Capítulo 15
Aqui estamos com um att novo e esse tá muito gostosinho de ler, estamos cada vez mais próximo dos finalmentes dessa fic, mas a gente vai explorar bastante essa área, hum?
Prontos, então boa leitura amores.
☪
Despertei quando o sol árido e amanteigado já aquecia o jardim, as flores amareladas e em um brilho dourado refletiam a luz do sol, percebi que já era tarde e em poucas horas a lua tomaria seu lugar no céu. Jeongguk aparentemente, devido a posição e como parecia estar dormindo profundamente, não tinha saído daquela poltrona em que estava dormindo enquanto eu estava na cama desacordado.
Não fez menção de acordar quando levantei ou apenas fingiu continuar dormindo.
Empurrei seu ombro.
— Ei, acorde. — sentei no braço da poltrona.
Ele olhou nos meus olhos assim que abriu-os, foi difícil admitir que o meu fôlego tinha ido embora, aquelas íris violetas brilhantes debaixo de uma sobrancelha levemente franzida em algum tipo de... Talvez tristeza, medo e desconforto, a expressão era sempre rígida e fria mas os olhos refletiam tudo o que eu precisava saber se prestasse bastante atenção, um leve rubor manchou seu rosto.
— Como se sente? — ouvi dois tons da sua voz falhar, ele estava temeroso e atento.
— Melhor, ainda um pouco chocado, mas melhor. — o vi concordar e desviar o olhar do meu.
— Sinto... Sinto muito pelo que viu. — um sussurro baixo, quase não pude ouvir.
Mas eu olhei o rosto jovem e maduro, naquele momento ele parecia uma bolinha de cobertores, parecia estar sentindo muito frio, eu não podia culpa-lo, fui salvo por ele e nunca saberia o que aquelas coisas queriam comigo... O que poderiam ter feito se Jeongguk não tivesse chegado a tempo.
Neguei com a cabeça lentamente.
— Está tudo bem. Eles mencionaram alguém... "Nosso senhor". — Jeongguk ficou em silêncio.
O ar já era incomumente pesado mas conseguiu ficar mais denso, como se qualquer presença atmosférica da casa temesse aquele sinal de silêncio pesado e gelado que vinha de Jeongguk, foi algo imediato, como o aviso do perigo a espreita.
Ele tinha influência em muitas coisas em todo o plano, desde os elementos até minha respiração, sobre mim...
— Vou investigar. — seu tom mudou, de repente ele estava furioso, Jeongguk se retirou das camadas que o aqueciam, só então percebi as gloriosas asas agitadas roçando desconfortável no encosto da poltrona. — Taehyung, qual parte do "mantenha distância da floresta" você não entendeu? O que diabos foi fazer lá?!
Mordi o interior da bochecha tímido e constrangido, eu nunca confessaria, era mais vergonhoso dizer em voz alta e eu não estava pronto para receber o esporro pela burrice, nunca diria o motivo, mesmo sabendo que, eu sempre tive essa irracional tendência de tomar decisões contrárias as que pareciam ser mais sensatas.
Como quando eu e meu pai fomos procurar lenha próximo ao bosque que tínhamos perto de casa, era alguns poucos quilômetros e dava facilmente para chegar lá a pé mesmo ficando bastante cansado.
Acompanhei meu pai durante a viagem e em algum momento ele disse que eu não deveria ir tão perto do lago pois lá havia a areia movediça cujo era a responsável por matar uma dúzia dos moradores daquela vila, no entanto, o lago era abundante e prolífero tanto em peixes e galhos secos próximos.
Eu certamente não o ouvi, e fui caçar lenha lá por perto, quase morri engolido pela areia se caso meu pai não estivesse perto e agido rápido antes de eu afundar por completo.
Eu nunca fui muito bom em ouvir ordens e muito menos segui-las.
Ele se ergueu da poltrona, as asas pareciam deixa-lo ainda mais alto e ameaçador, mas não baixei o olhar, ele não me dava medo, encarei as orbes violetas mirando a mim como se podesse ler a minha alma...
