Capítulo 9 - Antes do arco-íris sempre vem a tempestade

   Aproximei-me da sala do segundo ano, onde Dabria pediu por mensagem que Allyson ficasse esperando por ela e quase travei antes de atravessar a porta. Ela com certeza tinha soltado fogos de artifícios após minha morte e minha volta ia destruir sua paz, pelo menos eu achei que foi dessa forma que ela passou pelo luto. 

    — Vamos, Ateh — Deb murmurou ao meu lado, como o lado bom da minha consciência — Ela também tem que saber que você está bem. 

   Sim, eu concordava. Mas Ally não era o tipo de irmã que choraria por mim. 

   Dabria sem paciência com o meu medo e louca para voltar para o namorado que me odiava, abriu a porta lentamente com uma das mãos me empurrando para frente. 

    — Ally! — Deb chamou e abriu totalmente a porta. 

   Esperei encontrar minha irmã esperando impaciente no seu lugar, mas me enganei quando meus olhos encontraram uma garota de cabeça baixa na carteira com os cachos jogados de qualquer jeito como se estivessem ali como uma cortina para escondê-la. Ela não levantou quando Deb a chamou e permaneceu deitada. 

    — Oi, Ally! — Dabria chamou mais uma vez mais alto. 

    — Maninha? — Chamei. 

   Ally moveu lentamente a cabeça para o lado e então a levantou, piscando os olhos rapidamente sonolenta. O cabelo armado como uma bela juba e os olhos vermelhos e inchados.

    — Oi, mana — Cumprimentei. 

    — Olhe quem está de volta! — Dabria exclamou, feliz. 

   Não precisou que seus olhos ficassem mais vermelhos do que já estavam, mas as lágrimas apareceram automaticamente quando seus olhos focaram em mim. Ela levantou os braços como uma criança pequena querendo colo e meu lado maternal foi ativado ao ver aqueles olhinhos cor âmbar brilharem. 

    — Atelina? — Ela levantou, e se jogou entre meus braços — Desculpa por ter feito você vir até Falls Stay. Por minha causa você morreu, por minha causa. E me desculpa por culpar você pela morte de Nathan. 

    — Você devia pedir desculpas a Dabria. 

    — Não se preocupe, ela pediu — Deb disse e eu quase não acreditei. 

   Englobei o corpo magro de Ally entre meus braços, mas ela era maior que eu então não demorei a me afastar por causa da posição desconfortável. Olhando para ela e para o seu rosto descuidado me perguntei o que minha morte tinha feito com ela. 

    — Você está parecida com o Peyton. — Comentei, acariciando seus cachos sem o brilho que ela tanto se orgulhava. 

    — Acho que tanto ele quanto eu víamos você nos lugares apesar de ter morrido — Ela contou, as mãos trêmulas segurando a minha — Pensamos que esse era nosso castigo por causa da culpa. 

   Eles devem ter visto Cassandra. Eu me lembrei de quando Mason disse que eu me parecia muito com ela na aparência e realmente ele estava certo, quando a vi na bola de cristal eu notei o quanto éramos parecidas. 

    — O que aconteceu com você? — Ally perguntou e até mesmo Deb ficou atenta, esquecendo que deveria ir logo. 

    — Ah, eu vou contar tudo. Mas não hoje. — Falei, adiando esse assunto pois não sabia ao certo o que poderia contar. 

    — Mas queremos saber o que aconteceu e porquê está de volta — Deb reafirmou. 

    — Eu sei que querem — Fiz uma pausa, rápida — Eu prefiro que todos estejam presente quando eu dizer. Luke me perguntou a mesma coisa mais cedo e não quero deixá-lo de lado. 

   Elas concordaram. Era o mínimo que eu podia dizer agora. Não podia contar todos os detalhes que envolvia eu estar viva aqui, pois não queria envolver todos eles nisso. Principalmente Ally, apesar de quase toda nossa família estar envolvida. 

