Capítulo 8 - Vinho e sorvete
A porta da frente da casa de Daimen estava aberta quando eu cheguei depois de ter dado algumas voltas divertidas com Ally e a "amiga" dela. Para falar a verdade tínhamos nos perdido. Tanto Ally quanto eu éramos horríveis com direções e sua amiga tampouco era boa em se encontrar na estrada, embora talvez a culpa fosse toda da localização dessa casa onde Daimen morava.
Era realmente um covil. Um local para fugir e se esconder. E se Deb e Luke não soubessem como chegar aqui... e agora Ally, então eu poderia ter mais um local como meu refúgio secreto.
Ainda era cedo, no máximo o sol estava se pondo lá fora, mas a casa estava terrivelmente vazia. Isobel provavelmente já tinha indo embora. E Daimen... eu não fazia ideia de onde ele estava e não estava nenhum pouco afim de fazer mais uma corrida pela casa para o encontrar.
Não depois de passar as últimas longas horas tendo ele invadindo os meus pensamentos, enquanto tentava encontrar o caminho certo com Melissa, a amiga de Ally, e ela tentando se apresentar para mim.
Como eu percebi antes, eu não sabia o que Ally fazia quando não estava com nossos amigos ou comigo, mas eu sabia que Melissa era mais que sua carona como ela tentou dizer e me fazer lembrar o tempo todo. Eu ficava feliz por vê-la feliz, e era maravilhoso o fato de ela estar seguindo com sua vida e não só considerando o tempo que estava aqui em Falls Stay como uma prisão.
Lentamente subi as escadas até o meu quarto, minhas pernas doíam por todo o exercício feito durante o dia e eu amaria simplesmente me deitar na cama e dormir. Contudo, havia trabalho para fazer e eu estava meio decepcionada por não ter tomado o meu sorvete, além disso, a minha mala com os itens que trouxe do apartamento estava sobre a mesa entre os sofás, lembrando-me que não podia fugir do serviço.
Então, sozinha, entrei debaixo do chuveiro e me lavei da forma mais rápida possível, tentando manter a perna ainda enfaixada longe dos respingos de água após enrolá-la em uma sacola que estava me esperando quando entrei no banheiro.
Em seguida, me sentei no sofá, coloquei a mala no chão e comecei o mexer nos meus cadernos com as anotações antigas das missões que eu deveria fazer. Ainda não estava escrito que minha missão tinha passado de nível médio para hard ou até mesmo extremamente hard. E eu não sabia se me sentia honrada por me darem uma missão tão importante ou sobrecarregada...
Se pudesse escolher, com certeza seria sobrecarregada.
Eu não sabia nem por onde começar.
— Atelina?
Procurei de onde vinha a voz e me lembrei que Val passara o dia trancada aqui no meu quarto.
— Val, mil desculpas! — Pedi, abrindo a gaveta na cômoda ao lado da cama — Eu ia voltar assim que pegasse os cadernos, mas Ally decidiu se encontrar com Cassandra...
— Tudo bem, não tem problema — Ela disse, sua voz não demostrava nada.
— Então, Val o que faremos agora?
Essa era a pergunta de um milhão, e se para mim estava sendo difícil, eu não conseguia imaginar o quanto para Val estava sendo por me apoiar desse lado.
— Estou procurando um feitiço para refazermos o véu, mas... — Ela parou, parecia pensar se deveria mesmo dizer as palavras seguintes — Você não tem forças o suficiente para fazer tudo isso, Atelina. Pelo menos não sozinha.
Eu sabia disso. E embora ela tivesse acrescentado no final que o problema era o fato de ter que fazer tudo sozinha, eu sabia que esse não era o caso. Sim, era demais fazer todos os feitiços sozinha, mas não era só isso.
Bruxa há alguns meses e Os Mundos Ocultos dependiam de mim.
Senti meus olhos marejarem, mas respirei fundo.
Eu tinha passado a noite passada chorando no ombro de Daimen e não queria fazer outra cena. Eu ia conseguir. Precisava conseguir. Senão por mim, por todas aquelas pessoas e seres que foram bagunçados por aquele grupo extremista ordenado por um anjo renegado.
Anjo Renegado...
