Capítulo 21

Oi oi oi, voltei.

Entregando mais um att por aqui, espero que gostem.

Leiam as notas finais, são importantes.

Comentem muito, votem!

É isso beijos.

Meu pequeno dragãozinho havia dormido dentro da mala durante a briga toda e ele acabou sendo meu refúgio depois que Jeongguk foi e me deixou a par da angústia.

Felizmente o bebê era tão macio e fofo quanto um ursinho de pelúcia.

— Oh querido, não posso chama-lo de dragãozinho para sempre. — resmunguei para o dragão que mais parecia um boneco, ele lambeu o focinho algo que eu notei ser uma mania. — Fofo.

Eu não sabia se precisaria esconde-lo em Hera também, até porque o dragão não iria ser um bebê para sempre, a casa era grande mas eu duvidava que seria confortável tê-lo enorme daquela forma dentro da casa, se ele crescer tanto quanto a mãe, não terei espaço nem para esticar as pernas.

Suspirei deitando de barriga para cima de forma que podesse encarar o teto, o filhote moveu as patinhas pequenas até se aconchegar no centro do meu peito, bem onde o coração batia, ele virou uma bolinha ali para dormir, não tive coragem de me mover pelas próximas horas até ele acordar, por isso meu dia acabou sendo pacato, tudo o que fiz foi cuidar de do bebê até ele despertar.

Ao final do dia o dragãozinho ainda dormia mas eu não podia permanecer ali, estava morrendo de fome e... Por mais estranho que fosse confessar, eu queria ver Jeongguk.

Desci os degraus lentamente, rezando para que ele estivesse logo ali no final das escadarias, mas quem estava lá era Juwon com o sorriso mais doce do mundo.

— Tae. — ele murmurou, num tom baixo e amuado que quase me fez sentir pena.

Ele esticou a mão a fim de me ajudar a descer as escadas, me vi hesitando ao encarar sua mão estendida.

— Taehyung... O que-

— Você saiu do quarto, achei que estivesse dormindo, foi uma viagem longa. — era Jeongguk, ele estava incrivelmente sereno, falava macio e não tinha nenhuma carranca no rosto.

— Sim... Eu achei melhor dormir. — respondi fingindo não ter visto Juwon com a mão ainda estendida, desci o resto dos degraus ficando de frente para Jeongguk.

Ele sorriu de lado quando minha atenção estava nele — coisa que eu acabei fazendo inconscientemente, aquele sorriso que desta vez não era um daqueles cafajestes nem canalha fez meu coração acelerar.

— Eu tenho algo para mostrar a você. — falou. — Venha, docinho.

Olhei para Juwon quando passei, ele estava de cabeça baixa, jurei ver uma de suas mãos tremendo, mesmo assim não hesitei quando passei a acompanhar Jeongguk.

🌙

Eu conhecia aqueles corredores, foram os mesmo que passei quando Juwon havia me trazido aqui e imediatamente reconheci quando atravessamos a porta de madeira branca.

Era o jardim, aquele de flores lindas que pareciam de mentira e a mesa artesanal de cristal.

Juntei as sombrancelhas imediatamente, Juwon havia me levado a aquele lugar quando nos beijamos, contou algumas histórias e eu me perguntava porque Jeongguk havia me trago aqui.

— Por que estamos aqui? — questionei parando no meio do pequeno caminho de pedra.

— Queria te mostrar meu lugar. — ele sorriu, usava um sobretudo preto como de costume porque estava relativamente frio naquele lugar, mas as flores não se mostravam afetadas, tudo ali parecia tão intocável quanto Jeongguk.

— É... Você que cuida delas? — apontei para as flores e para as plantas, Jeongguk concordou com um sorriso orgulhoso que me fez ter vontade de retribuir.

Juwon havia me dito que não sabia quem cuidava daquele lugar, na época eu sequer pensei em Jeongguk ser o cuidador, mas agora parecia mais real.

