Capítulo VII

Rhaera sabia que haveria guerra pela sucessão.

Verdes e Negros. Dragões contra dragões. Isso eea um fato, e não só uma ideia.

Otto e Alicent Hightower não aceitariam sua mãe no trono, muito menos dobrariam o joelho de boa vontade.

Ela não queria se envolver.

Grávida novamente, e ainda com dores leves das lembranças do passado, tudo o que desejava era preservar sua família, a família que estava ao seu lado, que a cuidou e acolheu.

Poderia ser egoísta, mas Beron mesmo diz;

“ Os guerreiros travam guerras, os inteligentes as evitam. Os egoístas usam isso ao seu favor.”

Era uma frase dira, mas certa. Ela era Inteligente, aqueles ao seu redor também, e ninguém queria entrar em uma guerra.

Assim, quando a morte do seu avô foi sussurada, quando corvos começaram a voar e enquanto o resto de sua família entravam em guerra, e muitos dos dois lados tentavam buscar seu apoio, ela se recusou a seder e curiosamente havia partido em uma viagem, atravessando a fronteira para Dorne com sua família no alcance do começo da guerra real,  quando Aelor Velaryon, o filho de Laena e Daemon Targaryen faleceu por seu primo, Aemond, nos céus da tempestade em torno do Castelo Baratheon.

Ela não esperou. Não, com certeza não, sabia o que resultaria disso e tão perto de sua casa. Organizou tudo, trancou a fortaleza e os muros, para que nem mesmo os dragões de sua família pudesse chegar perto, pegou seus filhos, seu marido e seguir em uma turnê turística, começando por Dorne, onde ficaram com a família Martell.

Ao contrário dos Targaryen, os governantes de Dorne são chamados de Príncipe e Princesa, não de Rei e Rainha. Aliandra e Coryanne eram simplesmente damas e seu único irmão, Qyle, era apenas um jovem lorde. Foi uma abordagem interessante da sua própria versão da Monarquia, mas Rhaera achou que era bastante prático

Alguns ficaram  impressionados com o vislumbre que tiveram de seu amado dragão, o choque e receio por verem outro dragão que cobrisse toda a seu extenso palácio era palpável, e ela precisou enviar seu dragão para fora dos muros da cidade por enquanto, em um sinal de fé, embora seu vínculo estivesse pronto para traze-lo de volta a qualquer sinal de perigo.

“Estes serão seus aposentos até que vocês partam, suas altezas.”

Gesticulou a primeira filha do principe Qqren, m direção às portas brancas antes de abri-las. O que o saudou foi um quarto limpo e de estilo dornês de casal com uma grande varanda aberta. Ela cantarolou, lançando a Aliandra um olhar de gratidão, enquanto observavam as portas próximas serem abertas por seus filhos. Os quartos eram interligados, por sorte.

Embora pudesse se pensar que com uma nova gravidez fosse perigoso viajar por aí. Com a guerra estourando e uma possível convocação para ajudar sua família, ou ser ameaçada por outro lado, fosse palpável, acreditou que viajar era dos males o menor.

Qqren era um homem astuto e ambicioso, que sabia aproveitar oportunidades. Tentativas de noivado entre sua filha e seu herdeiro, Taelor, não faltaram em toda a sua estadia.

No entanto, parece que após sua própria esposa lhe ensinar um pouco de sutileza e tato, ele se acalmou.

Beron mais do que ficou feliz quando finalmente foram embora. Nesse meio tempo ele havia ficado com cãibras de tão tenso e duro que ficou, sempre com a mão no punho da espada caso surgisse a necessidade de briga.

O tempo que passaram em Bravos foi incrível. Aprenderam e presenciaram os mercados e a praça da cidade com aa crianças. Eles passaram o tempo experimentando novos alimentos, que sempre foram um alerta para a paleta do Norte de Beron.

Foram, somente os dois, ao Ale House e ficaram bêbados, o que, claro, resultou em Rhaera arrastando seu marido e o levando para dançar.