Por que Leandro estava fazendo isso? Por que juntar todas as bruxas que queriam outra chance na terra, mandar os anjos para o inferno, sugar suas essências e não dar importância se eles estavam de volta? Cassandra não mencionara o que ele faria em seguida, só o que ela faria.
Nenhuma de minhas missões o incluíam, entretanto, ele era o mais assustador e temido da equação toda. Era uma incógnita.
Como Daimen tinha dito ontem, ele não podia ter roubado as essências de outros anjos apenas por um amor não correspondido, talvez sim, antes, mas não agora quando eu sabia que quem ele amava era a mãe de Deb que provavelmente estava morta. Sendo assim, por quê?
Vingança? Ódio? Remorso...
O que ele faria com as essências roubadas?
— Não podemos contar com aquela bruxa loira novamente — Val disse, continuando seu aviso e me afastando dos meus pensamentos.
— Você tem razão, não podemos contar com Rebekah — Afirmei. — Vou pensar em algo também, mas talvez seja melhor...começarmos a procurar tia Michaele.
— Sim, faremos isso também — Ela confirmou, sua voz triste.
Sabia o motivo da sua voz estar triste, porque era óbvio que todos estava sentindo pena de mim nesse momento.
— Você quer ficar fora da gaveta? — Perguntei, minhas bochechas queimando por tê-la deixado lá dentro o dia todo.
— Não, me deixe lá dentro. Eu penso melhor ali — Ela disse, sua voz levemente agitada — Mas se puder deixar uma luz entrar.
Concordei com um grunhido e devolvi o colar para dentro da gaveta, acedendo o abajur de cima.
Val não queria ficar ao meu lado, porque queria me dar espaço, espaço o suficiente para que se eu começasse a chorar novamente eu não me preocupasse que ela estava à espreita.
Mesmo assim eu voltei a me sentar, dessa vez no chão, diante dos papéis e cadernos espalhados sobre à mesa. Olhei para as missões antigas e risquei no papel duas delas. Uma era: salvar alguns prisioneiros da prisão de Lauren, o que me rendeu outra missão: destruir aquele lugar.
A segunda: Tirar os anjos do inferno. Ótimo. Isso tinha dado certo.
A terceira e última: Era devolver Cassandra ao véu.
Essa era a próxima missão que eu deveria fazer, sem contar a da prisão de Lauren, mas agora havia outras e devolver Cassandra ficaria mais uma vez para depois, pois eu precisava criar o lugar para onde enviar ela de volta. Isso despenderia de muita força da minha parte, o que eu não tinha.
Portanto, eu precisava de ajuda. Alguém para me ajudar a fazer feitiços.
Batendo a caneta no papel, percebi que eu estava analisando minhas missões de forma errada. Sim, Cassandra era minha principal missão e a culpada de tudo isso ter acontecido, inclusive o poderio de Leandro e Lauren provavelmente só tiveram excito graças as forças dela.
Ah, eu gostaria muito de conhecer o anjo dela. Ele com certeza foi um professor excelente.
Bom, então se eu não podia fazer nada com Cassandra agora... eu partiria para o lado mais fraco da equação. Leandro não seria, ele tinha roubado essências, mas ainda era um antigo anjo do céu. Sobrando apenas, Lauren. A vaca que torturou meu filho.
A fada que criou uma prisão no porão dela para as espécies que ela não gostava, deixando um mundo inteiro a sua mercê.
Eu precisava saber mais sobre o Mundo da Ilusão para poder entrar lá, destruir o lado de Lauren e devolver os seres do mundo da Ilusão para o lugar deles.
Respirei fundo, finalmente podendo soltar o ar dos meus pulmões com um pouco mais de alivio por tomar a decisão do que deveria fazer em seguida.
Eu voltaria para o acampamento dos seres do Mundo da Ilusão e só sairia de lá quando entregar o mundo deles de volta.
§ § § § §
A pesquisa tinha me deixado eufórica, eu estava um pouco mais feliz e confiante de ter tomado um rumo para os próximos dias e apesar de ser de madrugada eu não estava com sono, mas minha garganta estava seca depois de ter tomado toda a jarra que ficava ali no quarto.
Então com um grande esforço, levantei do chão e desci para a cozinha atrás de mais água.
A casa estava completamente escura, e eu segurava o celular em uma das mãos com a lanterna ligada e a jarra de água na outra. Com ambas as mãos ocupadas, eu tive que saltar até a cozinha sem as muletas.