O detalhe importante que esqueci é que ele realmente podia.
Eu havia esquecido de segurar a bolha.
No meio segundo que me permiti pensar, ele me olhava como se fosse um idiota atribuído a pensamentos tão ordinários, mas não conseguia identificar se ele estava muito satisfeito ou muito puto.
— Você não fez isso, fez? — então um riso que não demonstrava nenhum sequer tom de emoção.
— Eu não fiz nada!
— Você saiu correndo para a floresta Taehyung! Todo e qualquer ser com senso de sobrevivência nunca correria para o meio de uma floresta! — eu odiava o fato de ele estar certo.
— E daí? Você nem estava se importando mesmo. — ele quase revirou os olhos mas estava ocupado demais sorrindo, um riso de pura descrença.
— A culpa não é minha se você saiu espumando de raiva diretamente para onde eu disse que não deveria ir, claramente porque estava com... Ciúmes. — quase sussurrou a última parte, com os olhos apertados na minha direção.
Eu odiei como o ênfase na última palavra soou arrogante, convencido e inegávelmente satisfeito, sim, ele estava satisfeito, eu podia sentir no sorriso prepotente no canto dos lábios e naquela vontade insana de rir que ele estava sufocando no fundo da garganta desde que leu aquela informação na minha mente.
Cretino cretino cretino
— Se continuar me olhando assim, vai acabar explodindo, gracinha. — o quase som da sua língua serpenteando nós dentes vibrou como uma imitação na minha cabeça e eu não gostei como pareceu atraente, como eu gostaria daquela língua serpenteando em mim... Em outros lugares.
— Seu canalha, eu te odeio, não faz ideia do quanto e para de manipular minha mente!. — Jeongguk sorriu, os olhos violetas brilhando para mim as asas de penas negras e brilhantes empinadas para o alto afim de evitar o chão.
Ele era tão lindo, merda.
— Sim, eu acredito. — não ele não acreditava. — Não se esqueça, meu lindinho, eu consigo ver o que se passa nessa sua cabecinha linda quando você está explodindo de raiva, e eu posso dizer agora que você sequer sabe diferenciar uma coisa da outra.
— O que? Do que você tá falando, idiota?
— Você está entre arrancar minha cabeça enfurecido e arrancar as minhas roupas enfurecidos, devo confessar que gosto mais da última opção, me parece... Tão... interessante, não acha?. — ele falou, estava quase ronronando, seus olhos não saíram dos meus por nenhum instante, nenhum desvio que me desse liberdade de fugir.
— A única coisa que eu acho interessante é você se sentir um máximo a ponto de achar que eu quero algo com você. — estalei a língua do céu da boca e me esforcei o máximo que consegui para parecer tão indiferente quanto ele.
— A diferença é que eu não acho, eu tenho certeza, docinho.
— Desgraçado.
— Seria tão mais fácil você confessar. — Jeon se aproximou a ponto do seu hálito acariciar meu pescoço, mas ele estava se segurando mesmo assim, porque não ousou avançar mais que isso. — Poderíamos pular dessa etapa pra outra, docinho.
— Por que você tá fazendo isso? — reuni forças, quase sem fôlego entre um passo e outro de ceder o espaço entre o pescoço e clavícula para ele fazer o que der vontade, meu corpo intero arrepiado estava me traindo.
— Queria ter a prova de que seu apelido faz jus ao nome, não é, docinho? — juntei as coxas quando sua língua trilhou um curto caminho em meu pescoço, sentindo que meu interior queimava, que estava prestes a entrar em combustão naquele sofá.
Eu já não conseguia saber a diferença, se ele estava mesmo manipulando minha cabeça ou era apenas uma desculpinha idiota que eu estava inventando para não confessar a atração que eu estava sentindo por ele.
Se ele me tocasse, se seus lábios tocassem a curva do meu pescoço com mais intensidade tinha certeza que queimaria dos pés a cabeça até não sobrar nada.