— A casa é como uma caixinha de surpresas, encontrei esse lugar como encontrei a biblioteca, era apenas mato, eu restaurei tudo e quando vim alguns dias depois a casa havia me presenteado com essas belezinhas de cristal. — ele apontou para a mesa.

— Eu nunca imaginaria que fosse você a cuidar delas. — imaginei imediatamente que o jardim que dava para ver da janela do meu quarto tinha de certa forma um dedo de Jeongguk no meio.

Nunca imaginei que um cara tão sinistro quando ele adorasse flores e jardinagem.

— Claro que não, você estava ocupado me odiando. — revirei os olhos.

— Eu não odiava você. — Jeongguk me olhou indignado e cruzou os braços com uma das sobrancelhas erguidas.

— Ah não?

— Não. — respondi leve.

Ele sorriu arteiro e canalha como sempre, se aproximou quando sentei em uma das cadeiras de cristal e me encurralou entre seu braços, me olhando bem de perto, senti vontade de sair correndo mas me mantive no lugar permitindo que nossos rostos ficassem mais próximos sem baixar a cabeça, Jeongguk sorriu como se adorasse isso.

— Então você admite que era tesão acumulada? — todo meu sangue se acumulou nas minhas bochechas e empurrei seus ombros enquanto ele ria.

— Eu tinha esquecido como você é irritante. — ele apenas continuou sorrindo e eu não podia negar que o preferia assim.

Agora, aquele sorriso cafajeste não me causava ódio, muito pelo contrário, mas claro, ainda me irritava.

— Mas tem um motivo para que eu te trouxe aqui. — o olhei desconfiado.

— O que é?

Ele revirou os olhos como se não acreditasse que estava mesmo fazendo aquilo, mas não hesitou quando empurrou algumas folhas que escondiam o espaço, me aproximei curioso e lá estava um espaço enorme.

— Jeongguk...

— É para o seu dragão. — falou sem olhar na minha direção.

Não pude conter as minhas emoções, eu queria gritar de felicidade porque o espaço era para um dragão adulto, meu filhote viveria comigo enquanto ainda fosse um bebê, mas quando estivesse causando problemas ele teria que se transportar para um lugar que fosse confortável para ele e Jeongguk mostrou um perfeito, onde podesse voar livre, dormir debaixo das árvores e ter seu próprio espaço.

Pulei alto agarrando seu pescoço num abraço afobado que mal notei, Jeongguk não teve tempo e do susto suas asas surgiram nas costas enquanto caímos para trás, suas asas impediram que eu me machucasse nós envolvendo dentro de um casulo.

Foi quando percebi que estávamos pertinho e eu prendia a respiração mergulhado naqueles olhos violetas, meus braços ainda envolviam seu pescoço e Jeongguk por estinto abraçou minha cintura, suas asas impediam o sol estávamos dentro de uma sombra e talvez absortos em um mundinho paralelo.

Eu não queria desviar o olhar, tão pouco achei que conseguiria, Jeongguk tinha uma expressão surpresa mas também me olhava em com esperança.

Talvez ele estivesse esperando algo que eu também esperava.

Porra... Era, definitivamente um caminho sem volta.

Eu tinha sentimentos por ele, sentimentos tortos e ainda confusos mas não tinha como silenciar o coração que estava gritando neste momento.

— As vezes eu acho que você faz isso de propósito. — soltei uma gargalhada, mesmo assim não senti que saímos da bolha, estavamos presos juntos lá.

Não soltei seu pescoço e mal me dei conta quando comecei um carinho lento na sua nuca.

— Você se acha demais. — respondi.

Eu sabia que ele podia sentir a sensação de sufoco, o coração que batia acelerado contra seu peito, eu mal podia dizer qual era o meu e qual era o seu.

— Claro que eu me acho, veja só quem está aqui encima de mim. — um sorriso sincero e tímido brotou nos meus lábios, mas mesma assim não fui capaz de desviar o olhar do seu.