Eles assistiram a programas que não conseguiam entender para salvar sua vida, mas lhes causava boas risadas. Muitos em valíriano bastardo, o que a fazia sempre ter que traduzir para ele, o que resultou em ele pedir que ela apenas lhe ensinasse Alto Valiriano, depois de um longo tempo passado não entendendo nada do que falavam com eles.

Eles primeiro se hospedaram em uma pousada na cidade, antes de conseguirem uma pequena casa. A construção do castelo quando diminuída, e com o apoio constante de moedas do rei, até pouco antes de sua morte, os permitiu aproveitar bem o momento sem grandes preocupações e ainda assim tinham chance de que eles tivessem mais do que o suficiente para viver confortavelmente.

Beron admitiu sinceramente que diferente de quando seguiu para os mercenários, estar com sua nova família foi a coisa mais divertida que ele já teve. Ela também não diria que isso era um erro.

Rhaera amava sua família, e Dragonstone sempre guardaria ótimas lembranças para ela com seus irmãos, mesmo com a traição e tudo. Era muito mais importante para ela aquelas memórias do que qualquer coisa vivida em Kingsland ou Driftmark, mas explorar o mundo com Beron e três filhos…foi muito libertador. Ela não era Rhaera Targaryen,  a Princesa, a traidora, irma ou filha, não ali.

Ele era apenas Rhaera.

E mesmo contra todos os pensamentos sobre os luxos, conforto e segurança que tinha enquanto vivia como uma boneca escondida entre muros altos, ela realmente gostou disso.

Depois de passar seis luas em Bravos, eles decidiram ir para Volantis. Os dragões dos meninos estavam a crescer e Rhaera  dissera que precisariam de encontrar um lugar onde pudessem abrir as asas sem serem vistos em público.

Ela mencionou que Lhazar era um bom lugar, mas queria mostrar-lhe Volantis primeiro. No caminho para lá, eles pararam um pouco em Tyrosh e depois em Lys. Logo eles sabiam que, apos ficsr ranto tempo livre, os pequenos dragões odiava. ficar confinados, então a mulher fazia questão de mimá-los com carne sempre que podia.

Enquanto estava em Lys, Berin ficou chocado com quantas pessoas pareciam ser parentes de seu primeiro filho, embora tivesse puxado muito de sua mae, os cabelos negros de sua esposa eram de sua herança parerna não valiriana. Mas seus olhos não enganaram quem eram.

Ele sabia, é claro, que o povo liseno tinha ligações com o Sangue da Velha Valíria. A maioria deles tinha cabelo mais loiro mel ou branco puro. Taelor tinha o verdadeiro ouro prateado de seus ancestrais. Ambos também tinham olhos violeta puros, que a maioria das pessoas de Lys tinha azuis, verdes ou roxos azulados.

Quando chegaram a Volantis, foram convidados para o Templo Vermelho de R'hllor. Uma mulher chamada Mellionr os convidou para ficar dentro do templo, ela aparentemente sabia sobre os dragões. E embora receoso, Beron seguiu sua esposa com seus filhos segurados firmemente pelos seus ombros, enquanto o mais novo estava aninhado nos braços de sua esposa.

Os dragões cresceram tanto que tiveram que conseguir uma gaiola grande antes de deixar Lys e logo não conseguiriam caber dentro dela.

Beron estava cético em relação a essas sacerdotisas. Ele era um seguidor dos Deuses Antigos e, apesar de quantas vezes pensasse que era apenas temporário, ele não gostava dessas pessoas ou de como elas olhavam para sua esposa e seus filhos, principalmente para os dragões.

Eles visitaram a ponte de Volantis, ele viu o rio Rhyone e as infames paredes negras. Volantis foi a cidade mais badalada que visitaram.

Beron era um homem do Norte, Bravos era quente demais para ele e dos lugares onde eles estiveram, era o mais legal. Volantis estava em outro nível.

Rhaera tinha comprado roupas novas para eles usarem, que eram muito mais frescas, mas ele estava demasiado habituado ao clima nevado do Norte. "É no lobo que você está."

Mais uma vez, eles estavam se divertindo. Eles estavam em Volantis há cerca de uma semana quando mais notícia chegaram.

O Príncipe Aegon III foi assassinado dentro do palácio de Dragonstone pelas maos do próprio tio, o rei usurpador. E em retorno o príncipe Daemon mandou assassinaram o príncipe Jaehaerys, causando alvoroço.

