Capítulo 1

Primeiramente, bom dia, boa tarde e boa noite! Obrigada por estarem aqui comigo, lendo, comentando e dando carinho para minha bebê! Vocês não fazem ideia do quanto isso é bom, me motiva a continuar! Votem, comentem e se puderem divulguem com seus amigos.

É isso, beijinhos e boa leitura! ❤️

Nova York, Estados Unidos, 2004.

Os raios de sol iluminavam mais um dia que estava se iniciando para os trabalhadores de Nova York. Pessoas andavam pelas ruas seja para trabalhar, fazer compras ou ir para a escola, era sempre assim, movimentada. Carros atravessavam as ruas com certa urgência, talvez alguém atrasado para o trabalho. E ali, em uma pequena lojinha, estavam Jimin e Taehyung disfarçados de dois homens cubanos na tentativa de apreender um traficante que estava na mira do FBI há um tempinho. Uma combe com a logo de uma marca de sorvetes encostou em frente a pequena loja, de onde uma música um tanto animada tocava. Ao entrarem na loja, os homens tiveram a imagem de um Taehyung disfarçado que dançava animadamente, com um cigarro entre seus dedos.

— Epa, epa, baila comigo! Que tu queres, bobalhão? — falou Taehyung com uma voz fina, mexendo a cabeça com um topete falso.

— Cadê o Manny? Diz para ele que o sorveteiro chegou. — o homem alto respondeu, colocando uma mão sobre a bancada que o separava de Taehyung.

— Oh, manolo! — o agente gritou, chamando seu companheiro.

— Si, Papi? — gritou Jimin, fingindo um sotaque enquanto engrossava sua voz.

— Venga cá! — chamou enquanto olhava para o homem, ainda segurando seu cigarro que mais parecia um charuto de tão grande.

— Aqui branquito! — Jimin gritou de volta e Taehyung agradeceu por segurar sua vontade louca de dar risada da forma como seu parceiro estava falando.

— Venga cá! — chamou novamente, dessa vez vendo Jimin aparecer segurando dois chocalhos na mão enquanto dançava de um jeito estranho, dando um grito. — Baila comigo! Baila comigo! Baila comigo! — Jimin se requebrava enquanto Taehyung o acompanhava nos passos de dança completamente improvisados, e isso fazia o homem que ainda estava ali, os observar com uma careta confusa. — Motaluca!

— Motaluca! — o mais baixo repetiu as palavras, continuando seus passos.

— Motaluca! Motaluca! Motaluca! Parou! — Taehyung gritou e Jimin ficou paralisado de uma forma completamente engraçada. — Voltou! Oh-oh! Oh-oh!

Eles voltaram a dançar, indo de um lado para o outro, com as mãos na cintura. Já o homem não estava gostando nada do que estava acontecendo, em sua cabeça, eles estavam debochando dele.

— Ei! Anda vamos direto ao assunto. — os dois rapazes pararam de dançar, prestando atenção no homem. — Cadê a grana?

— Aqui.. — Jimin se aproximou da bancada, chamando o homem com o dedo e esse logo se aproximou, pensando em receber seu dinheiro logo e poder ir embora dali. — GUANTALAMELA.. A LILA GUANTALAMELA.. A LILA GUANTALAMELAAAAA, A LILA GUANTALAMELAAAAA! — o homem se afastou, o olhando. Jimin se ajeitou e olhou para Taehyung. — Manda aí pai.

— Ele disse que não vai dar nenhum centavo até você dizer que sabor você trouxe! — Taehyung falou, com seu cigarro já apagado entre os dedos.

— De creme. Foi o que você pediu. — o homem já estava ficando um pouco irritado com toda aquela situação, torcendo para poder ir embora logo.

Taehyung olhou para Jimin, esse que pegou um pequeno pente e passou pelos poucos fios de seu disfarce, concordando com a cabeça.

— É. Pega la grana.

