Capítulo 9 - Segredos

   Olhei para o lado, encontrando os olhos amarelos que eu amava e pensara constantemente nos últimos dias, embora tentara deixar de lado e fingir que não pensava neles. Agora, entretanto, após finalmente me dar conta de que esses eram os olhos que pertenciam a pessoa que eu realmente queria, a leveza que sentia fazia total sentido.

   Daimen olhava para mim com intensidade e confusão.

     — Você... parece que aprendeu a esconder seus pensamentos — Ele expressou, com tristeza em sua voz.

     — Eu... não estava tentando esconder.

   Eu não estava tentando esconder, mas ficava feliz por ele não ter escutado cada pensamento que acabei de ter em relação a ele e Peyton, principalmente sobre Peyton a quem eu precisava encontrar e conversar. Conversar de verdade dessa vez, sem beijos para me interromper e nem mesmo frases dolorosas que fariam com que desviássemos do assunto mais importante.

   Sem notar soltei uma risada abafada.

     — Minha mente não está mais aberta, parece — Falei, lembrando-me das suas palavras no meu primeiro dia aqui — Seria meio chato ter cada pensamento lido quando você mora com dois anjos.

     — Ah, verdade. — Ele disse, abrindo um sorriso tímido.

   Mas eu sentia que ainda não estava a vontade de eu ter criado uma barreira entre nós, pelo menos não quando essa era a única coisa que nos unia de certa forma. Eu também não gostava. E não sabia como parar.

     — Scott me falou um pouco sobre você e seus irmãos — Falei, tentando manter a conversa, mas nos afastando do que o deixara triste. — Quando falou que tinha irmãos, você estava se referindo a eles, certo?

     — Sim, sempre fomos mais próximos do que os outros anjos. — Daimen afirmou, levando a mão vazia até o bolso e tirando o celular para ver a hora — Você tem certeza de que não quer dormir um pouco?

   Dei uma olhada na tela do seu celular e vi que já passava das três da manhã, eu estava com sono, mas não queria desperdiçar um momento tão agradável ao seu lado sendo que eu não tinha previsão da próxima vez que faríamos isso novamente.

   Mas eu tinha falado que ficaria longe de romances, as missões eram o mais importante e eu precisava de cada força necessária para sobreviver e concluir cada uma delas. Felizmente, eu sabia que não precisaria passar os próximos dias tentando pesar cada atitude de Daimen e de Peyton.

   Não haveria uma competição. E daria tudo certo para a conclusão de cada missão. Ia dar certo.

     — Ah, vocês anjos não conhecem o Mundo da Ilusão então se preferirem não ir até lá...

     — Nós iremos, Malia vai adorar conhecê-los — Ele disse, os olhos brilhando ao lembrar da irmã animada que Malia era.

   Eu quase sentia ciúmes daquele brilho, mas era impossível não ter outro sentimento ao pensar na Anja de cabelos platinados e aqueles olhos purpura. Ela até mesmo fazia Scott sorrir com sinceridade e não com ironia ou sarcasmo, o que já estava se tornando sua marcar registrada para mim.

     — Ok, então até amanhã — Falei, segurando o pote de sorvete como se fosse meu bem mais precioso e pensando, com pesar, que teria que ir até a geladeira para guardá-lo e isso faria eu andar mais.

     — Deixe que eu levo — Daimen disse, quando me levantei — Dessa vez eu ouvi.

   Eu comecei a rir e ele se juntou a mim com uma risada rouca e baixa.

   Voltei para o quarto, meus passos lentos. E as pernas, apesar de doloridas, um sorriso persistia no meu rosto. Quando me deitei na cama, o sono veio e eu me deixei levar para o mundo dos sonhos me mantendo positiva para não acontecer de desmoronar novamente como na noite anterior.

