Capítulo 5 - Vizinho de porta
Durante o café da manhã eu não encontrei Daimen e ele nem mesmo apareceu, mas na noite passada tínhamos passado um bom tempo naquela posição enquanto eu chorava contra o seu peito e ele me acariciava a cabeça. Eu não sabia quando ele tinha saído do quarto, eu cai no sono graças as suas caricias e acordei apenas no dia seguinte.
Isso era uma boa notícia, eu achava que ia passar a noite acordada chorando, entretanto ele apareceu e sua presença foi como um sedativo aplicado na minha corrente sanguínea. Eu dormi bem até demais.
— Bom dia, garota suicida.
Levantei meus olhos na direção de Scott, enquanto ele entrava na cozinha de pijama o que era bem diferente das roupas que eu estava costumada a ver ele usando, embora eu tivesse visto ele bem pouco e em algumas dessas vezes eu tinha certeza que não lhe era permitido trocar as roupas.
— Bom dia, Scott — Falei, revirando os olhos no seu nome — Poderia não me chamar desse jeito?
— Por que? Combina tanto com você! — Ele exclamou, apontando as mãos para mim como se mostrar o meu estado fosse motivo o suficiente.
— Não, não combina — Falei, recusando-me a aceitar.
Ele sorriu com a minha resposta e se sentou na minha frente. As mãos alcançando vários alimentos na mesa ao mesmo tempo para colocar no seu prato. Agora eu entendia o motivo da mesa estar tão cheia.
— Gostaria de um café, Sr. Scott? — Isobel pediu, a garrafa com o liquido preto que ela acabara de fazer já nas mãos.
Scott aceitou, pegando a caneca preta que agora combinava com ele e levantou na direção de Isobel.
— Senhorita? — Isobel ofereceu.
— Só chá por hoje, obrigada.
Voltei a olhar para o meu prato e a comer silenciosamente, evitando olhar para Scott e começar a fazer uma entrevista com ele e saber a maior quantidade de informações sobre os anjos que ele poderia me dizer, mas o rosto de Malia apareceu na minha cabeça e a expressão triste me fez hesitar.
— Por que não pergunta logo? — Ele disse, a boca ainda cheia.
Os olhos esmeraldas estavam relaxados, eram tão bonitos agora que ele não parecia cansado e com nenhum traço de ter sido maltratado.
— Posso ultrapassar os limites com as minha perguntas. — Avisei.
— E eu posso me recusar a responder essas — Ele disse, embora não fosse uma pergunta seus olhos eram como um tipo de desafio, mas eu concordei.
— Malia disse que vocês não se viam há muito tempo, por quê?
— Após a queda o Kennedy e eu nos encontramos na terra e nos víamos com frequência, mas não como nos víamos quando estávamos no céu — Ele começou a dizer, parando para bebericar do café — Depois de alguns anos, Malia e Miles caíram também, mas os vi muito pouco antes de ser preso por Lauren e depois não sei o que aconteceu com nenhum deles.
Analisei bem o seu rosto quando disse essas palavras, eu esperava encontrar dor ou até mesmo tristeza, mas não havia nada ali. Ele simplesmente estava dando de ombro para o que aconteceu.
— Eu só sei, descobri isso depois que sai daquele lugar, que Malia e Daimen eram os únicos em contato. Até mesmo Miles foi embora — Ele falou, realmente dando de ombros.
— Por que?
Scott suspirou, um lampejo passou por seus olhos, mas fora tão rápido que eu não sabia o que era.
— Daimen não poderia sair de Williamsburg por causa daqueles portões, mas ele podia deixar aquele lugar de dois em dois anos, um presente que eu não tive o privilégio de ter, mas ele ainda estava preso àquela casa — Scott disse, mergulhando a massa da panqueca no melado — E ninguém sabia onde eu estava.
— Daimen não sabia da existência do Mundo da Ilusão — Falei, mais para mim do que para ele ao me lembrar do dia em que fomos até a cachoeira.
— Nenhum Anjo saberia, eu mesmo só soube quando já estava lá dentro sendo confundido com duendes — Ele falou, olhando para mim enquanto o canto de seus lábios se curvavam levemente.
