Capítulo 27 - O vira-lata do Império
Uma pequena nave real voava a toda velocidade pelos céus de Arghar, a capital do império de Thiel. A grandiosa cidade fica na península Balcanianas do continente de Gondwana, a leste de Pangea, atravessando o grande oceano de Thétis. No hemisfério norte do continente, separados por terra por um estreito de terra que milhares de anos antes, era possível atravessar a pé, mas devido a mudanças climáticas, o oceano avançou separando e dividindo em duas porções de terra.
Arghar, Capital Imperial de Thiél
Arghar é considerada a terceira maior cidade de Gondwana. Milhões de anos antes da aliança de Nibelungo, ele prosperou em tempos de paz e cresceu para ser um dos mais poderosos estados da república de seu continente. Desde do principio, como conta os textos antigos, sempre foi governado por quatro senadores, o poder de suas forças armadas o transformou no grandioso Império de Thiel subjulgando suas terras vizinhas e crescendo. Sempre em guerra com os outros impérios do continente, sendo o seu inimigo, o grandioso império de Levier, localizado no sudoeste de Gondwana. Os imperadores são escolhidos entre os mais ativos nas suas forças armadas. Quando a casa Klaus começou a liderar a mais de quatrocentos anos trás, as coisas realmente começaram a mudar. Para ter certeza, e se certificar de que seu governo era de fato absoluto, eles criaram um sistema de leis que os beneficiava. Isto introduziu os Marechais em Thiel. Thiel, em seguida, desenvolveu uma expansão em outras nações menores em busca de matéria prima e recursos para seu império no qual ele considerava um esforço vital para seu crescimento e poderio bélico, levando suas terras e reinando sobre eles com o mesmo nível de direito que em sua capital. Acredita-se que ao longo de quatrocentos anos de conquistas e guerras, eles tenham invadido e anexado mais de cento e cinquenta reinos menores apenas no hemisfério norte do continente.
Isso motivou outras campanhas de expansão de Levier, Sinédrio e Gridania a pelo menos trezentos anos atrás. No entanto, o Império de Élnides não concordou com os avanços imperialistas de Thiel em terras pangenianas, e assim começaram a desenvolver conflitos entre as duas nações. Quando Thiel invadiu Henry e Leore Klaus tornou-se cônsul das terras centrais de Pangea, eles já haviam conquistado boa parte do leste do Reino de Falconia ao norte, e o norte do reino de Megalotlantida ao leste de Henry e Cela.
A nave sobrevoou a imensa e majestosa Arghar metros abaixo e se dirigiu para a enorme torre que se localizava no centro. Tão grande e empoderada que tocava as nuvens. Ela reluzia em ouro sob os raios de sol. No alto, duas pequenas torres com um gigantesco arco feito de ferro reluzia com a estatuas de um enorme leão.
Na sacada, fileiras de soldados vigiavam a porta que dava acesso a inteiror da construção. Mastros com o símbolo do império chacoalhavam ao vento. O coração do Império, o Senado Imperial está localizado no distrito Admnistrativo. A cidade é dirigida por membros da aristocracia, que geralmente olham para baixo sobre aqueles que estão em um nível social inferior. Arghar é uma cidade muito segregada. Um símbolo social na cidade é o leão de prata. Quanto mais você tiver desses símbolos, maior será o seu nível social, e poderá acessar mais partes da cidade.
Outro grande destaque da cidade é o gigantesco complexo de prédios em mármore vermelho, o grandioso e renomado Laborátorio de Hinkon, dirigido atualmente pelo Dr. Eustass Vega, que investiga muitas coisas, desde de criação e melhoramento de naves e armamentos, a magias contidas em cristais e criação de novos feitiços. Recentemente, todos os recursos do laboratório tem sido dedicado ao desenvolvimento de Zezirite. A entrada é impossível, a menos que você conheça as pessoas certas, sua entrada é facilitada bastante.
A pequena aeronave pousou no heliporto. Vários soldados correram para prestar contigencia. Uma porta lateral se abriu e conectou uma pequena passarela de ferro ao chão.
