Capítulo 11 - Lembranças
- Sarah Rylles Saciller
Tanto tempo que não sentia esses cheiros, incensos, ervas, mirras... poções, o Jazz. As ruas de Nova Orleans são sempre cheias e ... alegre.
Meu pensamento é tomado pelas lembranças do meu passado, minha pequena teria seus 26 aninhos agora. Dói-me imaginar como seria a sua vida, como ela estaria agora? Como ela seria fisicamente? Provavelmente a essa altura ela deviria estar namorando, noiva ou casada, eu seria uma sogra, talvez até avó.
Meus lábios são tomados por um pequeno sorriso ao pensar em todas essas possibilidades, mas logo uma imensa dor e tristeza toma conta de todo o meu ser, sinto meu corpo inteiro se arrepiar, minha alma se aperta dentro de mim, queria tanto poder chorar nesse momento, mas eu não tenho lagrimas em mim, sou seca.
Paro em frente a uma porta de madeira e vidro ao meio na parte superior, uma pequena plaquinha, colada ao vidro diz: Sejam bem vindos. Abro a porta e todo o cheiro que sentia ao chegar em nova Orleans se intensifica.
Rebeca: Sarah! – percebo em sua voz a surpresa e a alegria em me ver – você por aqui – vem ao meu encontro – que visita maravilhosa. Diz Rebeca Rokings Irmã da Morgana me lembro por um instante dos momentos em que convivi com ela. Alegremente respondo.
Sarah: Oi ... como você está?
Rebeca: Sarah, que saudade, estou bem e você como tem passado? – pergunta ela, já me lavando para a sala dos fundos, onde tem uma mesa redonda para que possamos sentar e conversar.
Sarah: Estou bem – ela olha profundamente em meus olhas por alguns instantes, colocando suas mãos sobre as minhas em cima da mesa.
Rebeca: O que te aflige minha querida? - ela está preocupada...
Sarah: Estou em conflito constante comigo mesma, os fantasmas do passado voltaram a assombrar minha mente, desejo tanto um humano, é como se eu já estivesse sentido o gosto do seu sangue. – ela me observa atentamente.
Rebeca: Mas essa é sua natureza, sempre haverá um sangue chamando por você, te atraindo feito rato ao queijo – fico em silência e ela ainda com suas mãos sobre as minhas – esse desejo te preocupa né? Perguntou ela pedindo para ler a minha mão, mesmo sabendo que não gosto, hesito por segundos e então permito que ela leia.
Rebeca: Estranho – olhar de duvida
Sarah: O que você está vendo. – espantada
Rebeca: Há uma profecia para... você? – mais duvidas sobre sua feição.
Sarah: O que ? Profecias? – pergunto a ela ainda mais assustando, encosto mais o meu corpo sobre a mesa devido a tamanha afrição dela, tento atender suas feições, mas mudam com muita rapidez, não aguento de curiosidade. – Me diz, o que você vê! – lembrei de Morgana e suas demoras para me responder.
Rebeca: Alguém lhe jurou vingança, mas não consigo ver além, não consigo ver seu rosto, nem suas más intenções, é como se..... essa pessoa tem uma bruxa. – ela se levanta rapidamente soltando minha mão, vai para frente, na loja e começa e pegar umas ervas, partes de pequenos insetos as leva para o fundo onde ela tem um pequeno caldeirão, de ferro, bem antigo, ele está colocado sobre um pequeninho fogão a gas de somente uma boca sobre uma mesa de madeira. Curioso, pois achei que seria algo interligado a madeira.
Ela começa a misturar todas as coisas que havia pegado em sua loja no pequeno caldeirão, como se fosse uma receita de bolo, cada ingrediente era colocado em suas quantidades certas, o cheiro não era muito agradável.
Depois de fervido em seu tempo certo, ela colocou em duas xicaras, uma para mim e outra para ela.
Sarah: Você quer que eu beba isso? – perguntei um tanto quanto enojada.
Rebeca: Você precisa, caso queira ver o que eu vi lendo sua mão. – tomada pela curiosidade aceitei prontamente sua proposta.
Sentamos de volta a mesa, ela colocou a poção sobre, um de cada lado para que pudessem sentar de frente a outra. Antes que começasse ela tirou dois de seus cílios, um de cada olho e pôs um em cada xicara, em seguida disse uma palavra desconhecida para mim – SONHESELSELON –logo em seguida a poção que tinha um tom alaranjado se tornou lilás envolto em nuvens. Ela pegou a xícara e disse para que eu fizesse o mesmo e tomamos juntos, foi totalmente repugnante tomar essa poção, antes que o meu corpo o quisesse expulsar de meu estomago, ela segurou minhas mão como em circulo e começou a sussurrar varias palavras, só consegui escutar uma – revelia...- e já não estava mais em sua pequena loja.
Sarah: Onde Estou?
- Sua vida e a dela se interligarão em algum tempo, você terá o que deseja se há encontrar... Encontrar o que foi esmago e como fênix ressurgida. Somente seu senhor poderá destruí o esmagado, para que a morte a encontre em seu mais novo estado. –
Sarah: O que? - Escondida atrás de uma pilastra.
Vejo um homem e uma mulher que nunca vi antes, em volta de uma pequena fonte, uma fonte de passarinho, um tanto quanto antiga, no centro dela há duas pedras redondas e achatadas uma sobre a outra por onde sai à água, de cada lado dessas pedras há dois pássaros, cinzas, estatuas imóvel, são como guardiões da água que dali jorra. Nela ha símbolos e escritas por todos os lados.
- procurem em todo lugar, escavem, destrua o que for preciso, mas achem os restos daquela bruxa –
Um homem ordenando, para que destruam um lugar que parece ser uma fazenda. Tenho a sensação de que já estive aqui. Tento me aproximar para olhar mais detalhadamente o local, está completamente diferente mas me lembro do lugar, foi onde me tornei vampira, foi onde Morgana morreu. – Bruxa – ele está atrás dos ossos de Morgana?
Sussuros vem em minha direção, olho para trás e tudo é tomado pela escuridão, vejo uma entrada de pedra, quanto mais me aproximo mais fortes os sussurros ficam. Quando enfim passo pelo porta, vejo novamente a fonte, os sussurros vem dos pássaros, não consigo entender, são rápidos de mais, me aproximo mais para entender e eles param, não ouço mais nada, além de pequeninos batimentos cardíacos, é tão lento e agonizante. E como pedras se quebrando eles rapidamente se viram para mim, com seus minúsculos olhos vermelhos.
Eu me assusto e logo saio do transe em que estava, soltando a mão de Rebeca.
- Sarah?!
- Preciso pensar, vou lá para cima.
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Toda semana um novo capítulo.
Até a próxima pessoal.
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