Capítulo 12 - Camuflagem


Sarah passa a noite toda pensando na visão que Rebeca teve, ela tenta reconhecer as pessoas que havia nela, tenta se lembrar da algum detalhe que a leve a alguma pista, mas é em vão. A profecia dita pela a bruxa não para de martelar em sua cabeça.

- Sua vida e a dela... o que isso quer dizer, não faz sentido, quem está por traz disso? –

O sol se levanta e junto com ele a Rebeca. Ela prepara o café e vai atrás de Sarah, que está na sacada.

Rebeca: Está melhor Sarah?

Sarah: Não! Passei a noite tentando decifrar essa profecia, o que ela quer dizer? Eu não consigo achar sentido algum.

Rebeca: Eu também não consegui dormir direito.

Sarah: Eu percebi. – sorriso ladino para Rebeca. – Duas visões na mesma semana, quais as chances?

Rebeca: Espera? – Surpresa – Como assim duas visões? Só havia uma! – olhar desconfiado para Sarah – O que você está me escondendo, tem um motivo maior para vim me visitar, não tem?

Sarah: É melhor se sentar – As duas caminham juntas até a mesa redonda e se sentam. – Bom, essa semana no primeiro dia de aula, esse humano que eu tenho desejado tocou em mim, eu não consegui antecipar seus movimentos parecia um imã.

Rebeca: Um imã?! – Pensativa.

Sarah: Assim que senti seu toque eu tive uma visão, eu acho... foi muito confuso e rápido, as coisas estão turvas e sem sentido, o que é claro é o rapaz em meus braços, ferido, há uma mordida em sua mão, seu gosto é bom, é como se eu estivesse sentindo ele agora.

Rebeca se levanta em silêncio, pensando no acaba de ouvir, o que deixa Sarah ainda mais preocupa.

Sarah: Acha que eu seria capaz de matar esse pobre rapaz?

Rebeca: Sinceramente eu não sei, espero que não, mais isso é muito estranho, nem toda bruxa tem visões, Morgana mesmo não tinha, como você sendo uma vampira conseguiu ter com apenas um toque?! Até as bruxas com o dom tem dificuldades, e você não precisou nem se esforçar, isso não faz sentido, tem algo errado. – Completamente agitada andando de um lado para o outro.

Sarah tenta acalma-la mas em vão, Rebeca começa a andar desesperada pela casa, começa a procurar pelo seu celular, assim que ela o encontra pede para Sarah ir para a frente em sua pequena loja para colocar uma plaquinha avisando que sairá de férias e pegar algumas coisas, e assim Sarah vai.

- Oi Dicézar, sou eu Rebeca, eu estarei voltando com Sarah para sua casa, precisamos contar a verdade para ela. Chegou a hora, não podemos vai esconder isso. Até breve. –

Sarah: Esconder o que?

Rebeca: Em breve você vai saber querida, mas agora eu preciso da sua ajuda, preciso arrumar minhas malas, quanto antes irmos para sua casa melhor.

Sarah: E o Jordam, não chega amanhã?

Rebeca: Ligo avisando no caminho.

Antes que chegue o meio dia Rebeca já está com sua mala pronta, não só contendo seus pertences pessoais, mas também livros, grimórios e poções, e então Rebeca pede que Sarah a acompanhe até o porão, elas caminham até uma estante velha, com livros velhos e empoeirados.

Rebeca pega sua fonte de poder, aponta para essa estante e diz fazendo movimentos circulares com as mãos.

– Revela a mim, o que eu escondo em ti.

Ela fura seu dedo, passando o sangue entre os velhos livros.

- REVELARE - Diz ela. 

A estante começa a sumir diante dos olhos de Sarah, que parece confusa com o que vê, pois além do feitiço de proteção há um cofre, que Rebeca abre usando sua fonte de poder com uma gota de seu sangue na ponta para digitar sua senha. Dentro dele há uma maleta que ela entrega para Sarah.

Sarah: Nossa! Você pega sua varinha de condão...

Rebeca: Não é uma varinha de condão, é minha fonte de poder. – revira os olhos.

Sarah: Ok, seu galho então, desfaz um encantamento de camuflagem, com seu sangue, abre o cofre com seu galho e seu sangue de novo, e agora essa maleta trancada, eu suponho que também abrirá com seu galho e seu sangue. – debochada.

Rebeca: Não... O "galho" não. – Sorri arqueando umas das suas sobrancelhas.

Sarah: O galho não... o que é tão importante assim para precisar de toda essa proteção?

Rebeca: Em breve você saberá, agora chega de enrolação, precisamos ir.

Sarah: Tipico das Rokings!  - revira os olhos - Não está na hora de você se alimentar?

Rebeca: Paramos no caminho e eu compro algo, temos que sair já daqui. Ninguém pode nos ver com essa maleta.

Sarah termina de arrumar as coisas dentro do carro, em uma estranha sensação ela olha para o telhado de um casarão, mas não avista nada. Rebeca fecha a porta de seu estabelecimento com a maleta na mão coberta por sua manta. Entram no carro a saem em direção ao aeroporto.

Rebeca: Sarah me prometa que se algo acontecer você irá proteger essa maleta, sem pensar duas vezes, mesmo que tenha que me deixar para trás.

Sarah: Mas por que eu faria isso? É tão poderoso assim o que contém dentro dessa maleta?

Rebeca: É, ela não pode cair em mãos erradas, e sem meu sague ninguém pode abrir essa maleta, então leva ela para o mais longe possível de mim. Prometa-me!

Sarah: Vai adiantar alguma coisa se eu disser que não?

Rebeca: Sarah... Por favor!

Sarah: Ok deixo você para trás então. Mas não se preocupe nada vai acontecer conosco. Sabe que ninguém ousaria.  

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Até a próxima pessoal. 

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