Que me importa?

Que me importa que seja tarde?
que esteja à mercê da vida
A mercê da saudade?

Que me importa que me achem louca varrida?
Ando à mercê!
Deste tempo que me deprime, me faz sofrer.

Aqui, onde anoitece e só eu sejo, ninguém mais vê.
Aqui onde a esperança já não quer acender.

As horas vão passando!
E eu no assento me remexendo.
Nesta viagem louca,
mansamente caminhando,
ou dando caminho à vida e nela me perdendo.

A quem importa se trago o coração cheio ou vazio?
Quem importa que a noite que adensa me traga frio?

Que me importa se as lágrimas que chorei secaram,
Ou se me esquecem até os que me amaram?

A vida quebrei! Estilhacei!
quero lá saber se os cacos juntarei...
Ou voltarei a juntar!
Se ninguém vai saber, nem perguntar.

Cerro os dentes, calo a voz,
Só eu e a melancolia no portal da minha porta,
está me faz companhia.

Estamos sós
A vida nos pôs de castigo,
não me importa, já nada me importa.

Na garganta me enchem os gritos
sufocados, pela solidão desesperada.

Já lhes ouço o eco, dentro de mim aflitos.
Que me importa?
Pois que fiquem também eles a um soluço confinado.

_ Gabrielly Aplynn🍁

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