Nathan estava sozinho mais uma vez no jardim, seus olhos fixos na terra remexida onde antes estava a erva agora em suas mãos já arrancada. Ele não estava acostumado a ficar sozinho desde que tinha encontrado o grupo de seu pai e sua tia. No início quando chegou aqui, na casa onde cresceu e criou suas irmãs, ele ficou extremamente calado e não dirigia uma palavra a Michaele.

   Embora fosse a única que conhecia, ele nunca fora muito gentil e simpático com ela, mesmo quando ele e as irmãs tinham sido largados na casa dela. Michaele teve que criá-los contra a própria vontade e Nathan não aceitava a forma dela de criá-los como se fosse a mãe deles. Ele odiava tanto isso que sempre que Atelina a seguia para cima e para baixo, ele surtava.

   Na época ele não entendia o motivo da irmã ser tão apegada a uma mulher que não era a mãe deles, mas quando ele morreu e apareceu no céu dos sobrenaturais — o véu — a primeira pessoa que ele encontrou foi Cassandra e ele não diria que ela parecia ser sua mãe, aquela que ele se lembrava. Na verdade, era um completa estranha, louca por magia e disposta a fazer qualquer coisa para ter o que desejava.

   Depois de concluir que não poderia esperar nada vindo dela, ele se afastou dela e encontrou o pai e sua tia. Nathan descobrir pelos dois qual era a verdadeira face de sua mãe e por isso começou a aceitar um pouco mais o fato de que quem realmente o criou fora sua tia materna.

   Ele olhou ao redor e sentindo-se nostálgico, lembrou de Valentine. Ela era um dos motivos de ele não se sentir sozinho aqui no véu e agora que ela não estava mais aqui, ele sentia a sua falta.

     — Onde Michaele está? É urgente! — Nathan ouviu um homem perguntar pelo jardim.

     — Deve estar na estufa.

   Assim que o homem teve sua resposta, ele correu para a estufa. Nathan não sabia que era possível estar eufórico mesmo estando aqui e por esse motivo ele decidiu seguir o homem e saber o que o estava deixando nesse estado.

     — É uma catástrofe! Como isso foi acontecer? — Michaele perguntou, exaltada — Como eles conseguiram levar mais almas desse lado, para o lado dos vivos? Mason?

     — Talvez fosse por causa do anjo que faz parte do grupo delas — Mason disse, preocupado — O problema vai ser...

     — Michaele! Mason! — O homem finalmente tinha chegado ao centro do labirinto, as pressas.

     — O que houve? — Michaele perguntou, um pouco menos exaltada e tentando manter a calma.

   Eles tiveram que esperar o homem se acalmar, respirar profundamente para tomar fôlego para ouvir o que ele tanto queria dizer, mas a demora apenas fazia suas mentes imaginarem o que de tão ruim poderia ter acontecido para tê-lo deixado nesse estado.

     — O véu está desmoronando! — Ele gritou.

     — O que?

   Todos presentes perguntaram ao mesmo tempo e até mesmo Nathan que tinha chegado a tempo de ouvir a notícia. Como o Véu poderia desmoronar?

     — Estava fazendo a ronda pelo lado dos excluídos quando uma parte do céu ficou escura e começou a sugá-los para dentro — O homem explicou.

   As almas excluídas eram aquelas que não faziam parte do grupo extremista e nem do grupo que contribuía para a humanidade. Eram as almas que não queriam nada com nada e aceitavam suas mortes como um descanso eterno, as vezes elas encontravam o verdadeiro descanso quando suas almas se dissipavam no ar.

     — Tem certeza de que elas não se dissiparam e você viu acontecer?

   O homem negou, firmemente.

     — Elas foram sugadas para dentro e gritaram muito no processo. Depois disso, a área onde estavam sumiu também como se tivesse sido apagada.

   Mason e Michaele desistiram de perguntar mais sobre o assunto, não porque não queriam saber, mas porque eles já sabiam o que estava acontecendo. O véu nesse exato momento estava colapsando.

