Capítulo 22
Isso realmente está acontecendo? Engulo o nervosismo. Não é como se eu fosse uma virgem inexperiente. Os braços de Jameson estão me amparando quando, cuidadosamente, ele se inclina até eu estar de pé no chão, de frente para ele. Nossos olhos se encontram por um momento, enquanto ele está desafivelando meu cinto.
Nossas respirações se misturam, pois estamos muito pertos um do outro. Dois olhos negros estão me contemplando em silêncio e, de repente, suas mãos estão segurando os lados de minha cabeça e me puxando com firmeza contra seu corpo. Sua boca captura a minha e deixa um gosto bom e viciante. Eu poderia muito facilmente me tornar uma viciada nos beijos apaixonantes de Jameson Carver.
Levo uma mão aos seus cabelos macios e corro os dedos por eles. Uma das mãos dele desce pelas minhas costas até chegar em minha bunda e o toque é tão maravilhoso que deixo escapar um gemido contra sua boca, que também geme contra a minha. Aquele som erótico provoca uma onda quente de desejo entre as minhas coxas e fico intoxicada pela possibilidade de uma fusão completa com ele.
Meus joelhos ficam fracos e me apoio contra seu peito, como em um abraço. Jameson se utiliza de nossa proximidade para me rodear com um braço e descer o zíper do vestido, seu polegar ligeiramente traçando a linha de minhas costas à medida que puxa o zíper para baixo. Seu toque deixa um rastro de fogo que queima debaixo da minha pele.
Olho em volta e vejo que a decoração do quarto é parecida com a do resto da casa. Nada tão luxuoso e exageradamente rico. Transmite calor, segurança e conforto. Eu gosto disso. É inacreditável que, apesar das riquezas, Jameson Carver seja modesto. Nem parece um homem que cresceu e viveu em berço de ouro. Porque achei que, para quem sempre teve tudo na vida, continuar perpetuando a exibição do alcance de seu poder fosse uma regra tácita entre pessoas abastadas. Mas Jameson parece saber tanto sobre as coisas da vida... e neste momento preciso saber com igual intensidade sobre ele. Aprender sobre quem é este homem.
Meu vestido cai no chão com um suave farfalhar de tecido, acumulando-se em meus pés. Sinto um frio instantâneo por ficar seminua na frente dele. Não que eu já não tenha ficado de calcinha e sutiã na frente dele, pois ainda me lembro do lago, mas isso é diferente. Isso é tão especial, como a primeira vez romântica que nunca realmente tive.
Eu me encolho de frio. Jameson, notando meu leve desconforto, pergunta:
— Quer que eu feche a janela?
Olho para trás. Nem sabia que a janela estava aberta. A única iluminação no quarto vem das luzes acesas do lado de fora da casa, que atravessam a janela e banham a king size com roupas de cama na cor creme e as duas mesinhas de cabeceira marrons, uma em cada lado da cama. Sobre uma delas tem um telefone branco e, sobre a outra, um pequeno relógio.
— Não é necessário. — Volto o rosto para olhá-lo.
Jameson me oferece um pequeno sorriso e me guia até eu estar deitada no meio de sua cama. Corro as mãos por pelos lados de seu corpo enquanto estou sendo beijada por ele em minha garganta, o colo, as partes superiores dos seios no sutiã. Ele se levanta. Baixa o olhar para meu corpo na cama e, mesmo na penumbra, vejo seus olhos se iluminarem com um brilho faminto.
Em seguida tira o suéter, depois a camisa. Fico embevecida por poder ver aquele tórax de novo, o peito másculo e lindo que me desnorteia para qualquer pensamento. Tenho um breve momento para me extasiar com aquela visão antes de ele voltar para a cama comigo. Seu corpo morno se molda ao meu, esquentando-me, beijando-me, e abre o meu sutiã. Enterra seu rosto em meus seios e deixo escapar um gemido quando leva sua boca até um mamilo e começa a sugá-lo e lambê-lo até eu achar que vou explodir de prazer. Conscientemente estou passeando as palmas das mãos sobre todos os lugares dele que tenho ao meu alcance. Com uma mão, exploro os músculos definidos de sua barriga e, com a outra, desço de seu ombro esquerdo em direção às suas costas. Ele arqueja, afastando a boca da minha, e detém minha mão antes que eu possa sentir os músculos duros de suas costas.
