Capítulo 13 - Acampamento
Embora estivéssemos no verão, noite passada após contar àqueles presentes qual era o meu plano em relação aos seres do mundo da Ilusão, uma chuva torrencial caíra a noite inteira. Pensei que poderia ser um aviso pedindo para que eu pegasse leve em relação ao plano e fosse mais branda, mas não dava mais para ser branda.
Antes de ter tomado essa decisão eu passara horas pensando em possíveis situações que estaríamos sujeitos a cair ao não tentar um plano invasivo do tipo que derrubaria uma parte da estrutura inimiga. Ou seja, se eu pegasse leve com Lauren agora eu permitiria que ela contra atacasse como ela fizera ao sequestrar Luke.
E ela não fora nenhum pouco branda ao torturá-lo, entretanto, diferente dela, eu não usaria uma terceira pessoa para atingi-la.
Olhei pela janela do carro de Daimen, estávamos indo até a cidade para fazer a compra do mês para o acampamento. Durante os dias em que eu estive inconsciente Luke, Deb e Peyton, além de Scott, estiveram fazendo visitas periódicas para terem certeza da segurança deles, e claro, continuaram cuidando da alimentação e dos medicamentos que eles precisavam.
Eu não os visitava a tanto tempo que talvez até tivessem se esquecido de mim, mas eu pelo menos estava voltando para manter minha palavra de salvá-los e lhes devolver sua casa.
Dei uma olhada em Malia sentada ao lado de Daimen na frente. Na noite passada, após eu ter conseguido com muito esforço fazer minhas asas entrarem novamente na minha pele, eu expus todo o meu plano e deixei que escolhessem me ajudar ou não, eles tinham total poder de escolha nesse momento e mesmo assim escolheram me acompanhar.
Meus amigos que me acompanharam da última vez estavam dispostos a vir novamente, contudo, eu tive que acrescentar Ally ao rol pois ela esteve no meu pé desde o momento em que entrei na casa para buscar algumas roupas até o momento em que finalmente cedi e permiti que viesse também.
Val estava presa ao meu pescoço, não podia me dar ao luxo de largar ela na casa de Daimen como fiz da outra vez, apesar de ser quase impossível isso acontecer novamente, pois era mais provável que ela fosse roubada, ou melhor sequestrada pelo doutor Jenks. Eu tive que pedir com muita insistência que largasse ela, porque eu estava completamente assustada com os objetos que apareceram na cômoda no momento em que voltei para o quarto.
Elas definitivamente só apareciam quando queriam e dessa vez não fora diferente. A última tinha aparecido após o meu encontro com o senhor do inferno e aquilo me assustara tanto que acabei deixando Deb saber que eu tinha pose de outras cinco que nesse momento tornaram-se sete. As novas que apareceram nomeavam em auto relevo "Anjos" e "Vampiros". Sim, do amuleto chamado As 12 Chaves, eu estava em posse de sete delas. Elas insistiam em aparecer para mim, mesmo que eu não fizesse esforço nenhum para obtê-las.
Conversando com Val, tínhamos decidido conversar com Aretusa novamente quando voltássemos ao acampamento e saber um pouco mais sobre esse amuleto tão poderoso e que não era nada difícil de encontrar.
— Sua irmã se parece muito com você, Atelina — Malia comentou, sorrindo do banco da frente.
— Com certeza a irmã dela deve ser mais cuidadosa com a própria segurança — Scott disse, fazendo-me fixar meus olhos na sua direção com raiva.
— Você ainda não desistiu de falar sobre isso? — Perguntei, eu não esperava uma resposta, mas mesmo assim eu a tive.
— Ah, mas é claro que não. O cenho franzido faz você ficar levemente mais sexy — Ele disse, abrindo um sorriso malicioso e bonito ao meu lado.
— Vou fingir que isso foi um elogio.
— Mas foi.
Olhei mais uma vez para ele ao meu lado e tentei encontrar brincadeira na sua expressão, mas não havia nada além de pura sinceridade. Eu pensei que Scott pegaria mais leve com as brincadeiras quando Daimen estivesse presente graças ao último episódio que eles quase brigaram, mas ele apenas tinha intensificado essa questão.
Eu sentia que Daimen ficava levemente desconfortável com as brincadeiras dele dirigidas a mim e depois do feitiço das asas a percepção de tudo ao meu redor, agora, era quase como se estivesse esfregando as coisas na minha cara.
O doutor Jenks tinha razão, após o feitiço meu lado anjo tinha se tornado mais presente e notável. Tanto que meus machucados do dia em que abri os portões estavam cem por cento curados, graças a cicatrização. Claro, não era algo maravilhosamente surpreendente como a cicatrização dos anjos do Céu, mas ainda era novidade para mim que acreditava ser apenas uma humana comum ao voltar a vida.
