Capítulo 3 - Um trabalho para órfãos
A pretensões de paz foram deixadas no esquecimento. As forças Thieldiadas retomara e avançando em direção a Cidade Imperio. A condenação do Reino Henry tinha sido decidida. Para manter a resistência sem fim, com os meus e os nossos pensamentos, eu, ao povo da Capital Imperio:
"Filhos e filhas, Irmãos e Irmãs, Amigos e Companheiros de Henry, sonho e desejo-lhes fortalecer seus braços. Levantem cânticos de oração. Orem por Sua Majestade, o Rei Marley, sempre misericordioso com seus súditos, um homem dedicado inteiramente a paz. Orem para a nobre princesa Zafira, que lutou com tristeza na derrota de seu Reino, e que no fim, infelizmente, tirou a própria vida. Fiquem sabendo também que o Capitão Spike, por incentivo a sedição e ao assassinato do Rei Marley, foi considerado culpado de alta traição e condenado a morte. Eles que a esta hora estão escolhendo ainda a espada para decapitar o capitão: Traidores que levariam Henry a Ruina. A rendição de vosso Reino, sem condições, teve que seguir..."
Tais palavras proferidas pelo amigo do Rei Marley, da corte, anotou seus sentimentos em seu diário pessoal. O texto acima, foram encontradas numa das paginas do capitulo vinte e seis, sob o titulo de: "A providencia de aliados".
Que as Deusas no abençoe e nos erga debaixo de suas asas.
~★~
5 anos depois...
Malditos roedores! Por todo lado se encontravam essa pequena praga. Causava prejuízos enormes para os comerciantes da Capital Imperio. Dizia-se que criaram agencias "freelancers" para caçar e exterminar eles, e que pagavam muito bem! Na medida do possível...
Nas colossais galerias de esgoto, poderia se passar muito bem por uma segunda capital Imperio abaixo da mesma que a reivindica-se. Tinha até um nome: Imperio Subterrâneo. Nome carinhoso dado pelos os mais perigosos cidadãos que viviam na miséria nas periferias da Capital. Era para lá que alguns criminosos (e ratos também) iam quando queriam se refugiar de algum problema.
Os esgotos era sustentado por enormes pilastras de tijolos de barro e cimento. O teto era bem alto e por todos os lados, cachoeiras podres e fedorentas despojavam toneladas de lixos por dia, de sofás até utensílios descartáveis. As paredes eram iluminadas por fracas luzes azuladas vindas de cristal nas paredes.
O cheiro de carcaça velha estava espalhados por todo canto. Ratos gigantes, gordos e peludos caminhavam entre as escadas, subindo e descendo os vastos e largos andares. Ali embaixo era um ótimo lugar para se ganhar dinheiro: matando essas pragas, e se fosse acompanhados por pessoas profissionais poderiam até invadir o ninho deles e acabar com os mais de duzentos roedores que se escondiam por aqueles dutos de esgoto.
-Inferno! –Amaldiçoou o garoto – Eu não sei se compensa esse serviço. Eu já disse que era pra ele tirar aquelas malditas caixas do armazém! É por lá que eles entram!
O garoto trajava uma camisa branca de colarinho grande abaixo de um colete de ferro, suas calças escuras são sustentadas por um cinto de faixa vermelha e enfiadas em um par de botas de aço até os joelhos e duas luvas de ferro. Na sua mão direita, carregava uma espada curva de bronze. Seus pelos era inteiramente negros, de olhos castanhos e felpudo no pescoço. Na luz, era possível reparar um leve tom avermelhado ruivo. Sua cauda era enrolada para cima.
Ele farejava o ar ao mesmo tempo que movia suas orelhas para ouvir o mínimo de barulho causados pelos rato. Ele saiu daquela lama e subiu as escadas. A frente dele, três enormes ratos se equilibravam com as duas patas traseiras. Seus olhos brilhavam em cor alaranjado, seus dentes amarelos e afiados se projetavam para fora da boca ao mesmo tempo que uma espuma fina escorria para fora.
-Sirius, rápido! Não podemos deixar eles escaparem! Se o senhor Angelo descobrir que não pegamos eles, não receberemos o pagamento. – Gritou uma garotinha com feições de raposas no andar de cima.
-Eu sei, eu sei! Só mais um pouco. Você precisa ficar lá fora para mim, lá em cima, Piper.