— Tá, ah, tá! — Taehyung responde, se abaixando um pouco, pegando a maleta e a colocando sobre a bancada. Abriu a maleta e mostrou muitas notas falsas de dólares, mas que pareciam muito reais. — Sou Benjamin Franklin, mermão. — Taehyung abriu os braços, rindo e sendo acompanhado por Jimin e o homem sorriu grandemente ao ver a maleta recheada com aquelas notas.

— Mostra a parada! — o homem falou feliz para seus empregados que foram pegar a mercadoria, fechando a mala.

— Mostra a parada! — Taehyung repetiu, ainda rindo junto a Jimin.

— Essa foi boa!

— Toma o seu sorvete. — o homem sorriu, pegando a maleta, pronto para ir embora. Jimin e Taehyung pararam de rir e Jimin se manifestou.

— Um momento, manolo! — falou, fazendo o homem parar e o olhar novamente. — E tu, é chegado? Tá vindo, tá vindo.. tratratratra.. — Jimin imita uma metralhadora com os dedos, deixando o homem confuso. — Eres macho, papi? Aí yo digo, yo digo: — Jimin pega uma vela que continha a imagem de Jesus Cristo, subindo para cima da bancada, levantando uma mão para o céu. — Jesus! Como se chama, papi? Como se chama? Por que? — ele prolonga o "e", fingindo um choro logo em seguida. Taehyung observava tudo, não sabendo o que deveria fazer no momento. Logo Jimin desceu da bancada, arregalando os olhos levemente enquanto falava: — Ele se vira e diz para mim: lalalala la bamba yo necessito una boca de graxa! Ah! Fala para ele.

— Ele diz.. — Taehyung começa, e logo os dois tiram seu disfarce, vendo o homem arregalar os olhos. — FBI, vocês estão presos. — eles mostraram seus distintivos. — Ele vai fugir, hein.

— Não vai não. — Jimin respondeu, mas logo os três homens começaram a correr. — Mas que droga!

Jimin e Taehyung pularam a bancada, correndo atrás dos homens. Enquanto Taehyung pulava contra os dois homens, Jimin pegava o chefe.

— Aonde você vai? — eles começaram a lutar, socos para todos os lados. O homem pegou Jimin pelas roupas, o levantando e o jogando sobre a bancada, logo o agente levantou-se com os olhos um pouco arregalados. — O que é isso?! Agora eu te pego! — eles voltaram a voltar, Jimin se dava muito bem em lutas corpo a corpo, mas foi surpreendido por um soco no estômago e outro no rosto, indo até o chão, mas logo se recuperou e olhou para o homem. — Esse foi o seu melhor golpe?

— Parei com vocês! — Taehyung falou, sacando sua arma e apontando para os dois homens, vendo eles ajoelhados e com as mãos para o alto. Ouviu o barulho como se alguém estivesse sendo sufocado e logo a voz de Jimin foi ouvida.

— Taehyung! Taehyung! — o menor chamava com os olhos arregalados enquanto se segurava no homem. Ele estava nas costas do homem enquanto se segurava em seu pescoço, porém estava sufocando o maior que se mexia tentando tirá-lo de suas costas. — Taehyung!

— Tá legal! Vocês dois aqui, agora! Ou se não eu sento bala nos dois, hein! — Taehyung afirmou, fazendo os dois homens irem para um cantinho ainda ajoelhados e com as mãos para o alto. Guardou sua arma em seu coldre na cintura e foi até o homem ao qual Jimin estava nas costas, dando dois socos em seu estômago, deixando o último soco para Jimin, que acertou o rosto do outro, o fazendo ir ao chão. — Qualé, Jimin?! Por que você sempre pega o maior, hein? — falou enquanto os dois tentavam recuperar o fôlego.

— Sei lá, deve ser o desafio.

