Set. ato. Beija-me como louco.

Bem vindo a mais um capítulo! Espero que gostem! Votem e comentem, por favor!!!

Boa leitura e me perdoem por qualquer erro! ❤️

(...)

Três semanas haviam se passado, e a relação entre Taehyung e Jungkook havia se transformado de uma amizade ocasional para algo que parecia quase inseparável. Jungkook sempre encontrava maneiras de estar por perto, e Taehyung, mesmo sem perceber, parecia cada vez mais confortável com a presença constante do outro.

No parque, o sol brilhava suavemente, filtrando-se pelas árvores, enquanto os dois caminhavam lado a lado. Taehyung segurava um sorvete de baunilha que já começava a derreter entre seus dedos, enquanto Jungkook, com um sorriso despreocupado, lambia o dele, de chocolate.

— Eu não sei como você me convenceu a vir aqui hoje. — Taehyung comentou, fingindo um suspiro exasperado. — Eu deveria estar em casa terminando aquele roteiro.

— E passar mais um fim de semana trancado no seu quarto? — Jungkook respondeu, arqueando as sobrancelhas. — Nem pensar, hyung. Você precisa respirar ar puro de vez em quando.

Taehyung revirou os olhos, mas um sorriso discreto apareceu em seus lábios.

— Tá bom, senhor conselheiro de vida. — Ele disse, dando uma mordida no sorvete. — Admito, o parque tem seu charme.

Jungkook riu, observando-o com atenção.

— Não é o parque. É a companhia. — Ele disse casualmente, mas o olhar que lançou para Taehyung era carregado de algo mais.

Taehyung desviou o olhar, mexendo no cabelo loiro bagunçado. Ele sempre achava difícil lidar com os comentários diretos de Jungkook, que pareciam ultrapassar a barreira do simples flerte.

— Você tá se esforçando muito hoje, Jeon. — Ele brincou, tentando aliviar a tensão.

— Só tô sendo honesto. — Jungkook respondeu, dando de ombros, mas o sorriso em seu rosto entregava que ele sabia exatamente o efeito que causava em Taehyung.

Eles encontraram um banco sob a sombra de uma árvore e sentaram-se lado a lado. Taehyung terminou seu sorvete, limpando os dedos com um guardanapo.

— Eu preciso te perguntar uma coisa. — Ele disse, olhando para frente, tentando evitar o olhar de Jungkook.

— O que foi? — Jungkook inclinou-se para ele, curioso.

— Por que você tá sempre tão... disponível? — Taehyung perguntou, finalmente virando-se para encará-lo. — Você parece estar sempre aqui, como se... não tivesse outra coisa pra fazer.

Jungkook ficou em silêncio por um momento, analisando a pergunta. Ele sabia que a aproximação constante não passava despercebida por Taehyung, mas tinha seus motivos.

— Porque eu quero estar aqui. — Ele respondeu finalmente, a voz séria. — Quero estar com você, hyung. Você pode até não perceber, mas... você faz eu me sentir vivo de um jeito que ninguém mais consegue.

As palavras deixaram Taehyung surpreso. Ele abriu a boca para responder, mas nada saiu. Jungkook aproveitou o silêncio para continuar.

— Não precisa dizer nada agora. Só quero que saiba que, enquanto você deixar, eu vou continuar aqui. — Ele sorriu, mas havia um toque de vulnerabilidade em seus olhos.

Taehyung sentiu o coração acelerar, sem saber como processar aquilo. Ele desviou o olhar, tentando esconder o rubor que subia em suas bochechas.

— Você é impossível, sabia? — Ele murmurou, mas o sorriso em seu rosto traía as palavras.

Jungkook apenas riu, satisfeito com a reação. Para ele, cada passo dado ao lado de Taehyung era uma vitória, mas também uma tortura. Ele queria mais.

— Sabe, hyung, daqui a uma semana vou fazer 20 anos, e eu queria comemorar…

Taehyung arqueou uma sobrancelha, curioso.

— Está me chamando para comemorar com você?

