Capítulo 28 - O Vale dos Reis (Parte 1)
O reino de Sauropsidia está localizado a oeste da Capital Imperio, na região do reino de Henry. A área é montanhosa e labiríntica, ao contrário das terras do sul, que é principalmente aberto. O mar D'ouro fica no litoral oeste. O mar D'ouro é uma mistura de praia com continuação do deserto, onde a areai flui como água. Com o reflexo do forte e intenso sol, suas partículas e grãos de areia brilham como ouro. Essa parte adentra vinte quilômetros adentro do oceano de Panthalassa, e depois as águas salgadas tomam conta. É uma região desértica no oeste de Sauropsidia, a maior parte é coberta de areia de grãos finos amarelados, que assemelham-se a grãos de ouro que fui e reflui como água, comparado a mesma do mar.
Por todo o reino, litoral ou adentro, há gigantescas plataformas de perfuração abandonados podem ser encontradas, espalhadas pelo terro em constante mudanças. Devido a presença do barão da terra, enormes dinossauros de escamas negras e blindadas como ferro, tem o poder de controlar o clima seco e arenoso daquela região. Os antigos povos dali falam que quando estes enormes monstros se encontram e disputam por território, poderosas rajadas e tempestades de areia cobrem vários e vários quilômetros, incluindo as enormes plataformas. Viajantes descuidados podem dar de cara com enormes tubos de ferro e escadas enferrujadas de surpresa por causa que estavam ocultas em meio a tempestade. No passado, o Império de Élnides procurou extrair óleos ricos e valiosos do solo, mas os ataques implacáveis e constantes dos sauropsidianos, considerados poderosos guerreiros e feiticeiros de magia elementar, os expulsaram por considerar territórios seus. Apesar do clima tenso entre as fronteiras de Élnides e de Sauropsidia, a diplomacia entre eles perdura por um longo período. Élnidianos agora são uma visão rara dentro das fronteiras do deserto.
Ainda nas terra do oeste, encontra-se também as cavernas de Zemã a sudoeste. As cavernas são escondidas nas montanhas, são também uma vasta rede de cavernas que correm sob as regiões do reino de Sauropsidia, do Reino de Henry dizem que algumas saem no sul do deserto de Madrash. Um antigo mapa que hoje rola no mercado negro de Pangea sugere que suas passagens torcem e giram, serpenteiam boa parte do oeste e meio-central do continente. São descritas como labirínticas e escuras e úmidas em algumas partes, sendo um excelente lugar para criminosos e bandidos se esconderem das autoridades.Os confins próximos ao mar D'ouro são conhecidos por seus frenquentes e mortíferos montes de areias subterrâneos, e pelos ferozes anciões que vivem em tribos nômades por ali. Mais perto das regiões centrais, próximo a fronteiras com Henry, o cheiro de salmoura fica mais forte, e muitas das bocas das cavernas se abrem para falésias com vista para o mar.
O segundo maior bioma que constitui o oeste de Pangea são as planícies de savana, uma terra seca e arenosa, mas consistente em relação ao terror de Madrash. Uma vasta savana que se estende ao sul de Sauropsidia, cujo arredores variam drasticamente entre as estações secas e chuvosas, assim como quisessem os feiticeiros. Grande cristais que brilham em verde escuro estão espalhados por todos os lados pela savana. Durante a seca, absorvem o brilho do sol e brilham com um brilho áurico. Algumas aldeias espalhadas por essa região ficam localizadas mais ao centro-sul. Já durante as chuvas, os moradores se mudam para as montanhas, e enquanto eles residem nas pastagens, os homens raramente retornam de seu pastoreio, deixando as mulheres e as crianças por conta própria na aldeia. Esses nômades conhecem a arte de capturar a energia dos cristais de musgo (assim como são chamado por eles) em pedaços de evaniarite, eles extrai sua magia e tomam para si, mas deixando uma parte ainda no cristal para que ele viva, e com isso, formam comércio com os outros reinos vendendo magia. Os "animais" pelos quais eles ganham a vida são principalmente os barracudas-rabo-de-hélice e os relicantos-de-guerra, este ultimo usado muito como montarias e para guerras, pois são grandes, fortes, aguentando levar encima de si até 3 guerreiros e são capazes de nadar com facilidade no mar D'ouro.