Lógico que assim que Scott descobriu, as brincadeiras também aumentaram e ele disse que a partir de agora o coração de todos aqueles que ficavam preocupados comigo iria parar, pois com a garantia de não me machucar mais gravemente eu iria apelar em alguns casos, iria correr contra o perigo sem medo de morrer.
Ele não estava totalmente errado, pois, assim era muito melhor, eu não precisaria mais depender o tempo todo das pessoas mais fortes ao meu redor.
Assim que fizemos a compra, Daimen que estava tão silencioso desde o momento em que entramos no carro dirigiu para a saída da cidade onde encontraríamos o outro grupo.
O carro usado tinha sido o carro de Peyton e o carro de Deb. Não precisaríamos de dois carros a mais se acrescentássemos apenas Ally, mas além dela, Ren também insistira para vir. O período escolar tinha sido finalizado e as férias começado, por isso ele não quis ficar em casa enquanto os outros dois partiam para uma aventura. Palavras dele.
— Olá — Luke cumprimentou a mim e aos anjos que vinham logo atrás.
— Ah, eu vou apresentar todos vocês no acampamento, então aguardem um pouco mais — Falei, avisando antes que começassem a se perguntar quem era quem ali.
Aproximei-me do carro de Daimen para pegar minha mochila e me afastei tomando a frente quando tanto Daimen quanto Peyton avançaram na minha direção para pegar ela das minhas mãos. Assim que notaram o que o outro ia fazer eles se detiveram e quem pegou minha mochila foi Luke que puxou meu braço pelo caminho na frente de todos.
Agradeci mentalmente ele e seguimos na frente, pelo caminho que ainda era preciso percorrer antes de chegar ao nosso destino.
O feitiço perdurava fortemente ainda, mantendo o acampamento bem camuflado.
Então enquanto que para nós quatro ele estava ali na nossa frente com os guardas em vigília delimitando a entrada, para os outros cinco não havia nada além de árvores longas e grandes, e a umidade da terra trazida pelo calor de verão.
Deb e Peyton passaram na frente e se posicionaram entre o domo abrindo passagem àqueles que estavam ali pela primeira vez. O domo transparente abriu uma fresta em sua extensão permitindo finalmente que os vigias fossem vistos por todos.
O vigia da esquerda assustado com a aproximação repentina e com a atitude direta e certeira em relação a proteção deles que os mantinham vivos se colocou em posição de ataque, mas logo, ao se dar conta de quem eram aqueles que conheciam a proteção e como fazê-la se abrir daquela forma, ele relaxou e abriu um sorriso.
Assim que Luke e eu chegamos a sua frente ele curvou a cabeça levemente em um cumprimento.
— Gostaríamos de ver Aretusa — Avisei.
— Eu os levarei até lá — Ele murmurou em uma voz firme e autoritária — Seja bem vinda mais uma vez salvadora e seus amigos.
— Deb e Peyton, um de vocês fique aqui até que ele volte — Pedi, recebendo um aceno da parte de Peyton.
Voltei a olhar para o vigia e esperei que me guiasse pelo caminho, embora eu o soubesse claramente. Dessa vez eu estava vindo como uma visitante e não como a pessoa que escolhera cada parte desse acampamento e o cobrira para protegê-los.
Contudo, conforme entrávamos mais no acampamento até o centro onde tínhamos feito a primeira fogueira, o acampamento me mostrava o quanto tinha conseguido evoluir em tão pouco tempo. Talvez para Dabria, Luke, Peyton e Scott não fosse novidade, mas para mim era maravilhoso saber que eles estavam bem melhores do que naquele dia em que os vi dentro de celas, machucados e lutando para não enlouquecer.
Passamos pelo lugar da primeira fogueira, seguindo direto para o lado mais distante do lago, onde havia uma tenda grande feita de tecidos remendados em bom estado e madeira firmemente em pé, compondo a estrutura. A porta era nada menos do que uma abertura em um V invertido guardada por dois outros guardas, esses eu sabia e sentia que não faziam parte das fênix ou das thunderbirds, talvez pertencessem as espécies que chegaram antes de irmos embora.
— Irei avisá-la da sua presença — O vigia avisou, antes de entrar pelo V invertido e sumir na escuridão da tenda.
Enquanto esperava, dei uma olhada em volta mais uma vez observando e analisando as novidades. Antes isso não passava de um acampamento improvisado e feito às pressas, mas agora se parecia com uma pequena aldeia com tendas grandes para as áreas mais importantes, como a cozinha e a ala médica e outras tendas pequenas ou de tamanho médios que serviam de moradia.