— Sim! — Jungkook respondeu com entusiasmo, os olhos brilhando. — Quer dizer, se você estiver livre…

Taehyung riu baixinho, balançando a cabeça.

— Você tem sido um ótimo amigo, Jungkook, é claro que quero comemorar com você.

"Amigo." Jungkook sentiu a palavra atingir seu peito como uma lâmina. Ele quis vomitar. Ele quis gritar. Mas em vez disso, forçou um sorriso, escondendo a frustração que queimava em seu interior.

— Ótimo. Vai ser especial, eu prometo. — Ele disse, tentando manter a voz firme e descontraída.

— Especial como? — Taehyung perguntou, o tom desconfiado, mas com aquele brilho de diversão nos olhos.

Jungkook inclinou-se ligeiramente para frente, o sorriso voltando a ser travesso.

— Você vai ver, hyung. Confia em mim.

— Uh… tudo bem. — Taehyung respondeu, rindo, mas com a curiosidade plantada no fundo de sua mente.

Naquele instante, enquanto Taehyung desviava o olhar para o horizonte, Jungkook o observava com intensidade. Ele não queria mais ouvir a palavra “amigo”. Ele queria ultrapassar a barreira que Taehyung, talvez inconscientemente, havia erguido entre eles. E o aniversário era a oportunidade perfeita.

🪶

A semana passou rápido. Jungkook, como sempre, estava presente, com mensagens constantes e conversas até tarde da noite. Taehyung percebia que Jungkook não conseguia o deixar entediado, era engraçado e muito fofo.

No grande dia, Jungkook apareceu na casa de Taehyung com um sorriso maior do que o habitual. Ele vestia uma camisa preta larga, mas com um grande desenho de um anime nas costas e uma calça jeans preta larga e uma touca branca.

— Pronto para a noite mais memorável da sua vida, hyung? — Jungkook perguntou, a voz carregada de uma confiança que fez Taehyung revirar os olhos.

— Você fala como se fosse me levar a um castelo ou algo assim. — Taehyung brincou, pegando sua jaqueta.

— Não precisa de castelo. Eu já sou o príncipe encantado. — Jungkook rebateu com um sorriso travesso, piscando para ele.

Taehyung balançou a cabeça, tentando esconder o sorriso que ameaçava escapar.

— Vamos logo, príncipe encantado. Mas antes...

Ele parou de andar e virou-se para Jungkook, uma expressão indecifrável no rosto. O mais novo franziu o cenho, confuso, mas antes que pudesse perguntar algo, Taehyung se aproximou. Seus passos foram rápidos, mas o gesto foi lento o suficiente para que Jungkook sentisse a tensão no ar.

Com uma coragem inesperada, Taehyung inclinou-se e depositou um beijo suave na bochecha de Jungkook. Foi rápido, quase tímido, mas carregado de algo que fez o coração do mais novo disparar.

Jungkook ficou imóvel por alguns segundos, surpreso, com os olhos arregalados enquanto sentia o calor do toque de Taehyung ainda na pele. Quando o escritor se afastou, ajeitando os óculos com o mesmo nervosismo que demonstrava em situações embaraçosas, Jungkook percebeu que estava sorrindo.

— Feliz aniversário, Jungkook.

A voz de Taehyung soou baixa, mas sincera, enquanto ele tentava esconder o rubor que coloria suas bochechas.

Jungkook, ainda processando o gesto, deu um passo para frente, inclinando a cabeça para o lado, com um sorriso que crescia em seu rosto.

— Hyung... isso foi muito melhor do que qualquer presente que eu poderia imaginar.

Taehyung abriu a boca para retrucar, mas antes que pudesse, Jungkook segurou seu braço, puxando-o para mais perto.

— Só para deixar registrado... — Jungkook disse, com a voz suave, mas carregada de intensidade. — Eu vou fazer você se arrepender de ter parado só na bochecha.

O mais velho arregalou os olhos, sentindo o rosto esquentar ainda mais.

— Você é impossível! — Ele disse, rindo nervosamente enquanto tentava se afastar, mas Jungkook não o soltou.