Foi ainda mais trabalhoso do que procurar Daimen na casa mais cedo e da mesma maneira parei ao alcançar o batente da sala de jantar, faltava bem pouco para chegar a cozinha, mas eu estava cansada de andar sem apoio e ofegante.
Descansei por alguns minutos e assim que dei mais um passo na direção da mesa notei que a luz da cozinha estava acessa, não a luz principal, ou eu teria reparado antes, mas as luzes menores que eu achava que serviam apenas de enfeite. Elas despejavam uma luz calorosa e esmaecida que iluminava apenas o suficiente.
Graças a isso, desliguei a lanterna do celular e o guardei no bolso. Usei a mão agora livre para me apoiar na mesa e saltar os poucos metros que faltavam até a ilha da cozinha e realmente havia alguém lá, mas não estava na cozinha e as luzes acessas, era uma luz apenas, em um corredor que levava a uma escada que eu não sabia que existia.
Deixei a jarra no balcão, aproximando-me do corredor não esperando que a pessoa fosse aparecer exatamente no minuto em que avancei, dando de cara com um peitoral duro e firme.
É, Daimen treinava bastante. A firmeza dos seus músculos eram prova disso.
— Ah, desculpa — Ele disse, assim que eu ricochetei no seu peito e dei alguns passos para trás — Eu não esperava que estivesse acordada, ainda.
— Eu estava com sede — Sussurrei, passando a mão no lugar onde minha testa tocou nele.
— Tem uma jarra... — Antes que terminasse, apontei para a jarra vazia no balcão — Ah, eu vou enchê-la para você.
Olhei enquanto ele se afastava de mim, notando que carregava uma garrafa de um liquido marrom escuro.
— Você não consegue dormir? — Perguntei.
Só poderia existir um motivo para Daimen estar querendo beber no meio da noite, e eu suspeitava que fosse "não conseguir dormir". Ou talvez eu só não queria considerar que eu fosse um dos prováveis motivos.
— Não, eu só queria beber um pouco — Ele disse, e não parecia que estava mentindo — E você?
— Eu estava pensando nas minhas missões e não vi a hora passando — Falei, dando pequenos passos na sua direção.
Daimen colocou água na minha jarra e parou com ela no ar, não entregando a para mim.
— E então? — Ele perguntou.
Eu estava feliz como nunca por ele estar tentando começar uma conversa comigo, não conversávamos de forma descontraída desde antes da minha morte e era uma parte da nossa antiga relação que eu gostava muito.
— Não sou forte o suficiente para recriar o véu, agora. Sobrando apenas uma coisa para que eu faça enquanto não encontro uma forma de suprir esse defeito, destruindo a prisão de Lauren — Falei, não queria medir palavras com ele, não quando Daimen me vira na minha forma mais feia, fraca e dolorida.
— Quer concertar o que aconteceu com o mundo da Ilusão? — Ele perguntou e eu concordei.
Como ele não tinha me entregado a jarra, decidi eu mesma pegá-la de suas mãos e eu quase poderia afirmar que ele parecia confuso ao me ver avançando, quase como se tivesse esquecido dela. Eu não me afastei logo em seguida, eu permaneci ali ao seu lado, sentindo o calor do seu corpo passando do seu para o meu e quando vi seus olhos brilharem, eu me lembrei de Cassandra.
— Cassandra não queria ver Allyson hoje — Falei, seus olhos amarelos ficando confusos — Ela queria me ver para pedir um favor.
Eu senti ele bufando, e eu não sabia o motivo. Ele não poderia ter visto na minha cabeça o que tinha acontecido, poderia?
— E? — Ele perguntou, afastando meus questionamentos.
— Ela quer ver você — Murmurei.
Não percebi que estava me aproximando dele, o calor do seu corpo era tão confortável e caloroso que estava atraindo meu corpo inconscientemente na sua direção e estávamos tão perto que eu sentia sua respiração sobre minha pele e provavelmente ele sentia a minha na sua.
Olhei nos seus olhos, o amarelo confuso era o que eu esperava encontrar assim que eu dissesse o que Cassandra pediu. Aquela confusão trouxe um alivio para o meu peito, Daimen não era o D de Cassandra, não era o anjo que ela amava e não era a pessoa que fugia dela.
