Capítulo 25
De olhos fechados, não ouso abri-los. Estão cansados e dormentes, como se tivessem visto muito por um dia inteiro. Eu me sinto fraca e tenho a impressão de ouvir ruídos imprecisos na escuridão, algo me seguindo. Aproximando-se de mim pouco a pouco. Não tenho certeza do que é ou de onde vem, mas sinto como se estivesse em uma atmosfera fechada, sem saída. Aflita, eu chuto em um primeiro movimento.
Uma coisa fria encosta em meu rosto e grito. Pouco tempo depois sinto o ar fresco. Olho em volta, totalmente desorientada e não entendo nada. Só então vejo um homem sentado ao meu lado da cama, observando-me, com o rosto preocupado.
E lembro-me de tudo o que aconteceu em um flash assombroso de minhas memórias.
Sinto o sangue gelar nas veias ao ver aqueles olhos. Porém, ao olhar mais de perto, reconheço aquele brilho frio e controlador. É Jameson. As coisas, então, se encaixam como peças de um quebra-cabeça.
— Foi você! — acuso em voz alta, levantando-me tropegamente da cama. — Você leu as cartas de Jerome. Sabia que ele brincava comigo assim!
Jameson confirma com um sorriso. Pego a primeira coisa ao meu alcance e a lanço em sua direção. Ele desvia do travesseiro com facilidade.
— Desgraçado! — digo com raiva. — Quis me assustar, não é? Está fazendo de novo aqueles seus joguinhos idiotas para me confundir. Mas isso não teve graça nenhuma!
Vejo seu sorriso esmorecer para ser substituído por uma expressão preocupada, confusa e culpada. Sua testa se enruga, triste com minha reação hostil.
— Era para ser romântico — murmura. — Não sabia o que escrever no cartão, então mandei algo que faria você saber de quem teria partido as flores.
Ele não está agindo como se tivesse intenções de me assustar. Respiro, tentando me acalmar e compreender a situação. Ele quis me mandar algo que eu soubesse de quem teria partido o buquê de rosas... e logicamente me mandou o ás de copas, como uma referência. Porque ele sabe que esse é o meu apelido. E entre ele e Jerome, se alguém me mandasse flores, a lógica é que eu só poderia adivinhar que teria vindo de uma pessoa viva.
Fecho os olhos, a culpa me abatendo. Sua tonta. Ele não sabe que estou sendo assombrada por seu irmão. Jamais contei isso a ele. Jameson não teve intenções de me provocar todo esse mal-estar.
— Eu... desculpe. Desculpe. — Abro um olho para fitá-lo em contrição. — Acho que exagerei. Não tenho estado muito bem ultimamente.
— Jura? — Ergue uma sobrancelha cômica, cruzando os braços. — Você só odiou o buquê que mandei lhe entregar juntamente com a carta de baralho que faz uma alusão ao seu apelido. — Faz um leve movimento de cabeça. — E jogou um travesseiro em mim como se eu fosse um assaltante e estivesse prestes a roubá-la. Nem notei que não está bem.
— Não odiei, juro. Eu só... — Faço uma pausa e mordo o lábio inferior para ganhar tempo. — Eu só me assustei.
Não quero contar para ele sobre meus tormentos com Jerome. Não quero desapontá-lo ou fazê-lo pensar que as memórias com seu irmão ainda podem significar uma grande barreira no nosso relacionamento.
— As flores são lindas. Eu adorei. — Olho ao redor, confirmando que estou na casa dele, em seu quarto. — É a primeira vez que recebo flores de um homem — comento com sinceridade.
Meu amor com Jerome foi tempestuoso, louco e erótico. Como dois jovens desenfreados e ansiosos, não demos muita atenção a todo o romance que poderia haver em uma relação amorosa. Não construímos uma base sólida e firme que fosse capaz de aguentar qualquer crise. Com Jameson, porém, as coisas são bem diferentes. É um amor maduro e romântico, e ele está sendo tão amável comigo que não posso evitar dar meia-volta no quarto para depositar um pequeno beijo de agradecimento no canto de sua boca.
Insatisfeito, ele me puxa e beija meus lábios de forma demorada.
Extremamente demorada.
Aquele tipo de demorado que qualquer mulher reconheceria.
Eu começo a rir contra sua boca e já estou afastando-me sutilmente de suas presas. Olho para trás e me sento sobre o colchão para calçar os saltos que ele havia tirado dos meus pés.