Ele estava fazendo eu me lembrar do nosso encontro na prisão quando o confundi e quase o acrescentei à lista de duendes.
— Desculpa por isso.
— Sem problemas, eu não deveria nem estar lá dentro — Ele deu de ombros — Malia ficou aqui em Falls Stay perto do irmão, criou sua vida inteira ao redor desse lugar para que quando ele pudesse sair ele não se martirizasse por estar trabalhando para o inferno. Eles se apoiaram.
E mais uma vez, um pequenino lampejo brilhou em seus olhos.
— E Miles? — Perguntei.
— Ele quis tentar a vida em outras cidades. Viver de verdade, fazendo aquilo que ele faz lá com aquele negócio que faz quadros realistas. — Ele disse quase desenhando uma câmera fotográfica no ar.
— Você e Daimen desaparecem, mas percebi que Miles e Malia não... — Perguntei receosa e testando o território.
— Temos asas — Ele disse, apenas — Os dois não.
"Quando um anjo é expulso, ele perde as asas e é jogado na terra praticamente como um ser humano. Com sentimentos e sem asas.", as palavras de Miles apareceram nas minhas memórias.
Então Miles e Malia realmente caíram após serem expulsos, mas Daimen por ser o forasteiro dos céus na terra ainda tinha suas asas... contudo, e Scott? Por que ele ainda tinha as suas asas?
— Você também é um forasteiro na terra? — Perguntei, olhando fixamente em seu rosto.
Scott abriu um sorriso e caiu na gargalhada.
— Você sabe até mesmo sobre isso? — Ele se parou para perguntar e depois voltar a rir de mim. — E não, não sou como Daimen O Forasteiro dos Céus na terra — Ele disse, sua voz adquirindo um tom brincalhão.
— Então...?
— Ah, vamos mudar de assunto e deixar um pouco de mistério para a sua imaginação. — Ele pediu, seu rosto ainda contraído pela risada — Quer saber mais alguma coisa?
Pensei um pouco sobre, eu ainda tinha muito o que perguntar, mas já tinha perguntado o bastante e algumas pergunta diretas demais sobre ele e seus irmãos. Então mudei de assunto, não totalmente, pois eu ainda queria saber mais sobre os céus e os anjos caídos.
— Isobel, onde o Kennedy está? — Scott perguntou, cansado de esperar pela minha pergunta.
Eu queria perguntar mais a Scott, mas saber onde Daimen estava também era uma das minhas dúvidas.
Eu simplesmente não sabia como teria que tratá-lo após o que aconteceu noite passada, ainda estávamos brigados, eu sabia disso. Entretanto, ele esteve lá por mim.
— O Sr. Kennedy se encontra na academia, ele disse que se o senhor precisasse de alguma coisa era só pedir — Isobel explicou.
— Sustentado pelos irmãos — Scott exprimiu com um estalar da língua, como se não gostasse da ideia.
— Você e Daimen parecem muito ariscos um com o outro — Comentei, quase me xingando ao pensar que estava ultrapassando um limite.
Scott olhou fixamente para o meu rosto, seus olhos sérios e os lábios em linha reta.
— Bom, ele roubou algo que era meu — Scott disse, finalmente abrindo um sorriso e aliviando minha preocupação.
— Era importante?
— Talvez para ele não, e para mim... eu só percebi que era quando me foi tirado — Scott declarou, suas palavras carregadas embora seu rosto não demonstrasse — Agora, isso tem valor para ele.
Olhei para o seu rosto na minha frente, uma expressão despreocupada fingida. Sua voz era dura, como se pudesse bater em Daimen por aquilo que eles pelo visto presavam e consideravam importante.
— O quão caro é esse objeto que vocês não podem comprar outro para que cada um tenha o seu? — Falei, tentando suavizar o clima.
Contudo, os olhos de Scott eram pura intensidade quando disse:
— Não é um objeto, Atelina.
Então antes que a gravidade da minha brincadeira me atingisse, Scott se levantou, limpando as mãos no guardanapo e olhando para o ar.
— Desculpa...
— Não, tudo bem — Scott pronunciou, um sorriso culpado se abrindo — Eu estou indo me trocar. Isobel, diga ao D que volto mais tarde.