A Bichano voava a toda velocidade, enfrentando o sol quente acima deles e o ar seco. A tripulação corria para todos os lados se preparando. Folgo e Ravena alinhavam os canhões. Helmer no timão e Seal como navegador. Donpa estava na oficina, montada no celeiro organizando os transportes mecanizados que iriam utilizar. Filo tomava mamadeira no canto da sala onde Gerlon havia organizado todos para debater.
No gabinete, na sala do capitão, Gerlon tinha um mapa holográfico numa enorme mesa de madeira no centro da sala. Filo tomava mamadeira dentro da sua casca de ovo no ninho no teto da sala.
Ao redor da sala, Gerlon mexia no mapa holográfico, Sirius, Flora, Spike e Zafira o acompanhavam na explicação. Mikka tentava alcançar Filo.
-Então essas são as informações que eu obtive sobre o local para onde vamos. Não podemos avançar com a Bichano, pois não temos defesas contra interferências mágicas.
-Como assim "interferências mágicas"? – Perguntou Zafira.
-Todo o reino de Sauropsidia possui uma anomalia na sua atmosfera que não permitem que aeronaves e frotas hostis adentrem com facilidade. –Comentou Spike.
-Isso mesmo. Todo o contato e comércio que os outros reinos possuem com eles, só é dado através de vias terrestres ou navais. –Completou Gerlon.
-E por que eles fazem isso? Não dificulta ainda mais as alianças com o resto do continente? –Indagou Zafira.
-Sim, mas isso para eles não é importante. Se o que fortalece seu reino for o evaniarite verdes, se eles não exportam para fora, eles ficam com enormes reservas de magia para eles. O resto do continente teme tamanha magia reunida em um só povo. –Respondeu Flora, cruzando os braços.
-Vale lembrar que os slyterin são um povo não muito amigável, pouco conhecido até mesmo por nós. Então não sabemos o que esperar. A barreira se dá pela emanação de magia pelas diferentes aldeias espalhadas por todo seu território. Culpe os xamãs pelas defesas deles. –Completou Gerlon.
Sirius encarava o mapa holográfico.
-Enquanto as runas? Elas não funcionam? –Perguntou.
-Eu não conheço as runas de proteção contra essa magia. E nem conheço o paradeiro delas. –Respondeu Gerlon.
-Flora? –Perguntou Sirius.
-Não tenho conhecimento dessas runas. Talvez ela...
-Ela?
-Ninguém. Eu não conheço ou nada que nos faça transparecer a barreira deles. Vamos ter que seguir andando.
Alguém bate na porta. Donpa estava com seu rosto sujo de óleo e fuligem.
-As montarias estão prontas, chefe. Carregados e com todos os suprimentos que vocês precisam.
-Ótimo. Estamos de saída. Você já conseguiu entrar em contato com a Recon? –Perguntou Gerlon.
-Não, ainda não... –Disse ele, sua voz era um pouco triste –Mas continuarei tentando me comunicar com ela através das ondas de radio. Ela é esperta, não tanto quanto eu é claro, mas ela sempre vai dar um jeito de entrar em contato.
-Ótimo, estamos de saída.
Todo o grupo saiu da sala e foram para a proa.
A brisa do oeste era quente e seca. Abaixo deles, grandes planícies da savana. Seres mitológicos e selvagens corriam em manadas. Poucas nuvens no céu brilhavam em contraste com o oceano azul acima deles.
A Bichano desceu até uma colina mais próxima. Em poucos minutos, o grupo descia do navio. Primeiro desceu Gerlon e Flora, Spike e Zafira vieram logo atrás, por ultimo Sirius ajudou Mikka a descer com cuidado.
Três máquinas mecanizadas quadrupedes semelhantes a cavalos desceram logo em seguida. Eles possuíam compartimentos que guardavam água, comida e suprimentos de emergência. Eles tiraram capas e se cobriram, para se proteger das tempestades de areia e por causa do forte sol.
Acima da colina, a Bichano pairava silenciosamente no ar. Do deque, os outros tripulantes acenavam para eles. Seal acionou um portão e o navio desapareceu no céu, se tornando invisível junto com a tripulação.
Sirius e Mikka suspiraram, surpresos. Zafira se virou para os piratas.
-Isso vem a calhar muitas vezes?
A cauda de Gerlon balançou.
-É difícil ser popular. Não gostaria de admiradores babando ela enquanto estamos longe.