Um Marechal de capa negra e armadura cinza caminhava pesadamente. O som de ferro tocando ao solo rangia a cada passo. Ele atravessou um grande arco de pedra que conectava a um pequeno jardim muito bem aparado. Dois soldados prestaram contigencia e abriram a porta. Ele atravessou sem dizer uma palavra.
Ele dobrou a direta e seguiu por um longo e solitário corredor. As paredes era perfeitamente alinhadas e lustradas, e várias obras de arte penduradas. Antigos reis e rainhas do império pousavam e encaravam fixamente quem por ali passava. Ao final do corredor a direita, uma grande porta de carvalho com maçanetas de ouro o esperava
Ele abriu e entrou.
A sala era bem ampla e arejada. Um enorme tapete vermelho escuro seguia ao longo da sala, passava pelas escadas e ia ao encontro de uma grande mesa de madeira. A esquerda uma pequena construção com vários tipos de plantas davam um toque sútil. No teto, um gigantesco lustre brilhava com cristais alaranjados em formas de octógonos. Do lado direito, várias estantes com livros, armas e bebidas. Duas cadeiras bastante confortáveis e um grande sofá encostado na parede. Nas laterais da sala, colunas sustentavam o teto, que por sua vez, carregava vários estandartes. Atrás da mesa, o maior deles descansava em frente as enormes janelas de vidros que davam a visão da cidade inteira lá fora.
Na mesa, um velho leão lia alguns papeis. Sua roupas era um grande manto azul de rei e uma grande coroa de ouro descansava sobre sua cabeça, e meio que se perdia em sua vasta juba.
O soldado de armadura cinza e capa negra se reverenciou ao Imperador de Thiel, Garant, pai de Leore e Selena Klaus.
-Senhor, descobri para que tantos recursos, seu pesquisador pede tanto ao senhor Leore, o que ele quer estudando Zezirites?
-Como assim?
-Há muito, o senado não aprova a transição do fundo do império para financiar as pesquisas de Eustass. Alertei ao seu filho, senhor, que todos esses investimentos que ele pede cada vez mais ao nosso senado, o fará menos favorito ao assumir o trono.
Garant passou a mão na sua barba grisalha.
-Então, é isso que ele anda fazendo? Ele estuda Zezirites em Hinkon? –Sua voz era áspera e rouca.
-Eu confirmei que ele recebe a maior parte dos fundos solicitados ao senhor Leore, para financiar sua campanha em Pangeya. Seu envolvimento na queda de Itorama também é certo. Yanilad é nossa. No entanto, como o Marechal Pavard, que liderou a informação, sumiu... a verdade é difícil de determinar.
Lord Garant fechou os olhos um pouco.
-O tempo, os anos podem ter obscurecido meus olhos. Eu já não consigo ver meu coração do meu próprio filho. –Ele começou a tossir.
-Meu senhor... –Inquietou-se o cavaleiro cinzento.
-Esta doença... vai me vingar. Assim espero. Então, quem será meu sucessor?
- O senhor não prefere seu filho Elassar?
-Ele está no fronte de batalha comandando as forças contra Levier e Sinédrio.
-Enquanto a Adryon?
-Alexandria numa missão diplomática.
-Ashila?
-Ela e suas irmãs não se interessam por politica. Elassar e Adryon ignoram Leore por acha-lo fraco e sem ambição. Cada um quer provar seu valor com campanhas e estratégias diferentes. O que acharia o povo se seu novo imperador fosse um maníaco sanguinário que sai pelo continente afora desejando derramamento de sangue atoa como Elassar? Ou Adryon que espera resolver tudo na diplomacia, mas nós sabemos o quão sujo ele joga na politica, apunhalando alianças como se não houvesse consequências.
-E o senhor o despreza por isso?
-Não o julgo por não ser leal em suas convicções. Graças a ele, nossos recursos minerais aumentaram em quatrocentos por cento desde de que eu o entreguei o cargo de ministro da diplomacia. Se nosso império não fosse tão poderoso como é hoje, teríamos dividas que precisaríamos vender nosso povo para quita-las. Não posso deixar que uma única pessoa arruíne todo este império. Leore por outro lado, tem tudo que seu povo precisa. É um líder justo e inteligente, que não anseia por guerras, mas está sempre preparado para uma. Sua invasão ao continente de Pangea o mostra o quão preparado ele estava. Perdemos poucos homens comparado aos reinos que ele conquistou. Mas isso que ele está fazendo, o povo não apoiaria um imperador mentiroso que só liga para ambições pessoais.