§ § § § §

   Tristemente, não foi possível acordar tão positiva, quanto o momento em que eu tinha ido dormido. Assim que abri meus olhos na manhã seguinte minha cabeça latejava loucamente e quase passava das onze horas da manhã. Eu suspeitei que fosse por causa do horário que fora dormir, mas balançar a cabeça fazia com que tudo ao redor rodasse e eu senti náusea no minuto em que sentei na cama para levantar.

   Eu só tinha sentido esses sintomas no dia anterior ao meu aniversário e tinha alucinado com a presença de Daimen no quarto, mas havia uma pequena diferença dessa vez. Era possível suportar mais um pouco.

     — Bom dia, senhorita — Isobel apareceu, uma bandeja cheia nas mãos — Eu vim acordá-la mais cedo, mas o senhor Daimen disse para deixá-la dormir mais um pouco.

   Olhei meio agradecida para ela, não sabendo o que sentir realmente. Não podia ter sido o fato de acordar tarde que me deixara dessa forma, a dor era tremenda e a náusea se intensificou com o cheiro de comida quente que entrou no quarto, acompanhando Bel. Eu tentei disfarçar e decidi suportar o cheiro, lembrando-me que poderia suportar aquilo.

   Depois de lavar o rosto e escovar os dentes, sentei no sofá e comi a parte das frutas, bebi do suco ao invés de beber o chá quente e tomei o iogurte.

     — Como a senhorita quer repor as forças comendo tão pouco — Bel perguntou, mas eu entendi que era uma pergunta retorica e que estava prestes a me dar um sermão quando uma risada vinda da porta chamou nossa atenção.

     — Não tem como evitar o fato de que é perigosa para si mesma, mas evitar se alimentar é demais, não?

   Eu soube quem era sem nem mesmo olhar, ele sempre falava o quanto eu tentava me matar com as minhas ações e embora tivesse parado com o garota suicida ainda fazia referência ao perigo que eu era para mim mesma.

     — Scott, olá para você também — Falei, tentando abrir um sorriso.

     — Você está péssima, não dormiu foi? — Scott perguntou, aproximando-se do sofá e se sentando ao meu lado próximo o bastante para que o cheiro de quem acabou de sair do banho me inundasse completamente — D estava muito sorridente hoje quando disse que você já sabia o que fazer, acho que sei agora o motivo.

   Ele se inclinou na direção da minha bandeja, pegando um grande pedaço de abacaxi que eu passara longe por medo de a acidez piorar o estado da minha náusea. Em seguida, encostou as costas no sofá e levantou os pés para apoiar na poltrona ao lado.

   Isso fez com que quase encostasse os ombros totalmente nos meus.

     — Então, para onde vamos? — Ele perguntou, enfiando o abacaxi na boca e sorrindo com ele  ainda sem mastigar, dando a entender que ele sabia que estava próximo demais e não se importava.

     — Para o acampamento dos prisioneiros de Lauren — Falei, lembrando pelo o que Scott tinha passado quando estava sendo usado por ela.

   Um sorriso malicioso brotou em seus lábios, agora sem abacaxi que fizera antes uma protuberância nas bochechas como se fosse rasgá-las. Ele sabia o que significava aquelas palavras e eu entendia que estava feliz por estar prestes a ter sua vingança se concretizando.

     — Ah, agora fiquei contente — Ele bateu uma palma no ar, esfregando-as em seguida como se o plano todo tivesse sido contado para ele.

     — Talvez não consigamos pegar Lauren agora, ela pode fugir para o lado de Cassandra e Leandro na mansão e abandonar o Mundo da Ilusão, por isso a intensão é devolver a casa daquelas espécies.

   Scott não deu atenção ao que eu falava, ele só estava interessado em destruir o que Lauren tinha de mais valioso como ela tinha feito com ele. Ela tirara a liberdade dele e drenava sua essência sempre que precisava, eu entendia cada pedaço daquele sentimento intenso e vingativo.

     — Quando vamos? — Ele perguntou, de repente.