— Talvez. Mas você gosta disso. — Jungkook rebateu, com aquele sorriso travesso que era tão característico.

Taehyung revirou os olhos, tentando manter a compostura.

— Vamos logo, ou vamos nos atrasar.

Jungkook finalmente o soltou, mas não antes de deslizar os dedos pela mão de Taehyung, provocando um arrepio sutil. Enquanto eles seguiam em direção ao carro, Taehyung não conseguia evitar os pensamentos confusos que invadiam sua mente.

O gesto impulsivo de beijar Jungkook na bochecha havia sido algo completamente fora do comum para ele, mas, ao mesmo tempo, parecia tão natural que o assustava.

Jungkook, por outro lado, andava ao lado de Taehyung com um sorriso estampado no rosto. A leveza de seu andar era evidente, como se aquele simples beijo tivesse iluminado seu dia por completo. Ele abriu a porta do carro para Taehyung, um gesto que fez o mais velho arquear as sobrancelhas.

— Tá tentando ser um cavalheiro agora? — Taehyung brincou, tentando aliviar a tensão que sentia.

— Sempre sou, hyung. — Jungkook piscou, fechando a porta logo depois que Taehyung entrou.

No trajeto até o restaurante onde comemorariam o aniversário, a conversa fluía naturalmente, cheia de risadas e provocações. Jungkook não perdeu nenhuma oportunidade de mencionar o beijo na bochecha, o que fazia Taehyung ficar vermelho de tempos em tempos.

Quando chegaram, o lugar estava decorado de forma simples, mas aconchegante, com uma mesa reservada em um canto mais discreto. Jungkook fez questão de escolher o local, sabendo que Taehyung preferia evitar grandes multidões.

— Você pensou em tudo, não é? — Taehyung comentou, olhando ao redor enquanto tirava o casaco.

— Claro. Eu queria que fosse perfeito. — Jungkook respondeu, sorrindo enquanto puxava a cadeira para Taehyung se sentar.

Assim que os dois estavam acomodados, o garçom trouxe os cardápios, e eles passaram alguns minutos discutindo o que pedir. Mas Jungkook estava inquieto. Havia algo que ele queria fazer, algo que ele estava planejando desde que acordou naquele dia.

— Hyung, tem algo que eu queria te dizer. — Ele começou, colocando o cardápio de lado e olhando diretamente para Taehyung.

Taehyung parou de olhar para o menu e encarou Jungkook, notando a seriedade em sua expressão.

— O que foi? — Ele perguntou, um pouco nervoso.

Jungkook respirou fundo, reunindo coragem.

— Eu sei que somos amigos... e eu adoro isso. De verdade. Mas... eu sinto que tem algo mais aqui. — Ele apontou entre eles. — E eu não quero ignorar isso.

Taehyung ficou em silêncio, encarando Jungkook com os olhos arregalados. Ele não sabia o que responder, suas palavras presas na garganta.

— Então, o que eu tô tentando dizer é... — Jungkook continuou, inclinando-se ligeiramente para frente. — Me dá uma chance de mostrar que isso pode ser mais do que amizade?

Taehyung piscou algumas vezes, sua mente em um turbilhão. A sinceridade no olhar de Jungkook era esmagadora, e ele sentia o peso daquelas palavras.

O garçom serviu as bebidas com um sorriso educado e saiu logo em seguida, deixando os dois novamente sozinhos. O silêncio pairou entre eles, pesado e denso, enquanto Taehyung brincava com o copo à sua frente, tentando organizar seus pensamentos.

— Jungkook... — Ele começou novamente, agora encarando o líquido âmbar no copo como se fosse a coisa mais interessante do mundo. — Você é uma pessoa incrível. Eu... eu realmente gosto de estar perto de você.

Jungkook inclinou-se levemente para frente, como se tentasse agarrar cada palavra que Taehyung dizia.

— Mas... eu não sou estável. Você me viu... — Taehyung continuou, finalmente levantando os olhos para encontrar os de Jungkook.

Havia um peso ali, algo que ele parecia carregar há muito tempo.

