Capítulo 4 - De Volta à Vida

   Acordei e abri os olhos, encontrando-me trancada em um lugar escuro e super apertado. Era um caixão. Empurrei a tampa com a maior quantidade de força que tinha, mas quando minhas mãos tocaram a madeira estofada a única coisa que aconteceu foi que sentir muita dor. Tinha que lembrar que não era mais uma vampira.

   Com um feitiço simples e mental consegui abrir a tampa, me arrependendo em seguida. Era dia e meus olhos não estavam preparados para receber tanta claridade. Saltei de dentro do caixão, estava agradecida de não terem me colocado ainda a sete palmos sob a terra e muito menos cimentada na parede do mausoléu onde eu estava.

   Quando pisei no chão senti meus pés protestarem de dor, as sapatilhas que eu calçava eram apertadas. Aproveitei para avaliar a roupa que escolheram para mim, eu estava vestindo um vestido preto até o joelho e meu cabelo estava natural e maior do que antes. E havia um colar diferente no meu pescoço.

    — Aposto que quem me vestiu foi a Dabria ou a Laura. — Sussurrei, sozinha.

   Olhei ao redor passando os olhos pelas prateleiras de madeira dentro do mausoléu. Havia tantas flores, suas cores vermelhas ou brancas bem vivas e bem cuidadas, nenhuma estava morta. Alguém estava cuidando com muita atenção delas.

    — Para onde eu vou agora?

   Sai do mausoléu ainda mancando, acostumando-me e suportando a dor das minhas articulações, parecendo um bebê dando seus primeiros passos. Passei por lápides limpas e conclui que havia alguém ali, além de mim. Claro que tinha, estava de dia ainda. Seria estranho se fosse anoite.

   Meu pé direito estava doendo muito mais do que o outro e quando o forcei a dar o próximo passo ele falhou e eu caí no chão.

    — Merda! — Xinguei.

    — Olá? — Um senhor apareceu entre as lápides, carregando uma vassoura.

    — Oi, o senhor poderia me ajudar? — Perguntei.

    — O que faz aqui sozinha? — Ele perguntou, aproximando-se mesmo assim — Qual é o seu nome, senhorita?

    — É Atelina... Atelina Piierce.

   Seus olhos se arregalaram, ele estava assustado e seu rosto ficou pálido. Por que eu disse a verdade?

    — Você não é a garota daquele mausoléu?

    — O que? Ah, claro que não! — Tentei desmentir.

    — C-como você sobreviveu?

    — Eh... — "Faça um feitiço" uma voz sussurrou perto de mim, então lembrei de um feitiço de paralisia — Nunc contine paralyticus.

   O homem rapidamente ficou paralisado e caiu no chão. Graças ao meu corpo ainda pesado eu meio que só consegui me arrastar até ele, procurando um celular. Encontrei um no bolso direito do macacão azul escuro do homem. O celular era antigo de abrir e fechar preto.

    — Caramba, você realmente precisa de um celular novo — O único número que eu me lembrava de cor era o de Dabria. Então liguei nele, torcendo para que atendesse. Ela atendeu no terceiro toque — Olá, bom dia. Estou falando com a senhorita Dabria Green? — Disfarcei minha voz.

    — Por enquanto acho que sim — Ela respondeu, sua voz cansada.

    — Você poderia vir no cemitério para ver o mausoléu de Atelina... Piierce?

    — Por que? — Sua voz aumentou de curiosidade.

    — Alguns adolescentes estiveram aqui e fizeram a maior bagunça dentro do mausoléu — Falei, tentando não falhar na mentira — Parece que destruíram tudo que tinha dentro.

   Ela ficou em silêncio, parecia estar ponderando.

    — Talvez não tenha sido os adolescentes, mas não se preocupe estarei aí em um segundo — Deb falou, a voz calma e eu fiquei confusa com o seu comentário anterior.

   Guardei o celular do senhor novamente no bolso onde estava e com um pouco de dificuldade e ainda com as pernas tremulas encostei ele debaixo de uma árvore. Sussurrei o feitiço para reverter o que eu havia feito e andei de volta para o mausoléu.