-O povo não importa muito, senhor. A única aprovação que é válida é a do senhor e a do senado!
-O senado teme que seja Leore, no final das contas. Talvez eles preferem uma jovem imperadora, novata.
-Selena?
-Slyther. Uma vez que, no passado, eu cerquei sua terra natal...
-O reino de Arack está há muito tempo desaparecido. Minha lealdade é inteiramente com o império. Provo isso todos os dias, senhor.
Lord Garant cerrou os olhos.
-Talvez, mais do que ao seu irmão? Que eu saiba, ele não aceitou o que você fez, e provavelmente não aprova o que faz. Ele fugiu para Henry, não é? Você nunca pensou em... segui-lo?
Slyter removeu seu helmo. Suas feições eram sérias.
-Eu sigo todos os seus movimentos. Ele é um inimigo do império, e ele será eliminado.
-Então, você iria matar até mesmo seu próprio irmão pelo Império? –Lord Garant deu um leve sorriso – Bem, seja como for, Slyter, sua crueldade não tem mérito. Mas isso não deve acontecer com Selena, ouviu? Você não deve garantir que isso não aconteça.
-Então... você me pede para que eu seja sua espada, para poder atacar onde ele não pode, é isso? Uma mera ferramenta de guerra?
-Não, ao invés disso, seja seu escudo. Slyter, mantenha-se sempre em vigilância sobre Leore. Sua lamina é a mais afiada de todas.
-Meu senhor...
-Faça isso por mim, Slyter. Por este velho. Eu não posso mais suportar... ver meus filhos em guerra uns contra os outros novamente.
Ele voltou a tossir.
★★★
As estrelas brilhavam no céu noturno. As ruas estavam vivas e coloridas. Crianças correndo, restaurantes abertos, casais passeando de mãos dadas sobre a luz do luar. A vida normal seguia como sempre foi em toda a capital.
Na periferia, as coisas estavam um pouco diferente. Vários guardas corriam em grupos, procurando por alguém. Eles paravam, invadiam e interrogavam quem eles encontravam pela frente.
Debaixo de uma ponte de pedras onde passavam um rio fedorento que descia do esgoto, alguém cambaleava em meio a escuridão. Ao longe, ele ouvia os guardas gritarem:
-Você o encontrou? –Disse um.
-Não senhor –Respondeu outro.
-Continue olhando! Ele não pode ter ido longe!
Debaixo da ponte de pedra, sob o arco, a sombra escondia Ferecks. Ele vestia apenas suas calças com sua botas imperiais e não estava com sua parte de cima da armadura. Ao invés disso, ataduras ao redor do seu peito, abdomem e tórax o enfaixavam. Do lado esquerdo do seu corpo, uma grande mancha de sangue. Ele usava uma capa.
Ele terminava de amarrar mais uma bandagem ao redor de seu abdomem, a dor o forçou a fazer caretas, mas foi o suficiente para estancar o ferimento.
-Isso deve parar o sangramento... agora, como lidar com meus perseguidores... –Ele farejou o ar e sentiu cheiro de magia e armadura de Thiel -Perseguidores... hein. Que conto ridículo.
Ele se apoiou na sua grande espada e se pôs de pé. Com muita dificuldade, ele começou a caminhar novamente, precisava sair dali.
-Parece que toda vez que te vejo, você está coberto de feridas. Deve ser um fardo, estar constantemente em tal estado. –Disse uma voz em algum canto atrás dele. Ela vinha de cima.
Ferecks sentiu um arrepio na espinha. Ele conhecia aquela voz.
-Fique quieto, Marechal.
Iluminado pelo luar, o grande Marechal Urie surgiu.
Ferecks se virou para ele.
-Você é quem atraiu Marlow para longe!
-Bem, não foi tudo culpa minha. Mas um cão que deseja bajular seu mestre traz mais presas. –O Marechal estalou os dedos e das sombras, surgiram vários soldados thieldianos.