Além disso, havia flores e pequenas hortas espalhadas por todo o acampamento. Eles estavam bem, estavam vivendo bem e vê-los assim me deixava com dúvida se deveríamos destruir isso por aquele mundo corrompido pelas fadas.
— É com imenso prazer que a recebemos mais uma vez, Atelina — Aretusa disse, aparecendo na abertura.
Ela sorriu para os meus amigos, provavelmente sentindo e vendo a diferença que cada um deles tinham em suas auras.
— Você veio muito bem acompanhada — Ela acrescentou, a cabeça passando por cada um deles como se os estivesse analisando.
— Desculpa incomodar no momento, mas viemos aqui terminar o que começamos — Falei, meio acanhada pelo que minhas palavras significavam em relação a paz que eles tinham aqui.
— Estivemos esperando seu retorno.
Olhei em volta e nos poucos minutos em que estive trocando palavras com ela um grupo se formou ao redor de nós. Rostos familiares entre outros ainda não conhecidos, mas todos, todos tinham esperança brilhando em seus olhos. Eles queriam voltar, queriam a terra deles de volta e por isso que eles tinham esperanças.
— Diga o que devemos fazer e faremos — Um homem alto atrás de Aretusa disse, seus olhos de obsidiana embora também brilhantes de esperança brilhavam com expectativa de vingança.
§ § § § §
Muitas coisas tinham acontecido durante o tempo em que não apareci no acampamento, inclusive um pequeno grupo não confiava em mim. Esse grupo veio a existir logo depois que descobriram sobre o ocorrido no dia em que abri e fechei os portões do inferno. "Se uma pessoa tão fraca tem que nos devolver nossa casa, então nós nunca a teremos de volta."
Era isso que eles começaram a jorrar pelos ouvidos de todos que moravam ali, alguns aceitaram e concordavam com aquilo juntando-se ao grupo, mas a maioria que estava presente na invasão da cela de Lauren ainda mantinha suas esperanças em mim e decidiram esperar o meu retorno.
Eu acreditava que o fato de meus amigos continuarem visitando eles foi o que os manteve ainda confiantes. E o meu recente retorno, acompanhada de outras pessoas fortes apenas os deixavam mais tranquilos.
Aretusa insistiu para que eu descansasse na cabana que eles fizeram especialmente para nós. Eram duas tendas grandes e dividimos nosso grupo em dois, pois embora pudéssemos ficar em uma só, seria muito apertado e claro, eu quis separar Daimen e Peyton, assim eu ficaria mais tranquila.
Entretanto, eu não quis descansar e pedi que fizéssemos uma reunião naquele momento para saber das mudanças ocorridas, além das informações que tinham. Então entramos na tenda onde o vigia tinha nos levado inicialmente e nos dispusemos ao redor de uma mesa redonda cheia de livros e um mapa no seu centro, como um mapa de guerra, mas era apenas um mapa da floresta onde eles estavam.
— Scott em suas visitas nos trazia algumas informações sobre Lauren e o mundo da Ilusão, ele andou vigiando eles para acumular informações para você, senhorita...? — O homem de olhos de obsidiana explicou, não terminando a frase pois não sabia meu nome.
— Atelina.
— E estivemos alertas o tempo todo, como nos pediram para fazer...
Ele continuou falando, eu o ouvia como podia, mas meus olhos encontraram os esmeralda de Scott do outro lado da mesa ao lado de Malia, ele não olhava para mim e sim para ela enquanto conversavam bem baixinho.
Durante todos esses dias ele esteve trabalhando sozinho, sem dizer nada. Meu coração se apertou ao imaginar ele espreitando um mundo onde fora preso por anos e usado, usado até não precisarem dele e o deixarem largado em um cela como um animal... repentinamente, ele parou de falar e olhou para mim.
Seus olhos esmeralda que para mim sempre eram felizes e brincalhões, agora eu conseguia ver que havia um leve sentimento de cansaço e tristeza na profundidade do verde.
Desviei meus olhos e voltei a olhar para o homem que falava.
— Também usamos as Nifas para vigiar os portões — Ele disse.
— O que descobriram?
— Lauren não fica muito no Mundo da Ilusão, ela tem o costume de sair e ficar dias longe e volta apenas quando, acreditamos, ser necessário.
Meus olhos se arregalaram. Como assim ela usou e abusou de várias espécies, colocou todas em celas, as machucou e torturou simplesmente para não morar no Mundo da Ilusão?