Não consegui olhar para Scott quando senti seus olhos sobre mim, eu não queria parecer uma idiota. Tinha caçoado dos sentimentos dos dois ao fazer uma brincadeira como aquela e Scott dissera que estava tudo bem, mas não estava.
Se não era um objeto... aquilo tornava tudo ainda pior.
Esperei seus passos se afastarem para finalmente olhar para cima, seu prato estava vazio. O lugar sem sua presença, agora completamente vazio também.
Eu não gostava de desperdiçar comida, mas algo se contorceu no meu estomago e me impediu de continuar comendo. Por isso, assim que o que estava no meu prato se acabou eu me levantei na direção da sala de estar, precisava trabalhar e tomar decisões para minhas novas missões.
Quando me sentei nos sofás macios, me lembrei que Val estava lá em cima ainda na mesa de centro... e minhas anotações não estavam aqui, mas no apartamento de Daimen na cidade. Eu precisava daqueles cadernos e anotações, pois poderia me manter ocupada e deixar que as palavras escritas facilitassem o processo de organização em meio a tantas tarefas complicadas e que implicavam outras menores.
Lembrando-me da minha perna ainda enfaixada que me tornava inútil na direção se caso pedisse para que Daimen me emprestasse um de seus carros, voltei a me levantar e decidi procurar por Daimen pela casa.
Isobel dissera que ele estava na academia. Ele tinha uma academia nessa casa, não me admirava que ela fosse enorme. Com certeza até uma adega deveria ter por aqui.
Procurei pelos andares de baixo, acreditando que não seria inteligente montar uma academia nos andares de cima. Eu poderia pedir para Isobel me mostrar o lugar, mas aproveitei o momento para treinar minha perna que já tinha permissão para caminhar por ai. Contudo, ainda era um grande esforço ter que ficar saltando com a muleta de um lado, enquanto sentia o leve latejar de dor em ambas.
O suor escorria pelas minhas costas quando alcancei o lado de fora da casa, eu estava mais uma vez próxima da rotatória onde Daimen estacionava o carro e do outro lado de ambos parecia ter um galpão ligado a casa por um corredor largo e aberto decorado com vários vasos de plantas e flores.
Caminhei pelo corredor, as vezes me segurando em uma pilastra para descansar. Foi o caminho mais cansativo que eu já andei na minha vida e fiquei extremamente agradecida por ter encontrado a bendita academia.
Com portas de vidro, a academia de Daimen era imensa. Os aparelhos cinzas, com estofados pretos e lisos eram demais e estavam distribuídos por todo lado de forma inteligente e bem espaçados para que sobrasse espaço o suficiente para caber várias pessoas lá dentro ao mesmo tempo.
Eu sabia que Daimen malhava, sabia porque já tinha visto o corpo que possuía durante nosso breve relacionamento, mas assim que meus olhos se recaíram no seu corpo enquanto puxava um ferro que parecia bem pesado eu poderia jurar que aquilo não era um treino normal para manter tudo em ordem e firme o suficiente. Ele puxava aquilo com raiva.
Daimen parecia estressado e o movimento de trazer o peso até o seu peito nu e depois soltá-lo era rude e agressivo.
Raiva, ódio. Eram sentimentos que eu podia adivinhar estar sendo dirigidos a alguém em que ele estava pensando no momento. Talvez fosse eu. A ex namorada que o largou e morreu por outro cara. Talvez, fosse Scott. O irmão que ele tinha um acordo mal resolvido e de certo modo quebrado.
Meus pensamentos voavam tentando encontrar alguém que pudesse ser o motivo daqueles sentimentos, sentimentos tão intensos que eu sentia a intensidade quente deles como uma aura com vida própria.
Olhei para ele mais uma vez, analisando minuciosamente o corpo bonito e pálido pela falta de sol durante os dias em que esteve no inferno. Daimen era realmente bonito, eu soube disso no momento em que ele em sua forma de fumaça tocara o meu colar e aparecera como realmente era na minha frente.
Eu estava tão concentrada na visão à minha frente e em meus pensamentos que não notei quando minha muleta escorregou do meu braço e de encontro com o chão anunciasse minha presença.