— Minha vida é uma bagunça, minha cabeça é uma bagunça. Eu não sei como... ser o tipo de pessoa que você merece.

Jungkook franziu as sobrancelhas, claramente não esperando aquela resposta.

— Hyung, ninguém é perfeito. — Ele respondeu, a voz firme, mas ainda assim gentil. — E você não precisa ser. Eu não tô aqui esperando que você seja uma versão idealizada de si mesmo. Eu só quero você. Do jeito que você é.

Taehyung riu baixinho, mas o som estava carregado de amargura.

— Você diz isso agora, Jungkook, mas e quando perceber que eu sou... demais? Que eu sou um peso?

— Eu não vou pensar isso. — Jungkook disse rapidamente, sua voz subindo um pouco, como se quisesse que Taehyung acreditasse nele. — Você é importante pra mim, Taehyung. E, sim, talvez você ache que tem problemas, mas quem não tem?

Taehyung ficou em silêncio, sentindo os olhos de Jungkook queimarem em sua direção.

— Eu só não quero te machucar. — Ele murmurou, quase como uma confissão.

Jungkook estendeu a mão sobre a mesa, seus dedos roçando os de Taehyung.

— E eu não quero te deixar sozinho. — Ele respondeu. — Hyung, você não precisa enfrentar as coisas sozinho.

Taehyung olhou para as mãos de Jungkook tocando as suas, e algo dentro dele pareceu tremer. Ele queria acreditar no que Jungkook dizia, queria aceitar aquela mão estendida, mas a insegurança ainda o consumia.

— Vamos apenas aproveitar o jantar, tá? — Taehyung disse, retirando a mão com delicadeza e tentando sorrir, embora seus olhos denunciassem a confusão interna.

Jungkook assentiu lentamente, mas dentro de si, a insatisfação era evidente. O que mais ele tinha que fazer para Taehyung enxergar o que estava bem diante dos olhos dele? Mas Jungkook sabia que precisava ser cuidadoso. Forçar as coisas agora só faria Taehyung se afastar ainda mais. Ele teria que esperar, construir pacientemente aquela confiança até que Taehyung estivesse pronto para aceitá-lo por completo.

— Claro, hyung. — Jungkook respondeu com um sorriso suave, disfarçando a leve frustração que pulsava em seu peito. — Vamos aproveitar o jantar.

O clima à mesa relaxou levemente, e a conversa desviou para assuntos mais leves. Jungkook fez questão de manter o sorriso no rosto, mesmo que por dentro a sensação de impotência o incomodasse.

Enquanto Taehyung falava sobre um livro que estava lendo, Jungkook o observava atentamente, tentando memorizar cada detalhe. A forma como ele gesticulava levemente ao falar, o jeito que mordia o lábio inferior enquanto pensava em como explicar algo, e até mesmo as pausas ocasionais enquanto reorganizava os pensamentos.

Taehyung era complicado, e Jungkook sabia disso desde o início. Mas não era isso que o afastava. Pelo contrário, era exatamente o que o fazia querer ficar. Ele queria decifrar cada camada, desvendar cada segredo, até que Taehyung finalmente confiasse nele o suficiente para baixar as defesas.

Quando terminaram o jantar, Jungkook sugeriu um passeio pelo parque próximo ao restaurante. Taehyung hesitou, mas acabou aceitando, dizendo que o ar fresco poderia ser bom.

Eles pararam em frente a um pequeno lago, o reflexo da lua tremulando na água calma. Jungkook olhou para o horizonte, respirando fundo antes de quebrar o silêncio.

— Hyung, eu sei que você acha que não está pronto. Que talvez não seja suficiente. — Ele começou, a voz baixa, mas firme. — Mas quero que saiba que, pra mim, você é mais do que suficiente.

Taehyung virou-se para ele.

— Eu não tô pedindo pra você decidir nada agora. Só... pense sobre isso. Pense em nós. — Jungkook continuou, finalmente encontrando o olhar de Taehyung. — Porque eu tô disposto a esperar o tempo que for preciso.