— Por que me trouxe aqui? Sabe que preciso trabalhar.
— Senti sua falta, por isso fui vê-la no trabalho. E quis me certificar pessoalmente de que as flores chegaram para você.
— Ah. — Levanto-me da cama.
— Você me olhou como se tivesse visto um fantasma. — Há um toque cuidadoso em sua voz.
Engulo a saliva e levanto o olhar para ele. Se eu contasse, Jameson acreditaria em mim?
— Eu só fiquei surpresa. — Reparo em seu visual tão despojado. — Você apareceu tão diferente do rigor usual. De bermuda e... bronzeado. Os cabelos desarrumados. — Fito sua mandíbula com atenção. — E esse corte não estava aí antes. Quando você se feriu?
— Hoje de manhã. — A intensidade de seu olhar não me passa despercebida. — Por quê? Está preocupada comigo? — Ele está sorrindo charmosamente.
Reviro os olhos com bom humor.
— Claro que não. — Tento parecer difícil. Mas a verdade é que acabo de perceber que o que acontece com ele no dia importa para mim, sim.
— Estou achando que nosso relacionamento acabou de subir de nível — comenta com um sorriso.
— Não sabia que tínhamos um relacionamento. — Cruzo os braços com um sorriso esperto enquanto estou movendo as sobrancelhas para ele.
Jameson ri, mas sei que também não quer dar o braço a torcer, o que faz do momento um bastante engraçado. Duas pessoas tentando decidir o que têm uma com a outra sem querer ferir seus egos. Épico.
Desço as escadas à procura da minha bolsa e a encontro no sofá da sala.
— Eu estava pilotando o barco. — Ele diz casualmente, atrás de mim. Hmm, isso explica as roupas, os cabelos desgrenhados como se tivessem sentido a fúria do vento, e o leve bronzeado, já que logicamente tomou sol. Deus, como fui estúpida. É a segunda vez que este homem me faz desmaiar. Quantas vezes mais terei de perder a consciência para aprender que ele NÃO é Jerome? — Estava pensando se gostaria de dar um passeio comigo, agora mesmo.
Faço uma careta de sofrimento para ele. Jameson me convidar para um passeio em que ele será meu condutor particular é muito íntimo e romântico. E fofo. Muito fofo.
— Convite tentador, mas realmente tenho que ir trabalhar — digo, colocando a alça da bolsa sobre o ombro.
— Não tem, não.
Abro a boca, sentindo-me desafiada, e me viro para olhar seu rosto enigmático.
— Não tenho?
Ele dá de ombros.
— Você é uma corretora. Pode organizar seus horários como quiser.
— E por isso eu deveria ir com você? — Ele me dá apenas um único sorriso como confirmação. Bufo. — Meus horários já estão organizados e eles dizem que eu deveria estar no escritório agora.
Ele cuidadosamente dá alguns passos na minha direção.
— Bem, neste caso... — murmura profundamente. Isso provoca grandes estragos à minha pulsação. — Se está aqui, quer dizer que não está no escritório, não é mesmo?
Minha respiração fica pesada quando Jameson chega tão perto a ponto de eu poder sentir seu cheiro. Inalo profundamente e ele nota. Sabe que eu quero estar em seus braços, entregar-me, ceder a essa tentação. O desejo corre pela minha virilha e se instala no meu ponto central. Eu me sinto suar.
— Como estão as coisas com a Pequena Ellie? — pergunta-me sorrateiramente.
Franzo o cenho.
— Quer dizer Jackie? Ela está bem.
Ele sorri, retira a alça da bolsa de meu ombro e de repente está me pegando para dançar uma valsa em sua sala, com uma mão em minha cintura e a outra unida à minha para o alto. Não há música nem nada, apenas seu aparente desejo de querer dançar comigo. Rio de seu desvairamento, mas acompanho seus movimentos lentos e graciosos.
— Não. A Pequena Ellie — sussurra em meu ouvido e me olha. — Aquela doce, muito doce Pequena Ellie.
Penso um pouco, tentando decifrar. Depois nego com a cabeça, ainda sem entender.
— Aquela que foi ao cabeleireiro recentemente e ganhou um novo corte. Ou devo dizer que resolveu passar a máquina para tirar tudo?
Eu quase tenho uma crise de riso. Mal se passou uma semana e ele já tem um apelido carinhoso para meu órgão sexual? Jameson é mais impetuoso do que imaginei.