— O anjo dela, ele era chamado de D e isso é a única coisa que ela sabe dele — Murmurei, baixinho — Ela pretende caçá-lo, procurando e encontrando todos os anjos que tenham a letra D como inicial.
Ele assentiu, entendendo tudo.
Daimen passou a mão pelo cabelo e se afastou, eu não o via fazendo isso já fazia um tempo e ele só fazia isso quando estava nervoso.
— Você vai se encontrar com ela? — Perguntei, triste pois meu corpo já sentia falta do seu calor.
— Não, eu não vou.
Feliz por ter recebido aquela resposta, segurei firme a jarra e dei a volta querendo voltar para o quarto e acalmar meu coração que saltava no peito.
Daimen e eu não voltaríamos. Ele me disse e eu entendia, mas era bem difícil fazer meu coração e meu corpo idiota a entender que não voltaríamos a tê-lo, e isso era ainda mais complicado quando tudo o que acontecia conosco lembrava daquele minúsculo e maravilhoso tempo de relacionamento que tivemos.
— Piierce — Ele chamou, eu estava quase na metade da sala de jantar — Você quer beber comigo?
Nossa como eu quis dizer sim no segundo seguinte ao seu pedido, queria aceitar e fingir que tinha esquecido que estava tomando remédio para os meus machucados, queria ser imprudente aponto de dizer sim para tudo que me pedisse contanto que continuasse pedindo.
— Não tem problema, eu trouxe sorvete para você... então, pode só ficar ao meu lado e fingir que bebe? — Ele perguntou novamente, o nervosismo presente na sua voz.
— Claro.
E eu vi um sorriso brotar em seus lábios, um sorriso bonito que fez meu coração pular no peito descontroladamente.
Daimen deu a volta e pegou o pote de sorvete e uma colher e abriu a porta que levava para a varanda ao lado. Eu não tinha vindo aqui ainda, mas era lindo.
Havia uma piscina coberta por uma lona, luzes ao redor e uma mesa quadrada com quatro lugares, ao lado da mesa um sofá com almofadas verdes e uma mesinha retangular.
Eu me aproximei do sofá, onde Daimen tinha colocado o pote de sorvete, a colher, os copos e uma garrafa de vinho, não a garrafa com o liquido marrom escuro. Eu sentei e minutos depois as luzes ao redor da piscina foram acessas, tornando toda aquela vista em algo quase surreal.
Peguei o pote de sorvete, abri a tampa e sorri ao notar que aquele era o meu sabor favorito. Baunilha com pedaços de chocolate.
— Obrigada pelo sorvete, eu estava quase chorando por não ter conseguido tomar hoje — Falei, sorrindo para mim mesma.
— Você parecia ter ficado realmente triste hoje quando desceu do carro — Ele comentou, rindo.
Aquele som, quase perdido nas minhas memórias, era realmente belo.
— Ah, como eu queria voltar aos tempos de normalidade — Eu disse, suspirando alto.
— Vai dar tudo certo. Todos estaremos ajudando você.
Eu sabia disso e era meu único conforto.
Abri um sorriso, tentando lembrar de todas as coisas que eu quis falar para ele no último mês depois que voltei a vida. Daimen ainda era a pessoa que eu pensava primeiro quando queria contar algo para alguém, lógico que Deb tinha ocupado esse lugar e eu amei o fato de termos nos aproximado mais, porém eu ainda queria deixar ele saber.
— Eu descobri que Luke é meu sobrinho de sangue — Murmurei, fazendo sua atenção ser direcionada para mim.
— E como vocês reagiram?
Olhei para o amarelo de seus olhos que estavam suaves, como um tapete macio e convidativo que confortaria você se precisasse, era necessário apenas que se deitasse.
Contei para ele o que tinha acontecido quando descobri sobre Nathan ser o pai biológico de Luke, contei outras coisas, incluindo o dia em que fui ao Mundo da Ilusão e vi a prisão, depois conheci Brooke e Miles e as horas foram passando, minuto a minuto, segundo a segundo, Daimen ficou em silencio tomando do seu vinho enquanto eu falava e falava pelos cotovelos.
Com todas aquelas histórias era como se agora ele pudesse fazer parte delas, embora não estivesse ao meu lado.