Franzo a testa por uma breve fração de segundo. Ele não gosta de ser tocado ali? Minha expressão gradualmente se suaviza quando percebo o que ele quer fazer. Está puxando minha mão e beijando-me os dedos carinhosamente, um por um, como se fosse importante registrar cada detalhe meu. Quando levanta os olhos para mim, reconheço o absoluto e inegável desejo em seu rosto.
— Não faço sexo há seis anos — deixo escapar.
Jameson me encara em silêncio e, por incrível que pareça, sua expressão apenas se intensifica e o desejo se torna mais evidente em seus olhos brilhantes.
— Estou contando isso só para o caso de você achar que eu... você sabe, achar que eu não fui boa o suficiente — digo, um pouco constrangida.
Ele dá um meio sorriso antes de murmurar:
— Está tudo bem, podemos resolver isso. — A voz dele soa profunda e calorosa. Deixa-me relaxada. — Minha situação não está muito melhor do que a sua.
Ergo o olhar para ele. O que quer dizer com isso? Ele ainda é tão enigmático. Mas não posso evitar uma leva de hipóteses pulando inquietamente na minha mente e atiçando minha curiosidade. Jameson é um homem atraente demais. Simplesmente não posso acreditar que pelo menos uma enxurrada de mulheres não caia em cima dele aonde quer que ele passe.
Jameson me espanta de meus pensamentos quando cola a boca faminta e exigente à minha de novo. Lambendo-me, sugando-me, mordiscando-me. Sinto meus lábios inchados de seus beijos e sua mão pairando no zíper de sua calça para puxá-lo para baixo. O calor de seu corpo se afasta do meu no instante em que se ajoelha na cama para tirar minhas sandálias de salto e puxar a calcinha pelas minhas pernas. Ele joga tudo no chão e volta para me encarar completamente nua.
Há um estalo de lembrança em minha mente que me faz ruborizar até a raiz dos cabelos. A depilação. Olho para ele instantaneamente e vejo que não tira os olhos de lá.
— Bem — respira com dificuldade e lambe os lábios —, vejo que não sou o único a dizer sim para novas aventuras.
Oh, sim, porque, graças à minha grande boca, ele também sabe que muito recentemente tive a minha primeira vez na maca da tortura.
Estremeço quando toca minha virilha de leve. Isso doeu um pouco. Faço uma careta confusa, olhando para o teto, mas logo Jameson está deslizando uma mão para o meio de minhas pernas e afasta-as ligeiramente. Ele levanta a cabeça e sussurra:
— Abra as pernas. Quero provar sua doçura.
Eu travo. Essa é a parte em que ele vai me chupar toda? Não posso acreditar que guardei com tanto primor essas palavras dele.
Jameson percebe minha hesitação.
— Seis anos, você disse? — pergunta.
Faço um movimento afirmativo de cabeça contra o travesseiro.
— Vou fazer devagar. Não quero assustá-la. — Sinto seu sorriso travesso.
Ao ouvir isso, sinto a umidade entre as pernas aumentar. Fecho os olhos, mas obedeço e abro as pernas. Quero isso. Quero muito... Meu coração está batendo com tanto descompasso que acho que vai atravessar meu peito.
Sou distraída por seus beijos enquanto um dos dedos dele se move gentilmente dentro de mim e Jameson o gira, acariciando as paredes de minha vagina. Estremeço diante da sensação incrível e gemo, toda minha energia concentrada nessa pequena parte de meu corpo. Passando os dentes pelo meu queixo, ele morde minha covinha, lambe-a, e então mordisca-a de novo e planta um pequeno beijo no final. Ele fazer isso com essa parte do meu corpo é enlouquecedor. Seu polegar está agora se movendo lentamente dentro de mim, em círculos lentos, depois dentro e fora, dentro e fora...
Jogo a cabeça para trás e deixo escapar um gemido profundo enquanto o fogo me percorre cada centímetro do corpo. De olhos fechados, tento controlar a respiração com as sensações desordenadas fazendo cada parte minha vibrar em antecipação.