   Dabria havia chegado bem mais rápido do que eu imaginava, ela entrou correndo no mausoléu e xingou os palavrões mais feios que já ouvi saírem de sua boca por ter saído de casa atoa. Parecia que estava ocupada com algo importante.

   Esperei do lado de fora, encostada em uma estátua de anjo. Dabria saiu logo depois e meus olhos não acreditaram na imagem sem brilho e opaca da minha amiga. Ela tinha os olhos inchados, cansados e sob eles havia bolsas negras, sinais de que não estava dormindo direito.

   Quase dei a volta e sai correndo ao perceber que podia ser a culpada daquela dor, mas eu precisava de ajuda e talvez sua dor se tornasse menor ao saber que eu estava viva.

    — Deb? — Chamei, minha voz pesada.

   Ela virou procurando minha voz quase perdeu o equilíbrio e seus olhos verdes agora opacos se arregalaram ao me ver ali parada. Uma pessoa que era para estar morta.

    — Ate... Atelina é você mesmo, ou é a minha cabeça pregando uma peça comigo?

   Eu sorri e assenti. Queria amenizar a raiva e tristeza que havia nos seus olhos, mas o máximo que podia fazer era estar ao seu lado.

    — Dabria, eu voltei — Afirmei — Me desculpe por ter deixado todos vocês.

   Ela correu até mim com a velocidade de vampira que tinha e me abraçou bem forte. Era até mais forte do que eu poderia aguentar agora, mas eu queria aquele abraço e não me importava se fosse forte demais, porque eu senti muita sua falta.

     — Eu estou tão feliz e agradecida por ter voltado. — Ouvi ela dizer no meu ouvido, as lágrimas e a voz embargada nítidas.

   Dabria teve que me ajudar a andar até seu carro, passando um de meus braços pelo seu pescoço e inclinando meu peso sobre seu corpo. Ela também ofereceu sua casa para que eu pudesse tomar banho e eu aceitei.

   Dentro do carro reparei no meu reflexo no espelho, meu cabelo havia crescido e os cachos mais cheios e ativados do que eu costumava deixar. Minha maquiagem estava borrada e eu parecia mais nova.

    — Você está diferente — Deb comentou, notando minha análise no espelho.

    — Parece que voltei no tempo e minha aparência voltou à época em que nos conhecemos — Falei e ela sorriu, assentindo — Você quem escolheu a maquiagem e o cabelo?

     — Eu escolhi o cabelo. Ally escolheu a maquiagem.

   Ela estacionou, sua casa parecia a mesma de quando vim pela última vez, sem muitas modificações e ainda muito bonita. Saí do carro e meus pés protestaram mais uma vez, então parei e antes de entrar tirei as sapatilhas e andei descalça até a porta que Dabria segurara para mim.

    — Seja bem-vinda de volta — Deb exclamou, excitada.

   Entrei e não conseguir evitar relembrar do meu último dia aqui. Daimen conhecendo meus amigos; nós dois indo embora para o seu apartamento e nossa despedida em meio as rosas e velas.

     — Vai querer ir para sua casa? — Dabria perguntou, interrompendo meus pensamentos.

    — Não,— Respondi, assustada. Eu ainda não sabia o que devia fazer primeiro — não vou para casa ainda. Preciso me acostumar com estar viva novamente.

     — Fico lisonjeada por ser a primeira, mas você não pode ficar aqui se não quer ser vista — Ela falou, olhando ressentida para mim — Allyson volta depois de amanhã e os outros costumam me visitar com frequência.

    — Tudo bem, eu só preciso pegar umas chaves em casa.

    — Não é a da moto, é? — Ela perguntou, os olhos crescendo nas órbitas de medo.

    — Não, são as chaves do apartamento do Daimen — Respondi, aliviando sua expressão. — Eu não sei se ele está em casa, mas ele tinha me dado uma cópia do seu apartamento e elas estão no meu quarto. Apenas preciso entrar e pegar.

    — Quando você acha que vai estar pronta rever todos?

