Capítulo 21 - Castelo de Pedra
Não conversamos na noite passada, embora Scott soubesse sobre o que eu queria dizer, ele não sabia tudo que me afligia ao ponto de eu querer confessar a ele, mas me contentei com a sua decisão de que teríamos mais tempo depois para que ele me explicasse tudo. Eu poderia ficar com medo de ele estar querendo se desviar do assunto, entretanto, era Scott. Sempre que queria me contar algo ele me contava algo.
Por isso fui dormir sem me preocupar.
— Atelina, precisamos sair — Ouvi um sussurro de voz rouca do meu lado e abri os olhos.
Havia uma água verde no chão que molhava meus sapatos, ela vinha do fundo da boca da planta. Todos já estavam se preparando para sair, inclusive Naia esperava na porta.
Parecia que estava na hora de sair.
Levantei do chão, ainda com a pedra que não brilhava mais na mão e formei a fila com os outros.
Naia não estava esperando para que estivéssemos atrás dela, ela esperava por alguma reação da planta. Sua concentração estava toda em ouvir e sentir com a ponta dos dedos a parede ao nosso redor, só quando a planta estremeceu como um leve terremoto que as extremidades da sua boca se abriram ligeiramente e Naia colocou o cristal que segurava ali.
Com a ajuda de Scott, Daimen e alguns dos lobos que estavam ali na frente eles conseguiram forçar a planta a abrir a boca o suficiente para que pudéssemos sair dela.
Assim que estávamos do lado de fora, eu suspirei com a grandiosidade daquele lugar. Não dava para ver muito quando chegamos, mas agora os vários tons de verde e amarelos coloriam meus olhos. Era tão bonito. Desse lado parecia muito que a natureza era maior do que o homem em tamanho, em beleza, em magnificência.
Os outros grupos formados por seres do Mundo da Ilusão estavam do lado de fora das plantas esperando por nós.
— A casa de Lauren fica muito longe? — Perguntei para ninguém em especial.
— Não é muito longe daqui, Salvadora.
Naia foi quem me respondeu, tomando a dianteira e partindo em direção ao covil de Lauren que realmente não era tão longe. Em uma hora e meia de caminhada estávamos diante de um Castelo de Pedra insipido e desprovido de vida. Eu não conseguia imaginar a quantidade de celas que poderia ter ali dentro e aquela vez em que eu entrei, eu tinha visto um pedaço pequeno apenas.
Esse mundo em si, para mim, não passava de um grande estádio. Isso foi antes de descobrir que ele podia ser tão grande quanto nosso mundo.
Não chegaríamos tão perto do castelo sem antes fazer um plano para invadi-lo de forma eficiente. Então fizemos uma pausa para comer e descansar, mas principalmente para fazermos uma reunião.
— Vocês pensaram em alguma coisa enquanto estavam aqui? — Perguntei para Scott.
— Na verdade, sim. Eu comentei antes, vamos soltar os prisioneiros primeiros e fazer uma confusão para que os de fora entrem — Scott disse, os olhos brilhando — Como não tem muitas fadas ali dentro, achei que seria melhor dessa forma assim elas não pensarão de primeira que estamos invadindo, mas que os prisioneiros estão querendo fugir.
— Sim, faz sentido. Vocês descobriram por que não há tantas delas aqui?
Ambos negaram, eu não poderia culpá-los. Isso não fazia parte do que tínhamos planejado que fizessem e eles conseguiram informações muito boas no tempo em que estiveram aqui e uma base de um plano.
Enquanto todos conversavam em grupos separados e outros juntos, passei meus olhou mais uma vez pelo castelo de pedra de Lauren. Eu não conseguia ligar um castelo tão sem vida com as fadas que conheci a anos atrás quando fazia algumas visitas aos seres desse mundo, inclusive se eu não estiver enganada a proteção que tinha no portão também não existia.
Esse mundo, ou melhor, o portão que nos traz até essa parte do Mundo da Ilusão era apenas um portão que levava a um lago brilhante e colorido, que eu me lembrava, a maioria das fadas brincavam e sorriam. Suas casas ficavam nas árvores ou em paredões como as plantas e eram lindas.
— A quem pertencia esse castelo? — Perguntei, fazendo o silêncio reinar ao meu redor e os seres do Mundo da Ilusão olharem diretamente para mim.
— A senhorita realmente tem bons olhos. — Naia comentou, olhando para o castelo — As fadas realmente não viviam nesse castelo e embora os seres daqui sejam independentes, havia uma família real aqui.