— Está gostando? — pergunta ele, a voz soando sensualmente rouca.
Seu dedo desata em mim de novo. Volto a gemer.
— Você é bom nisso — respondo em um ofego. O que ele está fazendo é absolutamente maravilhoso.
Sinto seu sorriso quando volta a pressionar a boca na minha.
— Acho que isso foi um sim, então — murmura.
Quando começo a erguer os quadris de encontro à mão dele, Jameson me beija nos lábios uma última vez e inclina a cabeça para traçar um caminho de beijos até meu ventre, onde deposita um beijo especial na minha cicatriz da cesariana. Eu arfo, sentindo-me desejada e cuidada. Sua boca desce mais e encontra meu clitóris. Começa a rodeá-lo com a língua, muito devagar, suas mãos separando mais minhas coxas enquanto está mergulhando entre minhas pernas. Depois está deslizando o nariz por meu sexo, para cima e para baixo, com muita delicadeza, como se estivesse flertando com ele, até que me dá o primeiro beijo lá.
Retorço-me e seguro os lençóis em cada mão. Ele para, espera que me acalme. Levanto a cabeça e o encontro me observando sob seus longos cílios. Meu coração acelerado tenta se tranquilizar, mas o olhar intenso de Jameson me deixa mais inquieta, e sinto que vou desmaiar quando novamente encosta os lábios na minha parte íntima.
— Oh, meu Deus — sussurro em um arquejo e ouço o gemido dele.
Ondas contínuas de prazer me assaltam, tornando-se mais violentas à medida que ele usa a língua para brincar com mais partes sensíveis minhas, torturando-me, castigando-me docemente. Sua língua lambe minha umidade e a espalha por meu sexo, em seguida é introduzida na minha abertura. Minhas pernas ficam rijas. Perco a consciência uma e outra vez. Todas as células do meu corpo se concentram naquele ponto nevrálgico entre minhas coxas.
Eu gemo, algo se expandindo em mim, em seguida empurro, e sinto novamente dedos na minha abertura, provocando-me, então um deles está saindo e entrando rapidamente, enquanto sua língua segue o compasso malicioso da brincadeira ao redor de meu clitóris. Arquejo. Isso é muito. Não sei se posso aguentar por mais tempo. Meu corpo suplica desesperadamente por alívio. Eu me deixo ser levada... Arqueio a cabeça para trás e grito o nome de Jameson com luxúria e ardor. O mundo todo se desmorona ao meu redor e me sinto retorcer angustiosamente, enquanto a força do clímax leva tudo de mim.
Quando abro os olhos, vários segundos depois, encontro-o de pé na frente da cama já puxando a cueca para baixo. Um intumescido membro ereto salta livre e eu convulsiono em deleite por finalmente vê-lo nu. Fico contente por não ter perdido isso.
Está ainda posicionando o corpo contra o meu quando diz com a voz rouca, os olhos embriagados de paixão enquanto me admiram embaixo dele:
— Não posso mais esperar. — Sua ereção levemente roça meu clitóris e um grunhido erótico rasga através de minha garganta. Ele me beija uma e outra vez, até dizer: — Ver você nua foi demais para minha capacidade de controle. Muito melhor do que quando a via em meus sonhos...
Jameson enche meu rosto de beijos enquanto acaricia meus seios com uma mão, excitando-me muito mais do que minha imaginação poderia julgar ser possível.
— Está protegida? — Sua baixa pergunta chega aos meus ouvidos.
— Sim — sussurro com os lábios entreabertos, meus olhos hipnotizados pelos dele.
Muito lentamente ele começa a me penetrar e eu coloco as pernas ao redor de seu corpo para recebê-lo gloriosamente. Começa a mover-se. A sensação é doce, forte e suave... Movo os quadris tentando acompanhá-lo, meu corpo fraquejando docemente por estar tão contente em fazer isso com alguém tão especial. Alguém que nutre uma paixão por mim que eu não sabia até então.
Movimento-me com desespero, convidando-o a acelerar o ritmo. Jameson beija minha testa, a ponta de meu nariz, e em seguida arremete mais fundo, com mais força e rapidez, sussurrando palavras eróticas em meu ouvido com a desenvoltura de um homem que parece estar disposto a me levar para o clímax mais intenso que já experimentei.