-Como você se atreve, tão descaradamente... –Rangiu Ferecks.
Marechal Urie desceu as escadas devagar, apreciando a lua.
-Não se preocupe, não vou interferir. Pense nisso, capitão. Você é um homem quebrado, Capitão Ferecks. Em vez de buscar sua própria glória, você sempre buscou o renascimento de seu país.
-Apenas cuspa o que você quiser.
Marechal Urie riu.
-Estou propondo um acordo. Que tal eu ajudá-lo a alcançar seu desejo de longa data: o renascimento de Henry?
Ferecks arregalou os olhos. Ajudar no renascimento de Henry? Por que alguém inimigo quer ajudar na restauração da nação heryniana? O que ele ganharia com isso? Quais seus interesses?
O Marechal continuou:
-A libertação rebelde está em um estado lamentável agora. Mas com a minha ajuda, restaurar a monarquia não será mais um sonho. Apenas uma pequena coisa. Traga-me aquela pedra, isso é tudo que você precisa fazer.
Ferecks se manteve imóvel. Uma sombra caia sobre seu rosto.
-Então Henry pode se levantar. Não é uma traição. É simples... Você será famoso. Muito fácil para um capitão de Henry. Agora só um pouco, apenas acene com a cabeça, isso é tudo que você precisa fazer. Para o renascimento de Henry.
Ferecks estava pensativo. Era uma proposta irrecusável, mas até onde iria a lealdade de Urie? A proposta já era um tanto tentadora, mas com a voz persuasiva de Urie, tudo ainda se tornava mais difícil resistir.
*Em algum lugar da cidade-baixa, Capital Imperio*
Marlow seguia gritando com todos os guardas henrynianos que chegava após a confusão. Ele estava indignado, pois como deixaram o capitão fugir.
-O-o que estão fazendo? Ainda, ainda, ainda! Você ainda não encontrou o Capitão! –Ele gritava e se esperneava como uma criança mimada.
-Senhor, é tarde, não podemos ver nada! –Disse um dos guardas.
Marlow foi até ele e lhe deu um tapa na cara.
Mais guardas chegaram, e um deles avisou.
-M-mas eu ainda não consigo acreditar. Que ele iria trair Henry.
Marlow se enfureceu.
-A-a verdade é que ele m-matou todo mundo.
Os guardas ali presente trocaram olhares, desconfiados.
-Vai! Apresse-se e pegue o Capitão! –Gritou Marlow ainda mais irritado.
Os guardas aos poucos começaram a sair, falando baixinho uns com os outros.
-Ei –Disse um
- sim, eu sei. É apenas, o capitão escolheu a dedo todos os comandantes. Então por que...? Precisamos ouvir o lado dele.
-Se ele for um traidor... se o encontrarmos, teremos que lutar com ele.
-Devemos nos preparar.
Aos poucos, os guardas começaram a se dissipar. Isso deu um pouco de alivio para Marlow.
-Eles finalmente... se tornaram inúteis. Realmente são um lixo inútil. Mas eu posso trazê-lo para o Império, e Lorde Urie irá...
Alguém atrás dele apareceu.
-Então foi isso.
Marlow se virou para trás e recebeu um soco no rosto, que o fez cair.
-V-você!
-Você demônio. Enganando o Capitão enganando a Libertação, você cospe em Henry! –Um guerreiro cão surgiu. Era um dos amigos mais próximos de Ferecks. Ele estava raivoso. –Traidor detestável!
Marlow começou a chorar.
-Por-porque?! O c-capitão te mandou embora, você deveria tê-lo odiado por isso!
O cão o acertou um poderoso soco em seu estomago, deixando Marlow sem ar.
Marlow caiu no chão, segurando com força sua barriga e se esforçando para respirar.
-Idiota! Escute, Marlow! Uma pessoa mantida em reserva é um movimento óbvio! –O cão começou a espanca-lo com mais violência. -O capitão Ferecks perdeu a fé no capitão Spike durante a última guerra... Então, durante esses quatro anos, ele carregou suspeitas em seu coração, embora isso lhe doesse! Apoiar o Capitão enquanto ele leva Henry para um lugar melhor, esse é o nosso dever! Quanto ao seu traidor e nossa negligência em perceber isso mais cedo, eu me culpo!