— Canalha... — foi um sussuro arrastado, daqueles quando você está quase cedendo ao pecado, quase tomando na língua o fruto proibido porque o pecado parecia... Tão atraente.
— Confessa, Tae, confessa que sentiu ciúmes. — ele também estava sussurrando, próximo ao meu ouvido.
Mas o estalo no fundo do meu ego, o ego que gritava e esperneava dentro da minha cabeça foi capaz de me acordar, de me retirar do torpor.
— Eu prefiro morrer. — então levantei do sofá o mais rápido que consegui e subi as escadas em direção ao meu quarto.
🌙
As horas tinham se passado como água e quando me dei conta, estava sendo conduzido para o jantar, muitos do que moravam no castelo ainda estavam na festa.
Apenas Seokjin e Jeongguk estavam à mesa.
— Olá, Taehyung boa noite. — murmurou, aquela taça de líquido vermelho sempre entre seus dedos.
— Boa noite. — respondi envergonhado. Seokjin tinha um olhar penetrante e silencioso e talvez eu não podesse lidar com tamanha intensidade.
— Vamos jantar, não temos mais companhias está noite, todos ainda estão na festa. — Seokjin beijou o vidro da taça e me encarou. — Eu gosto do seu cheiro, é doce...
— Não se mova do lugar Seokjin. — Jeongguk alertou quando os olhos profundos se tornaram vermelhos vibrante. — Docinho, coma rápido e suba, por favor.
Pelo menos ele disse "por favor".
Não me importei se Seokjin não tirava os olhos de mim por nenhum segundo sequer, ele estava vidrado como se podesse ouvir cada magnífica pulsada do meu coração dentro do peito, no entanto, eu estava com muita fome e quando percebi já estava na última garfada quando um casal de jovens adentrou a sala de jantar.
Nada dentro do incomum, a menina que parecia ter pelo menos 19 a 20 anos arrastava um rapaz pelo tornozelo da perna direita enquanto ele se debatia para escapar das garrinhas dela, embora nunca tenha sucesso.
Mas... Com quase um ano de vivência naquele meio, não fiquei nem um pouco surpreso.
Jeongguk olhava aquilo como se também já estivesse acostumado, olhou de Seokjin que sorria para o casal.
— Você deixou a Mirian e o Gaá juntos? — juntei as sombrancelhas.
Seokjin respondeu com uma risada pomposa.
— Os acho uns fofos juntos. — Gaá segurava a perna da cadeira como se sua vida dependesse disso.
— Humm... Não acho que o Gá esteja achando isso fofo. — Seokjin sorriu.
— Eu... Não tô entendendo nada. — falei.
Jeongguk se preocupou em me explicar a situação quando Seokjin estava mais prestando atenção na cara de horror de Gá e as risadas histéricas de Mirian.
— Os dois estão destinados a ficarem juntos, mas não podem até completar pelo menos 100 anos. — Jeongguk olhou para mim. — Apenas questão de tradição, ambos são sétimos filhos de sétimos herdeiros e nasceram na lua de sangue, eles só podem se encontrar quando a lua de sangue daqui a 100 ano ressurgir... Mas aparentemente Seokjin não da a mínima para tradições.
— Isso é tão injusto, eu fui forçado a me casar devido a droga dessa lua de sangue, não desejo isso pra ninguém. — Respondeu. — Achei que seria legal os dois serem pelo menos amigos antes de serem forçados a se casar as cegas.
Ele tinha um ponto.
— Vcs... Não... Não corre o risco dos dois acabarem namorando antes do previsto? — o segundo que eu tive para respirar Mirian conseguiu arrastar Gá até a porta.
— Onde estão indo, queridos? — Seokjin questionou pacificamente.
— Estou indo vender o rim e uma parte do fígado dele pra comprar uma bolsa de couro que eu vi na vitrine esses dias. — Mirian respondeu.
— É o que?! — Gá se debatia e pareceu bem mais desesperado depois de ouvir aquilo.
— Ata, achei que estavam indo namorar. — ele olhou na minha direção com uma certa pontada de deboche. — Pode ir.