— Acho que ela está bem — respondo, incerta sobre aonde quer chegar.
Ele me gira no ar e depois me acolhe para voltarmos a deslizar pelo chão de sua sala.
— Não acho que ela deveria usar calcinhas com costura pelos próximos dias. Me parece que isso está deixando a vizinha dela irritada.
— Vizinha?
— Sua virilha, Ellie — sussurra e morde o lóbulo de minha orelha.
Minha virilha... Isso explica a leve dor que senti ao ser tocada ali por ele, na noite em que fizemos amor. Por algum motivo, a área havia ficado sensibilizada mais do que o normal após o processo depilatório. Apenas não tinha associado a causa possível com os tipos de calcinha que costumo usar. Se era isso, talvez eu devesse evitar as mais apertadas também.
— Você é sensível demais, querida.
Prendo a respiração e dou um passo para trás, quebrando nosso contato e interrompendo a dança. É a segunda vez que ele me chama de querida. Por que isso continua me soando tão tenebroso? E como ele pode saber tanto a meu respeito? Nós só fizemos sexo uma vez até agora. É possível que alguém seja tão... detalhista?
— E como pode saber dessas coisas? — Assumo uma postura defensiva.
— Percebi como se retraiu quando a toquei ali, então digamos que foi um palpite com base no que já vivenciei com outras pessoas. Não tenho resistência alguma em querer ouvir o que minhas namoradas têm a dizer sobre suas experiências mais dolorosas.
Namoradas. Não demonstro o ciúme que sinto do que pode significar o uso da palavra no plural.
— Então? Acertei?
— O incômodo é passageiro — respondo secamente, tentando escapar do assunto.
— Está irritada comigo por que desvendei um segredo seu?
— Não era bem um segredo, mas... sim. Pode-se dizer que fiquei um pouco. Você fala como se eu fosse um livro aberto que poderia ser decifrado por qualquer um.
— O sexo feminino não deveria ser tratado como um mistério insolúvel ou algo relacionado às forças da magia negra, como se atitudes femininas estivessem além de qualquer compreensão humana. — Vagarosamente ele chega perto de mim e eu dou passos para trás, incapaz de olhar para seus olhos escuros. — Homens que reproduzem discursos como esse para justificar sua ignorância sobre mulheres não são realmente homens; são garotos inseguros, egoístas e presunçosos sobre o conhecimento que acham que têm sobre suas parceiras.
Faço um barulho com a garganta de incredulidade. Caramba, ele é tão arrogante, e por todos os seus modos impecáveis, também sabe ser frio e ditador. Senhoras e senhores, o velho Jameson está de volta.
— E por isso eu deveria fazer o que está me sugerindo?
— Você deve.
Maldição, além de tudo é mandão. Bom saber disso.
— Pare de querer cuidar de mim como se eu fosse parte da sua coleção particular de bonecas — retalio, alvoroçada. Parece até que ele está dizendo essas coisas só para me deixar irritada.
Sua risada é suave e gutural, uma carícia sexual nos meus ouvidos tão sensíveis à sua voz.
— Eu não tenho uma coleção de bonecas, Ellie.
— Você entendeu o que eu quis dizer.
— Ainda assim, continuo não tendo essa coleção de mulheres a que está se referindo. — Suas palavras, esse sorriso... O que está pretendendo?
Eu preciso dizer alguma coisa, preciso fugir dali, mas é difícil me concentrar em outra coisa senão a imagem de seu corpo quente e musculoso encontrando o meu, a sensação de ser empurrada contra o balcão da pia da cozinha, sua pélvis pressionando a minha e a sua impiedosa ereção me provocando. É quase insuportavelmente sexy que eu sinta sua respiração em meu pescoço, porque isso me excita e, se ele se sente da mesma forma que eu, já passou tempo demais desde que estivemos na cama fazendo amor.
— Gostaria de ter Jackie jantando comigo esta noite. — Com sua voz profunda e a respiração mal controlada, isso soa como uma ameaça obscura.
Seu peito esfrega em meus seios, o que faz com que meus mamilos endureçam e se tornem dois pontos apertados sob minha blusa de seda fina.
— E se eu disser não? — Testo a hipótese. Mas no fundo estou contente que ele queira conhecer melhor Jackie e que se importe com ela.
Ele trava as mãos em ambos os lados do balcão, bloqueando qualquer fuga minha. Olho para ele pairando sobre mim, seus olhos pretos ameaçadoramente alargados e um sorriso torto brincando em seus lábios.