— Parece que o mundo aqui fora é muito mais interessante que o mundo dela — Scott disse, o sorriso de sempre nos lábios, mas o ódio era sentido nas suas palavras.
Ou talvez fosse outra coisa. Quando visitamos a mansão onde eles estavam havia Fênix e Thunderbirds além de outras espécies ali naquele dia que pertenciam ao Mundo da Ilusão. Para tê-los tão perto, era provável que eles estivessem usando eles para alguma coisa que não precisava de Cassandra já que ela no momento disse que estaria ocupada caçando anjos com a letra D.
Mas se não envolvia Cassandra, então envolvia Leandro?
Eu ainda me perguntava o que tudo isso tinha a ver com ele e qual era o motivo dele ter agrupado seres ao seu redor para construir um grupo extremista. A única coisa que eu sabia era que ele odiava uma anja... e que ela era mãe de Dabria.
Olhei para a minha amiga ao fundo, conversando com uma fênix que fazia parte da ala médica do acampamento.
— Eles devem estar planejando outra coisa — Murmurei, não pensando que teria que me explicar no momento, mas todos olharam diretamente para mim confusos — É só algo que ando pensando, vamos falar sobre isso depois.
Eles mantiveram um olhar confuso na minha direção, mas eu percebi que eu precisava pensar sozinha sobre isso e ter mais informações para entregar isso a eles, além de querer conversar com Aretusa sozinha.
— Bom, eu vou ficar e conversar com Aretusa vou dispensá-los por enquanto, mas antes... — Dei mais uma olhada ao redor vendo que realmente eles tinham se dividido entre as pessoas que conheciam melhor — Eu gostaria de apresentá-los, já que eu os trouxe aqui.
Eles concordaram e arrumaram as posturas.
— Aretusa para aqueles que não sabem é a intermediaria de todas as espécie aqui, ela é uma vidente que pertence a uma espécie do Mundo da Ilusão — Falei, indicando ela sutilmente que abriu um sorriso.
— Fiquem a vontade durante a estadia de vocês, eu não enxergo, mas consigo ver pelas auras de vocês que são boas pessoas — Ela cumprimentou.
— Obrigada, Aretusa — Falei, olhando para a pessoa seguinte — Daimen, Malia e Scott são anjos do céu, cada um com o seu próprio motivo para estar aqui.
Malia abriu um sorriso enorme e acenou para todos, Daimen e Scott não fizeram nada, mas era meio óbvio que eram os dois que eu tinha mencionado já que estavam próximos a Malia que se pronunciou e claro, alguns conheciam Daimen da vez em que o apresentei como meu namorado há uns meses.
— Dabria é uma anja terrestre metade vampira, ela estava presente quando tirei alguns seres da cela de Lauren — Eu disse, Deb acenou também embora estivesse um pouco longe — Luke e Peyton também estavam presente e ambos além de Allyson minha irmã e Ren meu amigo, são todos vampiros.
Eu tentei indicar todos com o dedo conforme dizia os nomes, mas ainda assim o clima ao redor da mesa era um pouco estranho. Eu não fazia ideia de como fazer isso diminuir.
— Deb dividiu as tendas se quiserem voltar e descansar, fiquem a vontade. Se alguma coisa mudar eu chamarei vocês.
Então eles saíram, fazendo-me soltar um suspiro de alivio. Eu não tinha percebido que fazer algo do tipo seria tão tenso, principalmente ao levar em conta que eu me dava muito bem com cada um deles, mas isso era quando eles eram grupos separados ou individualmente.
— Sua aura ainda é uma bagunça de cores — Aretusa comentou.
Da última vez em que disse isso, ela se referia ao fato de que eu pensava muito e meus pensamentos iam de um lado ao outro tão rápido que minha aura não acompanhava e isso era exatamente o que mais acontecia sempre que eu me pegava parada e sem fazer nada. Eu pensava. Pensava e analisava cada passo que deveria dar e cada pedido que deveria fazer para que tudo desse certo na missão.
— Eu acho que ela vai continuar dessa forma por um bom tempo — Falei, virando-me na sua direção — Eu nem pedi antes, mas gostaria de falar com você um pouco.
— Ah, mas é claro. Sente-se — Ela pediu, apontando para a mesa onde havia cadeiras ao redor — É sobre a sua missão?
— Tem a ver com ela, mas ao mesmo tempo não — Falei, esperando que se sentasse primeiro e depois tomando um lugar à sua frente — Uma vez você me perguntou se eu já tinha encontrado uma das chaves do amuleto. Na época eu não tinha certeza, mas... eu as encontrei.
A expressão de Aretusa não mudou, apesar do que minhas palavras significavam ela simplesmente esperou que eu contasse mais.