— Viu só? O que eu disse, hein? Conseguimos, não é? — Taehyung sorriu, sendo acompanhado por Jimin que concordava, apertando suas mãos juntas. — Eu não disse?

— Falou, você é demais. — concordou Jimin, sorrindo cúmplice junto de seu amigo.

— Sem ajuda, sem reforço e a gente vai ficar com todo o crédito! O maior caso da nossa carreira! — o sorriso quadrado não saia do rosto de Taehyung, afinal ele e Jimin haviam conseguido solucionar um caso muito importante para o departamento do FBI onde eles trabalham, isso significava muito para eles pois era sua chance de se tornarem alguém importante lá dentro.

— É! Nós conseguimos! — Jimin mostrou seu adorável eye smile, contente com a nova conquista dos dois.

— Quatrocentos quilos purinhos de.. — Taehyung abriu um dos caixotes observando o conteúdo branco ali dentro, logo colocando o dedo ali e estranhou a textura cremosa. Franziu o cenho, levando seu dedo com o conteúdo até seus lábios, provando. — Sorvete de creme?

— O que? — seu amigo estava sem entender nada, se aproximando do caixote.

— Qualé, mermão?! Cadê as drogas? — Taehyung pegou o colarinho do homem dono do caixote, já sem paciência.

— Eu não sei nada de drogas, eu vendo sorvete. Morango, creme e napolitano se você quiser. — o sorveteiro falou enquanto um pequeno filete de sangue escorria pelo canto de sua boca, deitando a cabeça no chão novamente.

Os dois amigos trocaram olhares confusos e quase que apavorados. Não tiveram muito tempo para decidirem o que fariam pois a porta se abriu e o pequeno sininho acima dela se balançou. Um homem de baixa estatura, careca e gordinho entrou acompanhado de dois homens.

— Olá! Diz para o Manny que o sorveteiro chegou. — Taehyung arregalou seus olhos levemente, olhando para Jimin, percebendo que seu amigo estava da mesma forma. O “sorveteiro" olhou em volta, vendo a bagunça que havia ali em consequência da luta anterior, viu dois homens ajoelhados e com as mãos erguidas claramente com medo e outro deitado no chão os olhando sem entender nada. — Esquece, loja errada.

Os agentes observaram o momento que o homem careca e seus capangas iam sair e então não demoraram para agir. Sacaram suas armas e gritaram em uníssono.

— PARADOS, FBI!

Os dois capangas também sacaram suas armas e um tiroteio se iniciou. Os inocentes ali dentro se esconderam com medo de serem baleados injustamente. Jimin se escondeu atrás de uma bancada e Taehyung em outra, porém uma das balas pegou de raspão no braço do loiro, que tocou no braço.

— Jimin! — Taehyung gritou, preocupado com o amigo.

— Eu tô legal! — respondeu, observando Taehyung concordar e espiar por cima da bancada quando os tiros cessaram. Os sorveteiros saíram correndo para fora do local, e logo os criminosos também.

— Estão fugindo, vamos! — Taehyung alertou, sendo seguido por Jimin quando saiu correndo atrás dos fugitivos. Ao chegarem lá fora, haviam dois carros de sorvete se afastando.

— Qual deles? — o loiro questionou enquanto mirava no carro da esquerda e Taehyung no da direita.

— Eu sei lá! — os carros se afastaram ainda mais, fazendo os agentes bufarem com a má sorte.

— Mas que.. — Jimin começou, observando seu amigo virar-se para si.

— Merda!

— Falei que a gente precisava de apoio! — o loiro resmungava, vendo Tae revirar os olhos, também resmungando.

— Ah, não enche vai.

— Você sabe que o chefe vai matar a gente, né? — Jimin reclamou novamente, entrando novamente na loja junto de Taehyung.

💼👠

— Hm.. deixa eu dar uma dica para vocês. Se estão tentando agir por conta própria, fazer o tipo “justiceiros baratos”, não se esqueçam nunca de pegar o cara certo! — Lee Taemin, chefe de Jimin e Taehyung, falou irritado. A bagunça e prejuízo daqueles dois o deixou com os nervos a flor da pele.