Agora acenou com a cabeça, desejou-lhe sorte e subiu as escadas. Sirius agora estava sozinho com aquelas três pragas raivosas na sua frente. Os responsáveis por sua indesejada visita as galerias podres do esgoto.
-Hora de trabalhar! – O primeiro rato avançou, chiando. Apesar de serem gordinhos e baixinhos, eles até que eram bem ágeis.
O rato saltou pra cima dele e com um movimento de arco, Sirius balançou sua espada e o partiu ao meio. O segundo investiu e sem fazer muito esforço, Sirius olhou pra cima e calculou numa trajetória. BUMM! Ele chutou o rato para longe. Sirius não o viu cair, mas ouviu um barulho de algo caindo nas aguas do esgoto, "esse provavelmente vai ter sorte se escapar da cachoreira". O terceiro não quis recuar, e também avançou, Sirius também. Esse terceiro era um pouco maior que os outros dois e lhe faltava uma orelha. "Líder do bando" pensou Sirius. Não que fosse fazer qualquer diferença, pensou. O rato correu por debaixo de suas pernas e saltou em suas costas.
-Ei! Isso é golpe sujo! – O rato se parecia com uma mochila em suas costas. Ele tentava arranhar mas o coleto de ferro impedia a penetração de suas garras. Sirius o agarrou com sua mão esquerda e o jogou contra a parede. O rato tombou para o lado e caiu desacordado.
Caminhando lentamente até ele, Sirius pôs sua espada no alto e num rápido movimento, encerrou o serviço.
-Eu sinto muito, amiguinho. –Disse em voz baixa.
O sangue pingava de sua espada e num chacoalhar pro lado, espirrou para longe na tentativa de diminuir a sujeira. Sua orelhas se mexeram, ele ouvia passos:
-UAAAAAAUU, Sirius! Você já acabou mesmo? – Perguntou a garotinha num andar acima. – Acho que sei quem chamar quando algo grande acontecer!
Sirius guardou sua espada na bainha.
-Ei, é uma boa prática para o deserto, não acha? Estou pronto para qualquer coisa agora. –Sirius agora subia os lances de escadas até se encontrar com Piper. –Isso é tudo por hoje. Vamos pegar o nosso pagamento.
Piper abriu um sorriso largo.
-Você deve voltar e encontrar Angelo, Piper. Você não está fazendo tarefas para ele?
O rosto de Piper corou (ou seja lá o que deve acontecer debaixo daquela camada de pelos ruivos)
-É claro que eu estou, mas você sabe, não tenho habilidade para manusear espadas. Por isso lhe chamei para vir comigo. – A garota apontou para a espada na bainha.
Sirius revirou os olhos e se direcionou para as escadas que estavam mais a frente. Piper olhou para trás.
-Você deveria ir hoje, Sirius. Ele está ocupado hoje. Pode ter algum outro trabalho para nós e... – Sirius encarou Piper – Quer dizer, para você, também.
Os dois subiam as escadas lentamente.
- Eu já tenho outro "trabalho" a fazer. Não se esqueça de fechar este lugar para mim, okay? Se Angelo descobrir que estive aqui fazendo esse trabalho para você, ele vai fazer casaco com os nossos pelos. – Um calafrio subiu na espinha dos dois. E eles seguiram subindo, até se encontrar com a luz que os esperava acima deles.
Ao sol, a Cidade Imperio brilhava com seus edifícios de mármore branco. Suas árvores balançavam a brisa leve daquele dia e os chafarizes amenizavam o calor. Nas ruas comerciantes disputavam uns com os outros pela clientela que fazia as compras. O suínos eram muito bons de barganhas, porém pouco leais com suas mercadorias, isso todos sabiam. O lagartos vendedores eram mais inflexíveis em questão de preço, porém não eram tão escandalosos quanto seus adversários do outro lado da rua.
Barraquinhas e tendas se espalhavam por todos os lados, cidadãos carregavam cestas de compras com frutas e carnes. Crianças mimadas imploravam por um sorvete de raízes azedas de um comerciante que tentava convencer a mãe felina a querer comprar. Mais a frente, um cliente bode disputava uma velha caixa de madeira com um cara feições de macacos.
