Capítulo 3
Terríveis sonhos a dominara na noite passada, não eram cruéis, mas, perversos o suficiente para lhe roubar o sono, sua face, mais velha, roubada pelas rugas, com o olhar murcho, lhe abraçara e chorara com ela. Um código longo a se decifrar, o que aquilo tudo poderia significar?
- Phoebe querida, a tolha- gritava seu pai, alertando-a com a toalha nas mãos, qual ela havia esquecido sobre a cama.
- Me desculpe, eu estava...
- Perdera, o sono novamente?- perguntava ele, tocando em suas pálpebras inferiores, certificando-se que a filha realmente estava com olheiras.
- Só um pouco- respondera, pegando a toalha, para estendê-la em seu devido lugar.
- A vovó vai chegar as uma, deixarei as cópias no lugar combinado com ela, e quando chegar, nada de bagunça, e se fizerem...
- Arruem- ela completou entediada- eu já sei disso- rebateu, revirando os olhos.
- Certo, sejam pacientes, com ela- pediu ele, e ela concordou, colocando a mochila sobre as costas.
Peter havia comentado a uma semana que sua mãe, estaria em casa, em breve. Phoebe amava a presença da avó paterna, ela era um pouco exagerada em tudo, mas, era importante ter sua figura elegante sobre a casa, com um sorriso largo de orgulho no rosto, mesmo que na maior parte do tempo, ela reclamasse de algo, por viver uma condição oposta da deles.
Judy, sua avó, não era religiosa, como eles, não gostava nem um pouco de simplicidade, mas, era uma pessoa que se podia tolerar, a pesar, de seus conselhos sempre irritarem seu pai, o que preocupava se ia afetá-los de modo negativo, ela, ensinava a ela e seu irmão, coisas que seu pai não teria capacidade de dizer, e que para eles, importava muito para suas próprias sobrevivências.
Mas, Judy tinha consciência da hora de se retirar, e quando Phoebe mesurou subir as escadas, a avó entendeu que era hora de ela se conectar com a memória de sua mãe.
15.10.22
Eu não durmo a dois dias, é um revesamento maluco de pedido de ajuda, entre você e Henry. É curioso, o fato de ambos sentirem o fato de eu me relaxar, para poder me chamar novamente, não é culpa de vocês, eu sei, mas, queria relatar que mesmo com os olhos fechando de cansaço e com a coluna doendo, eu pude presenciar uma das cenas mais lindas da minha vida, o seu sorriso.
Sempre gostei de rosas, brancas ou amarelas (as claras é claro, nada vivo demais), e isso sempre me tomou a atenção porque eu estava completamente, alucinada pelo genérico, quando eu descobrir as verdades. Assim, como seu sorriso me tocou profundamente me fazendo chorar de felicidade, foi o dia em que descobrir que o que é de coração nada terá mais validade.
Minha primeira flor, que ganhei é claro, foi aos dezessete anos, era dia das mulheres, e eu fui presenteada em uma loja, em meio a uma surpresa qual proporcionavam, e eu me senti maravilhada pelo resto do dia, porque sempre me agradei com o pouco.
Quando conheci o seu pai, nunca esperei muito, eu sabia que eu e ele éramos completamente diferentes, ele era fechado, misterioso, mas fácil de se desvendar, eu era conhecida, misteriosa, e uma caixinha de surpresa. Não que isso seja muito diferente agora, mas, o tempo muda muita coisa. Eu pensei que soubesse tudo da vida, que naquele momento, por mais que o preto não estivesse no branco, e sim completamente, manchado de cores que um dia se tornaria a pintura mais bonita de se analisar, e assim se foi. O tema do mês, do ano, da década, o menino da torre escura e a princesa "perdida", não, eu estava mais para uma corajosa camponesa. Pelo menos, de acordo com os romances que leio, são as características que eu mais me assemelho.
Não deixando de lado, o quão teimosa sou, e que eu sempre, sempre, mesmo, discordo das coisas.
Mas, não exijo demais, sou feliz com o que tenho, e é isso que quero lhe ensinar, agradeça pelo que tem, pelo sol que brilha pela janela, pelo som das aves ao cantar, pelo barulho de passos a caminhar, pelo aroma das flores a encantar, agradeça por tudo isso, porque são coisas simples que preencherão o nosso interior.
Assim, o seu sorriso, me fez lembrar de algo, eu devia ter uns sete anos, ou mais, não me recordo muito bem, mas, me lembro de estar em um dia ensolarado, e arrancar uma flor com uma borboleta junto, me lembro da alegria me invadir e da emoção de ser o mais perto que havia chegado de uma borboleta. Foi isso que eu senti, filha, como se naquele exato momento tudo que eu pudesse ter da alegria, fosse aquele momento entre você e eu.
Com amor, mamãe.
Ela a amava de tantas formas diferentes, e vê-la ali dizendo expressamente, só aumentava o seu carinho por ela. O que poderia ter sido se ela estivesse ali, era impossível de se descobrir, mas, seria algo que lhe roubaria tempo suficiente para imaginar.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top