E ela foi animada enquanto o outro gritava por socorro.
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Quando acabei o jantar, Jeongguk segurou uma fita solta da minha roupa e caminhou me puxando pelas escadas até chegar ao meu quarto, não tive coragem de falar nada quando tinha algo entalado na garganta.
— Entre. — falou, soltando a fita da minha roupa lentamente. — Entre e descanse mas um pouco, amanhã venho te buscar para o café da manhã.
Concordei, quando ele estava me dando as costas preste a ir embora perguntei;
— É por isso que me chama de "docinho"? — Jeongguk virou-se para mim muito lentamente, eu podia ver apenas o perfil do seu rosto quando ele me olhava por cima do ombro.
— O que?
— Seokjin disse que meu cheiro... Meu cheiro é doce, você o sente também? — ele demorou uns bons segundos para responder e quando achei que não teria resposta alguma, ele estava com os olhos pesados, profundos e... Desejosos.
— Sim... Eu sinto sim. — e saiu.
🌙
Eu não o vi durante a manhã inteira, mesmo ele tendo prometido dia anterior que me buscaria para o café da manhã, e eu não queria confessar que estava o esperando.
A água de Quicéra conseguia ser mais fria, mas deixava minha pele mais relaxada e no café da manhã estava apenas eu e Sohie, ela não falou uma palavra embora eu realmente não estivesse disposto a conversar naquele momento.
Com algumas horas, ainda sem nenhuma notícia de Jeongguk caminhei sozinho até o jardim do castelo, nada conseguia ser comparável com aquilo, aquele castelo, o jardim, as rosas espalhadas por ali.
— Você parece um dragãozinho abandonado, sabia? — era aquela garota, Mirian, ela não estava sorrindo como tinha visto dia anterior, na verdade, seu olhar silencioso e atento me dava um pouco mais de medo do que deveria.
— Por que um dragão? — ela bufou uma risada, os olhos âmbar brilhando dourados sob o sol.
— Oras, temos dragões de estimação por aqui, não sabia? — neguei.
— Não vi nenhum até agora.
— Porque não é você que os tem de estimação, são eles que tem você. — pisquei.
— Eu serei o bixinho de estimação do dragão? — ela concordou.
— Os dragões escolhem quem irá cuida-lo, não o contrário, e... Bem, não deu muito certo da última vez que tentaram vendê-los. — Mirian apontou com os dedos finos numa direção escura do reino. — Está vendo aquilo? O dragão queimou tudo e matou os cuidadores que tentaram vendê-los. Nunca mais cresceu vida naquela região, e é por isso que não viu nenhum, é muito raro um dragão escolher.
Concordei com a cabeça lentamente, Mirian passou a caminhar pela área mais densa e eu passei a segui-la.
— Eu queria muito um... Mas parece que eles não gostam de mim. — Mirian fez biquinho.
— Devem achar que você vai querer fazer uma bolsa de couro de dragão. — coloquei os dedos nos lábios rapidamente a olhando. — Desculpa.
— Você não tem filtro algum... — ela sorriu. — Gostei de você, vem, vamos caminhar.
Eu sabia que ali eu não poderia dar tanta confiança nos seres e que provavelmente 11 entre 10 estariam dispostos a me matar para se vingar de algo que Jeongguk fez a eles... Mas Mirian tinha os olhos sinceros e gentis abaixo daquela massa cinzenta, então apenas sorri de canto caminhando ao seu lado.
— Você vai casar. — tentei puxar assunto.
— Sim, eu o convidaria, mas é provável que você não viva até os 90 anos. — falou passivamente. — Mesmo que viva, não quero um humano com cara de uva-passa no meu casamento.
— Isso foi cruel. — fiz careta. — Você também é totalmente sem filtros.
Ela abriu um grande sorriso orgulho.
— Obrigada, você é tão gentil.