Aquele era mais uma típica manhã, de um dia qualquer do ano mil, seguindo o calendário Pangeano. Fazia exatamente quatro anos após a queda do Reino de Henry. Deitado na grama, debaixo de uma arvore, Sirius saboreava uma "Perango" que tinha acabado de cair, maduro. Ele observava o movimento das pessoas naquela manhã, para ele, não existia nada melhor que descansar depois de passar o dia todo descansando. Era incomum, Sirius era bastante calorento e bem preguiçoso na maioria das vezes, gostava de se deitar em qualquer lugar que lhe coubesse. De longe, ele ouviu um tumulto: era dois guardas thieldianos na barraca de um vendedor lagarto.
-O que? Oque você disse? – Gritou um dos guardas, com cabeça de javali fazendo careta, suas presas amarelas curvas para cima o deixavam ainda mais feio que já era.
- O senhor, você não pagou, e... –Disse o vendedor lagarto, com suas escamas azuis.
O guarda o pegou pelo pescoço com força:
- O QUÊ? NÃO PAGOU? – Intimidou o guarda.
-Pensando bem, por favor, senhor por favor, leve de presente, para o senhor e sua linda filha!
-Não tenho filhos!
Para sua linda esposa!
-Chamou minha esposa de linda?!
-Para sua adorável esposa!
O guarda sacou seu machado que o trazia preso ao seu cinto.
-Só não o parto no meio agora, pois não tenho esposa e nem filhos.
O outro guarda que o acompanhavam interveio:
- Deixe o pobre coitado. Não queremos problemas hoje. – O cabeça de javali olhou com raiva para o vendedor, mas ouvindo o conselho de seu companheiro, o soltou.
-Sorte sua, seu sangue frio.
Ele deu alguns passos quando esbarrou num rapaz de pelos negros que passou correndo ao lado.
-Desculpe senhor, estou atrasado – Desculpou-se Sirius.
Olhe por onde anda, seu cãozinho vira-lata. Detesto esses ChowChows. Seu companheiro parou ao seu lado.
-Vou comprar uma um jogo de panela para a minha esposa, se eu não voltar pra casa com elas, minha mulher não me deixa entrar em casa hoje.
-Tubo bem, eu vou com você, a loja fica ao lado daquele quiosque de sorvete e... Ei! Minha bolsa! Ela sumiu!
- O menino! – E desesperados, os guardas saíram correndo entre a multidão, esbarrando e empurrando todos que eles viam pela frente. Mas aquela altura, Sirius já estavam muito longe.
Sirius só parou de correr quando chegou na passarela de numero quatro, em frente ao jardim botânico da cidade. Ele olhou para trás para garantir que não estava sendo perseguido pelas autoridades. Carregava na sua mão, uma pequena bolsa de pele de dragão. Ele se sentou num banco próximo e colocou o objeto ao seu lado.
Uma mão fina e felina agarrou a bolsa.
-O que?
Na sua frente, uma garota com feições de gato jogava a bolsa para o alto e o encarava. Ela tinha olhos verdes de gato e ela usava um short verde com um cinto laranja e um top sem mangas com tiras laterais. Ela usa um par de óculos de proteção em torno do seu pescoço, um par de botas, uma armadura braçal em seu braço direito, e uma grande luva protetora em seu antebraço esquerdo. Em torno de sua coxa direita, usa uma bolsa.
-Ei! Isso é meu! –Disse Sirius, em comparação com a garota, ela era baixinha
- O que quer dizer com "seu"? – Interrogou a garota, lhe fazendo careta – você roubou novamente. Já perguntou o que acontece se eles pegarem você?
Sirius desviou o olhar para o lado. A garota continuou.
- Precisamos de você lá com a gente, Sirius. Não é bom para ninguém se você estiver trancado em uma masmorra, não acha?
- E eu sou o líder agora? –Sirius bocejou, mostrando sua língua roxa para fora. – Somos órfãos, e a primeira coisa que você aprende é que temos que prestar atenção em tudo ao nosso redor. Mikka, você sabe tão bem quanto eu.
Ela não prestou atenção no que ele dizia, estava curiosa bisbilhotando o que tinha dentro da pequena bolsa. De dentro, ela retirou 2 dracmas de ouro.
-Pensei que esse dinheiro fosse do povo. –Disse ela, Sirius respirou fundo – Os imperiais roubaram de nós, por isso acho super válido pegar de volta. Não foi isso que você quis dizer?
-É... mas eu nunca disse que eu ia leva-lo para mim.
Ela lhe devolveu a bolsa. Ela lhe mostrou os 2 dracmas.