— O que aconteceu com eles? E por que estavam aqui?
— Não deu tempo para concluir o que queriam, Lauren destruiu o que eles estavam planejando e tomou o lugar deles. Talvez como os outros continentes, eles também quisessem governar esse — O homem de olhos de obsidiana disse.
— Vocês... ficaram gratos por Lauren ajudar — Conclui meu pensamento.
Eles assentiram, tristeza emanando de seus olhares. Entre serem governados por um estrangeiro eles preferiram confiar em um dos seus e a confiança deles foi pisada, esmagada diante deles e foi usada contra eles mesmos. Confiança que fora devolvida em forma de tortura, dor e mortes.
— Scott, você já saiu de lá uma vez, então você sabe como entrar? — Questionei ele diretamente, para desviar a atenção dos seres do Mundo da Ilusão com suas expressões decepcionadas dirigida a eles mesmos.
— Sim, eu sei como entrar.
— Não é pela parte da frente, certo?
Ele sorriu, maliciosamente como se soubesse um segredo que eu daria tudo para saber.
— Ah, vamos lá, Atelina. Talvez você não goste, mas eu sei como vamos entrar despercebidos.
Ok, era isso que eu queria. Com o plano de base de Scott, eu tinha acrescentado mais alguns detalhes. Escolhido as pessoas e nomeado as cabeças que fariam determinadas funções, iriamos entrar dos dois lados, atacaríamos dos dois lados e as fadas que sobraram aqui nem saberiam o que as estavam atingindo. Teríamos que ser rápidos.
— Por mim tudo bem, vamos entrar e fazer bagunça, enquanto os outros a maioria de nós atacaram por cima — Reafirmei seu plano, fazendo um sorriso se abrir em seu rosto.
Eu estava começando a gostar de seus sorrisos espontâneos, bem mais do que os brincalhões e maliciosos.
— Não seria melhor, a salvadora entrar por cima para elas não suspeitarem da sua ausência? — Um rapaz guerreiro ao lado perguntou.
— Não se eu também estiver junto, certo? — Perguntei de volta, fazendo todos me olharem confusos — Eu tirei vocês da prisão antes com a ajuda dos meus amigos vampiros, talvez com a melhora das proteções as celas não sejam tão fáceis de abrir como antes, então não levarei eles e nem nenhuma das espécies de vocês porque se fosse assim tão fácil sair com o poder de vocês já o teriam feito, o que nos deixa uma questão. O que abrirá as celas?
Meus olhos passaram por cada um deles e os vi negarem sem saber o que poderia ser.
— Pois eu também não sei, mas comigo lá embaixo posso tentar todas as formas possíveis para soltar todos ali, então a minha presença lá é inevitável, contudo lá em cima eu só chamarei a atenção...
— Mas disse que estaria junto — Alguém questionou.
— Não realmente se fizermos uma ilusão — Daimen disse, tirando as palavras da minha boca — Você não precisa fazer o feitiço, nós usaremos a Ilusão.
Aliviada por não precisar gastar mais da minha magia em feitiços diversos, assenti para ele.
— Nós Anjos podemos criar uma Ilusão dela, para mostrar as fadas que ela está invadindo pela porta da frente sem um plano e apenas utilizado a força de algumas espécies — Ele concluiu.
Sim, era isso mesmo. Os anjos não mostrariam que eram anjos, os lobos não mostrariam que era lobos, todos entrariam como se fossem meus amigos vampiros e conhecidos por todos e os próprios seres desse mundo que foram aprisionados. Poucas espécies. Fraca e burra. Sem um plano. Entregue diante delas.
Então montamos nosso plano de invasão, que na verdade para as fadas pareceria um plano mal feito como se estivéssemos entregando a nós mesmos de bandeja para elas prenderem e depois entregar a Lauren.
§ § § § §
Com as armas improvisadas e letais presas ao meu corpo por um dos seres do Mundo da Ilusão, eu estava pronta para seguir com Scott pelo lado oposto ao que o outro grupo iria. Scott, seria o guia para dentro da prisão de Lauren e levamos junto com nós por proteção dois lobos, Harley e uma fênix e Thunderbird para que os seres prisioneiros soubessem que estávamos do lado deles.
Olhei para trás para o outro grupo, encontrando o rosto de Luke e Peyton entre os rostos de todos além do meu próprio. A ilusão que Malia, Daimen e Brooke usavam estava fazendo efeito e com ela enganaríamos as fadas para que não desconfiassem da nossa força melhorada se encontrassem muitos rostos diferentes.