Contudo, eu gostaria de ter mordido a língua quando sem perceber mencionei Peyton. Eu estava contornando todos os acontecimentos nos quais seria preciso mencioná-lo, mas eu o mencionei ao contar sobre a fuga dos seres do Mundo da Ilusão e eu sabia que Daimen não queria demonstrar, entretanto, eu vi que ele estremeceu ao ouvir o nome de Peyton sair pela minha boca.
— Desculpa — Pedi, olhando para o pote agora pela metade.
— Não deve desculpas para mim, Atelina — Ele disse — Você o ama, é normal pensar nele.
Na verdade, eu não pensava em Peyton como antes. Não pensava da mesma forma que naqueles primeiros dias em que cheguei à Falls Stay e encontrei ele na casa de Dabria na festa do primo dela e só a sua presença diante de mim causava um turbilhão de emoções.
Nossa história tinha se arrastado por tanto tempo que eu estava cansada, cansada e levemente triste.
Por causa de outras pessoas nunca tínhamos nos encontrado, nunca tínhamos conseguido o nosso final feliz e talvez nunca chegássemos a ter um final feliz... após descobrir sobre todos esses desvios feitos por outras pessoas, eu sentia que estava mais leve em relação a ele, mais leve em relação ao fim dessa dor prorrogada.
Eu não o odiava como naquele primeiro dia, não sentia amor e ódio como antes e muito menos culpava ele por não ter chegado até mim. Como ele poderia com todas aquelas foças externas nos afastando?
Mas eu amava Peyton, não com desejo, não como um futuro parceiro. Ele era meu amigo, amigo do meu filho, amigo da minha família e eu não me imaginava sem ele na minha vida, realmente. Éramos todos uma família. Era o mínimo que eu podia dar a ele já que ele tinha abdicado da dele por amor a mim. Por isso eu sentia que devia mais a ele do que ele devia a mim.
Eu devia uma vida. Não uma como a que eu tinha dado ao salvá-lo de Cassandra, mas eu devia uma vida para que ele a vivesse. Peyton tinha quase a mesma idade que eu e depois que nos separamos ele passou todos os anos seguintes vindo atrás de mim e nunca me encontrando, eu tinha vivido a minha vida, mas ele não tinha vivido a dele.
E agora aquilo que Daimen me disse no carro realmente fazia sentido, eu deveria deixá-lo ir para que ele pudesse me superar e quanto mais cedo eu o fizesse, mais cedo ele começaria a tentar superar.
Se meu lugar era ao lado de Daimen, se ele fosse me dar outra chance algum dia, eu não sabia, mas sabia que não podia manter Peyton ainda acorrentado a esse amor, sozinho, abandonado. Peyton merecia isso. Merecia se sentir tão leve quanto eu me sentia agora e sentir o mesmo que eu sentia estando ao lado de alguém que não lhe fazia sofrer.
Ele merecia amar de novo, sentir novamente o calor que demos um ao outro durante aquele ano maravilhoso naquela cabana afastada de tudo e todos.
E era isso que eu ia fazer, e isso não significava que escolhi Daimen embora se ele voltasse atrás e dissesse que me queria eu diria que o queria também, entretanto, a questão era deixar aquele amor que trouxe mais dor que qualquer outro sentimento em um lugar apenas, no passado.
Peyton amaria de novo e a pessoa quem ele amaria, não seria eu.
E estava tudo bem. Eu estava bem com isso.
JÁ FEZ AS ESTRELINHAS BRILHAREM?? 🌟🌟🌟
Oie amorinhas, como estão?? O que acharam do capítulo? Atelina decidiu que a próxima missão que será feita vai ser destruindo Lauren e a prisão no mundo da Ilusão e ela ainda avisou Daimen sobre o pedido de Cassandra, o que acharam disso? E essa bomba do final? Será que Atelina já se decidiu mesmo entre os dois e vai abrir mão de Peyton seu primeiro amor? Os pensamentos dela fazem sentido ou vocês acham que ela está sendo dramática e deve dar uma chance a ele? Ou nada a ver, ela fez o certo?
Não se esqueçam de VOTAR e COMENTAR
Até o próximo capítulo!
❤❤❤❤
Beijinhos docinhos.
- Atel.
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