   Eu não fazia ideia, precisava ir para algum lugar onde não me encontrariam e fazer decisões importantes. Também precisava saber o que tinha acontecido com os anjos e se Daimen foi um dos enviados ao inferno. O que eu faria se ele também tiver sido enviado? Quem me ajudaria?

   — Não precisa responder agora, vai tomar um banho — Dabria falou, notando que eu não sabia como responder — Depois resolvemos isso, juntas.

   Fui em direção as escadas, mas eu não conhecia muito bem o segundo andar e não sabia onde ia tomar banho. Precisava de roupas também.

    — Onde fica o banheiro? E pode me emprestar umas roupas?

    — Fica na segunda porta à esquerda. Vou pegar uma roupa para você e levar.

  Subi as escadas e entrei no banheiro. Meu banho foi bem demorado, tirei o suor e a poeira do corpo de hoje mais cedo quando me arrastei e lavei o cabelo duas vezes. Quando sai com a roupa que Dabria havia deixado para eu vestir, caminhei pelo corredor e notei um quarto que estava de porta aberta.

   O quarto de certo modo estava vazio, apesar dos móveis e dos itens pessoais masculino, porque parecia que ninguém entrava nele a muito tempo.

    — Ateh? — Dabria me chamou no início do corredor.

    — Esse não deveria ser o quarto do seu irmão?

    — É o quarto dele...

   Então comecei a raciocinar o estado em que Dabria estava antes de aparecer no cemitério com o fato de os Anjos tantos os Caídos quanto os Falsos terem sido mandados para o inferno. Então Nathan também foi mandado?

    — Cadê ele? — Perguntei, agora olhando para seu rosto que perdera a cor.

    — Está viajando — Ela respondeu, com a voz fraca.

   Lembrei que Daimen também estaria viajando, pelo menos se ainda estivéssemos no início do mês. Ele prometeu que voltaria antes do meu aniversário e a memória que vi na bola de cristal dizia que ele sabia que eu estava morta. Será que foi embora depois de descobrir?

    — Em que dia estamos?

    — Hoje é dia vinte de maio — Ela respondeu, curiosa.

   Daimen realmente cumpriu sua promessa de voltar antes do meu aniversário, mas graças a isso agora ele sabia que eu estava morta e que morri por outra pessoa. Mas onde ele estava agora?

    — Vo-você sabe se o Daimen voltou? — Perguntei, sentindo um bolo se formar na minha garganta — Ele disse que voltaria antes do meu aniversário, mas ele deve ter ficado com tanta raiva de mim depois que descobriu o que fiz que foi embora.

    — Ele me ligou... — Ela parou de falar, engolindo em seco — Ele disse que continuaria viajando por um tempo. — Deb virou na direção da escada — Eu vou buscar as chaves do apartamento de Daimen. Se estiver com fome tem comida na geladeira.

   Com comida ela quis disser: sangue. E isso queria dizer que ainda não acreditava no cheiro humano que eu tinha.

   Dabria saiu e eu decidi caçar comida na sua cozinha. Procurei na geladeira, mas só tinha sangue. Nos armários, encontrei muito carboidrato que por enquanto deveria bastar.

   Em uma grande tigela coloquei o pacote de bolinhas de queijo inteiro dentro. Sentei-me no sofá para comer e encontrei uma nota na mesa de centro, ela estava no meio de outras folhas todas rabiscadas com anotações e desenhos.

   Peguei para ler, acreditando ser uma lição de casa da escola, mas havia o nome de Daimen ao lado de um número de telefone e ainda perto havia dois quadrados como se ela estivesse contando o número de vezes em que ligou para ele e ele não atendeu. Nos outros papéis havia uma lista de nomes, alguns com um sinal de certo ao lado e outros com um X.

   O primeiro nome na lista era o de Nathan, seu irmão e no nome dele havia um X. Pensei primeiro que fosse o símbolo que significava: "Não foi mandado para o inferno", mas eram tantos X espalhados ao lado dos nomes que era impossível esse ser o significado do símbolo.

   Encontrei mais uma vez o nome de Daimen. No meio da lista com os outros nomes dessa vez e do lado dele havia um X e um ponto de interrogação. Ela não sabia onde ele estava e se tinha sido enviado para o inferno também. Onde você estava então Daimen?