— Err.. sabe o que é, chefe, a gente quase pegou os caras. Só faltou um pouquinho só, então.. — Taehyung falava, embaraçado por ter de dar aquela mesma desculpa novamente.

— Só isso. — Jimin mostrou-lhe um sorriso amarelo, fazendo um sinal com os dedos sinalizando pouco.

— Como é que é? Só um pouquinho? Toma vergonha nessa cara, Kim. Faltou pouquinho coisa nenhuma! Eu já estou cheio das suas vaciladas. Já chega, só me faltava ser motivo de piada lá na agência e além do mais, eu-.. — Lee foi interrompido pois o celular de Jimin começou a tocar.

— Só um segundo.. Alô? Oi omma, não dá para falar agora, o chefe 'tá me dando a maior bronca. — Jimin falou, percebendo que Taemin o olhava de maneira indignada.

— Oi, Jiminie! — Hyuna, mãe de Jimin, nem teve tempo de dizer algo antes que seu filho se manifestasse novamente.

— Eu te ligo daqui a pouco, tá? Te amo. — Falou, quase desesperado pois sabia que sua mãe não pararia de falar caso não a cortasse.

— Mas.. — Jimin desligou o celular, sorrindo miúdo para o chefe.

— Desculpe. — guardou o celular no bolso, observando seu chefe suspirar.

— Como eu ia dizendo.. — Lee foi interrompido novamente, mas dessa vez era seu celular que tocava. Ele olhou para Jimin e Taehyung que permaneciam quietos esperando por mais sermões, tirando seu celular do bolso e o atendendo. — É o Lee, fala.

— Oi, chefe, é a Hyuna. O Jimin está aí com você? — perguntou.

— Tá aqui, tá aqui. — Lee responde, rindo levemente, mesmo não tendo vontade para isso.

— Eu posso falar com ele, por favor? — perguntou inocentemente.

— É para você. — estendeu o celular para Jimin, vendo ele pegar o aparelho nervosamente.

— Mamãe, eu ainda estou com o chefe. — Jimin falou suplicante, querendo desligar o celular antes que a barra ficasse mais suja para seu lado.

— Que mala. — Taehyung resmungou, revirando os olhos.

— Mas é importante. — ela falou, mas foi interrompida por Jimin.

— O clima está meio estranho aqui. — falou, torcendo para que sua mãe entendesse de uma vez.

— Eu não vou demorar, é rapidinho. — ela tentava falar de qualquer maneira.

— Tá, eu te ligo daqui a pouco. — desligou o aparelho e entregou ao seu chefe, sorrindo amarelo novamente. — Obrigado, chefe.

— Err, olha, os dois, dêem um jeito nessa bagunça. Eu quero um relatório na minha mesa amanhã, viu? — falou, vendo os dois acentirem e falarem em uníssono.

— Sim, senhor.

— Enquanto isso, eu descubro se a agência tem umas vaguinhas para vocês no.. Iraque. — Lee falou, sorrindo ladino, vendo Jimin e Taehyung se olharem de olhos arregalados. Logo se afastou dali para falar com seus outros subordinados.

— A dupla dinâmica ataca novamente, parabéns Batman e Robin. — Gomez, um de seus colegas falou, os provocando.

— Awn. — Jimin gemeu, logo rindo junto a Taehyung.

— Ou será Häag and Dazs? — Harper falou, apontando para Tae e depois para Jimin, recebendo uma concordância de seu amigo. A risada um pouco forçada de Taehyung e Jimin foi ouvida.

— Häag and Dazs. Esse cara é engraçado! — Taehyung imitou o movimento das mãos de Harper, rindo junto a Jimin.

— Foi bom, gostei. — Gomez falou, logo escutando Harper concordar. — Até Häag.