Eu estava apostando no fato de que o rosto dos meus amigos para elas era conhecido e familiar, incluindo o fato de serem vampiros.
— Pronta, Atelina? — Scott perguntou, na frente esperando.
— Tomem cuidado! — Malia disse ao mesmo tempo em que Deb, ambas se entreolhando em seguida.
Malia vestia o meu rosto e corpo, enquanto Deb ainda era ela mesmo. Era estranho olhar para Malia e ver a mim mesma, mas era ainda mais estranho ver a ilusão que os anjos era capazes de fazer simplesmente com as memórias que tinham de nós. Inclusive, Brooke que vestia o rosto de Peyton tão perfeitamente, embora só o tivesse visto e interagido com ele poucas vezes.
Eu não conhecia esse poder deles.
Dei a volta e segui adiante caminhando logo ao lado de Harley, ouvindo o outro grupo se afastando também com passadas mais suaves e calmas enquanto nós íamos mais rápido, pois nossa tarefa tinha que ser feita antes e ela também tinha mais chance de dar errado.
Scott caminhou na frente sozinho por todo o percurso, passando por matos altos primeiro, rasteiros em seguida, e fazendo com que atravessássemos um rios verde e brilhantes e contornássemos uma caverna. O tempo todo a paisagem mudava, o tempo todo tínhamos que estar atentos para algo parecido com as plantas não nos comer.
Harley ao meu lado estava silenciosa, mas os olhos falavam por ela. Eles brilhavam, por causa da novidade e eu tinha certeza que ela tinha muita história para contar ao pai quando voltasse para Demeure.
Quando estava prestes a perguntar o quanto faltava, Scott entrou em outro lago, mas dessa vez ele não atravessou pulando pelas pedras, dessa vez ele saltou para dentro dele e começou a andar contra a corrente.
— Scott? — Chamei.
— Estamos perto.
Eu encarei suas costas tensas, deixando a insistência de lado. Eles estava prestes a concluir sua vingança e estava tão perto do lugar em que ele fora torturado e usado que eu entendia a sua postura e a pressa em chegar logo. Então em silêncio continuamos seguindo ele corrente a cima.
Pelo menos até que ele parou.
Scott estava diante de um grande portão de pedra coberto por musgo verde, plantas e videiras que cresciam por todo lado. O portão chegava a brilhar, o local ao redor parecia ter escurecido conforme íamos percorrendo o rio acima por causa das árvores que eram grandes e quase grudadas uma nas outras. Havia pedras em tons gélidos encrustadas na pedra entalhada daquele portão.
— Tem certeza de que aqui não é a frente? — Perguntei, receosa.
Era muito bonito e ostensivo para ser apenas uma porta dos fundos.
— Sim, se atravessarmos vamos dar na floresta atrás do castelo e próximo das celas.
Olhei para cima, era um portão imenso e pareciam firmemente colado um no outro... então por onde passaríamos?
Quando decidi perguntar, Scott voltou a se mover na direção do portão e depois para as trepadeiras nas beiradas. Meu Deus, iriamos escalar?
— Vocês podem subir primeiro, vou esperar aqui caso algum de vocês caia e subirei em seguida.
Os lobos não perderam tempo e agarraram as trepadeiras, escalando com precisão e força todo o comprimento do portão. Harley olhou para os lados antes de subir e abriu suas asas brancas, levemente azuladas subindo em segundos. A fênix e Thunderbird, fizeram o mesmo. Abrindo suas asas banhadas em chamas vivas e relâmpagos azulados e voaram até a parte de cima do portão.
— Eu pensei que fossem escalar, mas já que encontraram um jeito de subir, desçam até o chão do outro lado — Scott gritou, para eles lá em cima.
Eu fui a única que não tinha subido, mesmo tendo um modo de fazê-lo tão bem quanto qualquer um dos outros.
— E você, Atelina? Cadê suas asas? — Ele perguntou, brincalhão. — Vem.
Grata, me aproximei dele antes que mudasse de ideia. Prendi meus braços ao redor do seu pescoço, sentindo suas mãos segurarem minha cintura com firmeza e cuidado. Esperei, e rapidamente suas asas se abriram atrás diante dos meus olhos, fazendo a poeira e o cheiro daquele lugar se levantar.
Essa não era a primeira vez que eu via as asas de Scott, mas ainda ficava curiosa com o fato de ela ter uma aparência tão suave e macia, o que era um contraste extremo da aparência das asas de Daimen e até mesmo as minhas que mudavam do macio ao tenaz dependendo da situação.