§ § § § § 

   Eu precisava ir para o apartamento de Daimen para ficar sozinha e resolver essa questão, mas assim que a aula acabou Ally veio até mim querendo carona para casa. Ela parecia tão feliz em me ter para lhe dar carona que não consegui dizer não e acabei indo para a casa com ela. 

   Estar em casa de novo era acolhedor, apesar de preferir estar no apartamento pesquisando mais e mais, e claro, com menos pessoas curiosas para saber o que eu estava fazendo e sem ter as respostas para as possíveis perguntas que me fariam.

    — Como é estar de volta? — Allyson perguntou, olhando ansiosa para o meu rosto. 

    — Muito... bom. Eu sentia falta daqui. 

    — Se precisar de alguma coisa, qualquer coisa. Pode me dizer, ok? — Ela disse, juntando as mãos em suplica. 

   Subi para o meu quarto aproveitando que as meninas não tinham chegado e me joguei sobre o colchão, mas não me permiti ficar e descansar. Eu tinha perdido um dia de pesquisa indo a escola e revendo todas aquelas pessoas, então precisava recompensar e procurar pelo menos o feitiço que me ajudaria a tirar os seres do Mundo da Ilusão daquelas jaulas. 

   Peguei minha bolsa jogada ao pé da cama e abri meus cadernos de pesquisas, sentando de frente para minha penteadeira onde um espelho de tamanho médio estava. Não pude trazer comigo a bola de cristal, então usaria o espelho. Val me disse que eu poderia usar qualquer superfície que refletisse. 

   Pronunciei as mesmas palavras que Val me ensinou no véu.

    — Agora que talvez eu tenha uma chance de entrar no Mundo da Ilusão através de Sophie, caso ela aceite, como tirarei eles de lá sem que Lauren saiba?

   O espelho não me respondeu de primeira como a bola de cristal costumava responder, pensei que fosse mais um dos muitos feitiços falhos que eu sempre fazia, mas assim que estava pronta para pronunciar de novo ele respondeu. A voz mais afeminada e sem o brilho costumeiro.

    — Há um feitiço chamado paraíso, que transporta pessoas a determinado lugar através de um espelho. Mas é preciso determinar o lugar antes de fazê-lo e conectá-lo ao lugar de onde você ou outras pessoas passarão.

    — Onde eu posso encontrar esse feitiço? — Perguntei, esperando mais uma vez por um tempo.

    — "Et fores aperi. Et quae sunt multa patiatur committere ut in transitu aquae supra petram. " — A voz disse e as palavras apareceram no espelho como se eu tivesse expelido meu hálito quente sobre ele e escrito cada letra.

   Escrevi rapidamente as palavras no caderno, pensando agora no possível lugar onde eu poderia deixar as espécies que sairiam... porém eu deveria tirar a espécie com maior número de seres aprisionados, assim o número de aliados aumentariam de uma vez só. Não que eu não fosse libertar os outros, mas assim que Lauren descobrir que as espécies fugiram ela culparia Sophie e nesse momento Sophie teria que ir embora.

   Não sobrando ninguém em quem pôr a culpa ela melhoraria a segurança com possíveis feitiços do mundo dela que eu não conhecia.

   Eu precisava visitar os prisioneiros mais uma vez para saber qual espécie libertaria primeiro. Talvez a vidente me ajudasse se eu fosse até lá mais uma vez, mas Sophie precisava me dar a resposta antes. 

   Então enquanto a resposta não vinha, eu encontraria um lugar onde podia deixar as espécies seguras até poder fazer um cerco camuflado para escondê-los.

    — Ateh, está dormindo? — Allyson, chamou.

    — Ainda não, por que?

    — Tem comida na geladeira se quiser, vou na cidade com uns amigos e volto já.

   Grunhi em resposta e alcancei as chaves da SW4 depois de ver o carro que tinha vindo buscá-la dar a volta e ir na direção da cidade.

