Capítulo 27 - Os três: Christian Persí
Mais quatro dias se passaram Sarah ainda continua andando com a maleta, Jordam a vigia de longe, Thomas é viajado por Phillipe, porém não há nenhum sinal de vampiros pela redondeza.
Thomas e Sarah estão mais próximos, e sempre que possível, depois das aulas os dois saem juntos, ele além de estar visivelmente apaixonado por Sarah, ainda tem muitas perguntas sobre o passado extraordinário de dele. Ele ficou fascinado depois de descobrir que vampiros existem.
O pequeno mirante particular da família se tornou o lugar preferido dos dois.
Thomas: Eu sei que você disse para não me preocupar mais já está há uma semana andando com esse maleta para todo lado. Me conte, por favor, eu sei guardar segredo. – Ele olha para ela com os olhos de um pidão inocente. – Por favor!
Sarah concorda e ele sorri alegremente.
Sarah: Como eu te disse antes, eu não morro, e no meu mundo isso causou incomodo a outros vampiros. Eu tive três inimigos ao longo dos tempos, Christian Persí, Brovalovisk Runn e Leviatã Fizt, todos eles vieram atrás de mim pelo mesmo motivo, queriam ser como eu.
Thomas: Completamente imortal?
Sarah: É – risos – completamente imortal.- O primeiro a vim atrás de mim foi Christian Persí, em 1997, ele chegou cercando a mim e minha família, como se fosse amigo, investiu em nossos negócios, aderiu a nossa dieta, digamos assim, ele sempre dava ótimos bailes, para nos distrair, enquanto seus lacaios vasculhavam nossa casa, atrás de algo que o levasse até o encantamento, mas ele não obteve sucesso, então chamou uma bruxa. Até que uma noite, em um dos seus bailes, a bruxa que ele havia contratado foi enfeitiçando um a um da minha família, os fazendo adormecerem profundamente e os levando para o porão, ela os colocava em caixões.
Thomas: Más vocês são vampiros! Como ele conseguiu?
Sarah: Antes desse dia ele garantiu passar um tempo a sós com cada um de nós na estufa da mansão, primeiro com Benji o mais ingênuo. Ele nos atraia com os assuntos que cada um de nós mais gostávamos na época, o Benji estava obcecado por carros, ele tinha uma pequena coleção. Um opala azul turquesa, 1978, um landau v8 preto, 1980, um Hudson commodore verde, 1952, um Armstrong Siddeley Sapphire bege e preto, também de 1952, esse era seu favorito e alguns outros carros. E é claro Christian sabia tudo sobre o assunto.
Thomas: Nossa! Ele ainda tem? – Encantado, seus olhos chegam a brilhar.
Sarah: Alguns... O Armstrong ainda é seu favorito. – Um pequeno sorriso. - Durante a conversa na estufa ele se assustava com uma pequena cobra coral que o próprio colocou lá. Ele usava uma pequena armadura pontiaguda no seu dedo mindinho, e quando nos agarrava com seu suposto susto, nos fazia um pequeno furo, recolhendo assim o sangue de cada um de nós no decorrer dos dias.
E com o nosso sangue a bruxa fez uma poção para que pudéssemos adormecer por três dias, e a cada três dias ele nos faria adormecer novamente. O objetivo dele era sempre recolher o meu sague para a bruxa estuda-lo e descobrir o encantamento usado por Morgana, a bruxa que me tornou mais que uma imortal.
Mas ele não contava com uma coisa, a magia negra impregnada em mim não permitiu que essa poção do sono profundo fizesse efeito por mais de uma hora, e então eu acordei, dentro de um caixão, no seu sótão escuro e úmido. Abri os caixões ao meu lado e encontrei minha família, todos imóveis, mais frios do que sempre fomos. Sabia que não estavam mortos, se não já haviam virado cinzas. Cerrei com tanta força meus punhos, que minhas unhas cortaram minhas mãos e meu sangue escorria tamanho o ódio que eu sentia, não enxergava mais ninguém, somente o Christian.
Pobre alma que cruzou meu caminho naquele instante, assim que comecei a subir às escadas do sótão a bruxa tentou me parar com um feitiço, mas antes que ela pudesse pegar seu galho, quebrei seu pescoço e a lancei escada abaixo. Arrependo-me de tê-la matado, mas só havia escuridão, nada podia me impedir de chegar até Christian.
Thomas: Galho?!
Sarah: É uma espécie de varinha que elas usam para canalizar seu poder – Sorriso ladino com uma pequena pausa - Avistei Christian do outro lado do salão, enquanto as pessoas dançavam, seus olhos se arregalaram quando encontraram os meus, uma casal bailando passou a minha frente interrompendo nossa visão. Nesse pequeno instante eu já estava o observando do segundo andar, enquanto ele me procurava com seus olhos, demorou um segundo e meio para me avistar, tamanho medo seu corpo demostrava, é como se já soubesse o que lhe aguardava. Olhei profundamente em seus olhos lhe dando um pequeno sorriso e caminhei tranquilamente em direção à biblioteca da mansão que ele havia construído próxima a nossa.