    — Ateh, decidi pegar umas roupas para você também — Dabria disse, abrindo a porta e entrando.

    — Onde o seu irmão está, Dabria?

   Dabria me olhou confusa, largando as chaves na mesinha ao lado da porta.

    — Eu disse, não?

   Aproximei-me dela, pegando no seu braço e puxando ela até o sofá. Apontei para os papéis agora na sua frente.

    — Você disse, mas mentiu para mim, Deb.

   Ela não precisou olhar os papéis pois já sabia o que estava escrito neles, então virou na minha direção os olhos tristes e brilhantes.

    — Eu não quis machucar você. Quando perguntou do Daimen você ficou tão triste que eu não consegui responder com a verdade.

    — Ele também foi, não foi?

    — Atelina — Ela se aproximou, tentando me abraçar e eu saltei do sofá balançando a cabeça — Ele foi, mas antes veio à minha casa trazer os presentas que trouxe da viagem para você. Ele disse que não sabia o que fazer com eles.

    — Eu não quero nada, não mereço o que ele trouxe para mim.

   Não consegui me manter em pé e sentei novamente no sofá. Meu coração estava apertado. Daimen tinha sido mandado para o inferno e não tinha como eu pedir desculpas para ele por um longo tempo. Ele me odiaria. Eu tinha certeza que me odiaria amargamente por ter feito o que fiz com ele.

    — Sinto muito, eu também não fiquei feliz de ver o meu irmão ser mandado para lá. — Deb disse e eu percebi que ela também sofria.

    — Eu quero as chaves — Pedi, queria me afastar o quanto antes dela para poder sentir minha dor. Ela me entregou as chaves junto com o meu celular — Para que?

    — Se precisar de alguma ajuda. Ou qualquer outra coisa, por favor me ligue.

    — Tudo bem, obrigada por tudo, Deb. — Agradeci, pegando ao lado da porta a mala com as roupas que ela pegou em casa para mim. — Estou indo.

   Ela entrou na minha frente, mantendo a porta fechada.

    — Quer carona?

    — Não, obrigada. Eu quero pensar um pouco, sozinha.

   Saí da casa e caminhei na direção da cidade, deixando que as lembranças dos meses anteriores voltassem desde o momento em que desci do avião. E me prendi as imagens em que os olhos amarelos dele brilhavam diante de mim.

   Cheguei a cidade depois de mais ou menos meia hora e demorei mais dez minutos para chegar ao prédio Premium, onde Daimen me trouxe uma vez para eu me afastar dos meus amigos. Entrei no lobby, indo direto para a recepção.

    — Com licença — Chamei a atenção do mesmo homem que estava aqui nas vezes em que passei com Daimen pela recepção.

   Ele estava bem-vestido como sempre e tinha um penteado alinhado sem um fio fora do lugar.

    — Pois não?

    — Hum, sou uma conhecida de... Daimen Kennedy e ficarei alguns dias aqui enquanto ele viaja por solicitação dele. — Expliquei e o homem assentiu — E o aluguel...

    — Não tem aluguel, o apartamento está comprado no nome dele — Ele sorriu, vendo minha mentira — Mas eu já vi a senhorita com ele. Então, Srta. Kennedy deixarei que fique aqui — Ele sorriu, gentil.

    — Obrigada.

   Subi até o andar onde ficava o apartamento de Daimen de elevador e enquanto subia peguei meu celular e fui olhar as coisas que tinham acontecido enquanto eu estava morta. O elevador parou, saltei do mesmo e entrei no apartamento. Ele estava limpo como sempre.

   Passei a mão no pescoço como costumava fazer e senti um colar. O colar era bonito, mas eu não sabia se era meu e quem tinha me dado. E por mais que o colar da minha mãe tivesse ajudado ela a voltar a vida eu sentia falta dele.

   Eu estava tão cansada que queria me deitar e dormir, deixar toda ação para o dia seguinte, mas também precisava comprar alguma coisa para comer durante os dias que ficaria aqui e tinha certeza que Daimen não tinha nada na geladeira porque não comia.

