Capítulo VIII

Partiram então para o Yi-ti, em uma embarcação própria dessa vez, um presente dos Martell por sua confiança a um príncipe.

Apelidade de Aegir pelos meninos, que seria o Deus dos mares e oceanos na história dos Primeiros homens, mesmo que se fosse por nomes de deuses ela preferisse o Deus valiriano, aceitou, ao menos o dom lembrava...

Os meninos não estavam simplesmente brincando e viajando por aí sem nada, aprendiam também. Geografia, Astronomia, apquimia, história, linguagem e literatura, cultura e esgrima.

Um pouco de cada lugar, sua cultura, habilidades e estilos de vida, aprendendo sobre economia e cartografia. Afinal, o mundo estava ao seu dispor.

Os meninos até ali já haviam começado as arte da espada, algo cuidado pessoalmente pelo pai deles, enquanto em Pentos e Volatis, também tiveram algumas aulas com outros tutores, aprendendo a luta local.

Yi Ti é uma nação e região em Essos, a leste de Qarth e das Montanhas dos Ossos e banhada pelo Mar de Jade ao sul. As ilhas próximas no Mar de Jade são Leng e a Ilha dos Chicotes.

Ao norte de Yi Ti estão o Grande Mar de Areia, o Mar Encolhido e o Mar Sangrento; um grande rio corre para o sul do Mar Sangrento através de Yi Ti até o Mar de Jade. A leste de Yi Ti estão as Montanhas de Morn, as Terras das Sombras e a cidade de Asshai. Na Língua Comum, coisas relacionadas a Yi Ti são conhecidas como "YiTish".

O reino da civilização YiTish é o Império Dourado de Yi Ti, que foi, segundo a lenda, precedido pelo Grande Império da Aurora. Meistre Yandel especula que a civilização YiTish foi contemporânea do reino das Rainhas Pescadoras, enquanto os sacerdotes YiTish insistem que as primeiras vilas e cidades da humanidade surgiram ao longo das costas do Mar de Jade, menosprezando as alegações contrárias dos Sarnori e Ghiscari, dizendo ser ostentações de selvagens e crianças.

Yi Ti tem mais cidades do que qualquer outra terra no mundo conhecido, e de acordo com Lomas Longstrider elas são muito maiores e mais esplêndidas do que as cidades do oeste. De acordo com Colloquo Votar existem três cidades mais antigas enterradas abaixo de cada cidade YiTish. E Rhaera não pode deixar de concordar mais.

Ali, graças aos seus dragões, e a clara herança valiriana de seu filho mais velho, assim como seus olhos, foram apresentados aos deus-imperador Chuai Ling.

Ele era filho do príncipe Yamato Takeru, sobrinho do Imperador Seimu e neto do Imperador Keikō. Foi o primeiro imperador a ascender ao trono sem ser filho do imperador anterior, mas não menos ambicioso, e ver um dragão do tamanho do seu maior templo e dois menores, do tamanho de pequenos protos, não era algo a simplesmente deixar passar.

Eles foram recebidos no Palácio Imperial, em Yin, com sua família. O lugar detém uma grande área que poderia rivalizar com Winterfell. Localizado no Mar de Jade.

Contém diversos prédios importantes, incluindo o palácio principal, Kyūden, as residências privadas da família imperial, aa residências de visitantes, um arquivo, alas históricas e escritórios administrativos.

A cidade localiza-se na foz de um rio que flui das florestas de Yi Ti. Liga-se a Asabhad por uma rota comercial pela costa. E foi lá que sua filha nasceu, as sete luas, ao invés das nove esperadas.

Seu quarto filho, sua menininha, Oreanna Yuna, Princesa Targaryen de Summerhall nasceu nas alas protegidas do palácio de Jade, para ser banhada em em joias, tecidos ricos e óleos raros.

Com o primeiro nome em homenagem à mãe de seu pai, e o segundo foi em homenagem ao lugar que os recebeu.