Os arredores não eram nada além de montanhas distantes, algumas delas salpicadas de neve no topo, haviam árvores e mais árvores que formavam caminhos que facilitavam a caminhada agradável, Mirian parecia apreciar o dom do silêncio e antes de ouvir minha voz ela preferia o canto dos pássaros, isso eu percebi quando a vi mirando todos os que cantavam, como se o canto fosse exatamente para ela.
— Onde estávamos indo? — perguntei baixo, temendo quebrar o silêncio.
— Ah um lago profundo e cristalino mais a frente, vou afoga-lo lá. — arregalei os olhos e travei na caminhada.
— O-oq
Ela riu novamente e histericamente, uma risada que parecia mais gracejos.
— Estou brincando, cadê seu senso de humor? — mais uma risada. — Nossa, você até ficou pálido.
— Hahaha... Sim muito engraçado. Você... Não vai me afogar mesmo, vai?
— Claro que não, bobinho, estamos indo visitar o Jimin. — ela sorriu lindamente enquanto entravamos num campo gramado e verde, um lago solitário e cristalino bem no meio.
A movimentação na água mostrava que tinha gente... Em casa?
— Ji! — ela o chamou. — Ji estamos aqui.
Em poucos segundos havia uma cabeça loira de agradáveis mechas róseos emergindo da água com um belíssimo sorriso no rosto, seus olhos tão cristalinos quanto a própria água.
— Mimi, você veio. — e então ele me olhou e o sorriso ficou ainda maior. — Taehyung! Você também está aqui.
Jimin puxou o corpo para fora da água, sua calda era rosa como as mechas do cabelo, era tão lindo que sentia meu fôlego fugindo de mim.
— Não o olhe tanto, Sereias são encantadoras, daqui a pouco está o seguindo para o fundo do lado e morrendo afogado. — Mirian puxou meu rosto. — Jeongguk não vai acreditar se eu disser que foi um acidente.
Jimin estava rindo.
— Eu não o levaria para o fundo do lago.
— Não seria preciso, soube que ele foi correndo para o meio da floresta? Você não precisaria se esforçar, ele iria por conta própria.
— Eu ainda estou aqui. — Mirian não emitiu som.
— Apenas não o olhe tanto, Jimin é uma das criaturas mais lindas deste reino, se não o mais belo de todos os reinos. — Jimin estava inteiro rosa de vergonha.
— Não fale besteiras, Mirian. — Jimin estava todo rosinha e eu quis aperta-lo naquele momento. — Jeongguk sabe que você está aqui, Tae?
— Na verdade, não o vi ainda. — Mirian fez bico.
— Deve estar com Marta. — a olhei rapidamente.
— Quem é Marta? — Jimin e Mirian trocaram olhare, alternando entre si e a mim. — O que?
— Hum, nada. — um estalo de língua. — Só uma velha amiga de Jeongguk.
Ela deixou a informação vaga e eu via a brincadeira vulgar dentro de seus olhos feninos. Isso me deu raiva e eu quis sair dali imediatamente, não por Jeongguk, mas pela forma suspeita que estavam me encarando.
— Ji, você vai ao castelo hoje? — perguntei desviando do assunto.
— Sim, claro. — um sorriso lindo. — Yoonie está em patrulha hoje, devo ir depois que me recuperar.
Então percebi as partes ressecadas espalhandas pelo seu corpo, como aquela diferença de estação afetava seu sistema, devem ter ido a Pérmua antes de voltar para cá, Yoongi não deveria estar diferente. Me senti imediatamente triste depois que lembrei das palavras de Jeongguk nas nossas conversas, como o amor de ambos parecia forte, as escamas ressecadas e as queimaduras leves pelo corpo não o pareciam incomodar porque sabia que em algumas horas estariam perto do seu grande amor.
Suspirei.
— Bem, eu trouxe suas frutas. — Mirian murmurou erguendo a mão e com um passe de mágica a bandeja de frutas estava ali.
Ela estendeu uma sacola de pano para Jimin, eram frutinhas que pareciam uvas roxas, porém eram mais redondas e lisas.
Estendi a mão para pegar uma, mas Mirian bateu com força nos meus dedos.