— Acredito que eu já esteja preparado o suficiente para lidar com minha sobrinha.
Oh, então é isso. Dou uma risadinha ao me lembrar de seu surto maluco em minha casa.
— Está bem. Chegaremos mais cedo para que eu possa ajudá-lo. — Fico na ponta dos pés para beijar seu queixo com um sorriso.
— Não gosta de ter um homem cozinhando para você? — Ele parece surpreso.
— Gosto. O que não gosto é de me aproveitar das pessoas — respondo calmamente. Sou rápida o suficiente para pegar um olhar fugaz atravessando seu rosto.
Sorrio, pensando se devo ou não falar. Quando seu dedo polegar esfrega em minha covinha, exposta no meu sorriso, resolvo contar:
— Às vezes sinto um pouco de Jerome em você. Na sua fala, nos seus gestos e comportamento... quando na realidade sei que você é você mesmo, com qualidades diferentes das dele. Estou me fazendo entender? — Rio, olhando para seu rosto. — Isso é loucura! — Balanço a cabeça, ralhando comigo mesma, desesperadamente querendo que o assunto se dê por encerrado na minha cabeça. — Esse rosto está me deixando confusa.
Ele de repente me encara com um brilho de aço no olhar, sua mandíbula sendo apertada com força. Não tenho dúvidas do perigo agora. Oh, não. Não gostou do meu comentário. Sei da história mais antiga do mundo de que irmãos não gostam de ser comparados. É justo. E aqui estou eu, fazendo exatamente isso com uma pessoa tão especial para mim. Abro a boca para me desculpar e tenho meu lábio inferior acariciado por seu dedo, o que me cala.
— E essa boca está me deixando maluco... — sussurra sofregamente, levemente incomodado com algo que não consigo identificar.
Sou abraçada e beijada com um fome opressiva e feroz. Ele não fala mais nada, porque não é necessário. Sei que pode ler cada tremor meu, cada respiração afetada, cada suspiro. Seus dentes cavam em meu lábio inferior quando beijo-lhe o superior, ouvindo meu próprio ruído vindo da parte de trás da minha garganta que é extremamente erótico quando sinto seus dedos desabotoando minha calça. Jameson me deixa nessa madura deliciosa necessidade.
Luto comigo mesma, respirando fundo, alguma parte valente que ainda restou de minha consciência tentando retroceder a isto, mas meus olhos estão presos aos dele, meu corpo é dele nesse momento... E não é como se ele estivesse me dando uma chance de escapar.
— Preciso provar você de novo. E tem que ser agora — sussurra para mim. — Antes que você vá.
Não consigo controlar a umidade morna que desce quando ouço suas palavras e, antes que saiba o que está acontecendo, estou recuando alguns passos até bater contra a mesa da sala de jantar. Ele avança para mim, assistindo cada passo meu com olhos atentos.
— Vire-se — ordena e eu não obedeço imediatamente, o resquício de minha consciência me dizendo para correr enquanto posso para me libertar dessa atração explosiva.
Oh, mas não quero. É aqui que quero estar.
Sua mão alcança meu ombro, toca-o suavemente como se fosse a pétala macia e delicada das rosas que mandou me entregar no trabalho, então está acariciando a nuca de meu pescoço, devorando cada tremor meu com seu olhar. Minha respiração fica engatada quando me faz virar e coloca a palma da mão no espaço entre meus ombros, no meio de minhas costas, e está empurrando para baixo até que estou curvada sobre sua mesa de jantar, com o lado do rosto pressionado contra o vidro da superfície da mesa.
— Ellie — ouço seu sussurro perigoso —, serei um pouquinho mais intenso do que na nossa primeira noite. Você está bem com isso?
A palma de sua mão ainda está em mim, seus longos dedos descansando contra a parte de trás do meu pescoço. O que vai fazer comigo? Balanço a cabeça, incapaz de controlar meu corpo trêmulo de desejo.
Estou ouvindo o barulho de cadeiras sendo arrastadas para longe de mim, de modo que me ajeito melhor sobre a mesa e estou inclinada mais confortavelmente. De repente, silêncio. Sei que está atrás de mim, posso ouvir sua respiração pesada, mas não faz nada além de me observar e então... está tocando minha bunda, massageando-a contra a mesa, minha pélvis dura e docemente encostando-se à borda e me transmitindo ondas de calor no meu ponto mais íntimo. Meus gemidos ressoam no ambiente a cada massagem deliciosa que ele faz em mim, agitando o meu clitóris e me deixando molhada, como se estivesse preparando-me para o próximo passo.