Sua única filha, e mesmo Beron estava literalmente caindo nos pezinhos cheios e instáveis do bebê.

Os Príncipes e Princesas de Jade, os chamavam. E então Rhaera poderia talvez entender o desejo do seu avô paterno por ir tão longe, por ter tanto orgulho. A sensação era maravilhosa...

Eles receberam tantos presentes que mal se poderia colocar em uma ala inteira, os yitianos eram calorosos com certeza, principalmente quando isso poderia os beneficiar. Quando descoberto então, por mais que tentasse evitar, que ela era neta do Serpente Marinha, bom com certeza eles precisaram se um segundo barco.

Seu avô aparentemente fez muitos negócios lucrativos com eles.

Ali permaneceram por quatro luas. Seu parto foi difícil e os cuidados eram essenciais, a Imperatriz Ling esteve ao seu lado constantemente, contando e a incentivando com suas próprias histórias de partos. Embora tivesse somente dois filhos vivos, das sete gestações que teve.

Isso não a deixou exatamente confiante...

Seus filhos estavam animados pelas novas terras e cultura, Taelor e Edric eram curiosos por natureza, tendo puxado isso dela, e adoravam andar pelo castelo e até mesmo tentar seguir as tradições locais.

Yuna foi ungida com as bênçãos locais, como demonstrações de amizade entre as famílias, eles aceitaram e assim viram sua filha ser batizada.

Cerca de um mês após o nascimento de um bebê, as famílias vestem a criança com pequeno quimono de seda especial para a ocasião e a levam a um templo da Senhora Feita da Luz e o Leão da Noite, para a Cerimônia da Primeira Visita do Bebê ao Templo.

O quimoninho das meninas chama-se ubugui, de seda vermelha ricamente estampada com símbolos da infância e de boa sorte, como fitas e bolas, chamado de mari.

Nessa cerimônia o sacerdote ou sacerdotisa mencionam o nome do bebê, dos pais da criança e suas terras de família, pedindo bênçãos divinas para eles e seu lar, e todos os familiares, eles e os outros, fazem oferendas simbólicas deixando ramos de Tamagushi (pequenos galhos de árvore com enfeites de papel) no altar.

Simbolicamente o batismo representa a apresentação de uma nova pessoa aos deuses e à sociedade.

Os pais e familiares da criança devem dar algo mais simbólico, como representação de seu laço de sangue e vínculo pessoal, representando seu Passado, Presente e Futuro.

Beron deu a filha o pingente de sua mãe, uma das poucas lembranças vivas que tem da mulher que lhe deu a vida, mas nunca teve a chance de conhecer.

Rhaera lhe deu um dos presentes mais importantes do mundo; a vida. E como representação disso, do amor r proteção envolvida, com a ajuda da Imperatriz e de suas damas, fez um manto, com suas próprias mãos, com o símbolo da vida em fios de prata, representando sua casa.

O amor que ela sentia por seus filhos era sem limites. Ela faria de tudo por eles. Mataria e morreria. Enfrentaria Balerion e todos os outros deuses se necessário, antigos e novos. Mas com toda a certeza, evitaria ao máximo costurar novamente. Tinha certeza que anos mais tarde ainda sentiria as dores em suas mãos por isso.

Seus irmãos lhe deram a representação do futuro, do mais próximo, sua infância, para o mais velho, sua vida como mulher adulta.

Taelor lhe entregou uma boneca de porcelana yitiana, com desenhos delineados nos olhos claros e bochechas avermelhadas destacando a peça.

Edric entregou ao altar onde sua filha estava deitada, um lindo vestido branco puro com bordados ricos formando rosas brancas.

Bhaeron, seu penúltimo filho, embora animado com sua irmãzinha, ainda triste por não ser mais o que detém toda a atenção, lhe deu uma harpa menor esculpida, modelada e intrigante com pequenas forjas de lobos e dragões, com flores yitianas ao redor. Era um trabalho delicado e rico com certeza e Rhaera estava admirada pela rapidez e também por tantos detalhes tão bem criados a partir da madeira fina.

