No século passado Bianca Perrone saiu dos Açores em Portugal com destino ao Rio de Janeiro, e seus pais nem imaginariam a sua desobediencia, pois ela estava grávida tão proximo de dar a luz.

Ela embarcara na Ilha da Madeira, somente com alguns pertences, até então seus pais de nada sabiam, e para vingar o final de um namoro, uma desilusão, então, ela abraçou o mundo.

As dores do parto, estaria perto de acontecer,e ja bem longe de sua terra, não tinha como voltar atras, e nos prelúdios das noites, lágrimas de revoltas desciam pelo seu rosto.

As dores de Bianca aumentaram,e pessoas experientes a ajudaram num parto pré-perigoso, no qual Bianca estivera uma linda menina, cujo nome ela queria que colocasse, Sandrine Perrone.

Bianca sofrera muito, sob as complicações do pós parto, mas quando as coisas pioraram, os comandantes preocupados a enrolaram em um cobertor, pois naquele momento não tinha médico, somente uma enfermeira chamada Amanda Riale.

Sem alternativas, entregaram a menina em uma ilha, para um casal de nome , Charles Beneti, e Mariane Ferraz, que prometeram cuidar do caso, .

Mariane era do sul de Minas Gerais, e Charles era holandes, viviam confortavelmente longe de tudo, e de todos, mas tambem ja tinham uma filha, Lucelia Beneti na faixa dos seus cinco aninhos.

Como Bianca não dera sinal de vida, todos a acharam como morta,queriam, porque, queriam, se livrarem do corpo, quando embravecida reagira Amanda.

Voces não podem fazer isso,? se a jogarem ? jogue a mim tambem ? podem deixar ela sob os meus cuidados.

Quando chegaram ao destinatário certo, Bianca fora levada rapidamente para um hospital, e Amanda Riale, não a deixava pra nada, era uma dor compartilhada, era um sofrimento assistido.

Francisco Azenha, um grande marinheiro, e amigo de viajem, ficara na responsabilidade de avisar seus familiares, na volta para Portugal, mas Bianca Perrone, era da Ilha da Madeira, ou poderia ser de Lisboa, Açores etc.

O velho alem de entregar a notícia na beira do cais, assistira uma cena de tiroteio, cujos piratas esparramaram bala para todos os cantos, bandoleiros a procura de algo que talvez ali não teria.

Simplesmente o portador das notícias, se afundou no mar, e somente uma menina, que , as escondidas, assistira toda cena, e quando chegou a policia, nem Roberta estava mais com o seu cestinho.

O que Roberta Portelaine estaria fazendo ali ? as vezes procurando uma amiguinha talvez ? ou outra coisa parecida, mas como saber ?

Roberta correra muito naquela tarde,teria que falar para alguem ? sua mãe ?

Dona Maria Margarida era costureira, e seu Agostinho Portelaine, era alfaiate, e ambos vivam daquilo, enquanto Roberta ajudava no sustento da casa.

Roberta Portelaine preferiu ficar calada, aquilo te deixara em angustias por vários dias, eles tinha uma situação calamitosa, seus fundamentos, e certezas, teriam que iluminar, quem viesse buscar a resposta de um verdadeiro saber.

Um dia não aguentando mais disse ?

Mãe ? se ninguem pode ter certeza de nada eu tenho ? me lembro vagamente que uma mulher dera a luz num navio, e estava entre a vida, e a morte, o velho não conseguiu dizer o restante, parece que tinha uma enfermeira.

O homem morrera na beira do cais., eu me escondi por um tempo, depois saí correndo de tudo, e uma forte chuva veio em seguida, raios clareavam o horizonte, tive muito medo.