Sua mão passeia do meu ombro até o quadril, sentindo a curva de meu seio pressionado contra a mesa. Repete a ação novamente, com as duas mãos, chegando à curva de minha cintura e desta vez suas mãos derivam até o cós de minha calça e escorregam para frente, encontrando o zíper.
Jameson puxa para baixo, o doce suave barulho de minha calça sendo aberta, em seguida, o botão é deslocado e logo meus quadris estão livres. Ainda está atrás de mim quando sua mão entra pela abertura da frente da minha calça e se enterra para encontrar meu sexo contra a calcinha. Eu respiro fundo quando ele aperta uma vez, no ritmo da massagem que estava fazendo antes. Então duas vezes e eu posso sentir seu corpo se encaixando ao meu por trás, o braço deslizando ao lado de minha cabeça e seu membro intumescido colando à minha bunda e obrigando minha pélvis a ser impelida com força maior contra a mesa.
Sinto o peso de seu corpo contra o meu, sua respiração ofegante batendo em minha nuca e sua ereção dura me imprensando por trás. Choramingo de necessidade e tento me movimentar, mas estou impossibilitada.
— Jameson.
Ele ainda está massageando meu sexo com movimentos suaves e excitatórios. De olhos fechados, deixo escapar um suspiro, e sinto quando seus dedos sondam dentro da minha calcinha, até toda a sua mão estar cobrindo-me por trás.
Abro mais as pernas instantaneamente para sentir sua mão em mim com totalidade. Ele mergulha mais entre minhas coxas e gemo. Começa a massagear novamente, brincando com o meu clitóris ao pressioná-lo, com as dobras e depois minha abertura molhada ao circulá-la com a ponta do indicador, deixando-me carregada com esta tensão muito pesada e respirando com os pulmões como se tivessem chumbo dentro deles.
— Receptiva... — murmura.
Gemo em protesto quando sai de cima de mim, porém, percebo que estou mais calma. Tudo isso se quebra quando abruptamente ele puxa minha calça até meus tornozelos e depois minha calcinha. Sem nenhuma roupa para me cobrir, minha fenda está suficientemente exposta para proporcionar uma estreita visão da minha carne rosa.
De esguelha, vejo-o se ajoelhar atrás de mim para tirar as calças e a calcinha, em seguida, está abrindo mais minhas pernas, para ter meu sexo liso amplamente aberto e nu para ele.
— Meu Deus, Ellie — ele sussurra com a voz macia. — Você está muito, muito molhada.
Eu me sinto úmida em quase todas as partes. Choramingo com o rosto contra a mesa, porque eu estou malditamente molhada, tremendo, pulsando e tão macia e trêmula bem na frente do rosto dele. Sinto sua respiração fazendo cócegas em minha pele sensível e isso continua me excitando como em uma doce tortura, porque eu desesperadamente quero que ele faça alguma coisa.
Ele faz.
Agarra minha bunda em suas mãos, seus dedos cavando para cima, sinto sua boca se movendo para ainda mais perto e respirando, sentindo meu aroma feminino.
— Só provar — sussurra muito perto. — Preciso apenas provar.
Ele segue o caminho do meu clitóris para minha abertura com a língua e eu quase explodo com o orgasmo que quis me atacar com antecipação. Quando sua língua termina, eu respiro procurando ficar calma, mas nesse momento estou tão pulsante que posso sentir através das batidas violentas do meu coração.
— Apenas mais um pouco. — Ele corre a língua contra meu clitóris e me prova de novo.
Eu deixo escapar um grito por causa de seu assalto repentino.
— Porra, Ellie. — O dono da voz tão controlada parece estar à beira da morte. — Essa fodida bunda, esse gosto...
Fecho os olhos, trêmula e assustada com a intensidade perigosa de tudo, a eletricidade sobrecarregando o ambiente e me diminuindo a essa mera bola sexual encolhida contra a mesa, até que ele mergulha em mim como um homem possuído, seus dedos mantendo minhas nádegas abertas para seu assalto. Me pego contorcendo-me contra a mesa, gemendo, sua língua estimulando meus nervos íntimos impiedosamente, abocanhando-me como um homem faminto e que está explodindo em algo que não mais pode conter ou guardar para si.
