Capítulo 3 - Caídos

   Malia se levantou e Daimen se afastou, abrindo espaço para que ela passasse na sua frente e fosse ao encontro dos anjos que nos aguardavam na sala. Ela acenou para Dabria e Luke chamando os dois para acompanharem ela e eu peguei os dois celulares na mão para segui-los, mas parei ao perceber que ainda precisava de alguém para ser meu apoio.

   Todos seguiam Malia, incluindo Isobel.

   Mas... Daimen ficara.

   Eu não precisei pedir ou até mesmo chamar pela sua ajuda, pois ele ficou para trás para me ajudar, conclui, quando ele se aproximou por trás e pegou ambos os celulares da minha mão.

     — Você vai ter tempo para olhá-los depois — Ele disse, largando eles na mesa e estendendo o braço para mim — Aqui.

   Segurei em seu braço firmemente, não havendo outra opção.

   Caminhamos lentamente na direção da sala, ouvindo vozes entretidas em uma conversa conjunta. Malia ria bem alto, realmente demonstrando que aquela expressão de agora a pouco contente era verdadeira.

   Isobel apareceu antes que chegássemos ao batente da sala, carregando minha muleta e eu agradeci ao mesmo tempo em que percebi triste que não precisaria mais do apoio de Daimen. Uma de minhas pernas estava boa o suficiente para testar, ou seja, não precisaria de dois apoio.

     — Por que você faz essas coisas no seu cabelo? Não se cansa, não? — Disse uma voz familiar e eu sabia que ela estava se dirigindo ao platinado do cabelo de Malia.

     — Se eu me cansasse não pintaria, certo? — Ela devolveu.

   Finalmente alcançamos a sala, eu agora estava olhando para os amigos mais próximos de Daimen. Bom, pelo menos eu poderia dizer com certeza que dois deles eram, graças a minha conversa de mais cedo com o doutor Jenks. Miles e Malia. O grupo de Daimen.

     — Faz tanto tempo que não nos vemos, então você não poderia dizer alguma coisa legal com essa sua boca enganosa? — Malia protestou, e ela não falava isso para Miles.

   Malia estava de frente para um anjo de cabelos negros, ele me salvara na escola e me ajudou várias vezes no dia em que os portões se abriram.

     — Ah, eu já estava me perguntando onde minha amiga suicida estava — Ele disse, quando seus olhos esmeralda encontraram os meus.

     — Oi, Scott — Falei.

     — Você conhece Scott? — Malia perguntou, olhando não para mim, mas para Daimen.

     — Eu não conhecia nenhum anjo até conhecer Daimen, mas desde de que voltei eu me encontrei com vários, incluindo aquele que trabalha com o grupo extremista... — Eu falei, parando ao perceber que talvez nem todos eles soubessem dos detalhes daquele grupo.

     — Aquele que está por traz do furto das essências de anjos? — Malia perguntou, seus olhos arregalados.

     — Nós o conhecemos na festa dos anjos terrestres — Dabria falou, sentada no sofá.

   Eu não sabia que ela também tinha se encontrado com ele, pensei que apenas Peyton e eu o vimos naquele corredor em que ele não quis me soltar.

     — Ele me disse algo sobre minha aparência lembrar ele de uma de suas irmãs anjas — Ela falou novamente, fazendo todos os olhos voltarem-se para ela.

     — E para você? — Scott falou, olhando para mim.

     — Além de me comparar com Cassandra, ele disse que encontrou ela sofrendo por um irmão e simpatizou pela história dela. Exatamente como ele tinha sofrido por um amor complicado — Expus, fazendo um pouco de esforço para me lembrar daquele encontro.

     — Então quer dizer que fez o que fez por um amor não correspondido? — Scott disse, sua risada debochando daquilo.

     — Não sabemos com certeza, Scott — Daimen disse ao meu lado — O que ele iria fazer após conseguir sua essência de volta com certeza não pode ser conquistar um amor não correspondido.

     — Qual era o nome dele, ele disse, Atelina? — Miles perguntou, se pronunciando pela primeira vez.

     — Leandro. Ele me disse que era esse o nome — Falei, passando meus olhos pelos anjos na sala pensando se seria melhor se eu tivesse um sobrenome para dizer também.

     — Ele provavelmente não disse o sobrenome porque ele não tem um — Scott disse.