     — Logo... — Comecei a falar, a náusea me interrompendo repentinamente — Eu preciso falar com meus amigos e ver quem irá junto...

   Nem ele nem Isobel prestaram atenção na pausa na minha fala, ou eu pensei que não e tentei continuar quando Scott exalou alto ao meu lado.

     — Ah, isso vai ser interessante...

     — O que vai ser interessante? — Outra voz se juntou a nós e mais uma vez eu não precisei olhar para saber quem era — Vindo de você isso me assusta.

   Isobel rapidamente arrumou a postura com a presença de Daimen no quarto, o que nem fez diferença para Scott, além de fazê-lo soltar uma risada a uma piada que só ele sabia e não queria se dar ao trabalho de compartilhar com ninguém.

     — Ah, com toda certeza vai ser interessante. Levem armadura, uma guerra vai se iniciar. — Ele continuou, excluindo todos nós da sua piada interna.

   Não fazia diferença, ele não queria deixar que entendêssemos sua piada e era provável que só dissesse quando estivesse diante de nós e ai sim, explicá-la.

     — Se não vai contar o que acha tão engraçado, então pare de rir — Eu disse, empurrando de leve seu ombro.

     — Ok, ok. Contarei em um outro momento — Ele anunciou, as mãos no ar em rendição — Avise seus amigos, vamos o mais rápido possível...

     — O senhor precisa de alguma coisa? — Isobel perguntou a Daimen, estranhando sua presença no quarto.

   Olhei na sua direção, esquecendo por um minuto que Scott ao meu lado pedia incessantemente para que eu me apressasse em chamar meus amigos, nossos olhos se encontraram e ele abriu um sorriso bonito, antes de direcionar a sua atenção para Bel preocupada.

     — Só vim avisar a Scott que Malia insiste que ele tenha um celular — Daimen falou, olhando na direção de Scott.

   Ele, no entanto, nem se importou com a menção do aparelho insistindo em colar seu ombro no meu por causa da posição. No início, pensei que era pela posição, mas parecia agora fazer sem um motivo aparente.

     — Você precisa estar acessível, Scott. Para o bem de todos — Comentei.

     — Eu já falei que não quero um. Sou um anjo, se querem falar comigo me chamem e escutarei — Ele disse, a voz irresoluta.

     — Isso realmente funciona? Pensei que estava brincando quando disse para olhar para o céu e chamá-lo — Eu disse, olhando para seus olhos esmeraldas que brilharam e um sorriso misterioso apareceu.

   Um segredo. Scott sabia algo que eu não sabia e isso fazia seu olhar brilhar, e brilhou ainda mais quando os olhos esmeraldas encontraram os dourados de Daimen. Aquele ódio profundo entre eles se assentando entre aquele espaço que os mantinha distantes.

     — Claro que para você, isso é especial... — Ele começou a falar, sendo interrompido para um rosnado que vinha de Daimen.

   Sim, Daimen tinha rosnado para Scott. Era uma reação que eu nunca vira, ou melhor, ouvira vinda dele. Daimen já revirara os olhos, já ficara nervoso com a presença de outras pessoas, mas nunca tinha rosnado com tanta intensidade para alguém. Suas reações eram mais silenciosas.

   Isso me fez pensar no que o professor White disse. Daimen realmente escondia algo de mim e talvez fosse algo que incluía Scott? Ou algo que Scott tinha conhecimento do que era?

   Então, interrompendo a tensão que se instalou no meu quarto entre os dois e o constrangimento da parte de Isobel e da minha, meu celular tocou. O som era tão bem-vindo no momento que suspirei de alivio, se o som evitasse que eles começassem a brigar eu até poderia fingir um toque próprio.

   Quando os irmãos deles estivessem presente provavelmente fosse um momento melhor para se atracarem, mas agora com uma bruxa fraca como eu e uma humana como Bel, quem iria separar dois anjos enormes em tamanho e em massa corporal? Sem contar os poderes deles.