Taehyung não respondeu imediatamente, o olhar perdido no lago à frente. As palavras de Jungkook ecoavam em sua mente, mexendo com sentimentos que ele tentava evitar há tanto tempo.

— Eu vou pensar…

((...))

O carro parou em frente a casa de Taehyung, as luzes da rua criando uma aura suave ao redor deles. O silêncio dentro do veículo era confortável, mas também carregado de algo indefinido, como se ambos soubessem que aquele momento de despedida seria diferente.

Jungkook desligou o motor e virou o rosto para Taehyung, seus olhos escuros observando o mais velho. Não havia pressa para que Taehyung saísse do carro, ambos pareciam conscientes de que ainda havia algo a ser dito, algo a ser feito.

— Obrigado pela noite, Jungkook. — Taehyung finalmente quebrou o silêncio, sua voz suave, mas carregada de uma sinceridade que ele não podia esconder. Ele respirou fundo, como se tentasse juntar coragem para falar o que estava engasgado em seu peito. — Eu... eu me diverti.

Jungkook, apesar de sua fachada de sempre, sentiu uma leve tensão na voz de Taehyung, e isso fez com que seu peito se apertasse, como se soubesse que havia algo mais que o loiro queria dizer. Ele sorria, mas o sorriso era mais suave, mais íntimo.

— Eu também, hyung. Foi bom estar com você. — Jungkook respondeu, e por um momento, os dois ficaram apenas olhando, sem dizer mais nada, como se tudo o que precisavam estivesse ali, naquele olhar.

Taehyung, então, desviou o olhar para a janela do carro, tentando se concentrar em algo que não fosse o bater acelerado de seu coração. Ele sabia que havia algo acontecendo ali, entre eles, mas não sabia como lidar com aquilo. Algo estava se formando, algo que ele não podia mais ignorar.

O carro estava estacionado na frente da casa, e a noite estava silenciosa ao redor deles, mas Taehyung não conseguia deixar de sentir a pressão crescente em seu peito. Era como se algo estivesse se quebrando dentro dele, e ele não sabia mais como segurar.

De repente, sem pensar muito, Taehyung virou-se para Jungkook novamente. Seus olhos estavam mais intensos agora, mais decididos, e algo neles o fez perceber que aquele momento não seria como os outros.

Jungkook olhou para ele com curiosidade, seu olhar fixo, sentindo uma onda de expectativa. Ele estava tão próximo de Taehyung, que podia sentir o calor da sua pele, a leveza da respiração do loiro. Ele não precisava dizer nada, já sabia o que estava prestes a acontecer.

E então, sem mais palavras, Taehyung se aproximou de Jungkook. Seus olhos estavam fixos nos dele, e, com uma suavidade que parecia contradizer a tempestade de emoções dentro de si, ele encostou os lábios nos de Jungkook.

O início foi hesitante, quase inocente, um selar de lábios que durou o suficiente para que ambos sentissem o calor um do outro. Taehyung afastou-se logo em seguida, os olhos castanhos buscando os de Jungkook com uma mistura de surpresa e nervosismo. O coração dele batia descompassado, e sua língua umedeceu os lábios automaticamente, como se quisesse guardar o gosto do momento.

Jungkook não disse nada, mas os olhos escuros brilharam com algo que ia além de simples surpresa. Havia desejo ali, contido, intenso, e, quando Taehyung mordeu o lábio inferior, quase como um convite silencioso, Jungkook soube que não conseguiria se conter por muito mais tempo.

Taehyung o puxou novamente, os dedos tremendo levemente ao agarrar a camisa do mais novo. O segundo beijo foi mais intenso, mais urgente. Taehyung cedeu quando sentiu Jungkook pedir passagem com a língua, um gesto que fez um arrepio percorrer todo o seu corpo. O toque do Jeon era firme, mas cheio de cuidado, como se temesse ultrapassar limites.

A mão de Jungkook deslizou para a cintura de Taehyung, apertando-a com força possessiva, enquanto a outra subia para a nuca dele, segurando-o no lugar. Taehyung gemeu baixinho contra a boca de Jungkook, incapaz de controlar a reação ao sentir-se tão dominado pelo toque firme e quente. O som baixo e involuntário o denunciou, e Jungkook sorriu contra os lábios dele, um sorriso que parecia transbordar autoconfiança.