   Meus olhos encontraram os dele com uma compreensão em meio a uma dúvida. "Não é invasão quando você a deixa aberta como está". Lembrei do que Daimen me disse sobre minha mente estar sempre aberta.

   Então qualquer anjo ali naquela sala poderia ler meus pensamentos se quisesse?

     — Daimen me disse uma vez que vocês são escalados no céu pelo sobrenome, então por que ele não teria um? — Perguntei, passando os olhos por todos eles.

     — Os anjos comuns são escalados pelo sobrenome, mas os mais alto não tem e esse nome é mundano. É provável que ele esteja escondendo quem realmente é — Daimen explicou, os olhos dourados brilhando.

     — Quando nós anjos comuns "pecamos", somos jogados dos céus, mas os anjos mais altos quando "pecam" se tornam renegados. — Malia disse dessa vez, os olhos nublados com uma tristeza aparente.

   Eu podia afirmar que ela tinha se lembrado da própria queda, ou da queda, dos outros três.

     — Por isso eles mandaram uma quantidade muito grande de anjos para o inferno? Eles precisavam recarregar muita essência? — Deb perguntou, eu podia ver o brilho de curiosidade nos seus olhos.

     — Na verdade não, nós temos a mesma quantidade de essência. Nosso sistema de escalação só diferia nossas atividades e funções, mas se esse anjo precisou roubar a essência de outros anjos, talvez o que ele fez para se tornar renegado fosse grande o suficiente para ser visto como uma possível ameaça — Malia explicou, suas mãos tremulas.

     — Nossos poderes também... — Miles disse, aproximando-se de Malia para acariciar lhe as costas em consolo.

   Olhei para o meu lado, Daimen estava quieto deixando que seus amigos, ou melhor, irmãos contassem a maior parte das coisas que nenhum de nós três sabíamos, mas ele também estava quieto pois estava pensativo, e eu conseguia ver isso em seus olhos.

     — Poderes? — Luke perguntou.

     — Nossos olhos e sobrenomes são o que revela nossas funções no céu, se encontrar dois anjos de olhos como os de Malia, então provavelmente ele fez parte do grupo dos elementos da natureza exatamente como ela — Miles explicou, tomando o lugar de Malia para fazer isso.

     — Então... todos vocês fazem parte de grupos diferentes? — Falei, pois a cor dos olhos deles era o que mais me chamava a atenção por causa das cores raras e exóticas.

     — Exatamente — Scott disse, sorrindo um pouco talvez para aliviar a tensão que crescia na sala.

   "... o grupo de Daimen por exemplo. Todos nós somos irmãos, mas aqueles quatro eram inseparáveis." Inseparáveis, mas separados pela queda?

   Eu queria continuar a fazer perguntas, não sabia o quão fascinante poderia ser saber mais sobre os anjos e até mesmo um pouco confuso. Mas o modo como as perguntas deixaram Malia triste rapidamente, só poderia significar que o assunto era delicado para eles.

   Principalmente ao lembrar que Scott me dissera que esteve preso por um bom tempo na prisão de Lauren e Daimen preso como guardião dos portões do inferno por um tempo que eu desconhecia. E agora fazia sentido que Malia não tivesse visto Scott.

     — Vocês, os quatro, sabem tudo sobre o grupo extremista ou precisam de todos os detalhes que sabemos? — Perguntei para o anjos, tentando nos afastar das perguntas em relação ao passado deles.

     — Não, se puder nos dizer. — Scott disse, um sorriso se abrindo embora os olhos estivessem triste — Diga tudo que sabe.

   Comecei a contar a eles tudo o que eu disse para os meus amigos quando voltei a vida, contando sobre a minha missão, sobre o grupo extremista que se iniciou no véu e sobre as coisas que provavelmente apenas Scott sabia. Lauren e o Mundo da Ilusão.

     — Você fez um ótimo trabalho, tirando os seres indefesos da prisão e os anjos do inferno, por isso... tem nossa gratidão, Atelina — Malia disse, fazendo os outros três assentirem em concordância com o agradecimento e fazendo uma leve reverência com a cabeça.

     — Ah, não precisam me agradecer. Era o mínimo que eu deveria fazer, Daimen salvara minha vida muitas vezes e Cassandra é a culpada por isso. — Falei, constrangida pela atenção.

     — Então, o que faremos agora? — Perguntou Scott, se jogando no sofá ao seu lado, vazio.