-Isso é pelo pão e pela carne de outro dia, ou você achou que sairia de graça?
Sirius deu um sorriso leve. Ele se levantou do banco e arrumou as calças. Ela continuou:
- Só porque eu ajudo o senhor Angelo lá fora de vez em quando isso não significa que você vai começar comer de graça, espetinho. –Sirius olhou para baixo com tristeza, ele encarava alguma invisível no chão.
-Eu sei, mas isso não quer dizer que eu gosto de viver assim, você acha? – De repente, uma gigantesca nuvem se projetou acima dele. Um zumbido que o Sirius conhecia bem e ele logo reconheceu: Navio Voador. Eles olharam para cima para poder visualizar a gigante aeronave que planava sobre eles metros acima, perto de pousar num porto ali perto.
-Eu só... bem, um dia eu ainda vou voar em uma aeronave só minha. Quero me tornar um pirata do céu, livre como o povo do extremo norte do continente. Poderei voar para onde eu quiser.
Mikka o encarou, mas não se deu conta que o encarava por muito tempo e com um sorriso bobo. Ela se lembrava bem da época que eles eram crianças, por momentos difíceis que tiveram antes da invasão do Imperio de Thiel. Tinha planos para crescer longe das ruas, viajar pelo mundo conhecendo os outros reinos continentes. Ela ainda rezava por Snowden um dia voltar e prometer que iria curar Zaya...
Ela acordou do transe primeiro que ele, e então deu alguns passos e antes de ir embora, o recordou:
-Bem tome cuidado. Você nunca voar se estiver preso numa masmorra! A proposito, antes que eu me esqueça. O senhor Angelo tinha algumas tarefas que precisam ser cumpridas. Sugiro que vá até ele, talvez você goste – Ela se despediu, desceu as escadas da passarela e desapareceu entre a multidão.
Sirius ficou curioso, mas ao mesmo tempo decepcionado: atividade que talvez eu vá gostar? Sempre que o diziam isso, eram justamente atividades que ele não gostava de realizar, tais como desabastecer as aeronaves com mercadorias para levar para o mercado central, ou ajudar moradores a se mudarem, ou a pior delas: fazer a contabilidade do estoque de alimentos de algumas franquias de bar que o senhor Angelo tinha com alguns sócios seus.
Desanimados por tais alternativas que poderiam ser, ele desceu as escadas da passarela e foi seguindo pela grande praça dos Mártir do reino. Entrou na rua doze e entre algumas vielas até chegar na rua H, com o estabelecimento de N 1150, na frente dele, ao lado de uma placa-guia com o mapa da Capital Imperio e um enorme "VOCÊ ESTÁ AQUI" , um lagarto de escamas verdes e dreadlocks, de blusa floral rosa e uma bermuda encardida o esperava. Assim que avistou Sirius, sua enorme boca de dentes se abriu e com uma voz áspera e velha:
-Ah Sirius, eu estava te esperando. – Manchas brancas ao redor de seus olhos apareciam em seu rosto o tornando mais velho que poderia ser, mas quem sabe? Os reptilianos poderiam viver por séculos e ninguém saberia dizer sua idade exata Sirius sempre achou que fosse uma doença ou apenas descamação.
Mikka disse que você precisava de alguma coisa? – Sirius cruzou os braços.
- Ah! Eu tinha alguns pacotes que deveriam estar chegando pelo correio da manhã, talvez ele tenha dado de cara com alguns problemas no meio do deserto. Agora eu não tenho nenhuma comida para preparar para o banquete de hoje a noite!
Os olhos de Sirius brilharam como nunca, e ele até começou a balançar sua cauda.
-Então você quer que eu encontre esse tal mensageiro? Ei, não tem problema! Eu irei!
-Sem problemas? O deserto está cheio de problemas! Se eu fizer isso, é o mesmo que lhe enviar para seu tumulto, meu jovem. Não, eu arranjei mais alguns itens para substituir com o verdugo no Árido-sul.
As orelhas de Sirius caíram.
-Então você quer que eu vá ao bar para escolher um.
-Na verdade, eu mandei Piper fazer isso. Ou será que você não sabe que ela desapareceu também. Eu não posso deixar a minha loja, e Mikka tem outra tarefa no momento, você entende.
-E o que quer que eu faça?
- Eu quero que você corra até o Árido-sul e traga a Piper de volta! Oque você me diz? Ahn?
