Cap. 1 - Aquele mapa
Quando acordou, a fera ainda estava lá. Devorando sua bolsa de couro, com tudo que havia dentro dela. Viu seu bastão mágico de cedro ser destruído em uma mordida, partido em dois por dentes poderosos. Seu escudo de proteção estava inutilizado sob as patas do felino.
Fechou seus olhos e respirou lentamente.
Era necessário pensar rápido, se quisesse continuar neste plano físico. Entoou um antigo mantra, lição de tempos remotos, para defesa pessoal. E no mesmo instante, uma gota brotou do chão. E a cada vez que subia o tom do mantra, mais gotas borbulhavam.
A magia da água.
Uma poça surgiu entre a fera e seu corpo ferido. Entoou seu canto mais uma vez, cadenciando a melodia. As gotas, unidas, começaram a dançar com sua canção, subindo alguns metros e caindo logo depois, como uma cachoeira sobre a cabeça do animal. Era pra ser um feitiço de proteção. Mas logo sentiu outra mordida, e os dentes do bichano enfurecido cravaram em sua perna esquerda.
Dor. Medo. Era preciso reagir.
O que faria agora? Se nem aquele feitiço poderoso fizera efeito? Lembrou então de uma profecia antiga, que dizia que daqui a centenas de anos, pessoas morreriam atacadas por leões em arenas, justamente por professarem sua fé. E ao invés de lutarem, elas cantariam enquanto eram devoradas vivas.
Entoou outro mantra, agora com ainda mais fé, e fechou sua aura, enquanto sentia as patas cortando sua carne como lâminas afiadas. Destruiu as vibrações contrárias que emanavam no ambiente. Se fosse a hora de partir, que fosse como na profecia: cantando. Em paz.
- Ommmmmm...
No mesmo instante, sentiu algo brotar dentro de sua consciência:
- Sintonize a vibração à sua volta. Aos teus pés, algo encontrarás. Se precisares de mim, em todo lugar me acharás. Eu sou aquele que tudo sente, que tudo vê!"
Juntou suas últimas forças e viu um mapa e uma varinha entre seus pés.
- Eis minha fé: meu nome... é... Zoé!
Um respingo de fogo surgiu na ponta da varinha, e um ponto de luz iluminou o breu do ambiente.
A magia do fogo.
O artefato mágico tocou a cabeça do leão, que parou por alguns segundos, incrédulo com aquela tentativa de reação de sua vítima. Por instinto, a fera devorou a varinha mágica. Sem piedade.
Em seu último ataque, o felino cravou seus caninos no pescoço de Zoé, que atingiu o limite de sua dor. Era chegado seu fim. Sussurraria no ar sua última frase, antes de deixar este plano no universo:
- MRITYOMA GAMAYA!!!
A magia do vento.
O sangue quente respingou em seus olhos, que mal conseguiam enxergar seu universo presente. O tempo parecia correr sem pressa naquele instante duvidoso entre a vida e a morte. Não entendia o que havia acontecido. Nem o que viria depois. Apenas sentia-se parte de um mundo que não mais compreendia. Zoé fora vencida. Sentiu a energia do seu corpo sendo absorvida pelo chão.
A magia da terra.
Anat, o leão, checou sua vítima e deu-se por satisfeito. Retirou então com seus dentes o bracelete do pulso de Zoé, como um troféu. Havia concluído assim sua missão neste local mágico e misterioso conhecido por...
(Vote na sua opção preferida! A aventura segue na próxima semana!)
1) Ilha do Farol
2) Ilha das sereias
3) Deserto dos Ventos (Opção mais votada)
4) Vila do Sol
5) Lagoa azul
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