     — Eu ainda não falei com Valentine, mas acho que agora devemos ir atrás de Cassandra ou destruir a prisão de Lauren — Falei, fazendo os olhos de Dabria crescerem.

     — Valentine estava muito preocupada com você — Deb anunciou, pegando algo do bolso da roupa que vestia — Ela disse que canalizou até cansar para que você tivesse força extra.

   Deb chegou até onde eu estava de pé ao lado de Daimen, um lenço de pano branco enrolado. Valentine estava lá dentro, o colar com pingente de pedra escura silencioso até demais, ela provavelmente estava descansando por canalizar demais.

     — Atelina! — Ouvi ela gritando meu nome, a preocupação e o alivio nítido em quantidades elevadas em sua voz — Nunca mais faça isso, por favor. Sabe o quão imprudente você foi ao canalizar de um raio de Thunderbirds?

     — Eu disse que ela é uma pessoa suicida — Scott falou do sofá, olhando além de mim, provavelmente para Daimen.

     — Desculpa Val, estávamos sem tempo, eu não tive escolha — Falei, minha voz receosa.

     — Querendo ou não, eu tenho que admitir que foi incrível! — Sua voz mudou de preocupada para maravilhada em poucos minutos — Mas não faça mais isso.

   Eu assenti, feliz por ouvir sua voz depois de tanto tempo embora eu estivesse inconsciente durante todos esses dias em que estava longe dela.

     — Então Val, o que devemos fazer agora? — Falei, querendo colocá-la no pescoço e sentir seu peso tranquilizador contra minha pele.

     — Eu ia falar com você logo depois que os anjos saíram do inferno, mas sinto que algo está acontecendo com o véu, Atelina — Ela comentou, sua voz voltando a estar preocupada — Eu sinto que a magia ao nosso redor está diferente e algo está acontecendo, então talvez precisemos entrar em contato com eles antes de qualquer coisa.

   O véu. Será que estavam com problemas por lá por causa das almas fujonas que Cassandra, Val e eu éramos?

   Eu estava tão concentrada em pensar como faria para entrar em contato com o véu que nem percebi quando Daimen aproximou o rosto da minha cabeça, os olhos fixos em Val em minha mão e a respiração quente tocando minha pele.

     — Ela pode fazer feitiços estando ferida ainda? — Daimen perguntou, a voz levemente rouca fazendo um rubor aparecer no meu rosto pela proximidade.

     — Ah, se for um leve como esse entrando em contato com o véu, não haverá problema — Valentine respondeu, sua voz meio nervosa pela pergunta vinda de Daimen, provavelmente por ele ser bonito e estar se dirigindo diretamente a ela.

   Ela reagiu da mesma forma quando Peyton fez igual. Eles realmente tinham uma beleza incomum, Daimen pelo fato de ser um Anjo Caído e Peyton por ser um Anjo Terrestre por origem.

     — Então, assim que tiverem mais informações me chamem — Scott disse, levantando-se do sofá e eu podia dizer que estava se despedindo.

     — Espera, você tem onde ficar? — Malia perguntou, o olhar carinhoso de irmã preocupada dirigido à Scott.

     — Não exatamente... — Ele respondeu, um sorriso malicioso se abrindo em seus lábios e o olhar sugestivo.

     — Pode ficar aqui, Scott — Daimen disse, sua voz quase forçada.

   Olhei para os dois irmãos anjos quando eles começaram a se encararem e eu consegui ver que eram do tipo de irmãos que brigavam constantemente, pois os sentimentos presentes naqueles olhos eram como espinhos que já tinham alcançado um tamanho exorbitante por ter sido cultivado por muito tempo.

     — Ok, separe um quarto para mim — Ele disse, desviando finalmente os olhos de Daimen — Mas eu estou indo agora, volto depois.

   Scott sorriu para todos na sala, e começou a dar passos na direção da porta, mas eu sabia que isso era apenas uma forma de evitar espantos, pois ele sempre desaparecia repentinamente no ar como se fosse o próprio.

     — Ah, mas avise a sua namorada que da próxima vez ela deve chegar no horário — Scott disse, se detendo e dirigindo um olhar debochado para Daimen.

   Realmente parecia que eles se odiavam. Mas namorada?