Quando finalmente partiram de lá, quase quatro luas depois, havia dois navios a mais seguindo a frente deles em direção a Westeros, e embora logo fossem para casa, decidiram voltar a Dorne por mais uma lua, ou duas.

Rhaera não era tola, sabia das possíveis consequências de simplesmente abandonar sua família de sangue e fugir da guerra, independente do lado vencedor, embora no fundo desejasse desesperadamente comtirmar quem venceria.

E assim, embora aliviada quando se foi comunicada em Dorne, logo após sua chegada, que com toda a certeza havia uma rainha, a rainha Rhaenyra, Primeira de seu nome, sabia que sua inação teria repercussões, mas estava preparada.

Seu marido aprendeu melhor da política ao seu lado nos últimos anos, principalmente quando usaram isso com frequência para alcançar bons lugares e acomodações durante a viagem, e rmbora ainda frio e duro como o norte, era adaptável e tinha um olhar aguçado.

Assim, o mesmo aceitou e seguiu como um enviado diplomata apontando sua nova gravidez difícil como impasse para sua ida a capital e a movimentação de sua volta. Afinal filhos pequenos, uma gravidez crítica e sendo somente um dragão adulto para defender os territórios, não era algo fácil de lidar.

Além disso, os lembrou que a "pequena" ajuda que lhes deram, embora Rhaera não visse isso como nada alem de lealdade a sua família, congecia os movimentos politicos e as trocas de favores, mesmo não planejados.

Aparentemente, Viserys também lhes contou sobre eles, o que lhes ajudou muito com o perdão da rainha, embora a mesma tivesse, segundo seu marido, triste por não lhe ver.

Ela ainda não sabia o que fazer com tal informação depois do tempo de descaso e frieza que sofreu após descobrir sua gravidez, assim como o silêncio após seu casamento e saída de Porto Real.

Embora alguns, pelo que ouviu, parecessem chateados pela falta de repercussão, muitos dos cortesões lembrariam que ela ainda era a filha da rainha, e a maioria nem mesmo conhecia a bagunça que foi seu casamento e sua gravidez. A maioria não tinha o conhecimento de nada disso, simplesmente aceitando o leve barulho de um casamento apaixonado com um cavaleiro do norte que desagradou a família.

Muitos ririam; a Princesa que trocou uma coroa por um castelo de areia. Já que seu marido embora um senhor, não tinha muito além de Fosso Cailin, do qual nem no final permaneceu em sua posse.

Porém, ninguém também os corrigiu, e assim ficou. Graças a proteção e cuidado dados ao Príncipe Viserys II Targaryen durante seu tempo perdido, um perdão oficial por sua inação na guerra ocorreu.

Afinal, todos sabiam qual seria o fim do príncipe desde que se tivesse permanecido em westeros, com a invasão de Dragonstone com o rei usurpador, matou não só o castelão, mas todos que estavam lá e mais próximos. Nem mesmo muito do povo foi poupado, e com o navio dos príncipes sendo assaltados e o príncipe Aegon abandonando seu irmão para trás enquanto voava em seu dragão pequeno, seu destino seria incerto.

Logo como resultado Beron foi enviado de volta intacto e pleno, eles mantiveram suas posses e não considerados traidores. Simplesmente foram... convidados a permanecer fora das Terras de Porto Real por tempo indefinido, o que não era uma verdadeira dor a nenhum deles.

Ela simplesmente não estava esperando que anos depois, na verdade dez e quatro anos desde a última vez que viu sua família, em seu casamento, e sete anos desde que a guerra ocorreu, que eles vissem diretamente para suas terras.

Ao reler a carta, tudo o que pode fazer foi olhar para seus três filhos e uma filha, e então para seu marido e lhe entregar o rico pergaminho.

" Bem... agora não temos para onde fugir."

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