   E agora fazia total sentido o receio de Malia ao deixar os dois juntos na mesma casa.

   Isobel pegou o aparelho ao lado da minha cama e entregou para mim, eu revirei os olhos apesar de estar agradecida, pois o celular fora o que nos levou aquela discussão tensa.

   Constrangido, Daimen desviou os olhos em chamas douradas de Scott, olhando para as paredes do quarto. Scott fez o mesmo, mas olhava para uma parede diferente. Ainda bem que havia mais de uma disponível para eles se concentrarem.

     — Alô? — Atendi, quase batendo na minha testa por não ter olhado o identificador na tela.

     — Atelina, sou eu Spencer — A voz dela parecia contente — Eu gostaria de me encontrar com você, se for possível.

     — Aconteceu alguma coisa? — Perguntei, a ligação era de certo modo estranha principalmente agora que eu não tinha mais relação com ela ou com os anjos falsos.

     — Não, claro que não. Uma pessoa gostaria de vê-la...

   Eu soube quem gostaria de falar comigo no minuto em que Spencer falou. Não havia mais relação entre mim e os Anjos Terrestres, mas ainda assim eles queriam me ver. Spencer usara essas mesmas palavras quando apareceu na minha casa levando Keilan ao seu lado para se dispor a me ajudar com os seus anjos depois de tê-lo ajudado de forma indireta na mansão de Leandro.

     — Ok, eu irei até vocês — Falei, não queria que aparecessem na casa de Daimen e com Scott aqui era realmente uma péssima ideia — Onde?

   Eu não queria ir a cafeteria mais uma vez, mas não tinha como pedir isso quando aquela cafeteria era um ponto de encontro comum na cidade e eu abdicara do meu poder de escolha.

     — Não queremos tomar muito de seu tempo e não queremos chamar a atenção na cidade, sendo assim poderia ser no início da estrada que leva até Demeure? — Ela disse, receosa.

   Ah, a cidade dos Anjos Falsos.

     — Tudo bem — Falei, ouvindo um suspiro de alivio vindo do outro lado.

     — Nos vemos então às 13h.

   Desliguei logo em seguida. Isobel era a única confusa no quarto, mas ela tentava manter os olhos inexpressivos, ao contrário dos outros dois que desistiram de analisar as paredes e olhavam para mim.

     — Vou precisar de outra carona — Expus, sorrindo.

   Daimen assentiu, embora tivesse um olhar meio acusatório nos olhos, mas a intensidade era menor comparada com o mesmo olhar que Scott dirigia a mim.

     — Eu não acredito que vai àquela Disneylândia — Ele disse, julgando-me.

   Eu queria rir, mas sabia que o ódio deles pelos Anjos Falsos era realmente grande. Tanto que até Daimen estava me acusando com os olhos, e isso era algo que ele raramente fazia. Não por motivos que me ligavam à outras pessoas e quando essas pessoas não fossem Peyton.

     — Quero saber o que querem de mim — Falei, virando-me para Daimen — Vamos?

   Ele assentiu, acenando com a cabeça na direção da porta para irmos.

   Eu me levantei, tão devagar quanto me era permitido pelos machucados quase não mais doloridos como antes, esquecendo-me da dor de cabeça que só tinha se aplacado por que eu estava sentada, mas que voltara rapidamente para fazer eu me lembrar que ela ainda existia.

   Junto à ela, veio a tontura e a náusea, causando em mim um desequilíbrio inevitável.

   Teria ido ao chão, ou cairia sobre mesa se Scott não estivesse atento e aparecesse como meu apoio. O quarto todo girou diante de mim, fazendo todos ali prenderem a respiração por breves segundos. Daimen que esperava para que eu o alcançasse tinha voltado ao meu socorro e estava perto o suficiente de Scott para que eu acreditasse que eles não estavam iniciando uma briga minutos antes.