Daimen espantado inicialmente olhou na direção da porta onde eu estava e a raiva e o ódio se anuviaram em seus olhos, o dourado se tornando gentil como eu me lembrava.
— Tudo bem? — Ele perguntou, passando os olhos pelo suor em minha testa.
— Ah, sim. Claro. — Falei, engasgando com as palavras — Eu só queria pedir um favor.
Ele assentiu, pegando uma toalha escura ao lado que repousava sobre outro aparelho e após secar uma grande quantidade do suor não mais visível, Daimen vestiu uma camisa.
— Do que precisa? — Ele perguntou, vindo na minha direção.
— Uma carona.
A curiosidade brilhou em seus olhos, eu pude ver, mas ele a afastou.
— Eu vou tomar banho, levo você em quinze minutos — Daimen disse, finalmente se aproximando o bastante de mim para que o aroma de seu natural perfume cítrico mesclado com o suar invadisse minhas narinas — Você veio até aqui sozinha?
Desviei os olhos do peito que antes estava nu e olhei para os seus olhos, eles agora olhavam com mais atenção para a muleta e o suor em meu corpo.
— Sim, o Dr. Jenks disse que eu poderia começar a usar minha perna — Comentei, embora soubesse que ele sabia disso também — Pelo menos uma delas.
— Ainda assim é melhor andar com alguém ao seu lado — Ele disse, a gentiliza e preocupação que eu não via há um bom tempo presentes. — Vou chamar Isobel...
— Não! — Neguei, pegando em seu braço quando ele estava passando por mim — Não precisa, eu me apoio em você.
Daimen pareceu hesitar primeiramente, entretanto aceitou. Dando-me seu braço depois de passar a toalha pela pele que eu teria que tocar.
— Não está curioso para saber onde quero ir? — Perguntei, assim que as portas se fecharam atrás de nós.
— Não, Piierce. Prefiro apenas levá-la aonde você quiser sem me envolver, pelo menos se isso for pessoal... — Ele disse, sua voz morrendo aos poucos esperando minha negação.
— Não é pessoal — Falei, podia jurar que ouvi um suspiro de alivio vindo dele.
— Então, onde quer ir?
Arrisquei uma olhadela na sua direção, o homem ao meu lado não tinha sinais de raiva e ódio, mas apenas gentiliza e cuidado.
— Seu apartamento.
Seus olhos se arregalaram, os meus compreenderam a surpresa. Mas lá tinha sido o meu refúgio, antes quando estávamos juntos e depois quando ele não estava lá, embora sua presença fosse notada sempre que possível.
Eu podia ver que ele se segurava para não perguntar o motivo, deixei que permanecesse assim. Talvez só vendo para que ele realmente acreditasse no que eu poderia dizer que não fosse crível o bastante para sanar suas dúvidas.
Daimen me deixou nos sofás na sala de estar antes de desaparecer tão rápido quanto Scott também fazia. "Nós temos asas." Lembrei mais uma vez da informação que tinha tirado dele no café da manhã. Sobre as asas de Daimen eu tinha conhecimento, ele me levara para um voou quando fomos até a cachoeira, mas eu não sabia como elas eram.
Por causa do meu medo de altura, perdera a oportunidade de ter a imagem de Daimen de asas abertas gravada em minhas memórias.
Daimen apareceu como disse, quinze minutos depois. O cabelo agora mais escuro do que eu me lembrava caia sobre os olhos dourados e ele se vestia casualmente, tão belo quanto sempre fora.
— Vamos? — Ele perguntou, aproximando se para ser meu apoio mais uma vez.
E dessa forma fomos juntos até a cidade. Eu sentia que ainda pendia um ar meio tenso ao nosso redor e eu soube disso no momento em que embora fosse meu apoio, ele não me ajudou a subir no carro e muito menos passou o cinto ao redor de mim como sempre fez.
Mas eu não podia dizer nada, não tinha direito de pedir que fosse mais carinhoso comigo pois o pouco que estava fazendo por mim já era muito mais do que eu merecia.