A cada instante que passo com ele é como se eu estivesse redescobrindo minha sexualidade depois de tanto tempo. Eu me delicio com isso e dou-lhe respostas mais desinibidas, movendo-me com habilidade enquanto sinto seus músculos dos ombros pouco a pouco comprimirem sob minhas mãos.
Sinto ondas de fogo subirem dentro de mim, incendiando todas as partes de meu corpo, enquanto a pélvis de Jameson pressiona a minha a cada estocada em um ardente encontro. Sua boca volta a encontrar a minha e ele começa a enfiar a língua na minha boca ao mesmo tempo em que está enfiando o pênis mais embaixo. Estou adorando isso. Sua respiração fica entrecortada e um grito escapa de mim quando chego à beira do clímax.
Chupo sua língua, prendendo-a antes que vá embora, até que nossas bocas estão se unindo com violência e o nosso beijo se tornando mais avassalador, mais intenso, mais urgente. Eu choramingo. Ele bombeia mais uma, duas vezes, e então uma terceira vez, e finalmente explodo em espasmos doces, violentos e envolventes. Sou levada ao orgasmo mais alucinante que já tive, mas só me permito parar quando Jameson também encontra sua própria liberação, os músculos de seus ombros retesados sob minhas palmas das mãos.
Ele fica imóvel por um instante, ainda dentro de mim, seu peso me esmagando contra o colchão. Eu abraço com força seus ombros e acaricio a parte de trás de sua cabeça, entrelaçando os dedos nos macios cabelos de Jameson, que cola o rosto na lateral do meu, respirando, recuperando o fôlego, antes de levantar a cabeça e seus insondáveis olhos negros acharem os meus.
Eu me sinto tão bem. Maravilhosamente bem. Permito que ele veja isso em meus olhos quando o fito com uma expressão de êxtase e satisfação, nossos corpos ainda esquentando um ao outro.
— Ellie. — Ele sai de dentro de mim e eu deixo escapar um gemido de protesto que o faz sorrir.
Ao se deitar perto de mim, me puxa contra o peito firme e enterra o rosto em meus cabelos. Sinto quando me cheira.
— Isso foi tudo o que eu sempre quis — murmura. — A garota daquelas cartas... você... minha. Sonhei tanto com você. Não sabe como eu me perguntei infinitas vezes se haveria um dia em que seria concebível isto acontecer entre nós dois.
— Oh, Jameson... — Levanto a cabeça para ficar olhando para seu rosto bonito. — Eu não tinha ideia. E você me tratava tão friamente...
Seu polegar percorre meu lábio inferior ao mesmo tempo em que me fita com olhos nublados.
— Eu sabia que iria me apaixonar por você no momento em que a visse, por isso nunca quis vê-la durante todos esses anos. Ter conhecido essa nova Ellie... Meus nervos não são de ferro, não aguentei. Eu não estaria aqui, se não fosse por você.
Meus olhos se abrem mais para ele.
— Jameson — sussurro, chocada —, está dizendo que...
— Sim — interrompe com um sorriso.
Minha nossa. Ele trouxe as instalações de sua empresa para cá por minha causa. Para me ver. Para me... conhecer. Para ficar perto de mim. Eu fico muda, desorientada com a sinceridade de sua confissão. Estou aparvalhada com a intensidade do sentimento de Jameson Carver por mim e de como foi capaz de ir tão longe para estar no mesmo lugar que eu.
— Ás de Copas. — Toma o meu queixo entre o polegar e o indicador.
Hesito ao olhá-lo.
Tenho a impressão de ver um vestígio de sofrimento em seus olhos ao me encararem e fico confusa por um instante. Percebeu minha hesitação? Mas então ele sorri e me beija com delicadeza.
— Você foi perfeita — ele me diz carinhosamente.
Sorrio.
— Você também.
Sou atraída para beijá-lo de novo. Eu fecho os olhos e ofereço os lábios, antecipando o sabor delicioso de seu beijo gravado em minha mente. Ao invés disso, sou pega de surpresa ao receber um casto beijo na covinha de meu queixo.