   Peguei a comida que ela disse que estava na geladeira e fiz uma marmita para mim com a intenção de deixar ela saber que comi e de realmente comer no carro quando eu tivesse fome.

   O único lugar onde eu poderia deixar os seres do mundo da Ilusão era na floresta. Eles eram acostumados a isso então não haveria problemas, mas precisava ser um lugar longe do lugar de origem deles e ao mesmo tempo não muito longe para que eu pudesse encontrar com facilidade quando precisasse, porque eu era péssima com direções.

   Agradeci mentalmente por ter ido de botas, apesar de estar quase morrendo com o fato de que logo choveria e elas ficariam enlameadas facilmente. Pelo menos elas eram melhores para andar em planícies irregulares como aquela floresta.

   Com o carro estacionado no mesmo lugar de sempre, no acostamento na estrada indo para a saída, adentrei a mata com o espelho que ficava guardado na minha penteadeira. Caminhei por um tempo depois de passar pela cachoeira e senti um calafrio repentino subir pela minha espinha.

   Eu estava no mesmo lugar onde mês passado a casa onde nasci tinha aparecido para mim, mas diferente de antes apenas havia um enorme aglomerado de madeira queimada e apodrecida pelo tempo e a terra sob o entulho também tinha ganhado uma cor enegrecida.

   Secando os olhos e respirando fundo, segui à direita do aglomerado usando ele como um marcador como na história onde as criancinhas deixavam migalhas para não se esquecerem o caminho de volta. Encontrei uma clareira enorme, com espaço suficiente para várias pessoas e não era muito distante, além disso eu ainda conseguia ouvir o som de água gorgolejante, o que significava que tinha um lago próximo dali. Era o lugar perfeito.

   Acomodei o espelho entre as raízes de uma árvore, escondendo-o bem e me sobressaltei com o som estrondoso do trovão que soou após o relâmpago. Lembrei-me do sonho da noite passada e intensificando o meu medo ao longe havia o som de uivos.

   Então voltei pelo mesmo caminho, motivada pelo medo dos lobos que haviam ali meus passos acelerados um pouco mais do que antes. Parei novamente nos entulhos quando senti meu estômago se contrair e a bile quase subir acompanhada de uma dor pulsante que latejava nas minhas costas. A chuva começou a cair enquanto eu me estabilizava.

   Voltei para o carro e comi a comida no banco do passageiro, acreditando que era por causa da fome o estado do meu estômago e só então voltei para casa. A dor ainda presente nas costas e se espalhando para outras partes do meu corpo.

   Ninguém tinha voltado ainda, por isso consegui voltar para o meu quarto sem ter que responder nenhuma pergunta. Tomei banho antes de me enfiar entre os cobertos, sentindo outro calafrio subindo pelo meu corpo.

   Fechei meus olhos e me permiti dormir. Entretanto, como se houvesse enormes camadas de poeira em meus olhos eles começaram a arder. Será que eu tinha ficado doente durante esse pouco tempo debaixo da chuva? Eu não ficava doente há anos e não sabia o que fazer se realmente ficasse agora.

   Por um momento pensei que meus olhos tinham finalmente fechado e que eu tinha caído no sono, mas repentinamente eu me encontrei em um espaço vazio e escuro...

   Havia asas brancas espalhadas ao redor de mim em montes por todos os lados e no meio delas eu notei uma que tremulava lentamente como se o dono estivesse com frio. Aproximei-me dela, curiosa e a toquei suavemente. Em seguida, o chão sob meus pés se moveu como se eu estivesse dentro de uma caixa que fora balançada e todas aquelas asas brancas foram manchadas de um vermelho sangue vibrante.

   Olhei para minhas mãos e elas estavam manchadas com o mesmo vermelho, porém entre todas aquelas asas a única que ainda estava imaculada era a que estava na minha frente, agora a cor que antes estava nas paredes tingia a sua cor em um negro frio e sombrio. E além disso ela não se mexia mais.