   Eles estavam tentando evitar isso, desde o dia em que Cassandra tinha conseguido voltar a vida no lugar da morte de alguém vivo e quando apenas ela, uma alma que deveria estar morta, estava no mundo dos vivos o problema podia ser controlado. Mas não fazia muito tempo desde que eles estavam recebendo avisos de que mais almas do grupo extremista estavam voltando a vida. Essas almas voltando estavam causando uma ruptura no véu e agora ele estava desmoronando.

   E para onde todas essas almas que não pertenciam ao céu e nem ao inferno iriam após sua morada ser destruída?

   Eles não tinham para onde ir e o caminho para o mundo dos vivos estava aberto, graças as várias almas que tinham tomado esse caminho, então todos iriam para lá.

     — Mason? — Michaele chamou, seus olhos temerosos.

     — Ok, vamos fazer isso.

     — Fazer o que? — Nathan perguntou, percebendo que não estava entendo nada.

     — Precisamos nos contatar com Atelina e pedir que ela se apresse e não só mande Cassandra de volta, mas o véu inteiro. — Mason explicou de forma vaga.

   Nathan franziu o cenho confuso, por que o véu inteiro?

     — O véu vai ser destruído, não tem porque ele continuar existindo já que há tantos furos nele — Michaele disse, tentando sanar as dúvidas de todos — Todos seremos sugados pelo buraco negro e o véu irá se auto destruir, não podemos habitar a terra mais uma vez como se fosse uma nova oportunidade. Nossa vez já passou, por isso temos o dever de voltar para cá quando for a hora.

     — Como voltaremos para cá, Tia? — Nathan disse, causando em Michaele um olhar espantado antes de lentamente esmaecer em um carinhoso.

   Ele raramente se dirigia a ela e muito menos a chamava de "tia".

     — Sei que é demais para Atelina, mas isso vai depender dela — Ela explicou — Quando estivermos lá fora, vamos ajudar ela, mas a maior parte da força vai ter que vir dela mesma.

   Michaele sentia o coração se apertar ao dizer essas palavras, sua sobrinha querida. Agora mais um fardo enorme tinha sido colocado sobre suas costas e ela só conseguia pensar em formas e mais formas de como ela mesma poderia diminuir esse fardo, pois a menina não era uma bruxa experiente e muito menos tinha todo o poder necessário para concluir mais uma tarefa.

   Mas eles dependiam dela, os poderes deles quando fossem sugados para a vida talvez não tivessem a mesma gravidade do outro lado. Como poderia uma menina como a sua bruxinha ter que fazer tudo isso sozinha?

   No fundo, Michaele torcia para que ela estivesse sabendo lidar com tudo e que tivesse pessoas a apoiando, porque era isso que ela queria fazer nesse momento. Apoiar sua menina.

BRILHA, BRILHA ESTRELINHA 🌟🌟🌟

Olá anjinhos!!! Já faz um tempinho que não vejo vocês, espero que estejam muito bem e cuidando de vocês e daqueles que vocês amam. Bom, trouxe mais uma vez um presentinho precioso para vocês. 

Trouxe uma palinha do que nos aguarda nesse terceiro e último livro da série As 12 Chaves, espero que esteja tão ansiosos quanto eu estou!!! 

Mas que vocês acharam desse Prólogo? O que vai acontecer nesse livro, mdssss? E os nossos amados personagens? Eeeeeeeeeee outra coisa, o que acharam dessa capa? Eu demorei um bocado para achar uma imagem que fosse parecida com o que eu queria e essa chegou mais perto, espero que tenham gostado!

Infelizmente não tenho data para o lançamento, mas posso dizer que esse livro promete, então tenham paciência comigo, eu melhorei muito do estado em que eu me encontrava e estou pronta para trazer essa maravilha para vocês quando for possível. 

Amo vocês que chegaram até aqui!

😍😍😍

Alguns são meus serumaninhos de AGS e outros apenas meus anjinhos que apareceram aqui por As12Chaves e acompanharam os três livros, por isso sou grata por todo amor e carinhos que meus bebês receberam de todos vocês ❤❤❤

 Muita GRATIDÃO!

Já deu né kkkkkk vou deixar para ser melosa no final do livro

BEIJINHOS E ABRAÇOS QUENTINHOS NO CORAÇÃO DE VCS.

- Atenas.