Abro as pálpebras, sobressaltada, e o olho, as lembranças do homem que costumava fazer isso comigo mexendo com meu raciocínio tão estraçalhado. Devo estar parecendo horrorizada, porque ele sente necessidade de explicar:
— Esse queixo me deixa louco. — Com o polegar, acaricia ao redor da covinha e depois esfrega o centro. Então sorri para mim. — Parece até uma criminosa.
Minha respiração falha nesse momento. Antes de Jameson, eu só tive um homem na minha vida que me dizia essas coisas. E agora Jameson... Não tenho muitos parâmetros para saber se devo realmente desconfiar disso ou se essa minha característica tão peculiar deixa de fato qualquer homem louco.
Antes que seja eu quem fique louca de vez, resolvo não pensar em mais nada e me colo ao corpo quente dele. Aperto os olhos e engulo as palavras não ditas. Ficamos abraçados, com minha cabeça acomodada em seu braço enquanto desfrutamos da companhia um do outro. Consigo dormir por algumas horas, até despertar com relutância e mirar o relógio da mesa de cabeceira para descobrir que está muito tarde.
Com um suspiro, cuidadosamente desvencilho-me de seus braços protetores e coloco os pés no chão. Pouso o vestido e o cinto na beirada da cama, ao lado de Jameson. Silenciosamente e com movimentos suaves, começo a me vestir. Enfio-me no delicado vestido branco de renda, mas, antes que eu possa tirar o cinto da cama, uma mão agarra meu pulso e me detém.
— Escapando na calada da noite. — Ele está sonolento e nebuloso, embora seus olhos me olhem fixamente com uma ligeira irritação. — Aonde você vai?
— Preciso ir para casa — digo baixinho, apesar de saber que ninguém mais mora naquela casa além dele.
Jameson franze a testa, como se tivesse acabado de se lembrar de algo.
— Você tem uma família... Não seria justo eu pedir para que fique, certo? — Meu silêncio é a sua resposta. Suspira cansadamente e afasta os lençóis de si. — Embora esta seja minha vontade. — Soa quase como um resmungo. — Deixe-me pelo menos acompanhá-la até a porta.
Eu termino de me vestir e desço junto com Jameson, que ainda está puxando uma camiseta sobre sua cabeça. Pego a bolsa e o casaco que estão sobre o sofá. Sinto como se estivesse sufocando a cada segundo que minha partida se aproxima. Estou angustiada por ter que deixá-lo, mas preciso ir embora.
Ele abre a porta para mim. Dou um passo fora e me viro para olhá-lo, hesitante. O que se diz a alguém que lhe proporcionou a melhor noite da sua vida?
— Obrigada pela noite — agradeço com um sorriso verdadeiro.
— Não foi um favor.
— Obrigada mesmo assim — insisto e agora nós dois estamos sorrindo.
— Vamos nos ver de novo? — Olha-me com expectativa em seus olhos.
— Hã... acho que sim. — A verdade é que não tenho ideia se aguentarei vê-lo de novo sem surtar com meus confusos e assombrosos pensamentos traiçoeiros.
Ao ver minha hesitação, ele movimenta a cabeça, confiante.
— Vamos nos ver de novo. — E agora definitivamente não é uma pergunta.
Ele sabe ser bastante persuasivo. Sorrio, nervosa, tentando respirar adequadamente. Vamos nos ver de novo. Parece uma promessa perigosa para o meu psicológico já tão abalado. Antes que eu vá, Jameson prende meu queixo entre seus dedos e me dá outro de seus beijos que deixam meu coração batendo como um tambor. Em seguida, libera-me com um sorriso e dá uma piscadela para mim.
Mesmo em seu olhar, eu consigo ver o quanto está mudado, com algum novo propósito de vida, uma vontade ferrenha escondida atrás daqueles olhos misteriosos.
Estou sorrindo como uma tonta, ainda um pouco confusa com o que vi, e desajeitadamente chego aos tropeços no carro. Uma vez atrás da direção, tiro os saltos e respiro fundo, segurando o volante com firmeza como se assim eu pudesse recuperar todo o meu autocontrole perdido.
Mas a verdade é que eu estou tão fodida.
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