-Tipo quem? –Perguntou a princesa.
-Bom, considerando o fato de que os slyterin não curtem muito aeronaves, gostaria muito de ficar longe do império. Agora que chegamos aqui, estaremos em Sauropsida daqui pra frente.
Zafira encarou o horizonte. Além daquelas montanhas e colinas, em algum lugar ao norte dali, estava a chave para provar sua herança como rainha.
-Em algum lugar desse reino, precisamos encontrar o vale dos Reis. A tumba de Gaiseric está lá.
Eles se viraram e viram Sirius e Mikka conversando.
-Então, quando você está em Sauropsidia, as aeronaves e navios não funcionam, por causa da interferência mágica e poderosa dos xamãs. Eles embaralharam as coordenadas das naves e a impossibilita de continuar. É por isso que temos que continuar o resto do caminho a pé, entendeu?
Mikka deu um grande sorriso.
-Estou tão feliz por você começar a me ensinar alguma, para variar. –Disse ela.
-Bem, se você quer ser um pirata do céu, você tem que saber as... ei! O que você quer dizer com "para variar"? –Perguntou, incomodado.
Eles começaram a debater. Gerlon se aproximou de Zafira, que estava com um semblante de preocupação.
-Não se preocupe, pelo menos teremos entretenimento –Disse ele, apontando para os dois jovens.
Flora e Spike deram leves risadas. Em duplas, eles subiram em suas montarias. Cobriram-se com suas capas e aceleraram.
Os veículos que Donpa construiu assemelhasse a grandes cavalos mecânicos. Na lateral do pescoço está o guidão. As máquinas foram feitas para transporte em lugares não acessíveis com a Bichano. Motorizado e alimentado com evanium. Nele, há vários compartimentos para guardar grandes quantidades de comida e água, mudas de roupas reservas de emergências, bússolas e pequenos acessórios de sobrevivência, tais como facões, canivetes, lenhas e kits de primeiros socorros. E ainda contava com um pequeno arsenal pessoal, tal como amolador de lamina para espadas, cabos e bainhas, balas e coldres novos. E ainda conseguiu encontrar um conforto para quem monta, com bancos largos de couro acochoados.
As duplas ficaram: Gerlon e Flora andando na frente, atrás deles vinham Spike e Zafira e mais atrás, andando devagar (não por queriam, mas por não saber acelerar) Sirius e Mikka. Eles seguiam uma trilha tortuosa entre enormes paredões de pedra embaixo de um sol escaldante. Miragens dançavam e zombavam diante dos viajantes.
Eles andaram por quase quinze quilômetros adentro, até que eles chegaram as margem do mar D'ouro. Pararam por um curto tempo para esticar as pernas e fazer o sangue circular. Sirius pegou uma garrafa com água em um compartimento do veículo e tomou. Ele caminhou lentamente até aquela área que se comportava de forma líquida. Ao longe, avistou inúmeras plataformas gigantescas de petróleo. Grandes estruturas metálicas sobre o mar D'ouro e nas falésias ao longo da costa. Ele se ajoelhou e pegou um pouco de areia, mas ela escorreu entre seus dedos como se fossem água.
Alguém o chamou atrás dele, ele se levantou e se juntou ao grupo.
Gerlon e Zafira estudavam o mapa que os guiava, ele sentia que estava completamente perdido, o que ele detestava. Flora bebia água, matando sua sede. Sua boca estava seca e quase rachando seus lábios. Um pouco mais afastado, analisando as planícies de um ponto mais alto, Spike fazia a vigia.
Mikka se aproximou dele.
-Então, onde exatamente está a tumba de Gaiseric? –Perguntou ela.
-Para nós, que vivemos no centro de Pangea, ele está localizado a oeste. Mas já que estamos aqui, ele fica em algum lugar ao norte daqui. Devemos atravessar primeiro o a costa sul do mar D'ouro e depois a costa norte, isso se não quisermos chamar atenção dos sauropsidians. Normalmente, consideramos como uma extensão do deserto de Madrash, por ser um ambiente difícil de se abrigar vidas não adaptadas a este clima.
Mikka cruzou os braços.
-E quanto a nós andarmos a pé? Eu não entendo de magia.