   Com medo do que poderia acontecer se a tocasse novamente mantive minhas mãos juntas ao meu corpo e como resultado o chão sob meus pés tremeu enlouquecidamente e eu não consegui me manter em pé sem apoio e cai, encontrando finalmente o corpo dono das asas encolhido sob elas.

   Tentei falar, mas minha voz não saiu.

   Mesmo assim a cabeça se mexeu lentamente como se a pessoa estivesse acordando aos poucos. Olhos negros e avermelhados olhavam para mim fixamente, enquanto o dono das asas negras levantava suas mãos na direção do meu pescoço tão rápido que não tive tempo de pensar em desviar.

   Meu ar se extinguia aos poucos, mas eu não consegui evitar olhar para a pessoa na minha frente. Seus cabelos escuros soltos em uma cascata enrolada e bagunçada, os olhos vermelhos envolto em um negro assustador. Suas mãos fortes cheias de garras e um calor anormal que emanava do seu corpo. Ela abriu a boca grunhindo como um lobo feroz.

   Sem que eu notasse uma mão masculina segurou a mão da garota, mas antes de ser afastada ela virou sua outra mão com uma velocidade impressionante, batendo no meu rosto. Com o susto eu abri os olhos.

   Estava de volta ao meu quarto e apesar do brilho que vinha do sol lá fora havia mais um ao lado da janela que chamou minha atenção.

    — Daimen? — Chamei, minha voz rouca.

   Ele estava imerso em uma luz cegante e angelical e se virou na minha direção, os olhos tristes e um sorriso igual nos lábios.

    — Onde você está?

   Sem me responder ou prestar a atenção em mim, ele se virou na direção da porta indo embora.

    — Espera! 

   Quando coloquei meus pés no chão eu senti como se uma enorme descarga tivesse atingido meu corpo e toda minha energia fosse sugada repentinamente de mim, levando-me ao chão. Olhei para cima e forcei-me a ficar de pé, mas o máximo que consegui foi me arrastar e trazer de volta a dor da noite passada.

   Parei de tentar assim que percebi que Daimen já tinha ido por causa da minha demora em segui-lo e após desistir respirei fundo antes de tentar me levantar novamente, contudo algo incomodo estava preso no fundo na minha garganta e eu comecei a tossir do nada.

   O ataque de tosse se estendeu por muitos minutos, eu pensei que fosse morrem sem conseguir respirar, pois de forma alguma eu conseguia parar aquilo.

    — Atelina, está tudo bem? — Ouvi a voz de Laura no corredor.

   Tentei respirar e cessar a tosse para responder, mas não adiantou. No minuto seguinte em que me forcei a parar, meu estômago se contorcer e eu vomitei no chão do meu quarto. O cheiro de ferrugem, subindo ao meu nariz.

   Laura abriu a porta no mesmo instante, seus olhos se arregalando e seu corpo paralisou assustado. E o gosto de sangue bem presente no meu paladar.

    — O que houve?

    — Eu não sei, eu só não me sinto... bem.

    — Ally! Atelina está muito mal.

   O que eu menos queria era que Ally me visse assim um dia depois de eu ter aparecido viva para ela. Mas não tinha como evitar, meu corpo todo tremia e eu não conseguia me levantar sozinha do chão.

   Allyson entrou no quarto rapidamente e pediu para que Laura chamasse Deb, enquanto ela me ajudaria.

   Apoiada nos ombros dela, incei meu corpo até que estivesse de pé e logo depois deitada na cama. Ally tocou minha testa, medindo minha temperatura. Mas não importava a minha temperatura qualquer número era alto demais para seu corpo gelado de vampiro.

    — O que eu faço, mana? — Ela perguntou, os olhos já marejados.

    — Deb vai saber o que fazer, não se preocupe.

   Ouvindo isso Allyson se afastou para limpar o chão sangrento.