— Isso é por que eu sou um Anjo da Guarda... ou deveria ter sido — Ele sussurrou, e antes que eu perguntasse mais, ele saltou para o céu.
Por causa da falta de aviso, no minuto em que seus joelhos dobraram nos impulsionando para cima, eu fechei meus olhos com força e esperei que o chão voltasse aos meus pés para abri-los novamente. Minha respiração ofegante tocava a pele do pescoço de Scott, enquanto o calor e seu cheiro eram tragados por mim.
O chão tinha voltado a tocar meus pés e mesmo assim me demorei agarrada ao pescoço dele, tentava desesperadamente acalmar minha respiração novamente antes de me afastar, mas seu corpo, notando a minha demora, ficou tenso.
Ele pigarreou alto, chamando minha atenção e então eu me afastei.
— V-você tem medo de altura? — Ele perguntou, o punho fechado contra os lábios e os seus olhos não olhavam diretamente para mim.
Se não fosse pela escuridão da floresta, eu poderia afirmar com toda certeza de que Scott estava ruborizando nesse momento.
— Só um pouco.
Não era a melhor resposta para alguém que tinha realmente medo de altura, mas eu não gostava do fato de ter um ponto fraco tão humano e bobo. Entretanto, não era algo que eu conseguia evitar ou fingir que não tinha, por causa das reações do meu corpo diante desse medo.
Embora soubesse que minha resposta não era realmente uma resposta, Scott assentiu e tomou a frente do grupo se afastando. Olhei para os outros que estavam esperando e voltamos a andar pela floresta na direção do castelo.
Pensei que, por se tratar de mais uma floresta, levaríamos mais uns bons minutos andando, o que não aconteceu, pois em pouco tempo as paredes de pedras do castelo nos saudava com a sua aparência monstruosa. E bem ali no encontro da parede com o chão estava uma abertura de grades enferrujadas.
— Chegamos. — Scott anunciou, olhando para ambos os lados antes de sair totalmente da floresta e tomar o ferro das grades nas mãos e puxá-lo contra o peito.
A grade sai em suas mãos sem muito esforço da sua parte. Era possível que esse tivesse sido o caminho que ele tomou quando fugiu.
Soltando a grade no chão, ele se virou e nos chamou com os dedos e movimentando os lábios apenas. Estávamos em território inimigos então deveríamos tomar cuidado com cada passo e cada movimento que fizéssemos para evitar chamar a atenção.
Os dois rapazes que faziam parte da matilha de lobos avançaram um após o outro sem pestanejarem e se infiltrarem, Harley foi em seguida, sendo ajudada por Scott e os outros dois que estavam lá dentro. Para evitar ser a última mais uma vez, eu fui a próxima, passando minhas pernas primeiro que foram seguradas pelos lobos do outro lado e depois os ombros.
Desci de seus braços e esperei os outros, olhando para o lugar onde estávamos.
Estava escuro, mas o cheiro era inegavelmente familiar. O mesmo cheiro de quando desci com Lauren até aqui e vi as espécies sendo mantidas prisioneiras da forma mais desumana possível.
A fênix que desceu levantou uma pequena bola de fogo entre os dedos, iluminando o lugar ao nosso redor.
De ambos os lados havia paredes de pedra fria, mais adiante um corredor que se abria para a esquerda e para a direita e na nossa frente tinha uma cela. Avancei naquela direção sem pensar duas vezes, precisava salvar eles.
Meu braço fora puxado e meus passos parados no meio do caminho.
Olhei para trás, Scott dizia com os olhos para que eu esperasse.
Franzi o cenho em resposta.
Estávamos finalmente aqui para salvar eles, o que ele estaria esperando?
E foi quando eu ouvi, passos pesados e o som de cascos tocando a pedra no chão. Era sútil aos meus ouvidos de Nefilim que quase não tinham poderes, imagina o quão alto Scott conseguia ouvir?
Scott olhou para a fênix com um olhar de alerta e a chama se apagou repentinamente, ele me puxou pelo braço para o canto, encostando nossos corpos contra a parede e entre as sombras. Os outros fizeram o mesmo.
— Ah, vamos fadinhas dê mais a nós enquanto sua líder não está aqui, hum? — Era a voz de um homem.
— Nossa líder odeia os da sua laia, você deveria ser grato por ter dado a informação que ela queria e ter sua vida poupada — Uma voz feminina grave respondeu.
