Capítulo 55 - Guggenheim, a República do submundo

O Senado Imperial, impotente para resistir a limpeza brutal da Casa Klauss, foi dissolvido. Leore Klauss reinou supremo sobre o Império Thieldiano. Embora isso tenha abalado os bastidores imperiais em sua fundação, estes desenvolvimentos foram para dizer o mínimo, recebido por seu militar.

O governador autoritário dos Marechais, em conjunto com a ameaça iminente de invasão Elnidiana, serviram para promover camaradagem entre suas equipes.

De nossa parte, a resistência reúne forças na fronteira dos céus. Estando prontos para o que vai vir. A guerra para decidir o destino de Pangeia logo estar em cima de nós.

-Memórias do Marquês Dário Gol Nono

★★★


Guggenheim é uma cidade cheia de marinheiros e piratas, liderados pelo infame Harambe. Apesar de estar localizado em território Thieldiano, Guggenheim fica fora dos conflitos do Império. Em vez disso, é uma cidade disposta a oferecer seus serviços a quem os quiser, como a Resistência .

O Porto próspero no norte do Mar de Thétis, famoso por suas ricas áreas de pesca. Além da pesca, o porto é conhecido por seus construtores navais e suas inúmeras contribuições para o avanço das embarcações marítimas. Embora a demanda tenha caído com a disseminação de dirigíveis, os construtores ainda conseguem lucrar com suas embarcações. O poder em Guggenheim está com os capitães do mar e piratas da riqueza. Embora pertençam em nome ao Império Thieldiano, subornos regulares bem colocados garantiram à cidade uma governança autônoma. A cidade em si é pequena, sendo uma cidade portuária clássica, com muitos becos de paralelepípedos serpenteando entre edifícios que abraçam a curva das colinas. Frutos do mar frescos podem ser encontrados nas barracas do mercado diariamente, junto com muitos outros itens trazidos por comerciantes e piratas. Vários cursos de água atravessam a cidade, alguns transportando água potável, outros usados como canais para o transporte de mercadorias. A mansão do Rei Pirata Harambe fica no bairro oeste de Guggenheim.

A mansão, por sua vez, é muito parecido com um chalé a beira-mar. Feita com madeiras e várias janelas. O vento percorre por toda ela, deixando o ambiente mais agradável e fresco.

Mansão de Harambe, em Guggenheim

Zafira encarava o mar diante dela da varanda da casa de Harambe. Estava visivelmente abalada e cansada. A brisa refrescante lhe revigorava, mas sua dor de cabeça não passava. Guggenheim era uma cidade portuária, mundialmente conhecida por abrigar os piratas mais famosos da história de Evânia, como Capitão Alcioneus e Capitão Noah Lionheart. O movimento apenas aumentava a cada hora. Os portos eram sempre movimentados, a todo momento, homens e homens descarregando os navios que chegavam com mercadorias em grandes caixas pesadas de madeira e sacos enormes.

-Eles escolheram reforçar a Resistência, ainda não levantaram nenhuma espada para ajudar. Que cidade poderia fazer isso? -Perguntou Zafira para Harambe.

O grande e forte pirata estava de braços cruzados. Sua perna esquerda estava apoiada na quina da mesa de seu escritório.

-A cidade dos homens sem países. Ciganos e piratas dos mares e dos céus. Poucos são o que de bom grado dão a vida por um amigo, e muito menos um rei.

-O Marquês… ele estará na guerra?

-A hora se aproxima. Logo ele deve ficar em sua posição frente a frente com o império, claro. Quando ele ajudou vocês a se infiltrarem na Bearthorn e também fora, ele cuspiu na ferida dos Marechais. Ele não pode sentar e esperar para evitar um acerto de contas. O Marquês compartilha do meu desagrado com a guerra… No entanto, se isso chegar a acontecer, ele vai mostrar com seus quartéis.

Três semanas atrás…

Marquês Dário se encontrava naquela mesma varanda. Harambe estava de braços cruzados, enquanto encarava sua mesa.

-Por enquanto, vamos continuar treinando o exército da Resistência. Energia suficiente do nosso lado e mesmo Leore pode ver o apelo da tabela do tratado.

Harambe pegou uma cerveja no frigobar e bebeu um gole.

-Mas Leore ainda possui dois Tesseratos. O que faz você pensar que ele negociaria quando ele tem um poder incomensurável em mãos? Energia suficiente para destruir um reino inteiro.

-Mais uma razão para eu apoiar sua invasão na Capital.

Harambe cerrou as sobrancelhas, ele odiou aquela idéia. Ele havia prometido a si mesmo que jamais voltaria para lá…

O Marquês Dário continuou:

-Você mesmo disse: Os Tesseratos são armas poderosas. Eu gostaria que você os pegasse para mim.

Harambe bateu com a garrafa na mesa.

-Eu não disse que lhe daria os Tesseratos.

-Se não houver uma pedra, eu teria que procurar em outro lugar ajuda.

-Então você teria que se aliar com Élnides.

Marquês Dário encarou o pirata com um olhar distante. Ele mudou a vista de direção, encarando o mar que se extendida diante dele.

-Como eu devo dizer? Fracasso não é uma opção.

-É apenas o que Leore quer -disse Spike -atrair Élnides e a Resistência para o campo de batalha, então esmagar tudo com um golpe dos Tesseratos.