Jeongguk intercalava o olhar entre meus olhos e minha boca e parei para prestar atenção naquela pintinha abaixo do lábio inferior, não sei como mas ela me encheu de inspiração.

Suas asas me apertaram mais contra o corpo dele num abraço justo e que me fazia sentir Jeongguk por inteiro, um suspiro escapou dos meus lábios e de repente Jeon me observava com facinio.

— Jeongguk... — falei maleável, manipulado pelas mãos que apertavam minha cintura, eu estava pedindo, mesmo que não soubesse ao certo o que queria.

— Fale, docinho. — seus olhos estavam quase hipnotizados, ele permitiu desta vez que eu me penetrasse fundo na sua bolha de pensamento, meu corpo reagiu com prazer a medida que ate nossas respirações se aceleravam.

— Gukie... — Jeongguk me apertou mais contra seu corpo, eu senti sua região quente e reagindo a mim como eu estava por ele.

— Fala, Tae... — Ele se aproximava, podia sentir a aura esmagadora do tesão se acumular naquela área que agora não parecia tão grande assim.

Estávamos como no navio, nos esfregando, eu podia sentir o quão duro ele estava assim como desta vez eu não podia negar que eu não estava diferente.

— Por favor... — eu fechava os olhos esperando, desejando, sentia eu peitoral duro, o coração.

Ele quase tocou seus lábios nos meus, me provocando, arrastando o nariz na minha bochecha, os lábios nos meus...

E eu adoraria que tivesse durado mais, no entanto lá estava ele o pequeno dragão pulando de uma árvore para outra até pular encima de nós dois como se fossemos um brinquedo, nos forçando a sair daquele momento.

"Porra..." Eu o ouvi pensar, ele olhou diretamente nos meus olhos. "ainda não acabamos."

Ele olhou para o volume nas minhas calças, sorriu sem vergonha nenhuma.

— Preciso ir. — falou abaixando os olhos para o próprio volume. — Chamados da natureza.

Eu me sentei corretamente no chão mesmo, cruzando as pernas envergonhado.

Jeongguk passou pelo dragão fazendo uma careta irritada.

— Sua lagartixa peluda. — e correu antes que ele soltasse pontinhos de brasas nele outra vez.

Soltei uma risada desacreditada, a ficha caiu pelo o que estava prestes a acontecer e por termos sido interrompido pelo meu dragão.

Suspirei, acalmando meu corpo antes pegar meu filhote no colo.

🌙

Mais tarde nós encontramos apenas eu e ele na sala de jantar, havia comida suficiente para mim e Jeongguk e até mesmo o bebê comia. A casa era sempre muito atenciosa.

Eu estava envergonhado pela primeira vez na vida na presença de Jeongguk, ele apenas trocava olhares silenciosos e estava com um sorriso no canto dos lábios provocativo.

— O que? — perguntei constrangido torcendo para que minha bochechas não estivessem tão vermelhas assim.

Jeongguk juntou as sombrancelhas se fazendo de desentendido.

Canalha filho da puta.

Sequer podia dizer que o odiava.

— O que, Taehyung? — gruni enrraivecido.

— Você tem que parar com isso. — falei sem saber aonde o que estava falando.

A verdade é que por mais instigado eu estivesse com o envolvimento em Jeongguk, eu estava tão perdido quanto quando estava naquela casa de pães, com fome e desorientado, eu já tinha tido alguns poucos relacionamentos anteriores mas nenhum deles me fizeram sentir como Jeongguk fazia.

Era como ser jogado de um barranco, com os olhos vendados e as mãos atadas sem saber o que esperar no final.

Afinal de contas, Jeongguk era diferente de todos eles, e ele podia quebrar meu coração das formas mais criativas possíveis... Ou talvez, me fazer me apaixonar das formas mais criativas possíveis.

Como quando Karina, minha ex namorada, quando tinha 12 anos me beijou pela primeira vez, eu era um garoto inexperiente e ela era afobada demais, eu não soube como beija-la naquele final de tarde e nem onde deveria colocar as mãos.