Thomas: Da estrada desativada, a mansão abandonada, que todos dizem ser mal assombrada, que seus donos morreram no incêndio. – Surpreso.
Sarah: Exatamente! Quando adentrei a biblioteca um a um de seus vampiros lacaios foram entrando também, eram sete no total, e por ultimo entrou Christian, eu estava de costas, com um livro aberto na mão, mas pude sentir o temor de cada um ali.
Sarah: Amedrontados? – Pergunta completamente sarcástica.
Christian: Como está acordada? - Voz tremula.
Fecho o livro e coloco sobre a mesa, me virando para eles, que automaticamente dão um passo para trás.
Sarah: E porque eu não estaria? - Arqueio uma das sobrancelhas. – Por que você está aqui Christian?
Christian: Já sabe a resposta Sarah, eu quero o que você tem, sua reputação precede. Não há um ser em nosso mundo que não tenha ouvido falar da lendária Sarah, á vampira que nunca morre.
Sarah: Lendária?!
Christian: Você matou o poderoso Salazar Azork, dizem que com um único movimento você arrancou o seu coração, sem que ele tivesse tempo de se defender, você foi além de veloz e sorrateira, você foi precisa. Havia muitos vampiros naquele covil e você matou um por um, e já havia matado três antes como humana. E quando finalmente um deles conseguiu decepar sua cabeça, adivinhem. – virando-se com os braços abertos para seus vampiros ali presentes, e aponta para mim – a cabeça dela continuou intacta no pescoço. Ela continuou matando até restar apenas um, como testemunha. Atearam fogo no lugar.
Sarah: Que bela história.
Christian: Dê-me o que eu quero, e eu devolvo sua família intacta. Caso contraria...
Sarah: Caso contraria você vai matar minha família, os transformando em cinzas, eu suponho.
Christian: Hum! Não é uma má ideia.
Sarah: Vamos fazer o seguinte, você devolve a minha família, e eu deixo você e seus lacaios sobreviverem, só não posso dizer o mesmo da bruxa.
Christian: Á matou? – Dou de ombros.
Sarah: Bom, já me cansei dessa conversa, eu não vou dar o que você quer, mas tem duas opções, você e seu bando se mudam para bem longe daqui e nunca mais voltem, ou...
Christian: Você nos mata!
Sarah: Sim! Deixo você por ultimo, e lhe garanto que desta vez não terá testemunhas. – Observa cada um dos vampiros há sua volta.
Christian: Peguem na! – ordena- vão – Grita ele.
O primeiro a me alcançar, vai direto em meu pescoço, me mordendo, e eu arranco seu coração o esmagando. E antes que os outros cheguem até mim eu os alcanço primeiro, desmembrando um por um, até que restasse somente o Christian.
Christian: Eu vou embora, sumo das suas vidas para sempre. – Amedrontado.
Sarah: Tarde de mais. – Coberta de sangue.
Christian tenta correr até a porta, mas eu já o esperava lá, então ele tenta a janela, mas eu também já o esperava, grudei em seu pescoço e o arremessei, e antes mesmo que ele chegasse ao chão, minhas mãos já estavam clavadas em seu peito, olhei em seus olhos uma ultima vez e arranquei seu coração.
Sarah se deita e olha para as estrelas seu olhar é triste.
Thomas: Ei! Não fique assim, eu sei que fez isso para defender sua família.
Sarah: Eu sou um monstro Thomas, sempre vou ser. Não gosto das coisas que fiz, mais sempre estou em perigo e também a minha família, parecia que estava tudo resolvido, que ninguém mais viria atrás de mim, mas agora apareceu mais um inimigo, por isso estou com essa maleta, não sei quem ele é e preciso atrair sua atenção para descobrir. E agora não tenho medo só por minha família, tenho medo por você também.
Thomas: Por mim?
Sarah: Sim, me perdoe por isso. Estar comigo é estar em perigo, mas eu vou te proteger, há todo custo, eu prometo. – Ela olha para ele que se deitou ao seu lado.
Thomas: Eu sei que vai, eu confio minha vida há você Sarah. – ele vagorosamente pega em sua mão e ela vagorosamente também pega na mão dele. – E estou completamente apaixonado por você e não quero te perder, nunca, não me importa que você seja uma vampira, eu sinto no meu coração o quão maravilhosa é você é boa, ama e protege a sua família, você se preocupa com as pessoas, você não é um mostro Sarah, você é perfeita. – Seu coração acelera, seu olha fixa no de Sarah é brilha como a lua, lentamente seu rosto se aproxima no dela, seu coração cada vez mais acelerado, respiração lenta, ela olha para seus lábios e então para os seus olhos, e então ali, sobre a luz do luar os dois se beijam, é um beijo apaixonante. Em seguida eles admiram as estrelas, Thomas com um sorriso encantador no rosto e Sarah com um olhar mais sereno e brilhante.
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Até a próxima pessoal.
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