— Adiós, Dazs.

Assim que os dois saíram de seu ponto de vista, Jimin e Taehyung pararam de rir.

— Que babacas.. — Jimin resmungou, recebendo um aceno positivo de seu colega.

— Caramba.. vamo lá. Bom, a gente vai ter que dar uma geral nisso aqui. — Taehyung suspirou.

— É.. — Jimin olhou ao redor, vendo a bagunça de sorvete e tantas outras coisas espalhadas pelo chão.

— Então tá, é.. você limpa o chão e se livra de todo o sorvete que eu vou lá esquentar o carro. — o moreno falou, já saindo dali.

— Vai lá. — Jimin falou um pouco distraído, mas logo percebeu que seu amigo o havia colocado em uma fria.

💼👠

Assim que chegou em casa, às oito horas da noite, a única coisa que ele queria era poder se alimentar, tomar um banho e dormir feito pedra até a manhã seguinte para ir trabalhar novamente. Assim que abriu a geladeira seu sorriso desapareceu ao ver apenas uma pequena caixinha de comida japonesa com um bilhete escrito “Sem jantar".

— Sem jantar.. tá bom, eu mereço mesmo. — resmungou, fechando a porta e se virando, dando de cara com sua mãe que tinha suas mãos na cintura, uma camisola abaixo do joelho e bobs cor de rosa no cabelo. Sua mãe é linda, mas com bobs no cabelo e aquela camisola, com certeza ela ficava ilária. — Oi, mamãe!

— Não vem com “oi, mamãe!". Não acredito que me deixou a noite toda preocupada. — a cada palavra que ela pronunciava era como se ela estivesse planejando o assassinato de Jimin.

— Noite toda? Mamãe, são só oito horas. É que depois do trabalho nós fomos a um bar e bebemos umas duas cervejas. — Hyuna não parecia dar o braço a torcer, afinal, Jimin herdou sua teimosia.

— Eu sei, eu liguei para o bar e disseram que você saiu às sete e quarenta e cinco. Eu olhei no mapa, Jimin. São seus minutos de lá até aqui. Se você tem um namorado, Jimin, é melhor me dizer logo! — ela falou, mantendo sua pose durona, o olhando.

— Mamãe, olha só o que você acabou de dizer. Você disse que são seis minutos de lá até aqui. Eu cheguei em oito. Ou seja, são dois minutos suspeitos. Se eu fosse namorar eu ia precisar de mais de dois minutos, né? — ele respondeu, mas não adiantou muito, quando sua mãe colocava algo na cabeça ninguém tirava. Ele suspirou, começando a tirar seu terno. — Quer saber de uma coisa? Chega desse papo. Eu tô cansado, eu tô exausto, tomei um tiro..

— Viu? É exatamente disso que eu tô falando. A gente não conversa. — ela se virou, olhando para Jimin que colocava seu terno no encosto da cadeira, logo recebendo sua atenção.

— Tá bom. Quer conversar?

— Quero!

— Então, vem conversar. — falou, sentando-se na cadeira.

— Ótimo. Começando pela semana passada. — ela concordou, começando a andar de um lado para o outro.

— Semana passada. — Jimin repetiu, mas sentia seus olhos pesados de tanto sono.

— Eu e você fomos fazer compras juntos. Fomos ao shopping, e eu comprei um vestido lindo e cortei meu cabelo. Você não disse nada talvez não quisesse.. — Hyuna parou de falar ao perceber que Jimin estava dormindo sentado na cadeira ao invés de prestar atenção na conversa, ou melhor, monólogo. — Jimin! — chamou, assustando o loiro que abriu os olhos rapidamente, fazendo um barulho engraçado. — Você ouviu o que eu disse?

— Uhum.

— Então repete.

— Eu ouvi. Estava conversando. — ele tentava manter-se acordado, mas estava exausto.