— Exatamente, eu disse tudo que sabia sobre o acampamento daquela bruxa e vocês conseguiram atacá-los, certo? Acabaram com todos eles, incluindo seus amigos anjos? — O homem voltou a dizer.
Era o líder do grupo que não gostava de mim? Por isso não conseguimos encontrar ele no acampamento depois do nosso encontro. Ele tinha voltado para o mundo da Ilusão e nos delatado?
— Infelizmente eles conseguiram escapar — A voz feminina disse, provavelmente era uma fada.
— Como? — O homem questionou, indignado — Vocês perderam para aquela bruxa fraca? Vocês não cansam de serem inúteis, fêmeas?
Um silêncio se seguiu antes de um som abafado ressoar pelo lugar onde estávamos. O homem gemeu alto de dor e algo metálico foi jogado ao chão.
— O que você pensa que está fazendo? — Ele gritou.
— Se questionar nossa capacidade mais uma vez e jogar a culpa no fato de sermos fêmeas, eu vou arrancar aquilo que o faz crer ser superior a nós e deixarei você na mesma cela que a sua fêmea — A fada proferiu, ódio jorrava de suas palavras.
Então eu não estava errada quanto ao fato desse homem ter aversão a mim por ser uma mulher tentando fazer algo em relação ao mundo dele, quando nem ele mesmo conseguiu. Quase me soltei de Scott para bater palmas para aquela fada, mas me segurei encostada no peito dele e apenas parabenizei ela mentalmente.
— Ela é uma traidora, não me coloque no mesmo lugar que ela. Ela se rendeu quando podíamos ter atacado nos envergonhando, ela é uma fêmea in... — Ele se deteve ao mais uma vez querer insultar alguém por ser fêmea.
Tristeza inundou meus pensamentos pensando na mulher que tinha pedido desculpas por eles, agora ela era apenas mais uma das prisioneiras mais uma vez. Tudo por culpa desse babaca.
A proteção do acampamento caiu por causa dele também. Lógico que Cassandra tinha a capacidade de um dia nos encontrar e derrubar meu feitiço, mas não tão cedo quanto tinha acontecido.
— Cala a sua boca, nossa líder chegará em alguns dias e vai decidir o que fazer com você — A fada de voz grave disse — Enquanto isso, continuei coçando o rabo com seus amiguinhos e não se intrometa no que as fadas fazem.
A sombra deles passou pelo corredor a nossa frente e eles nem se importaram em olhar para o lado e ter certeza se aquele corredor estava vazio.
Scott só voltou a se mover minutos depois, quando parecia estar tudo bem para começarmos a nos mover.
— Desculpa — Pedi, feliz por ele ter me impedido de sair correndo.
Com um leve aceno da sua cabeça ele tomou a frente de novo, dessa vez eu o segui de perto. Scott não parou na primeira cela que encontramos, ele percorreu muitos corredores antes de parar diante de uma cela. Pensei que era uma espécie especifica que ele queria soltar primeiro, mas o que ele queria mesmo era nos afastar do primeiro corredor e de ser pegos.
Diante da cela da espécie das sereias, onde uma banheira pequena guardava uma sereia enorme que tinha apenas o tronco banhado em água, os braços presos em correntes no alto e a maior parte da cauda do lado de fora.
Olhei para a fechadura, aproximando meus dedos do lugar onde a chave seria inserida e antes que meu dedo tocasse as barras de ferro algo o repeliu.
Todos ali arregalaram os olhos espantados, inclusive a sereia na banheira que o rosto estava recaído sobre o ombro sem força alguma.
— Val, você consegue sentir isso? — Perguntei, sem olhar para ela no meu pescoço pois mantinha minha concentração na magia que emanava daquele campo que protegia a grade.
Minutos se passaram e Val não tinha me respondido, então toquei o colar recebendo em resposta a gélida sensação da superfície do colar.
— Valentine, você está ai?
BRILHA, BRILHA ESTRELINHA 🌟🌟🌟
Oie amorinhas, como estão? O que acharam desse capítulo? Eles montaram um plano pra invadir e salvar os prisioneiros, além de tomar o castelo. Será que tudo vai dar certo? Atelina quase se jogou no perigo saindo correndo daquele jeito, se não fosse por Scott, coitada. E quando será que eles terão algum tempo para falar sobre o passado dele quando ela o conheceu e ele suprimiu a ligação deles? E o que aconteceu com Val? Será que ela está bem?
Não se esqueçam de COMENTAR e VOTAR.
Até o próximo capítulo!
Beijinhos e abraços quentinhos.
💖💖💖💖
- Atelina T. L. Silva.
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