Eu estou apertada contra a mesa, derivando entre meus espasmos de prazer enquanto tento receber tudo o que ele tem para me dar, gemendo cada vez mais alto, gritando e ofegando mornamente contra o vidro embaçado da mesa, quando sinto uma vez e outra que estou prestes a gozar por ser lambida até não suportar mais. Recuo, em busca de tranquilidade e calma, mas sua língua me encontra e me lambe de baixo para cima, seu dedo cavando para dentro e encontrando meu ponto suave e me empurra sobre meu próprio limite.
Minhas pernas estão duras, as panturrilhas travadas em bolas apertadas, quando, enfim, gozo em minha plenitude. Todo o mais desaparece, exceto o cheiro do meu sabor no ar e a sensação do rosto de Jameson enterrado na minha bunda com sua boca me chupando e me beijando com gentileza pela última vez, antes de se erguer sobre seus pés.
Morta de prazer na mesa, não consigo nem mesmo fazer o mínimo movimento para me levantar. Continuo onde estou, ofegante, com meu rosto espremido contra o vidro embaçado por minha respiração quente. Relutantemente levanto as pernas ao ser vestida por suas mãos ágeis e logo estou de volta ao mundo, piscando meus olhos para aquele homem cheio de segredos.
É espantoso saber que ninguém nunca fez isso, dessa forma, comigo antes. Não mesmo. E eu que achava que já tinha visto e sentido de tudo. Bem, Jameson Carver está aqui para me mostrar como estive redondamente enganada.
Ele está sorrindo ardilosamente e suas sobrancelhas se juntam quando pergunta:
— Você gostou?
Fecho os olhos.
— Isso foi tão bom. — Mas sinto algo estranho na minha parte de baixo. Uma estranha liberdade. — Você me vestiu sem minha calcinha — observo com inocência.
Ao abrir os olhos, flagro-o guardando o fino tecido no bolso de sua calça.
— Essa já é minha. Achado não é roubado, certo? — Pisca astuciosamente. — Lembre-se: nada com costura. Se realmente prestasse atenção ao que acontece com você... — Noto uma ligeira irritação em sua voz e sua cabeça sacode em reprimenda. — Ellie Banks gosta de cuidar dos outros, mas quem cuidará dela?
Ergo uma sobrancelha atrevida.
— Você? — A dica é tão impiedosamente e perfeitamente destinada que quase o vejo fraquejar.
Antes que possa me deleitar com minha vitória, algo muda em seu olhar e transforma seus olhos pretos em duas esferas escuras e brilhantes, algo coberto pelas trevas e sarcasmo. Os olhos de um animal perigoso que foi provocado por minha imprudente audácia.
Ele sorri maliciosamente, a dica de uma covinha se insinuando em sua bochecha.
— Por que não?
Mordo a língua, tentando refreá-la a qualquer custo, mas preciso perguntar:
— Você é o gêmeo de Jerome. Não se incomoda que eu já tenha me envolvido com seu irmão?
Seu rosto assume uma expressão chateada. De repente está fulminando-me com o olhar.
— Isso é passado. Já tive você uma vez. Posso tê-la de novo. — A certeza destinada a suas palavras me causa arrepios. — Não me parece errado dois adultos que gozem de plenas faculdades mentais se envolverem. Acho até que foi ótimo você ter tocado nesse assunto.
— Foi ótimo?
— Foi, sim, minha Muito Doce Pequena Ellie. — Quando penso que é impossível, o rubor está subindo e tingindo furiosamente minhas faces de vermelho. — Esse assunto ainda não está acabado. Mas você tem que trabalhar agora. — Pega-me pelos ombros e já está me entregando minha bolsa e me colocando para fora de sua casa com pressa, como se subitamente tivesse ficado perturbado demais com alguma coisa a ponto de não conseguir suportar estar no mesmo lugar que eu.
É impressão minha ou está me expulsando?
— Vejo você mais tarde. Ah, e faça uma mochila para você e Jackie passarem a noite fora. — Estala um beijo tão rápido e momentâneo na minha boca que me faz erguer o queixo em sua direção em uma tentativa de prolongar o contato por mais tempo. — Jantar às sete. Não se esqueça!
Em seguida, bate a porta. E eu só consigo pensar em como gostaria de ser uma mosquinha neste exato momento para saber o que Jameson Carver está fazendo do outro lado da porta.
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