— Jimin, não vem de brincadeira que eu não estou nada bem. Não acredito que chegou tarde em casa e ainda.. — Jimin havia cochilado novamente. — Jimin! Caiu no sono de novo. Eu estou falando com você!

— Eu não cochilei, mamãe, eu estava de olhos fechados para me concentrar melhor. — falou, fechando os olhos levemente.

— Ah, jura?

— É, é..

— Então concentra. — Jimin arregalou seus olhos para mantê-los abertos, mas nada adiantava. — Por que não faz um desenho de tudo que eu disse?

— Um segundo.. — o loiro falou um pouco embolado enquanto levantava seu pequeno dedo indicador.  Sua cabeça ia pendendo para trás conforme o sono o levava.

— Hm. Sabe por que? Porquê você está caindo de sono. Jimin! Jimin! — chamou, porém não adiantou nada. Seria uma longa noite.

💼👠

DEPARTAMENTO DE JUSTIÇA
FBI

— Ora, ora, pra. Se não são os sorveteiros. Olha só. — Jimin e Taehyung mal haviam chegado no trabalho, mas Gomez e Harper já estavam lá para atormentá-los.

— Deixa eu te perguntar uma coisa. Quando o chefe vai ao banheiro, qual dos dois segura as bolas dele. E qual limpa o rabo? — Taehyung perguntou, fazendo os outros dois ficarem irritados.

— Eu acho que esse aqui segura as bolas. — Jimin apontou para Harper, fingindo estar apertando testículos.

— Ah, sei. E o outro limpa as coisinhas, é. — Taehyung riu baixinho com Jimin.

— É exatamente essa atitude que mantém vocês com burocracias ridículas enquanto nós trabalhamos com sequestros milionários. — Harper se gabou, claramente incomodado com a brincadeira dos dois amigos.

— Vocês pegaram os sequestros milionários? — foi Jimin quem perguntou, tão chocado quanto Taehyung.

— Isso mesmo. — Gomez falou, ficando um pouco em silêncio. —  O que foi isso? Eu acho que eu ouvi o chefe dar descarga, nós temos que ir. É a vez de quem limpar? Minha ou sua?

— Acho que é a vez de você limpar e eu seguro as bolas. — Harper respondeu.

— É isso aí.

Foi a última coisa que eles falaram antes de saírem dali, deixando Jimin e Taehyung sozinhos no meio do corredor.

— Nós recebemos isso do senhor Kim Kwan, presidente da cruzeiros Kim. Foi entregue na casa dele. — Lee falavam para seus subordinados. Estava explicando o novo possível caso de sequestro. — As garotas da foto são filhas dele e herdeiras da fortuna Kim. — falou enquanto a foto de Kim Rosé e Kim Jennie aparecia em um telão. — Talvez sejam as próximas vítimas de sequestro. O Sr. Kim nos deu permissão para vigiar as meninas. Vamos montar um sistema, que se o sequestrador atacar desta vez, nós estaremos prontos. — as luzes se acenderam e os subordinados continuavam em seus lugares pois ainda haviam alguns detalhes a acertar. — Bom, as irmãs Kim chegam ao aeroporto esta manhã. Quem é que vai pegá-las? — ninguém na sala se pronunciou, e isso causou um riso em Taemin. — É óbvio que todos leram o perfil das meninas. Mas, alguém tem que estar lá.

Enquanto isso, no lado de fora da sala, Jimin tentava convencer Taehyung a não entrar na sala e possivelmente atrapalhar seu chefe.

— Não acho que seja uma boa ideia.

— Quer saber, que se dane. A gente merece estar nesse caso tanto quanto Gomez e o Harper. — Taehyung falou, irritado.

— Eu sei, mas não vamos interromper o cara no meio da explicação. — Jimin tentou mais uma vez.

— Bom, alguém tem que enfrentar ele.

