso ser seu parceiro, não me afaste Tae, deixe-me tê-lo, por que a mim você já tem.

Eram palavras doces e gentis, no toque carinhoso pelo qual me apaixonei, o olhei nos olhos profundamente, Jeongguk deslizou os dedos sobre meus ombros até o peito onde ele ascendia a faísca física do meu coração que confirmava aquilo cujo ainda estava em negação.

Como naquela noite, meu coração reluziu tão forte quanto as flores, o rosto de Jeongguk agora refletia a luz amarelada radiando do meu coração e um esplendoroso sorriso de orelha a orelha.

Eu havia o aceitado, desde o começo, ele era meu e eu o pertencia, já não tinha o que negar ou lugar para correr, estávamos destinados.

O pavor deu lugar a uma calma, quando finalmente entendi que... No fim, era isso.

Era ele.

Fim.

Brincadeira KSKSKSKKK

Ainda estava noite quando Jeongguk decidiu que era melhor irmos, minha barriga estava roncando.

— Vou levar você a uma praça, está com fome, não está? — concordei envergonhado.

Jeongguk se aproximou de forma calma, circulou minha cintura com tamanho carinho e pediu para que eu o segurasse com força, suas asas surgiram num susto e eu as contemplei com maravilha, ele sustentou meu corpo até sairmos do chão.

Quando menos esperei estávamos planando grandes metros acima do rio quase tocando as nuvens, no entanto, não saímos do lugar, Jeongguk me olhava sorrindo enquanto nossos corpos próximos estavam ainda mais colados.

— O que? — perguntei.

— Seu coração brilhou na minha palma, imagino que saiba o que significa. — minhas bochechas se tornaram vermelhas.

— Sim. — ele continuou me olhando sugestivo. — O que foi?

— Fala.

— Não.

— Taehyungie... Por favor.

— Cadê o Jeongguk de antes?— ele sorriu de lado, aquele sorriso que eu o conhecia como a palma da minha mão.

— Então é dele que você gosta, você gosta que eu seja assim, docinho, gosta de como sou? — dizia num tom canalha, ácido e charmoso.

— Jeongguk, vamos.

— Só quando você falar.

— O que você quer que eu diga!?

Jeongguk preparou a garganta, afinando a voz na tentativa de deixa-la parecida com a minha.

Jungoogie, eu estou apaixonado por você, ah, não, melhor! Jungoogie você é tão gostoso, estou tão apaixonado que nem notei que estou sem cueca! — arregalei os olhos alarmado lembrando então que de fato eu sentia que faltava algo.

— Jeongguk! Vamos voltar, minha cueca está encima da pedra. — mas ele estava rindo canalha me olhando de baixo acima.

— Não está não.

— O que?

— Ela está no meu bolso.

— Devolve!

— Não vou devolver, considere uma lembrancinha para mim. — ele riu.

Canalha!

Voamos para longe dali.

A pracinha estava parcialmente vazia considerando o horário, mas ainda havia bastante mercadores ambulantes, caminhei ao lado de Jeongguk envergonhado, ele resolveu parar em uma deles, que vendia tortas de morango e algo parecido com salgadinhos.

Pedi uma torta de limão enquanto Jeongguk ficou apenas com um café amargo.

— Você vai me devolver minha cueca quando chegamos em casa.

— Não vou não.

— Jeongguk... — murmurei derrotado.

— Coma a torta, me espere aqui. — então ele saiu.

Jeongguk só voltou quando terminei a torta, saímos do estabelecimento e ele estava com as orelhas vermelhas me fazendo ter uma certa dúvida do que ele estava aprontando.

Paramos diante uma árvore de flores vermelhas, Jeongguk retirou das costas um buquê de rosas violetas, era simplesmente lindo.

Não tive reação no início, ele me olhou tímido e empurrou o buquê na minha direção, nada romântico mas o peguei rindo.