O cão parou de bater. Suas mãos doíam e latejavam. Marlow sangrava bastante no chão. Ele continuou:
-Eu simplesmente não posso acreditar! –Ele se virou para os guardas ali próximo - E você muito! Do Capitão, o que você viu, o que você sentiu?! Você achou que apenas fazer o que lhe foi dito traria seu país de volta?! Por que você não confiou no capitão?! PORQUE?!
Um dos guardas se aproximou.
-Mas, ainda é um fato que o capitão matou todos os outros oficiais...
-Você ainda não entendeu. O Império usou esse cara. Eles se aproveitaram de sua ambição. Muito provavelmente, aqueles que os capitães mataram já estavam sob a influência do Império.
Os guardas voltaram a cochichar entre eles.
-Eu... eu tenho vergonha de mim mesmo. –Disse um dos guardas.
Eles encararam Marlow desacordado no chão, sangrando.
-Eu sou de um escalão mais alto, não há razão para eu ter apenas seguido suas ordens... Os capitães são...
Por um momento, todos ficaram em silencio. Um sentimento de luto se abateu entre eles. Até que um deles falou.
-O capitão... está ferido.
Outros guardas se reuniram em um pequeno círculo.
-Não temos um momento a perder! –Disse um
-Temos que encontrá-lo! –Disse outro.
- Afinal, vamos precisar do poder dele para reviver Henry! –Comentou um terceiro.
O cão se aproximou deles.
-Certo, encontre aqueles homens ainda dispersos e reorganize-os em grupos de dez. Tudo vai ficar bem. Não há como o Capitão trair Henry!
Ali perto, eles ouviram um grupo de soldado andando ponte abaixo. Eles correram e encontraram dois soldados thieldianos conversando. Atrás deles o Marechal Urie.
-Ele recusou nossa oferta, não foi?
-Está tudo bem deixá-lo ir assim? –Comentou outro.
Marechal Urie interveio.
-Hmph. Tolos. Você tem olhos terríveis.
Acima da ponte, o soldado cão gritou.
-Capitão!
Marechal Urie tirou seu elmo. Ele se virou para os soldado.
-É verdade que tentei comprá-lo. Ele é um ideal. Ele apenas balança o punho para mim - mas ele certamente não é estúpido. A Libertação é, na verdade, apenas uma casca morta. Na negociação, o Império dará qualquer compromisso, menos desistir. Eles nunca vão recuperar Henry. Ele não pode fazer nada, ele deve entender que você viu? seus... seus olhos...
O cão-soldado desceu a ponte e não enxergou no escuro, Urie e seus guardas. Ele correu em direção a Ferecks e se ajoelhou.
-Por favor, espere um momento, tenho novidades.
Ferecks se virou com hostilidade para o soldado-cão. Com um rápido movimento com sua espada, ele avançou e desceu a espada. O soldado cão saltou para trás, mas antes que pudesse se recompor, Ferecks o acertou com uma poderosa joelhada no seu estomago.
O soldado cão caiu com fortes dores, confuso. Urie continuou falando com seus soldados.
-Esses olhos estavam cheios de determinação. Eram os olhos de um guerreiro. Aquele homem... Ele virá. Pelo bem de Henry, ele virá. Uma história tão irônica.
O cão soldado ofegou no chão, sangue escorria da sua boca.
-Por que...?
-Me perdoe. – Disse Ferecks. -Mas não posso me dar ao luxo de ser pego aqui.
Ele pegou sua espada e desapareceu nas sombras.
O cão-soldado ficou no chão lamentando. Uma poça de sangue se formava ao seu redor.
-Entendo... Eu já estava... Tarde demais. Ele já é um inimigo da Libertação. Não teremos para onde ir. Eu não posso deixá-lo... eu tenho que detê-lo... Não há ninguém que possa tomar seu lugar... Para recuperar nosso país... Junto com o Capitão Spike... Aaaah... claro. Ele e o Capitão Spike subiram na hierarquia tão rápido, se alguém pode... Se alguém pode fazê-lo...
Seus olhos fecharam para nunca mais abrir.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top