-Me parece chato na verdade...
O senhor Angelo esfregou as mãos de quatro dedos uma na outra.
-É um trabalho fácil até, e você vai me agradecer por isso algum dia.
Sem muito o que poder fazer, Sirius aceitou a proposta. Mas que trabalho mais chato, seria melhor contar quantos sacos de arroz e pimenta tinha os bares e fazer as contas para quantos dias davam o estoque.
Sirius saiu da praça e seguiu para o Bar Olho da Serpente. Era um bar até bem frequentado no meio da periferia da Capital. Era enfeitado com enormes jarros de samambaias nos cantos das paredes, seus bancos eram feito de madeira assim como as mesas. Tinha dois andares. Atrás do balcão, tinha três barmans da casta das Lontras. Tão pequenos que tinha que pular para atender os clientes que chegavam. Acima deles, um enorme pano vermelho com uma heráldica de um peixe dourada estampado no tecido. As garçonetes tinham orelhas pontudas e brancas, enormes dentes da frente e anotava o pedido dos cliente. Uma delas estava nervosa e anotou o pedido com uma cenoura. Sirius imaginou que ela fosse nova lá.
No segundo, no segundo andar, uma banda composta por o elefante Tim Elephant e por uma cantora da casta da ovelhas, Rita Béé tocavam e cantavam um Jazz suave ao fundo. O movimento ali sempre era cheio, mas hoje, estava um pouco vazio.
Num dos cantos do bar, havia um mural com alguns cartazes sobre feras que habitavam fora da Capital. Mercenários e caçadores de recompensa de passagem pela cidade pegava alguns desses trabalho para poder pagar pela sua estadia na capital durante a sua passagem.
De frente ao mural, uma pequena raposinha vermelha olhava atentamente para os folhetos.
-Ai está você, Piper. Chega de vagar por aqui!
-Sirius, olha isso! –Apontou Piper animada para o mural. O panfleto mostrava uma criatura pequena, sem olhos, enorme cabeça vermelha uma boca gigante, e seu corpo era esguio, escamoso e sem membros.
-É por isso que o mensageiro do senhor Angelo não chegou aqui até agora!
Abaixo do panfleto estava escrito: monstros vistos no Árido-sul.
Atrás deles, alguém chamou.
-Ei, Sirius! Angelo enviou você também, não é?
Uma lontra baixinha nariguda de pelos marrons e olhos castanhos vinha em sua direção, enquanto enxugava as mãos em um pano.
-Ele é um homem bem ocupado esses dias, só Angelo mesmo, se me atrevo a dizer Eu não invejo o trabalho dele, nem um pouco, não senhor, agradeço até as deuses por isso! – A pequena lontra os cumprimentou.
-Oh! Senhor Maguerna! – Devolveu Piper
-Muito pelo caso, de fazer um banquete de boas-vindas aos imperiais, hein?
Sirius mudou o peso de uma perna para a outra.
-Acabou? Devemos ser... ah, não sei. Mas me diga senhor Maguerna, o que é isso? – Ele apontou para o cartaz. O senhor Maguerna pegou um banquinho e o empurrou até perto do mural, subiu e começou a analisar o cartaz.
-Não faço ideia! Tem alguma coisa ruim lá fora no Árido-sul que está impedindo nossos correios... E isso significa que vai começar a faltar coisas para todos. Pensei em colocar um projeto de lei...Oferecer uma recompensa para quem colocar essa criatura desagradável de volta em seu devido lugar. Seja lá de onde for essa criatura.
Sirius encarou o panfleto: "Recompensa". Era tudo o que ele queria ouvir.
-Agora sim é um trabalho! Soa dez vezes melhor do que fazer as tarefas para o senhor Angelo. – Essa ultima frase, ele disse em voz baixa e olhando ao redor para que o senhor Angelo não ouvi-se de algum lugar.
-Certo! Sirius, você deve dar um tiro nele! Ou esfaquear ele! Ou chutar ele! Ou triturar ele com as suas garras! Ou...
-E você deve voltar para encontrar o Senhor Angelo agora, Piper. Ele estava esperando por você.
Piper sorriu de nervosa.
-Oh! Certo, certo – E foi embora.
Sirius arrancou o panfleto da criatura que habitava o Árido-sul. Se virou para o senhor Maguerna:
-Eu aceito.
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