— Taehyung.. Taehyung! — tentou trazer seu amigo de volta, mas já era tarde demais. Taehyung invadiu a sala, arrastando Jimin consigo.

— Chefe! — o moreno chamou de forma séria.

— O que foi? — Taemin resmungou, os olhando.

— O Jimin quer falar uma coisa com o senhor. — respondeu, colocando Jimin em sua frente, que estava encolhido e com os olhos arregalados.

— O quê? Oh, só queremos fazer se podemos ficar com o caso. — falou, temeroso.

— É de vocês.

💼👠

— Os caras da inteligência acham que o nome do sequestrador é Ted Burton. Dizem que o tal Burton foi um sócio do Kim e outros associados em um negócio que faliu. Dizem quem cumpriu pena na federal e acabou perdendo a fortuna. O cara tá sumido desde que foi solto e as datas coincidem com os primeiros sequestros. O que você acha? — Jimin perguntou após ter terminado de lero relatório, sentado em uma cadeira do aeroporto.

— Eu acho que essa história de bancar a babá é maior furada. — Taehyung resmungou enquanto entregava o café de Jimin. Desde que descobriram que sua missão seria ser “babá" das irmãs Kim até chegarem no Hamptons, Taehyung se revoltou, longe do chefe, é claro.

— Cara, relaxa. Olha só, a gente só precisa pegar as garotas, largar elas em Hamptons e depois cair nas graças do chefe. — Jimin levantou-se, tocando no ombro do amigo que ainda parecia estar de mau humor.

— Eu não estou no FBI para ser babá. Quero estar nas ruas, onde tudo acontece.

— Tá bom, tá bom, a gente chega lá. Mas temos que fazer isso primeiro. — Jimin sorriu, vendo Tae resmungar um pouco.

— Tá bom.

— Você não colocou leite, né? — Jimin perguntou, se referindo ao seu café. Taehyung tomou um gole do seu café, o olhando de cenho franzido.

— Não.

— Você sabe que eu tenho alergia a lactose. Da última vez quase não deu para chegar no banheiro. — Jimin resmungou.

— Por que eu ia querer sacanear seu estômago? — riu baixo, sendo acompanhado por Jimin. Ao olhar para a janela, o loiro pode ver o jatinho particular da família Kim pousar na pista de decolagem.

— As meninas chegaram. Anda.

— Ah, não.. — Taehyung resmungou, mas deixou seu café sobre uma mesinha que havia ali, assim como Jimin. Ambos saíram e foram até a porta do jatinho, esperando as garotas descerem. Jimin ficou ao lado de Jennie enquanto Taehyung estava ao lado do Rosé. Ambas as garotas estavam bem vestidas, Rosé com seu conjunto branco que possuía uma pequena saia e um casaquinho da mesma cor, e uma camisa rosa por baixo mostrando um pouco da barriga. Já Jennie usava um conjunto azul que consistia em um casaquinho azul de magas longas e que mostrava sua barriga, a saia obtinha algumas correntes em volta do seu quadril. — Olá, meu nome é Kim Taehyung e esse é.. — Taehyung não pode terminar de falar pois Rosé o interrompeu.

— Já doamos para o fundo dos asiáticos unidos. — falou, com escárnio presente na voz.

— Xô. — Jennie os espantou com as mãos, tendo a bolsa grande em seu braço onde o poodle das irmãs estava.

— O que?! Desculpe, nas estamos aqui para levar as mocinhas até o Hamptons. — Taehyung falou, e logo viu as meninas sorrirem e jogarem suas bolsas neles.

— Ah, as malas estão no jatinho. — Rosé informou.

— Pega o bebê e limpa a bolsa dele. Ele não tomou remédio e fez cocô a beça. — Jennie entregou a bolsa para Jimin que fez careta e afastou-a de seus corpo. As garotas se aproximaram do carro e entrando na parte de trás, fechando a porta.