Um tempo depois, quando eu estava gostando dela de verdade, Karina simplesmente apareceu e disse que não poderíamos mais nos ver porque agora ela gostava de um dos colegas de turma da escola.

Claro que eu aos 12 anos fiquei devastado e sofri até perceber que tamanha era a besteira, então veio Doyun, um garoto mestiço de cabelos clarinhos que me ajudava nas vendas dos pães nas ruas.

Em final de tarde de uma quarta depois de termos vendido alguns pães e ter voltado para casa com quase todos dentro da cesta, Doyun me puxou pelo cotovelo até um tronco de árvore enorme e que poderia esconder os dois corpos magrinhos facilmente, ele me beijou ali mesmo, ele tinha um pouco mais de experiência e tinha alguns anos de diferença, diferente de Karina ele teve paciência e me ensinou.

Novamente naquele dia eu senti estava com as mãos acorrentadas nas costas e sendo jogado num abismo escuro.

Simplesmente não sabia o que esperar a partir daí, porque Doyun não apareceu mais, mesmo eu o esperando para fazer nossas tarefas diárias, ele nunca mais apareceu.

E embora a experiência fosse mínima, eu me preocupava com a minha própria saúde.

Como Jeongguk, um abismo profundo, difícil de se falar.

Mas eu não estava acorrentado e nem vendado.

Tinha que escolher entre me recolher ou tomar impulso para pular por conta própria porque o que me esperava lá embaixo era um Mar violeta, bastava saber se eu seria pego ou me afogaria.

— Mas eu não estou fazendo nada. — ele sorriu de forma que meu coração bateu feito louco.

Suspirei.

— Tudo bem. — foi mais para mim mesmo.

Um silêncio se estabeleceu pela sala.

— Eu queria saber... Tem coisas que você considera favoritas, Taehyung? — ele murmurou, talvez numa tentava de quebrar o silêncio.

Eu suspirei agradecido por aquilo.

— Tenho uma lista de coisas favoritas, morango, o cheiro de jasmim, as flores... — listei um por um de cada item que eu gostava, Jeongguk me observava atento com os olhos em chamas na minha direção. — ...e canela.

Ele suspirou, permaneceu em silêncio degustando uma fatia de carne grelhada no seu prato.

Ele permaneceu assim por muito tempo e me perguntei porque da pergunta se ele não havia se dado o trabalho de falar alguma coisa. Mas então seus olhos estavam em mim novamente, um fio de cabelo caía sobre sua testa e ele estava com as sombrancelhas juntas de um jeito que o deixava mais charmoso na minha visão.

— O que eu preciso fazer para estar nesta lista, docinho? — todo o sangue do meu corpo desviou caminho para as minhas bochechas.

— B-bom... — esperei uma resposta, mas nada circulava na minha mente, estava tudo em branco.

Jeongguk sorriu provocante outra vez antes de voltar a comer.

Quando voltei para o quarto aquela noite, não tirei aquela pergunta da minha cabeça até formular uma resposta.

Jeongguk precisava de algum esforço para se tornar alguém favorito? Eu gostava de cheiro de jasmim porque era o cheiro que emanava dele, morango porque eram a cor mais próxima de seus lábios, as flores porque sempre que eu olhava pela janela eu o via cuidando delas como se fossem um diamante e toque macio... Porque era assim que eu imaginava que era o beijo dele...

A resposta era simples, ele não precisava fazer nada quando tudo o que eu gostava refletia nele.

Ele era a minha pessoa favorita, o primeiro da lista.

Mas eu nunca diria isso em voz alta.

Sabe, estou muito ansiosa para o próximo capítulo, ele sim promete.

Eu demorei para postar, porque meus capítulos escritos estão acabando e eu preciso de um tempo para escrever mais.

Mas vai dá certo, em um dia escrevi dois capítulos 😴 acredito que eu consiga não faltar com as atualizações.

É isso, espero que tenham gostado desse capítulo, amo vcs, beijinhos se cuidem.

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