   Procurando por respostas nos outros anjos presentes, notei que Scott tocara em um assunto que ele sabia que Daimen e os outros não gostavam, apesar de estar certo. Malia disse que conheceríamos mais três anjos além de Daimen e ela, mas apenas os dois estavam ali.

     — Espero que não chegue tarde no seu compromisso — Daimen disse, suas palavras carregadas em um veneno que eu nunca vira antes.

   Ambos sorriram. Sorrisos do tipo que entendiam sobre o que o outro estava tentando jogar no ar.

     — Vocês dois, não se cansam? — Malia perguntou, a tristeza de antes substituída pela raiva — Há séculos que não nos reunimos como hoje e mesmo assim decidem pisar no calo um do outro?

     — Ele quebrou nosso acordo — Scott disse, seus olhos esmeraldas queimavam com chamas dirigidas para Daimen.

   A surpresa em meu rosto, talvez os tivessem assustado, pois assim que olhei para Daimen não conseguindo acreditar que ele poderia quebrar um acordo feito com outra pessoa e que essa pessoa era seu irmão, os outros anjos olharam para mim.

     — Conversamos depois, Scott — Daimen disse.

     — Eu acho melhor Scott ficar comigo por hoje até que vocês... — Malia começou a sugerir, mas foi parada pela mão de Miles em seus braços.

     — Deixe que eles se resolvam — Miles murmurou, eu quase não ouvi de onde eu estava.

   E mais uma vez Scott foi o primeiro a desviar o olhar, olhando dessa vez para mim e sorrindo. A sútil sugestão de que estava mais uma vez se despedindo. Eu ainda estava confusa ao ponto de querer fazer perguntas, mas segurei a minha curiosidade e momentos depois Scott sumiu.

   Dabria e Luke espantados com o que ele tinha feito, embora a velocidade de um vampiro pudesse quase ser comparada ao que Scott fazia para desaparecer, entretanto, realmente era algo surpreendente.

   O som de um toque de celular tocando ao meu lado me assustou levemente, o barulho repentino que surgiu em meio ao silêncio tenso que Scott deixara.

     — Desculpa — Daimen sussurrou ao meu lado, pegando o celular e apontando o corredor para Miles e Malia seguirem ele.

     — Nos vemos depois — Malia disse, abrindo um sorriso acolhedor indo com os outros dois.

   Agora com apenas Luke e Deb na sala, eu soltei um enorme suspiro como se não pudesse respirar direito na presença de seres tão poderosos e majestosos que os anjos eram.

     — Você conseguiu conversar com ele? — Dabria perguntou, seus olhos ansiosos.

   Ela com certeza era a segunda pessoa mais ansiosa para ver Daimen fora do inferno para que eu pudesse conversar finalmente com ele, ela compartilhava comigo a preocupação e o medo do que aconteceria com o nosso relacionamento. Contudo, era triste ter que decepcioná-la dizendo que estraguei tudo.

     — Eu tentei... — Olhei para trás para ter certeza se estávamos sozinhos e vi Bel logo atrás esperando para fazer alguma coisa — Isobel, poderia pegar os celulares na mesa para mim e levar para o quarto?

   Eu não queria afastá-la da conversa, até ela já sabia sobre isso.

     — Vamos subir e tentar entrar em contato com o véu. Quanto mais cedo soubermos o que está acontecendo, mais cedo voltaremos a nos mexer — Falei, olhando agora para Luke e Deb. — Alguém pode ser meu apoio?

   Os olhos dos dois se inundaram de um sentimento parecido com compaixão, talvez porque a minha situação fosse de dar dó, toda machucada e com uma missão que não terminava nunca.

   Luke era o meu apoio dessa vez, enquanto Deb segurava Val na mão estendida ao lado para ouvirmos como ela descobriu que a magia estava estranha. Eu pensei que o véu fosse como os outros lugares e que aquele mesmo muro que separava Daimen e eu existisse também na divisa entre ele e os outros mundos.

   Entretanto, Val disse que apesar de realmente existir esse muro ele tinha se tornado extremamente fino no momento em que Cassandra o cruzara. A substituição da minha alma no véu foi algo como um tampa buraco para a falta que a sua alma fazia.

   Pelo menos isso até a noite em que o muro estava completamente abaixado e não havia nada que impedisse o véu de uma possível queda.

     — Por que uma possível queda? — Perguntei, apontando as portas do quarto onde eu estava ficando.