-Tudo bem, o fato de nós estarmos a pé agora é por causa das interferências mágicas que o povo dessa região produz. Assim eles evitam ser pegos desprevenidos e de surpresa pelas outras nações. Eles sabem lutar neste terreno, o que se torna uma vantagem notável. –Disse Spike.
-Os cristais verdes produzem essa interferência?
-Não, são os xamãs, os guias espirituais deles. Os sauropsidian, ou reptilianos, como queira chamá-los, são um povo intimamente ligado a magia. São considerados selvagens e atrasados pelo resto nas nações de Pangea. Ao mesmo tempo são considerados bárbaros, vivem a base de guerras e saques até mesmo entre eles, mas são bem unidos caso for preciso. Possuem poucas relações diplomáticas com o resto do continente, mas seus maiores aliados são com certeza, Élnides.
-Então a interferência mágica é proposital?
-Sim, os reptilianos possuem um estudo avançado na área de magias arcanas, se você vem e invade com inúmeras frotas aéreas, vamos neutralizar suas forças e você irá lutar de igual para igual conosco, é quase assim o meio de pensamento deles.]
Mikka encarou o horizonte. Viu inúmeras plataformas de metal. Spike continuou.
-Se você precisar descansar, nós paramos.
-Você não tem que se preocupar comigo. Eu sou mais forte do que pareço.
Spike deu uma risada de leve.
-Tudo bem, se você diz.
Eles voltaram para suas montarias e continuaram a jornada.
Não muito mais tarde, enormes tempestades de areia surgiram entre as colinas. Ao longe, paredões de areia avançavam como ondas na praia por cima do reino. Em questão de minutos, aquele paredão que deveria estar a um cinco ou dez quilômetros de distância deles, os alcançou, os forçando a usar óculos de proteção.
Mas isso não foi o suficiente para impedir o avanço em busca da tumba de Gaiseric. Eles perderam as contas de quantas vezes ficaram atolados em areias fofas que engolia as patas de suas montarias ou tiveram que desviar de precipícios que estavam encobertos pelas areia. A visão a frente deles estava embaçada e opaca, a poeira fina adentrava em suas vestes e entre as articulações das montarias.
Eles só se deram conta de que a noite caia quando a temperatura caiu de cinquenta graus para quase dez. O dia e a noite eram imperceptíveis no meio das tempestades de areia, que por muitas vezes, embaralhava os radares dos cavalos mecânicos.
Sirius caminhava e caia lentamente no sono quando bateu a cabeça em algo de ferro.
Ele acordou num susto e viu que havia batido numa barra de ferro enferrujada que fazia parte de um andaime quebrado, metros e metros acima.
Ele se afastou um pouco da rota que seus companheiros estava e avistou um gigantesco reservatório industrial enferrujado engolido pelas dunas.
-É enorme! –Comentou com um tom de expanto.
-Eles extraíram óleo do subsolo, embora tenham sido abandonados há muito tempo, -Comentou Spike. –Élnides construiu essas plataformas por toda Pangea. Antes do Evanicite e da invenção dos anéis de Ozzy, as pessoas usavam petróleo para produzir eletricidade.
As expressões de Sirius foram de mais surpresa.
-O que?! As pessoas usavam esse tal de Petrolão para produzir eletricidade?
-Energia em geral. Antes da descoberta da extração de Evanium dos cristais, o petróleo era o que movia o velho mundo. Há lendas e histórias tão antigas que só o tempo é capaz de se recordar, de que certo dia, um povo desceu do céu em enormes aeronaves primitiva, e ensinou os evanianos o conceito de tecnologia e energia, num mundo antes primitivo.
-Capital Imperio alguma vez chegou a usar petróleo? –Indagou Sirius.
-Não, claro que não. Acho que nem mesmo Pangea pensava em construir cidades. Ou Evânia pensava em conceitos como cidades, reinos e impérios. E o nome certo é petróleo, não "petrolão".
- E porque eles estariam atrás de algo tão primitivo quanto petróleo? –Quis saber Sirius, ainda mais curioso.
-Bem, isso é uma boa pergunta, meu jovem. Mas quando você é um império poderoso que reina pacificamente num continente de Pangea e recebe visitantes indesejáveis como os Thieldianos, qualquer meio de produção de energia vem a calhar. As reservas de Evaniarite de Élnides provavelmente são bastante limitadas, então uma forma de continuar produzindo energia é extração de petróleo.
-Mas a guerra se iniciou a cinco anos atrás, essas instalações me parecem bem mais antigas.