   Entretanto, Daimen lançou um olhar de ódio mortal na direção do meu corpo e não entendi por uns segundos, até que eu notasse que olhava para o lugar onde as mãos de Scott me seguravam.

   Ciúmes. Esse era o sentimento presente nos olhos de Daimen naquele momento. E eu sabia que era feio da minha parte, mas aquilo me alegrou.

     — Senhorita, ainda está com fome? — Bel perguntou, a voz extremamente preocupada.

     — Não, não. É só uma dor de cabeça — Falei, ouvindo suspiros de alivio vindo dos três.

     — Tem certeza que quer sair assim? — Daimen perguntou, agachando-se um pouco para que nossos olhos se encontrassem — Pode ligar e marcar para outro dia.

   Eu até poderia responder que sim. Contudo, precisava estar sem pendencias quando fosse para o acampamento dos ex prisioneiros de Lauren já que eu só sairia de lá com o fim do reinado dela. Isso poderia levar um tempo, mais do que eu gostaria.

   Então, neguei firmemente.

     — Eu só vou e volto, quando eu voltar descansarei um pouco mais.

   Quando terminei de falar, os três me olharam incrédulos. Não confiavam que eu iria fazer isso, o que me lembrou Deb. Ela também não confiaria em mim e eu ri com a semelhança.

     — É sério, vamos rápido para eu poder voltar rápido.

   Daimen ainda tinha o rosto perto de mim o suficiente para que eu sentisse o calor do seu corpo emanando por causa do momento de preocupação, ele, entretanto, não olhava nos meus olhos. Os seus olhos passaram por todo o meu rosto procurando sinais de que o que eu disse era verdade.

   Foi uma análise quase tão intima que parecia que ele me olhava nua.

   Desviei os olhos do percurso que o seu fazia em mim, sentindo a vermelhidão queimar nas minhas bochechas.

     — Isobel, traga um analgésico para ela tomar por favor — Daimen pediu, finalmente se afastando.

     — Precisa se sentar ou consegue ficar em pé? — Scott perguntou, repentinamente assustando-me.

   Graças à Daimen eu quase me esqueci que ainda estava nos braços de Scott e perto demais.

     — Ah, sim. Obrigada, mas estou bem — Falei, afastando-me devagar para não parecer grossa.

     — Como vocês estão de saída, eu acho que vou sair também — Scott disse, seus olhos esmeraldas brilhando tristemente.

   Eu estava começando a achar que estava no meio de um jogo de advinha sempre que estava próxima de Daimen e de Scott, ambos eram incógnitas com suas falas, expressões e sentimentos confusos e estranhos. Era como se debaixo de tudo isso houvesse uma história. Uma que eu não tinha conhecimento e só eles e os irmãos sabiam.

   Exatamente como aquilo que era importante para Scott e que se tornou importante para Daimen também.

   Quando voltei a olhar para Scott, ele já não estava mais lá.

   Sumira rápido demais e sem uma despedida que fosse, o que me deixava ainda mais curiosa para saber o motivo do seus olhos terem adquirido aquela tristeza tão profunda.

ESTRELINHAS, ESTRELINHAS. CADÊ MINHAS ESTRELINHAS?? 🌟🌟🌟

Olá anjinhos, como estão?? Mais um capítulo para vocês, o que acharam?? Será que Atelina vai ficar doente de novo como no segundo livro? E esse segredo entre Daimen e Scott? Vocês suspeitam de algo ou não? Daimen parece estar sendo bem mais gentil com Atelina agora. E parece que ela se decidiu entre Daimen e Peyton, mas já, não é muito cedo para isso? Será que vai acontecer mais coisas entre esse triangulo amoroso? Ou uma das pontas do triangulo mudou?

Obrigadaaaaa por chegarem até aqui.

💖💖💖

Indiquem para os amigos para acompanharmos o final dessa trilogia juntos.

Até o próximo capítulo!!!

❤❤❤

Beijões em seus corações.

- Atelina T. L. Silva.

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