   Tentei desviar minha atenção para outra coisa, mas minha cabeça latejava com uma dor insuportável. Isso com certeza não era por causa da chuva de ontem, alguma coisa estava acontecendo com o meu corpo e eu não fui avisada no véu sobre isso.

   Assim que Deb chegou com os cachos bagunçados e as mãos trêmulas, percebi que estava atrapalhando.

    — O que...

   Antes dela terminar de perguntar outro excesso de tosse veio, esse bem mais forte e eu conseguia sentir o fundo da minha garganta arranhando. Para evitar vomitar na minha cama e no chão mais uma vez, Ally trouxe um balde do banheiro e me entregou.

   Eu realmente estava colocando meus órgãos para fora. Tudo dentro de mim doía como um inferno.

    — Ally, posso falar com você? — Dabria perguntou, apontando para o corredor — Você, se troque!

   Quando disse isso eu já sabia para onde me levaria. Não dava para evitar e Deb tinha razão em me levar ao hospital, mas Allyson ainda não sabia que agora era um pouco diferente de antes.

    — Eu vou levá-la ao hospital.

    — Não! Você não pode, eles irão pensar que o sangue dela é diferente e começarão a abrir ela!

    — Ally, estamos falando da saúde dela. E Atelina não é mais uma vampira, então não precisa se preocupar.

   Meio grogue olhei para a janela e vi uma sombra familiar.

   Levantei com dificuldade da cama, abri a janela e olhei para baixo. A sombra de Daimen estava mais uma vez aqui e dessa vez do lado de fora da minha janela esperando para que eu descesse e dessa vez o alcançasse.

   Pendurei-me nas trepadeiras nas paredes da casa, jogando meu corpo para fora e descendo o mais rápido que me foi possível com o corpo fraco e débil. Entretanto, assim que me virei Daimen tinha me dado as costas e seguido com passos rápido na direção da floresta na frente da casa.

    — Daimen, espera! — Gritei, sentindo outro excesso de tosse vindo.

   Abaixei-me no mato e tossi até o vomito sangrento vir e parecia que apenas piorava. Sangue e mais sangue saia do meu corpo expelido pela tosse e vomito e meu nariz também começara a sangrava.

    — Merda!

   Chorando, continuei seguindo o brilho de Daimen conforme ele seguia. Mesmo com a visão borrada, as pernas bambas e o corpo tremendo eu persisti no caminho escorregadio e molhado pela chuva da noite passada. Daimen estava aqui à alguns passos de mim e eu podia alcançá-lo.

    — Daimen... — Olhando fixamente para frente não vi o tronco caído e tropecei.

   Com o rosto sujo enfiado na lama olhei para cima procurando por Daimen, mas não havia mais brilho nenhum. Ele estava tão perto a segundos atrás. E eu deixei ele escapar do meu alcance. 

   Fraca demais para me levantar e voltar para casa, permaneci no chão olhando para as copas altas das árvores balando e as gotas de chuvas que começaram a cair, agora mais grossa e fortes. Eu estava cansada, meu corpo todo doía e o sono da noite passada veio sorrateiro e eu fechei os olhos me entregando a ele.

CADÊ MINHAS ESTRELAS, CADÊ MINHAS ESTRELAS? 🌟🌟🌟

OIE MEUS ANJINHOS!! Tudo bem com vocês? Nesse capítulo notamos que Atelina embora tenha voltado para a vida de antes ela ainda está seguindo com o plano de salvar as espécies que precisam, mas do nada ela ficou doente. Por que será que ela ficou assim após alguns dias que ela está viva? Será que tem alguma coisa a ver com ser humana de novo? E esse sonho maluco com asas de anjos e o Daimen aparecendo para ela? Era mesmo ele?

Essas respostas serão respondidas no decorrer do livros, por favor não me abandonem!!

Não se esqueçam de comentar bastante, amo teorias e façam as estrelas brilharem!

Amo vocês ❣️❣️❣️

Beijinhos e beijões.

- Atelina.

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