— Você me enlouquece, hyung — Jungkook murmurou entre o beijo, a voz rouca de desejo, antes de aprofundá-lo novamente.

O corpo de Taehyung parecia ceder por completo à proximidade. Suas mãos subiram pelos ombros largos de Jungkook, agarrando-se a eles como se precisasse de apoio para não desmoronar. A língua de Jungkook explorava a sua com uma mistura de gentileza e intensidade, enquanto seus dedos agora se moviam preguiçosamente pelo quadril de Taehyung, apertando-o de tempos em tempos.

O ar começou a faltar, e ambos se afastaram apenas o suficiente para recuperar o fôlego. Taehyung encarou Jungkook, as bochechas coradas e os lábios inchados pelo beijo. Ele nunca se sentiria tão vulnerável, mas, ao mesmo tempo, tão desejado.

Jungkook sorriu novamente, mas dessa vez havia algo mais suave no olhar, algo que misturava desejo com um carinho quase reverente.

— Isso foi… — Taehyung tentou falar, mas sua voz saiu trêmula. Ele riu sem jeito, escondendo o rosto nas mãos.

Jungkook segurou seus pulsos com delicadeza, afastando as mãos do rosto dele.

— Foi incrível. — Ele completou, encarando-o com firmeza. — E eu faria de novo, hyung. Quantas vezes você deixar.

Taehyung sorriu tímido, os lábios ainda formigando pelo toque quente de Jungkook. Ele desviou o olhar, as bochechas tingidas de um vermelho que ele não conseguia esconder, mesmo que tentasse.

— E-eu… eu tenho que ir. — Taehyung murmurou, a voz um pouco trêmula. Ele deu um passo para trás, mas o aperto firme de Jungkook em sua cintura não cedeu imediatamente.

— Tem mesmo? — Jungkook perguntou, a voz baixa, quase provocativa. Seus olhos estavam fixos nos de Taehyung, escuros e intensos, como se não quisessem deixá-lo ir tão cedo.

— Tenho. — Taehyung respondeu, tentando soar firme, mas sua respiração ligeiramente acelerada o entregava. — Amanhã tenho compromissos cedo, e…

— Tudo bem. — Jungkook o interrompeu suavemente, soltando sua cintura com relutância.

Mas antes que Taehyung pudesse se afastar completamente, Jungkook ergueu uma das mãos, segurando seu rosto com delicadeza. Os dedos traçaram um caminho lento pela bochecha de Taehyung, fazendo-o prender a respiração.

— Você sabe onde me encontrar, hyung. Sempre que quiser. — Ele murmurou, os olhos descendo brevemente para os lábios de Taehyung antes de voltarem a encontrar os seus.

Taehyung apenas assentiu, incapaz de dizer qualquer coisa no momento. Ele sentiu o coração pesado com a mistura de emoções que o invadiam — nervosismo, desejo e… algo mais profundo, algo que ele não estava pronto para nomear.

Com um último olhar para Jungkook, ele se afastou lentamente, saindo do carro. Parou por um momento antes de entrar em casa, observando Jungkook, que ainda estava lá, com um sorriso pequeno nos lábios.

Taehyung sorriu, pegando as chaves de sua casa com o rosto ainda quente pelo que havia acontecido. Quando ele entrou, suspirou fundo, encostando-se na porta.

— O que eu tô fazendo? — Ele murmurou para si mesmo, os olhos fechados enquanto tentava organizar os pensamentos caóticos.

Do lado de fora, Jungkook no carro, um sorriso satisfeito estampado no rosto. Ele passou os dedos pelos cabelos, rindo baixo enquanto ligava o motor.

(...)

Kkkkkkk o "Eu vou pensar" do Taehyung, resultou nele beijando o Jungkook, amooo.

Informações: amanhã e nem sábado terá atualização de As Paredes! Voltarei com ela no Domingo.

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