Ser mãe é coisa doida. Levanta no susto porque o filho acordou antes, já se culpando. Como se mãe devesse se culpar!

Mãe deveria ser isenta na fila da culpa!

A gente diz que não vai deixar brincar com aparelho eletrônico até os 4 anos porque faz mal "pras vistas". Mas que jeito se o filho só quer saber da Peppa Pig?

Afirmamos que o filho vai ter uma alimentação o mais natural possível... mas a papinha pronta no vidrinho nos salva de cada uma na hora do sufoco...

Ah... e claro: "Meu filho não vai fazer birra"... Sei! Até a hora que ele se jogar no meio do supermercado querendo aquele salgadinho que juramos que não íamos dar.

E lá vem o sentimento de culpa de novo...

Rede social virou tribunal de todo mundo, onde os juízes mais carrascos muitas vezes são os que mais amamos. "Ah, mas se fosse meu filho"! ...

Quantas vezes não nos deparamos com os comentários tão insesatos e quisemos dizer: "Mas não é"!

Quisemos mandar a pessoa praquele lugar? Quisemos! Pudemos? NÃO. Poderemos um dia? QUEM SABE!

Repito que mãe deveria ser isenta de culpa. Erra tentando acertar, num mundo em que o erro é mais valorizado que o acerto.

Mãe deveria ser isenta de culpa, porque já nasce com o dom de amar sem impor condições.

Obs. Crônica escrita inspirada nas mães Fernanda e Carol. ❤

Por Fabi Lange Brandes
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Foto: Carol e sua filha Maria Clara / Registro de Jaison Reinert.