— Tá louco? Não come isso.
— Por que não? — falei, já estendendo a mão para pegar.
Ela bateu novamente, com mais força.
— Você não tem nenhuma propriedade mágica, essa fruta pode ser uma droga para você. — ela fez um bico fofo. — Não chegue perto destas frutas, eu falo sério.
Estalei a língua no céu da boca emburrado.
— Não pode fazer nada nessa lugar. — Mirian me ignorou.
— Aproveite-as Ji, estamos indo.
— Mas já? — Mirian respondeu com um leve aceno de cabeça.
— Sim, se Jeongguk souber que eu trouxe Taehyung para o meio da floresta, ele me arremessa no vulcão Nule. — ela acenou.
— É um prazer, Jimin-ssi, adorei conhece-lo.
— O prazer e todo meu Tae-ah, iremos nos ver novamente. — e então eu e Mirian seguimos nosso caminho em direção ao castelo.
O caminho era o mesmo, mas por algum motivo parecíamos estar demorando mais no retorno, a pele amorenada de Mirian estava ligeiramente pálida e eu olhava ao redor na tentativa de entender o que diabos estava acontecendo.
Foi quando Mirian trancou no lugar, estava estática e de olhos arregalados.
— O que...
— Não... Se mova. — um sussurro baixinho e apreensivo.
Eu permaneci parado na agonia internada de gritar por socorro porque eu podia sentir no ar, denso, como se tempo houvesse parado, era difícil de respirar.
— Mirian...
— Dragões... São... Dragões. — a percebia quase sem fôlego, ela não olhava em direção nenhuma e as vezes parecia que sequer respirava.
Um ponto cego, estávamos presas dentro de um redemoinho de névoa negra, não podíamos ver nada além dali.
— É agora que vamos morrer? — questionei.
Para o meu desespero Mirian respondeu.
— Provavelmente sim.
E então, lá estava ele, não tinha espaço o suficiente para seu grande corpo e suas enormes asas, negro, escamas brilhantes e reluzentes com olhos selvagens e intimidadores diretamente na minhas direção, como se Mirian não estivesse ao meu lado.
— A atenção dele está em você, eu poderia correr agora... Mas prefiro enfrentar um dragão a ter que enfrentar a ira de Jeongguk. — não ousei mover um músculo do rosto.
— Mirian... Acho que não chego nem aos 80 anos. — a senti tremer ao meu lado quase explodindo uma gargalhada.
— É... Nem eu. — ela disse, paralisada. — Veja... Tem algo debaixo da asa.
— É um...
— Filhote. — mesmo que minha voz tenha saído alguns tons trêmula eu não pude evitar a surpresa quando uma versão pequena daquele enorme dragão que estava a nossa frente saía debaixo das asas dele.
— É uma fêmea, Tae e está ferida. — Mirian quase sussurrou se referindo ao dragão maior, eu mantive meus olhos nela.
Com o focinho ela empurrou seu pequeno dragãozinho para a minha direção, percebi a relutância no pequeno e mesmo o olhar de sua mãe o encorajando era nítido como ele não queria deixá-la. O pequeno dragão chegou aos meus pés muito recluso, encolhido e trêmulo, quando virei para frente ela me olhava com súplica no olhar e quase imediatamente eu entendi o que estava acontecendo.
Meus músculos relaxaram e eu a olhei com entendimento e compreensão.
— Ela... Ela quer que eu fique com o bebê. — sussurrei de volta.
A fêmea havia me escolhido como cuidador do seu filhote.
Eu concordei com a cabeça, ela piscou em agradecimento e antes que eu pudesse fazer algo, ela sumiu na névoa que havia trazido consigo, foi como se nunca houvesse existido.
☪
E então, o que acharam? Estão gostando da fic?
Queria informar que daqui pra frente a gente vai ver muita tensão entre esses dois, se preparem.
Cara, eu editei esse capítulo ontem para publicar hoje e de novo ia esquecendo de atualizar.
É isso, espero que tenham gostado, até a próxima ♥️
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