— São lindas, porque violentas?

— É para lembrar meus olhos. — revirei os olhos com um sorriso no canto da boca.

— Convencido. — Jeongguk riu.

Nós olhamos no realento que de forma alguma eu sentia frio, estava aquecido por dentro e por fora.

Jeongguk suspirou, o violeta dos olhos brilhando intensamente enquanto as sombrancelha erguidas demonstrava a sua felicidade naquele momento me manteve são, mantive meus olhos vidrados aos dele e o mundo se tornou uma bolha silenciosa, cheia de um ardor estranho no peito, como se me queimasse de dentro para fora.

— Vamos indo, o caminho é longo. — ele era um homem de muitos poderes, mas eu sabia que ele preferia caminhar um floresta e ter mais tempo ao meu lado.

Suspirei sem acreditar no que estava prestes a propôr, eu sabia que já tínhamos vindo voando, mas talvez significasse mais para ele se eu o pedisse por livre e espontânea vontade, ainda preciso aprender sobre as tradições de Hera.

— Vamos voando, Jeongguk. — o rosto dele se iluminou quase que instantaneamente.

— Sério? — concordei.

Ele não demorou nem mais um segundo, abraçou meu corpo contra o dele com firmeza, as asas gloriosas surgiram logo atrás  e no meio segundo estávamos no céu, eu o prendi entre minhas pernas e fiquei preso a ele feito um filhote de coala coisa que o fez rir.

Planamos sobre montanhas, jardins, árvores até que Jeongguk passou a voar em uma única direção, quanto mais alto mais falho minha respiração e eu estava prestes a questionar o que ele pretendia.

Uma nuvem carregada mais a frente me assustou e foi aí que eu comecei a gritar.

— Jeongguk, o que você tá fazendo?!

E aí, atravessamos por mais encharcado que eu houvesse ficando, por mais assustador que aquilo pareceu a imensidão de um céu limpo e estrelas tão próximas que eu suspeitei poder toca-las foi o suficiente para calar minha boca e meus pensamentos.

Estrelas... E eram as mesmas que refletiam em violenta nós olhos de Jeongguk, como um por do sol infinito, o quão ambíguo ele era, o quão lindo ele conseguiu ficar? Porra, eu estava tão, mas tão fodido.

Jeongguk tinha o cabelo finalmente bagunçado, meio úmido e o olhos... Ah... Aqueles olhos... O quão derretido por eles eu estava.

— Você é lindo. — ele parecia bater as asas em câmera lenta, tão letais eram elas que não precisava de muito esforço para nós manter no ar.

Ou no caso, era apenas eu o admirando como um deus.

— Que bobagem, você já se olhou no espelho? Como ousa roubar toda a beleza do mundo, Kim Taehyung? — pensei carinhosamente como nossas vidas de uma forma ou outra estavam entrelaçadas, como eu estava destinado a sonhar com esses olhos todas as noites.

— Jeongguk... — suspirei.

— Fala, docinho. — era uma súplica.

— Eu aceito o nosso laço. — os olhos estrelados lacrimejaram os meus refletiram aquilo.

Ele estava pertinho e eu tomei a iniciativa de beija-lo, um beijo chocante, sob as estrelas nos olhando e as nuvens como camas de anjos.

Foi um beijo afoito, de tirar o fôlego e foi quando a imensidão tomou mais um brilho, ambos os nossos corações se conectando durante o beijo, brilhando e se completando.

A parceria estava laçada e aceita.

Éramos um só agora.

(✿)
Agora sim, terminei o capítulo, me desculpem a demora docinhos, infelizmente não posso atrasar as minhas coisinhas pessoais.

E então, o que acharam desse capítulo?

Só queria dizer que as coisas vão ficar quentes por aqui a partir desse capítulo viu? Se preparem.

Espero que tenham me perdoado pela demora 😔

Beijos, beijos, amo vocês e até a próxima.

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