De novo, o dia da Mulher....
De novo, o dia da Mulher....
Entra ano, sai ano, e sempre nos deparamos com essa data especial que é o dia 8 de março.... ah! Que dia lindo! Para valorizar as mulheres, mostrar respeito pela sua garra e determinação, por suas conquistas e por tudo que são. Tudo seria lindo, se não fosse a hipocrisia do ser que se diz humano.
Explicando com um exemplo bem prático: uma conhecida minha chegou esbaforida dizendo que havia presenciado uma cena terrível! Uma mulher foi ao salão de beleza, se arrumou, fez as unhas e o cabelo, depilação e se fez linda para que hoje se sentisse mais feminina. Tudo ia bem, até ela sair do salão, que no caso, seria seu santuário imaculado.
Eis que ao dar a partida na moto, logo mais adiante na estrada, ela raspou num espelho retrovisor de um carro. Calmamente e honesta, desceu da moto para poder verificar se havia algum dano. Um risco. Um mero risco quase imperceptível. Acontece, que nem todas as pessoas são pacientes, pacíficas e humanas.
De repente, aparece o dono do carro já muito enfurecido, dizendo palavras que eu nem me atreveria a escrever aqui, já julgando a pobre, e até então, alegre moça.
Em plenos pulmões, ele começa a gritar: " Esse carro é da minha filha, vai ter que pagar, vai ter que pagar!!!" A moça, na melhor das intenções, quis explicar que era apenas um arranhão, mas que estava sem dinheiro no momento, deixando seu número de telefone para futuro contato. Mas o homem não se contentou, e pasmem: pegou um tijolo que viu por perto e disse que deveria atirar o tijolo na cabeça dela pra ela não fazer mais barbeiragem, afinal, mulher não sabe dirigir.
Me entristeço quando ouço ou vejo histórias assim, pois ainda acredito no ser humano. Então, de que adianta termos um dia só nosso, se somos ameaçadas o tempo todo? Seja com tijolos, seja com palavras, ou qualquer tipo de abuso.
Acabou que a moça subiu na moto e se evadiu do local para não apanhar.
Por isso, meus leitores, deixo a reflexão: precisamos mesmo de um dia para sermos lembradas? Não. Precisamos de um dia que enobreça o SER HUMANO, independente do gênero. Quando nos tratarmos como tais, aí sim eu acreditarei num futuro com uma pincelada de esperança.
Por Fabi Lange Brandes
Crônica publicada em 08/03/2017
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