Quando chegamos no prédio, Daimen estacionou no estacionamento do subsolo e subimos pelo elevador. As paredes de espelhos que refletiam nossas posições no elevador faziam memórias adormecidas darem sinal de vida na minha mente e mais uma vez eu pude ouvir o grunhido vindo de Daimen. Outro sinal. Sinal de que estava indo por um caminho nada saudável.
Eu queria poder dizer para ele que queria sim evitar pensar nisso e tentava com afinco fazê-lo, mas isso seria uma mentira. Eu gostava de me lembrar daqueles momentos que compartilhamos depois que ele conseguiu seu passe livre e fora demitido do posto de guardião dos portões. Foi engraçado, intenso e sexy. Aquela tensão sexual que existia...
As portas do elevador se abriram e Daimen saltou, os passos rápidos. Quase parecia desesperado para ficar longe de mim.
Caminhei lentamente atrás dele pelo corredor, ainda estava meio cansada pelo exercício de procurá-lo naquela casa enorme. Esperei ele abrir a porta para que eu entrasse, decidindo não falar nada sobre o fato de que eu também tinha uma cópia das chaves, mas ele com certeza logo notaria.
O apartamento estava exatamente como eu deixei da última vez em que eu estive aqui, antes da festa dos anjos. Os edredons que eu usava para dormir, dobrados bonitinhos no sofá, os travesseiros com o cheiro de Daimen... mas fingi que nada daquilo fosse meu principal foco aqui. Porque não era.
Então peguei a mala que eu tinha largado ao pé da mesa de centro na sala de estar e comecei a guardar meus papéis. A bola de cristal foi para a mala também, fazendo-me desfazer das peças de roupas que ocupavam um lugar na mala para colocar meus materiais.
— Eu venho buscar assim que possível — Falei, largando uma pilha no sofá ao meu lado.
Eu arrisquei uma olhada na sua direção, sua expressão era suave, embora também levemente surpresa.
— Você veio para cá — Ele disse, não era uma pergunta, mesmo assim eu afirmei sorrindo.
— Era o lugar em que eu me sentia mais segura — Eu disse, segurando o edredom para tirá-lo do sofá — E eu precisava de você.
O silêncio reinou ao nosso redor, meus movimentos eram os únicos sons possíveis de serem ouvidos. Quando puxei os travesseiros para colocá-los sobre os edredons e tirar eles dali, a camisa que eu tinha furtado do guarda roupa de Daimen apareceu amassada em várias proporções.
Um rubor subiu pelo meu rosto.
— Acho que você tem algum problema com as minhas camisas, Piierce — Daimen disse, o tom de brincadeira aliviando o ambiente.
— Você também gostava dessa? — Perguntei, segurando-a nas mãos e tentando aliviar os amassados.
O fato dele estar usando uma de nossas lembranças para brincar comigo, fez algo se acender dentro de mim.
— Não tanto, mas aquela... — Ele disse, abrindo um sorriso de cumplicidade — Aquela eu gostava.
Lembrei do estado em que minhas amigas e colegas de classe deixaram a camisa de Daimen quando foi preciso fazer o parto de Hartley às pressas em um lugar tão remoto. Ele reclamara na minha cabeça sobre o quanto gostava daquela camisa.
— Eu posso te dar uma... — Falei, levantando ela no ar — duas...
Ele tinha se aproximado. Lenta e suavemente, Daimen veio até estar à três passos de mim e se inclinou na minha direção. Eu acreditava que seria impossível voltar a beijar Daimen, então sua aproximação fez meu coração saltar descontroladamente e eu fechei meus olhos.
VAMOS VOTAR, VAMOS VOTAR 🌟🌟🌟
Oie serumaninhos, como estão? O que estão achando do livro novo e dos acontecimentos até o momento? Descobrimos mais coisas sobre os anjos caídos e o relacionamento de Scott e Daimen. O que vocês acham que foi o motivo deles brigarem tanto? Atelina ainda anda em ovos ao lado de Daimen, mas parece que isso não a está abalando tanto porque, óbvio ela tem uma missão ainda maior agora para fazer. E esse final em, será que rola beijo?
Não se esqueçam de VOTAR e COMENTAR.
Vejo vocês na próxima semana.
💖💖💖💖💖
Um beijão em seus corações.
- Atel.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top