-Não é de agora que as tensões politicas entre os dois impérios são esquisitas, garoto. Num passado distante, os élnidianos já prevessem guerra. Isso pode ser um meio de precaução perante uma possível guerra.
Spike baixou seus olhos, ele parecia estar escolhendo bem suas próximas palavras.
-Era e é uma batalha constante com Thiel pela supremacia... Esses dois destruíram muitos países entre eles. Henry, Cela, Arack.
Zafira permaneceu em silencio o tempo inteiro, de algum jeito, ela sentia remorso pelos danos dessa guerra. Pois ela sabia como se sentia Spike. Ambos órfãos por causa da guerra, e sem um lugar aconchegante e seguro para chamar de lar.
-Agora que estão abandonadas, viajantes e reptilianos usam como passarelas para atravessar o deserto. –Comentou Gerlon, lá na frente.
Atrás deles, um eco de voz os alcançou.
-Eles não têm escolha.
A voz era familiar para Zafira e Spike. Em meio a tempestade de areia, alguém encapuzado caminhava carregando uma enorme espada.
O estranho retirou o capuz e orelhas de um lobo se pulseram de pé.
-Ferecks?! –Exclamou Spike, surpreso ao ver o amigo.
-O que você está fazendo aqui?! –Indagou Zafira, igualmente surpresa.
-Eu deveria estar dizendo isso. Voltei para Arrokoth apenas para descobrir que você e Sua Alteza haviam desaparecido. –Disse Ferecks. Ele encarou Gerlon com um olhar furioso, mas o pirata bocejou com desdém. -Suponho que você deve ter comprado a ajuda do pirata, estou certo?
-Caminhe enquanto você fala. Estamos atrasados como está. –Disse o pirata.
-Não é seguro caminhar a noite. Há várias criaturas mortíferas e sanguinárias por essas bandas que nos fariam em pedaços sem que percebemos. Vamos acampar ao redor dessas refinarias e continuamos pela manhã. –Disse o recém chegado.
-Ele tem razão, Gerlon, precisamos descansar. –Comentou Sirius.
Gerlon se virou para debater, mas ao avistar o Chowchow, percebia que seus olhos estavam quase fechados. Em sua garupa, Mikka dormia de uma maneira desconfortável. Atrás dele, Flora também.
Custou até que aceitasse, mas cedeu. Eles se aconchegaram ao lado de um reservatório vazio e embaixo de uma passarela de ferro. As dunas de areia eram bastante confortável e geladas. Não custou até que Sirius e Mikka dormissem. Zafira os cobriu com mantos quentes e se deitou ali próxima. Flora conjurou uma magia de fogo em galhos secos que suas montarias guardava, mas também não custou muito a dormir. Gerlon se sentou ao seu lado, fechou os olhos, cruzou os braços e as pernas e ali ficou, imóvel.
Ao redor da fogueira, Spike e Ferecks conversavam ao criptar da fogueira.
-Amanhã é... A tumba de Gaiseric é? –Perguntou Spike.
-É minha primeira vez lá, também. –Respondeu Ferecks.
-Então, como está a Libertação?
Uma sombra se abateu sobre o rosto de Ferecks. Ele deu um longo suspiro antes de responder.
-A libertação... Não houve problemas. Sua Alteza... Mesmo que ela consiga o Tesserato Esmeralda.
-Eu sei. Estaremos ocupados depois de recuperá-lo. Primeiro, precisamos reunir a princesa e a nobreza em segurança. Precisaremos da força da Libertação. Está chegando rapidamente ao ponto em que não podemos mais trabalhar secretamente
Ferecks se pô de pé.
-Eu sei que tenho sido desagradável desde que voltei, mas se pudesse sobrecarregar você um pouco mais...
A expressão de Spike se tornou confusa.
Por alguns minutos, Ferecks ficou pensativo, "Não,não agora, preciso de mais tempo" pensou. Seus pensamentos se tornaram confusos e frios desde do caos com a ordem. Ele não podia se entregar por completo a Urie, mas e se a única maneira de restaurar Henry for através desse trato? Com o inimigo? Não sei, mas em sua visão, ele já sacrificara a ordem, seu amigo provavelmente seria o próximo.
-Não é nada, vamos dormir. Quando chegar a hora, você saberá. Eu faço a primeira vigília.
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