Em desespero, a Princesa Helaena se mantou, jogando-se da torre de Maegor psra a morte nas balizas.

Criston Cole foi morto pelo Sor Leanor Velaryon, desmembrado e engolido por seu dragão, seasmoke.

O Príncipe Aemond foi morto em um ato de justiça pela morte de Aenor Velaryon, assassinado pelo Príncipe Daemon Targaryen acima do Olho de Deus, que também faleceu, assim como ambos os dragões.

O Príncipe Viserys II, o filho mais novo da rainha foi dado como morto em meio ao mar enquanto era enviado para Pentos, amigos do príncipe renegado.

O último talvez fosse a melhor notícia que puderam receber, pois eea completamente enganosa já que Rhaera encontrou com seus próprios olhos o irmão que nunca havia visto pessoalmente, mas o reconheceria em qualquer lugar graças a descrição de seu avô por cartas, e em um ato de lealdade ao seu sangue, o enviou a casa Martell com um pedido de proteção e apoio, que foi atendido prontamente graças a conexão que haviam forjado nos seis meses que passaram unidos.

O menino era de nove dias de nome, só cinco anos mais quatro anos mais velho que seu filho primogênito, e ela não pensou em mais nada além de ajudar a protege-lo dos Rogare, que com certeza não queriam nada além do poder por trás de ter um príncipe valíriano.

Ela o manteve com sua família e o cuidou como pode até o enviar para os Martell quando estavam psra partir novamente, com receio de o levar longe demais e acabar se envolvendo muito mais profundamente na guerra.

Até ali, o mesmo estava muito bem alimentado, aliviado e seguro, sem os realços da guerra em seus pequenos ombros, e simplesmente aproveitando os mercados e a mansão que alugaram como qualquer outra criança deveria.

Ela ficou feliz ao ver Taelor tão animado com alguém tão parecido com ele, como isso parecia o deixar tranquilo novamente, e também não deixou de ter os olhos brilhando de Viserys ao ver seu dragão, que mesmo não se aproximando muito, era uma criatura majestosa demais para aceitar ser escondida e só fazia o que bem desejasse.

“ Você é minha irmã, não é? Ouvi muitos dos empregados falarem da minha irmã, aquela que domou o mais cruel dos dragões, Canibal…”

Ela sorriu levemente com isso e assentiu enquanto a via correr e a abraçar.

“ Porque não vi você antes? Porque mamãe não fala sobre você? Tentei perguntar sobre você a Jace, mas ele fixa quieto, e Aemma diz que você não é da família, mas você têm um dragão, e Taelor parece comigo!”

Ela não poderia responder isso. Não sem chorar, engasgar e ficar trêmula com a percepção real de que sua família não a enxergava mais como um deles. Era algo que esperava e até sabia no fundo, mas ver seu irmão, um irmão qie nunca nem mesmo teve a chance de conhecer direito além de um mero bebê afirmar como a viam, foi doloroso.

Ela o enviou logo depois, com um grupo de mercenários amigos do seu marido que conseguiu os contatar, e uma bolsa de moedas locais e westerosis, para sua partida, caso precisasse.

O menino pediu que voltasse com ela, mas tudo o que pode dizer, finalmente aceitando isso de todo o coração foi;

“ Estou com a minha família, não posso deixa-los.”

“ Também somos sua família, não é? Canibal pode ajudar a mamãe. Os filhotes não muito, você pode.”

Ela o acariciou, e apertou o ovo frio do seu irmão mais firme contra o corpo leve do menino com roupas lysenis.

“ Deixei de ser parte da família deles a muito tempo, Viserys. Sinto muito. Canibal é nossa proteção, a proteção dos meus filhos. Aegarax e Gaelithox são muito pequenos para nos proteger.”

O menino parecia entender isso, e assentiu levemente, a abraçando e jurando que contaria sobre a ajuda deles a sua mae, que entao os aceitaria de volta na família. Rhaera assentiu, mas não se deixou ter esperanças novamente.

Ela aceitou como era. Ela odiou, mas aceitou

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