-Acho que não, Eustass tem uma das pedras -disse Gerlon. Ele estava de segurando um taco de sinuca, ele estava jogando com Sirius, que procurava um ângulo para derrubar sua primeira bola. -Nós vamos esmaga-las com a espada do Rei Gaiseric. Leore vai ficar segurando uma coisa insignificante. O tempo é curto, Eustass não vai nos esperar. Ele está indo para Elyria.

Todos permaneceram em silêncio, o encarando. Um vento forte entrou no escritório de Harambe e fez girar o catavento.

-Elyria… -disse Zafira.

-Eu já ouvi sobre isso em uma canção do meu povo. Nós a cantamos em élfico, como nos foi ensinado. -Disse Flora.

“Nas margens mais distantes do rio do tempo…”
“Confusão profunda na névoa turva…”
“A Terra Santa dorme… Elyria.”
“Quem sabe o caminho? O caminho para as portas?”

Cantou Flora num tom doce e melancólico.

-Então você procura um local com interferências mágicas. Profundamente dentro da selva que cobre Elyria. No norte de Pangeia, onde névoa e tempestades de Brana fervem. -Disse Harambe.

Sirius derrubou três bolas seguidas.

-Então é isso! Vamos! -Disse o garoto.

-Certo. -Disse Mikka.

Ele a puxou pelo pulso e saiu do escritório. Flora e Spike o seguiram.

-Não vem conosco, Harambe? -Perguntou Gerlon. -Esqueça do seu preciso Tesserato. Vai por mim, é bem melhor, acredite.

Harambe pegou uma cerveja no frigobar e sentou-se em sua poltrona.

-As palavras de Eustass soaram ocas para mim. Vou seguir outro rumo.

-Ah, outra pista, não é? Você está bem informado.

-Eu poderia muito bem dizer o mesmo para você, pirata.

Gerlon o encarou seriamente.

-Se apresse ou vamos sair sem você! -Disse Sirius na entrada do escritório.

-Ahh, Sirius! Eu tive alguns dos meus homens que foram verificar isso em Elyria. É melhor perguntar o que eles encontraram.

-Está bem! Obrigado pela ajuda, Harambe! -E o garoto saiu correndo.

Harambe deu uma gargalhada.

-Voar primeiro e perguntar depois! Seu estagiário é mais pirata do que você.

-Eu não tenho nenhum estagiário. -Gerlon deu as costas e saiu.

Quando Zafira passaria pela porta, quando o pirata lhe chamou atenção.

-Princesa Zafira! Eu gostaria de ouvir suas verdadeiras intenções. O que há de verdade no seu coração. Se o Doutor Eustass está falando a verdade, você pode muito bem ser recompensada com mais algum Tesserato em Elyria. Então, diga-me: você ainda deseja a pedra?

-Eu desejo seu poder. Eu quero… mas eu também temo. Devo proteger Henry. Eu não posso me dar o luxo de temer a nada.

Harambe a encarou com olhar de serenidade.

-Não se esqueça de Itorama. Esse é meu único conselho para você.

Ela acenou timidamente para ele e saiu.

★★★

Uma frota de aeronaves e aviões menores sobrevoavam uma cordilheira alta e salpicadas de neve. A aeronave de guerra Boobastis se destacava em meio da frota de aeronaves com seu brilho alaranjado e detalhes em ouro. O grande Navio de guerra do Marquês parecia mais um cruzeiro de luxo comercial do que uma fortaleza voadora.

Navio de Guerra Boobastis


Ao redor da Boobastis, outros grandes navios de guerra voavam em formação. Pequenas aeronaves circulavam as maiores como se fossem pequenos insetos. Era possível contar nove cruzadores de Guerra de alto poder de fogo. Uma frota muito mais poderosas do que alguns reinos de Pangeia.

-Esquadrões de Kallahari e Garshield estão longe! Todas as naves enviem relatórios! -Disse Marquês Dário no rádio para toda a frota. -Eles estão começando a fazer manobras de nave para nave contra nós. Todas as mãos, pela laterais em frente!

Ele estava sentado confortável em sua poltrona na cabine de comando de Boobastis. Seu mordomo lhe serviu uma xícara de chá.

-Iremos repelir seus ataques -disse o mordomo. Seu sotaque era forte como de um russo. -Frota do ar, monitorem os inimigos.

-Frota do ar, ouviram o homem, todos em seus postos.

O Marquês Dário apertou fortemente a bengala.

-Um despacho de Arconia em comando, excelência -disse um dos tripulantes. -Os piratas dos céu deixaram o espaço aéreo de Arghar hoje cedo. Eles foram para Guggenheim com a Lady Zafira em sua companhia.

-É bom saber que a senhorita ainda vive, mas o que ela pensa em fazer com a pedra? -Perguntou o Marquês Dário.

-Com ou sem ela, a nossa resistência deve provar sua força para o exército imperial. Foi muito difícil convencer a ter ajuda dos setes reinos do oeste. Estas semanas se treinamento afiaram nossa vantagem. -disse o Mordomo.

Marquês Dário encarou o nada, pensativo.

-Eu oro o suficiente…

Por dentro, seus sentimentos eram mistos, euforia, ansiedade, preocupação e raiva era profunda, pois assim o império feriu o seu orgulho. Dário está prestes a ensinar que não se ensina novos truques a uma velha raposa.

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