     — O véu não é um Mundo Oculto genuíno, todos os seres, ou melhor, almas que o habitam são seres feitos... — Ela disse, a voz levemente séria — ele é praticamente um céu e inferno clandestino.

     — Então, o que acontece com as almas que se dissipam? — Questionei, lembrando-me de ter lido ou ouvido algo sobre isso no véu.

     — Não sabemos, só dá para imaginar o que acontece com aqueles que um dia somem do véu — Valentine disse, melancólica. — Não há muitas almas que já viveram mais de seis séculos por lá. Antes dessa marcação eles somem.

   Entramos no quarto, Deb correu na frente de Luke para arrumar o sofá que eu estava no momento da minha consulta. Depois ela tomou seu lugar na poltrona ao meu lado à direito e Luke sentou no mesmo sofá que eu, no esquerdo.

   Deb soltou Val na mesa de centro, era uma ideia melhor do que deixá-la no meu pescoço e todos terem que olhar para mim o tempo todo.

   Isobel apareceu em seguida, os dois celulares estavam em uma bandeja de mármore e madeira que ela trazia nas mãos para oferecer lanchinhos para Deb e Luke, incluindo os meus remédios.

     — O que precisamos para fazer esse feitiço, Val? — Perguntei, não sabia quais dos ingredientes seria preciso e quais tinham naquela casa.

     — Não muito, só as velas e o círculo — Val disse, acrescentando em seguida por causa do meu olhar questionador — Lembra que Michaele disse que você sempre teria uma conexão com o outro lado?

   Então eu consegui me lembrar, as condições que tinham sobre o meu corpo e o que tia Michaele disse sobre o feitiço feito em mim ser superficial. Eu tinha uma ligação com o véu, como um cordão que me conectava a ele.

     — Ok, você vai comigo? — Perguntei, olhando para ela e para os meus amigos ali e recebendo a resposta antes que ela mesma dissesse.

     — Acho melhor eu ficar.

   Sim, verdade. Era melhor mesmo, se caso ela tivesse que ir quem tomaria cuidado para os meus amigos não interromperem o feitiço ou pediria para eles se prepararem para fazer algo caso desse errado?

   Então, após tomar meus remédios e agradecer Bel, peguei as velas que Dabria trouxe dentro da mala que Daimen entregou para Isobel trazer para o quarto mais cedo e esperei Luke afastar os sofás do caminho para podermos criar um círculo com o pentagrama no chão e as velas em cada ponta.

   Eu estava um pouco ansiosa para poder ver Nathan e tia Michaele, embora não tivesse passado mais do que dois meses desde que eu sai do véu e tomei a missão de salvar os anjos como minha, mas passamos por tanta coisa, coisas que vieram e caíram sobre nós que eu nem fazia ideia de que aconteceria.

   Pelo menos com uma coisa eu poderia ficar feliz, uma parte da minha missão estava concluída. Os anjos. Os anjos não estavam mais no inferno e de bônus eu ainda tinha salvado algumas espécies do Mundo da Ilusão antes que Lauren decidisse usar mais alguns como seus servos.

     — Pronta? — Val perguntou.

   Deitada dentro do círculo, assenti e murmurei uma resposta antes de começar a repetir suas palavras.

   Ao dizer cada palavra eu senti a escuridão escorrer por debaixo das minhas pálpebras e me afogar na escuridão da minha mente, então procurei por aquele cordão que me ligava ao véu e ao encontrá-lo eu o puxei até encontrar a ponta do outro lado.

ESTRELAS, ESTRELINHAS! 🌟🌟🌟

Oie amorinhas, FELIZ ANO NOVO!!! 

🎉🎉🎉

Desejo que 2022 seja repleto de felicidade, amor, paz e saúde para vocês e que nunca lhes falte histórias para ler.

Sobre o capítulo de hoje, o que vocês acharam? E essas farpas de Daimen e Scott, o que será que está acontecendo? E a namorada do Daimen, ele tem mesmo uma? Val finalmente falou que algo estava acontecendo com o véu e Atelina foi se certificar disso, então, será que aconteceu mais alguma coisa desde o PRÓLOGO?

COMENTEM e VOTEM a vontade estarei aqui para ler cada um deles.

❤❤❤

Beijinhos, beijos e muito champanhe nesse ano que se inicia.

- Atenas.

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