— Eu não pedi que elas aparecessem, nem fui atrás delas, mas elas continuam aparecendo — Expliquei.
— O Além Mundo parece ter escolhido sua favorita — Aretusa falou, um sorriso ligeiro aparecendo em seus lábios finos.
— Além Mundo?
— O Além Mundo é um lugar como o véu, se eu não estiver enganada que esse seja o nome, mas ele não é um lugar para almas sobrenaturais, nem é o céu e muito menos o inferno de alguém — Aretusa disse, sua expressão solene — É um lugar de almas que já habitaram a terra, mas como foram parar lá, ninguém sabe. Eu disse da última vez que era um lugar espiritual do véu e que a Anja Guardiã entregou o amuleto a eles, mas ele é mais do que isso e poucos sabem sobre ele.
Olhei para ela fascinada, havia mais um Mundo Oculto entre o céu e o inferno e esse diferente do véu, ninguém sabia da existência, era quase como a história do Mundo da Ilusão que poucos sabiam que existia.
— E você está me contando...?
— Porque você foi a escolhida, deve haver algum momento no seu destino que deixará você diretamente conectada com esse amuleto, então acredito que o Além Mundo está confiando ele a você — Ela explicou.
— Eu poderia falar com o Além Mundo ou com alguém de lá?
— Eu posso tentar deixá-los saber que você quer encontrá-los...
Meu olhar de confusão e grunhido, chamaram sua atenção e ela sorriu.
— Esses olhos enxergam muito mais do que apenas auras. Posso falar com eles, mas eles escolherão quando falar com você.
— Então, eu só devo esperar?
— Sim, espere e continue cumprindo com a sua missão. Talvez o motivo das chaves aparecerem tenha relação com isso, mas você só saberá se tiver paciência.
Respirei fundo e tentei organizar meus pensamentos, antes de me despedir de Aretusa e sair da tenda.
Caminhei pelo acampamento, olhando e analisando os detalhes novos. Eu queria ver com os meus próprios olhos o que aquele lugar tinha se tornado, enquanto meu lado egocêntrico inflava ao se dar conta que eu dera a eles aquilo e lhes devolveria a casa deles também.
— E você continua muito imersa nessa sua cabeça.
Ouvi a voz de Peyton e parei de andar. Eu não o via desde o dia em que nos encontramos na frente de casa após minha briga com Ally. Ele parecia diferente, a expressão em seu rosto era tão feliz que eu não duvidava que algo muito bom tinha acontecido com ele durante esses dias em que não o vi.
— Oi, Peyton.
— Oi — Ele disse, sorrindo lindamente — O que achou do que eles fizeram sozinhos com o acampamento?
— Ficou incrível — Falei, maravilhada.
— Você é incrível, saiba que eles conseguiram por causa do que você fez — Ele disse, suas palavras pareciam com um consolo.
Eu não sabia qual era minha expressão ao estar andando pelo acampamento, mas com certeza eu estava fazendo caretas preocupada para que Peyton tivesse que me consolar dessa forma.
— Vocês também ajudaram.
— Ah, eu sei que somos incríveis também — Ele disse, estufando o peito e esperando que eu concordasse.
— Meu Deus, o que está acontecendo com você? — Perguntei, realmente curiosa com a sua alegria repentina.
— Eu só estou feliz — Peyton murmurou, abrindo um sorriso tímido. TIMIDO. — Agora que você está na minha frente, posso tentar conquistá-la, certo?
Quem diria que Peyton Campbell poderia dar um sorriso tímido em um momento e no seguinte ser inundado por um intensidade sensual. Eu quis rir, mas mantive a compostura para não magoá-lo quando ele transbordava de felicidade.
— Peyton, sobre isso...
— Não, não diga nada — Ele falou, levantando as mãos no alto — Você disse que só diria quando tudo acabasse, então quando tudo acabar você vai me dizer, ok?
JÁ FEZ AS ESTRELINHAS BRILHAREM? 🌟🌟🌟
Olá anjinhos, como estão? O que acharam do capítulo novo? Atelina e Scott se alfinetando kkkkkk Daimen estranho demais e Peyton tímido, mas otimista em relação a poder conquistá-la. O que vocês acham que ela deveria fazer em relação a isso? Dizer logo que ele não deve tentar? Quando será que isso vai acontecer ou será que ela vai mudar de ideia já que a relação dela com Daimen não parece estar andando muito bem. E esse mundo oculto novo? E o fato de Lauren não estar no Mundo da Ilusão?
Não se esqueçam de VOTAR e COMENTAR!!!
Até o próximo capítulo.
❤❤❤
Abraços quentinhos.
- Atenas.
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