Os dois agentes arrumaram as malas no porta malas, Jimin ficou ajeitando algumas coisinhas enquanto Taehyung entrava no carro. O moreno entrou no carro e viu o poodle das irmãs no banco do passageiro, não poderia contestar as irmãs. Jimin abriu a porta do passageiro e viu o cachorro rosnar para si.

— O que é isso? — ele perguntou, olhando para Taehyung.

— O bichinho gosta de ir na frente. — o moreno respondeu.

— E onde é que eu vou me sentar? — quando Jimin fez aquela pergunta, não imaginou que teria de fixar entre aquele monte de bagagens das irmãs. — Não gostei. — resmungou, emburrado. Quando o carro começou a andar, seu corpo teve um impulso e seu rosto foi amassado contra o vidro do porta malas. Após alguns minutos, Jimin conseguiu sair do meio daquelas malas e pode finalmente respirar. — Poxa, não é muita bagagem para um final de semana?

— Não é um final de semana. — Jennie falou, sorrindo.

— É “o” final de semana. — Rosé concluiu, sorrindo.

— Dia do trabalho em Hamptons no último final de semana da temporada social. Só vai ter celebridade lá. — seus olhos brilhavam enquanto falava. Jimin olhava de uma para a outra, as escutando.

— Só os maiores dos maiores vão estar na capa da revista Hamptons este ano. E agora, é a nossa vez. — Rosé falava empolgada, sendo seguida por sua irmã.

— É! Hm, abre a janela. O bebê gosta de pegar vento. — Falou para Taehyung, se referindo ao poodle. O moreno abriu a janela do passageiro para o cachorro que se pôs a aproveitar o vento. — Tomara que o jato das irmãs Song tenha caído.

— Que isso, Jennie! — Rosé parecia estar chocada com as palavras da irmã.

— Você pensou o mesmo! — ela sorriu.

— Eu sei, mas você quem disse. — sorriu junto da irmã.

— Tá bom, eu sei. — Jennie falou.

— Você sabe que a Shu Hua te odeia por que você dormiu com o namorado dela. — Rosé falou, fazendo Jimin abrir a boca chocado, aquelas garotas não prestavam.

— Ah, que isso? E daí? Eu dormi com o namorado de todas. — respondeu e Jimin se controlou para não rir.

As irmãs gritaram juntas quando o cachorrinho caiu do carro, tendo sua guia sendo segurada por Taehyung que tentava controlar o carro e salvar o cachorrinho ao mesmo tempo. O carro estava andando em ziguezague, causando buzinadas dos outros carros. Um caminhão vinha se aproximando buzinando fortemente quando viu que o carro estava indo em sua direção. Taehyung puxou o cachorro com força para dentro do carro e conseguiu desviar do caminhão, porém, teve uma pequena derrapada. As irmãs acabaram batendo seus rostos nos bancos da frente e Jimin, bom, Jimin..

— Tá todo mundo bem? — Taehyung perguntou, ofegante.

— Ah! Que horror, o seu lábio! — Jennie falou, apavorada olhando para a irmã que possuía um pequeno corte no lábio superior.

— Ah, que horror! O seu nariz! — Rosé respondeu, tocando levemente seu lábio. Jennie possuía um pequeno corte no nariz. Ambas as garotas gritaram ao achar que suas aparências estavam arruinadas.

— Jimin, tá tudo bem? — Taehyung perguntou, preocupado com o amigo.

— Estou bem. — Jimin respondeu abafado. Ele tinha seu rosto esmagado no vidro novamente, completamente atolado nas bagagens.

💼👠

Parabéns se você chegou até aqui sem desistir! 4474 palavras, acho que me superei. kakakaka

Roupa das irmãs Kim {infelizmente não sei descrever roupas e objetos :')}:

É isso, anjinhos, obrigada, me desculpem por qualquer erro ou qualquer coisa que eu possa ter feito que não os agradou. Até logo! ❤️

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