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— Você não tem ideia do que te aguarda. Não poderá impedir. — as veias e os olhos negros sumiram. Seu corpo parece mais frágil.   

— Do que está falando? — A escolhida questionou.

— Ele está vindo. Ele despertou.

— Quem é ele? Do que está falando? — sua confusão era aparente.

— Cale a boca, ser desprezível! — o senhor das sombras berrou, assistindo a cena atrás dos olhos do rei mortal, sua voz reverberando na mente do mesmo — Você não me serve mais, nada que dirá a ela o salvará. A morte é seu destino.

Um movimento da mão do espectro e as sombras que um dia foram aliadas do rei tornaram a lhe asfixiar. Os olhos do rei mortal começam a revirar e o homem cai agonizante no chão. Seu corpo começa a convulsionar sem explicação, as mãos arranham o próprio pescoço e um urro de agonia e dor escapa de sua garganta, até que ele fique imóvel no chão.

A raiva e frustração o corroem ao ver que tinha falhado em sua missão. Esteve tão próximo de unir a relíquia e trazer seu senhor de volta.

— O que faremos agora, meu senhor? — um jovem se aproxima do senhor das trevas, seu servo. Seus olhos amarelados estavam confusos e atordoados pela derrota.

— Ela não irá se safar tão facilmente. Me traga somnum, o espírito da tormenta.

Como pedido o servo se apressou em trazer a criatura das profundezas da prisão em que foi colocada. A pele escamosa e enegrecidas, tudo que possuía no rosto eram dentes protuberantes e afiados, garras longas batiam umas nas outras produzindo um som arrepiante.

— Somnum, meu maligno, atormenta sua vida. A faça enlouquecer. A destrua. — a criatura entendeu o recado de seu mestre, sumindo do ambiente em um estalar de dedos  — Ela se acha uma deusa por derrotar aquele inútil? Eu vou mostrar para ela o que é ser um deus, vou levar ela a guerra dos deuses.

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