   Então deixei a mala ao pé do sofá e troquei de roupa antes de sair e ir até o mercado. Comprei frutas, carnes e alguns carboidratos e tentei evitar comprar comidas prontas, mas não queria colocar fogo na casa de Daimen por tentar cozinhar por isso peguei uma boa quantidade delas.

   Enquanto fazia compras encontrei um lugar onde vendia itens de bruxaria falsificados lógico, mas que serviriam por um tempo. Encontrei uma bola de cristal que poderia usar e algumas ervas para feitiços pequenos. Comprei cadernos e lápis para anotar minhas ações e me manter concentrada nos meus objetivos. E por fim, decidi comprar itens higiênicos femininos que não tinham no apartamento.

§ § § § §

   Depois de jantar e tomar banho, guardei minhas coisas no quarto que fiquei na última vez. Em seguida, sentei na sala diante da bola de cristal e olhando para o cristal transparente conjurei o mesmo feitiço que Val me ensinou, mas dessa vez me concentrei em ver Daimen e saber se ele realmente tinha sido mandado para o inferno. E ele apareceu.

   Daimen estava em um bar, sentado em uma mesa redonda com várias pessoas que ele parecia conhecer. Todos conversavam entre si, uma conversa que eu não podia ouvir, mas que parecia muito séria.

   Ao lado de Daimen havia uma mulher bonita de longos cabelos lisos e castanhos com luzes platinadas, seus olhos gélidos estavam queimando de fúria. Embora fosse alta e parecesse forte, ela tremia. O lugar também começou a tremer minuto depois e as pessoas na mesa se dividiram.

   A mulher permaneceu ao lado de Daimen, mas ele a segurou no pulso e gritou algo com ela. Só depois de discutirem que ela saiu correndo pelas portas dos fundos acompanhando outras pessoas. Daimen ficou e outros também, mas esperando o tremor parar eles não notaram o fogo que começou.

   Quando o fogo tomou conta de todo o bar a bola de cristal perdeu as imagens de Daimen e se concentrou em uma mulher que estava na frente do bar, ela tinha conjurado o fogo, pois estava concentrada e com ambas a mãos suspensas no ar. Ela se parecia muito com Allyson, minha irmã e alguns características muito semelhantes com tia Michaele.

    — Essa é a Cassandra? — Perguntei para ninguém em especial.

    — Sim, essa é Cassandra Piierce. — A voz saiu da bola de cristal, e enquanto falava um brilho fraco a iluminou.

    — Val, você não me avisou que podia fazer perguntas para a bola de cristal. Isso é incrível! — Exclamei, maravilhada.

   Mas a exaustão logo chegou em mim e meus olhos começaram a pesar. Meu corpo que era fraco agora não suportaria se eu passasse a noite pesquisando, então desliguei as luzes e fui me deitar.

   Apesar de estar cansada não consegui dormir, a cena de Daimen e dos Anjos no bar sendo mandado para o inferno voltou a minha mente várias vezes e algo dentro de mim se contorceu fortemente como se eu estivesse tendo um ataque cardíaco. Saí do quarto e caminhei no escuro até o quarto ao lado.

   Abri a porta e respirei fundo, o quarto tinha o cheiro cítrico dele e automaticamente meus olhos se encheram de lágrimas. O que estava acontecendo comigo? Eu sentia falta dele, mas doía tanto em mim que parecia que estava sangrando. No armário dele peguei uma camiseta e a vesti, deitando em seguida na cama grande de lençóis escuros.

   Dessa vez o sono não demorou a chegar.

CADÊ MINHA ESTRELA? CADÊ MINHA ESTRELA? 🌟🌟🌟

OIE AMORINHAS. Como estão vocês? O que acharam do capítulo novo e o que esperam dos próximos? Atelina vai se adaptar a vida humana na qual ela nunca foi capaz de viver? E seus amigos que ainda não sabem que ela está viva, como será a reação de todos? Feliz, tristes ou bravos? Será que ela vai conseguir também manter a missão de salvar os anjos até o fim?

Fiquem comigo nos próximos capítulos que ainda tem muita coisa para acontecer!!!

Beijinhos e beijões ❤️❤️❤️

Atel.

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